A CORDA DE SETE NÓS.


 Saudações estimados Irmãos, o que vocês sabem sobre a CORDA DE SETE NÓS?

É muito interessante a quantidade e a qualidade dos artigos que recebo sobre a Corda de 81 Nós; acredito que todo Maçom um dia tenha lido ou mesmo escrito algo sobre a mesma.

Quase tudo que li resume em dizer que está ligado à união entre os Maçons e que o número de nós é cabalístico, pois é o quadrado de nove (9 x 9 = 81) que por sua vez é o quadrado de três (3 x 3 = 9) e que a somatória é o próprio nove (8 + 1 = 9).

Por conta dessa vida competitiva pensamos que o progresso só é conseguido pela multiplicação ou pela adição e que só teremos resultado positivo com o novo. Ledo engano, muitas vezes o retorno é que trará maior benefício.

Quando ainda há muita coisa a ser averiguada, não se dá um pulo para frente, mas procura-se um anterior para conduzir o processo de forma não interessada.

O sete é o número da perfeição, na Cabala e no Ocultismo é tratado como o mais importante de todos os números. E uma das formas de encontrá-lo é sintetizando a própria Corda de 81 Nós, afinal subtraindo os elementos encontramos o Sete (8 – 1 = 7).

Uma corda é um ícone simbólico muito importante na Maçonaria, é o primeiro elemento que entra em contato com o candidato e mais à frente, na forma de corda fina (cordel) se torna um dos instrumentos do Mestre.

As pessoas vêem o nó como um entrave, algo que quebra a harmonia linear da própria corda, também é um engano: Leiam este artigo de Dom Pedro José Conti articulista da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil):

“Contava um velho rabino: cada um de nós está ligado a Deus por uma corda. E, quando cometemos uma falta, a corda se rompe. Mas quando nos arrependemos, Deus dá um nó na corda. Com isso, a corda fica mais curta do que antes. E o pecador fica um pouco mais perto de Deus!.”

 Agora substitua a palavra “falta” por “vício” e “nos arrependemos” por “praticarmos virtudes”. Este nó é o que chamamos na Maçonaria de “laços de amor”.

Podem ter certeza meus Irmãos que os significados da Corda de Oitenta e Um nós varia muito entre alguns graus que compõem o REAA, mas a Corda de Sete Nós não, ela significa única e simplesmente a Cadeia de União que só pode ser formada com a presença de determinado número de Irmãos e que nos reporta as Sete Virtudes (fé, esperança, caridade, prudência, justiça, fortaleza e temperança) para as quais devemos erguer Templos e os Sete Vícios (soberba, avareza, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça) que devem ser encarceradas nas masmorras.

Sete também são as ciências (gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, música e astronomia) que o bom Obreiro domina.

Sete são os brindes obrigatórios nos Banquetes Maçônicos.

Sete ou mais tornam uma Loja perfeita. E não é só na Maçonaria que se exaltam este número, o Alcorão ensina que Alá criou sete céus.

Na Teosofia há os sete raios de luz ou os Sete Mestres Ascensionados.

Há Sete Chacras entéricos. Na Umbanda há Sete linhas de Orixá. No Seicho-no-ie há Sete Candeeiros, assim como há no Judaísmo o Candelabro de Sete Braços e perto de nós temos as Setes Virtudes Cardeais da Ordem De Molay.

Mas de todos os “setes” existentes o que eu realmente desejo que sirva de “guia” para vocês que tanto amo, são os Sete Princípios da Moral Pitagórica:

1)    Retidão de propósitos 
2) Tolerância na opinião 
3) Inteligência para discernir 
4) Clemência para julgar 
5) Ser verdadeiro em Palavras e Atos 
6) Simpatia 
7) Equilíbrio

Se o Irmão não se lembra da Corda de Sete Nós ainda dá tempo de rever as Instruções do Grau de Aprendiz, preparar uma bela Prancha de Arquitetura sobre os Painéis e apresentá-la em sua Loja enriquecendo nosso Quarto de Hora de Estudos.

Lembre-se que todos nós, independente do Grau ou do Cargo, somos responsáveis pela qualidade das Sessões Maçônicas. 

Sérgio Quirino Guimarães


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