O NOME DA PEDRA DESPREZADA


Estimados Ccomp.’., o presente trabalho teve como observação o canteiro de obras do Cristianismo alicerçado no novo testamento, sendo certo que há inúmeros outros respeitáveis canteiros de obras conhecidos como Judaísmo, Espiritismo, Budismo, Islamismo, Hinduísmo, Bramanismo, Pitagorismo, além de outras importantes construções, religiosas, espirituais e filosóficas.

IIr.’. trabalho no esquadro e somente no esquadro é que temos ordens de receber.
Não deveríeis permitir que forma ou beleza peculiar vos fizessem infringir uma ordem taxativa. Sabeis de alguma utilidade na construção do Templo para uma pedra como esta? 

Eu não. Tampouco eu. Nem eu tampouco. Que faremos com ela?
Lancemo-la fora, entre os escombros.


Quem de nós realmente possui a visão do esquadro segundo a visão do Criador? Nós sequer nos atentamos que quando olhamos diretamente para o sol visualizamos apenas o seu resplendor.

Muitos daqueles que julgam ver o sol não sabem que a verdadeira visão do sol se abriga dentro daquilo que vemos, ou seja, o sol está dentro do próprio sol.

Quando possuirmos um vistoso e reluzente relógio julgamos que somos os legítimos donos das horas que ele aponta. A partir daquele momento nós nos esquecemos de observar que às horas não nos pertence, nem tampouco o relógio que adquirimos como tantas outras aquisições tangíveis e intangíveis que optamos por adquirir durante a nossa estada nesse plano.

Deixando de observar o que deveríamos, acabamos por esquecer os emblemas do Grau de Mestre, dentre os quais destaco a Ampulheta, as Asas do Tempo e a Foice. Lembremo-nos que quando a areia do tempo se esgotar deixando vazia a outra metade da ampulheta, o relógio que julgávamos ser nosso não mais irá nos pertencer, nem tampouco terá utilidade para nossa alma.

Há mais de dois mil anos nascia um rabino que andava por sobre as águas, curava os enfermos, que possuía o poder de alimentar a alma e o corpo através do milagre da multiplicação. Pregava o amor fraternal, o perdão, e o respeito ao próximo. Possuía a Marca de um verdadeiro Mestre, que é a marca da humildade. 

Ceiava junto de seus doze apóstolos. Colocava-se ao centro da mesa dividindo o pão e o vinho. Representava o próprio sol levando à luz de sua sabedoria às quatro estações do ano.

Apesar das obras que realizou, das palavras que pregava, do verdadeiro amor fraternal e dos ensinamentos esotéricos gnósticos cristãos, encontrava-se fora do esquadro do mestre supervisor. 

Seus atos, palavras e exemplo resultaram no seu cárcere, nas chibatadas, no calvário e na conseqüente morte da sua matéria na cruz. Antes da foice do tempo cortar o fio de prata, disse “Pai como me Glorificastes. Em tuas mãos entrego o meu Espírito.”

Em tempo, a pedra desprezada há mais de dois mil anos ficou conhecida como Jesus Cristo, o Nazareno.

Paulo Santos
M.'.R.'.A.'., Capítulo Os Verdadeiros Amigos N.56 de Maçons do Real Arco do Brasil

Bibliografia.
Ritual do Grau de MDM do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Arco do Brasil





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