REFLEXÕES SOBRE O HOMEM MAÇOM


Todo ser humano que busca uma vida de virtudes deve refletir sobre sua trajetória. Por isso mesmo o homem Maçom deve, além dessa reflexão, pautar-se pela retidão, coerência, perseverança, tolerância, justiça e fraternidade, ou seja, nele deve ser encontrado o paradigma para a humanidade.

Portanto, encontrar no homem Maçom o exemplo pleno de pessoa humana, seria confirmar o óbvio.

Contudo, não se pode exigir ou esperar o melhor das pessoas, sejam elas particulares ou públicas, se nós Maçons não fazemos e, às vezes, nem tentamos fazer aquilo de que gostaríamos que elas fizessem, não seria coerente, tampouco ético tal comportamento.

Meus Irmãos, não deixemos que a ignorância, a vaidade ou os interesses pessoais se sobreponham ao coletivo, sobretudo no que diz respeito a vossa Loja. Pois, manter o equilíbrio sobre os nossos interesses particulares em favor de um bem maior, é um dos caminhos possíveis para atingirmos o ápice da virtude, da harmonia e da perfeição maçônica que tanto desejamos.

Não importa que tenhamos que passar por caminhos nunca caminhados ou pisar sobre espinhos nunca pisados, se tudo isso não for para o nosso crescimento ou pela causa maçônica, pois, lembrando a Sócrates ao buscar incentivos aos seus discípulos quando estavam cansados, exaustos ou desanimados: “Procurai suportar com ânimo tudo aquilo que precisa ser feito em nome da paz, da virtude, do conhecimento e da perfeição”.

Vale dizer que, esta célebre frase nos induz a reflexão, nos conclamando a unir nossas forças e vontade para tornar as nossas Lojas à altura de seus nomes e do que representam para a História da Maçonaria Fluminense e, com isso, registrando em nossos corações seu passado de glória, sua postura ética, sua luta pela prevalência da justiça e sua presença nos momentos decisivos, para o bem de seus membros, da família, dos maçons, da nossa pátria e da humanidade em geral.

Durante nossa trajetória maçônica, em um determinado momento, nos deparamos com a seguinte frase: “Se fores perseverante sairás do abismo das trevas e verás a luz”. Ou seja, significa dizer que, aquele que persevera e procura dominar a si mesmo alcançará a paz, a virtude, a perfeição e a sabedoria que são as finalidades precípuas da Maçonaria.

É daí que surge a afirmação de que “o Simbolismo Maçônico sugere que tudo se constrói e que a tarefa dos seres humanos é construtiva. Sendo dever de todo Maçom trabalhar humanamente, realizando a obra que lhe foi designada”.

Com isso, podemos dizer que, o nosso dever para com os nossos Irmãos e, consequentemente, com as nossas Lojas é o de nos conformarmos a sua vontade que não deverá ser a de um ou dois Irmãos, mas a da maioria, a qual passa a ser a vontade de todos os seus membros, uma vez que, a divergência em Loja e até mesmo na Maçonaria como um todo deverá limitar-se, somente, ao campo das ideias e jamais realizar-se no campo pessoal.

Assim, quem persevera em seus bons propósitos acaba superando todos os obstáculos. Por isso mesmo acreditamos no que já foi dito, e que para nós se torna bastante elucidativa a frase escrita por Ramalho Ortigão: “Disseram-lhe que no amor a perseverança vencia tudo, e ela perseverou até se tornar insuportável, mas acabou vencendo”.

Dessa forma, devemos perseverar na tolerância, na conduta ilibada, na liberdade com responsabilidade, na igualdade, na fraternidade e na busca do sucesso coletivo e, sobretudo, da nossa Loja, uma vez que, ela pode de uma forma genérica e uma vez harmonizada, indicar o caminho do nosso progresso no mundo Maçônico.

Nesse sentido, conclamamos a todos a refletir e a despertar nossos corações para um mundo melhor, pois, segundo estudos da futurologia, essa é uma Era concentrada e voltada para a pessoa humana.

Entendemos que a reflexão que propomos, deve ocorrer a partir dos nossos atos, seja no nosso dia a dia, na família, na Loja, no trabalho, com nossos amigos ou na sociedade em geral. Acreditamos que é nosso dever, como Maçom, exigir a coerência e a melhor atitude a partir de nós mesmos, sem as quais, perde-se o sentido de cobrança em face dos outros, em qualquer nível ou esfera.

O homem Maçom, portanto, deve projetar-se como um paradigma da sociedade, primando pela paz, pela busca constante da verdade, do conhecimento, da harmonia e da sabedoria, bem como pelo exercício pleno dos ideais e preceitos maçônicos, sempre primando pela impecabilidade no trabalho e irretocabilidade em nosso comportamento.

Sentimos que já é hora de refletir para harmonizar e, com isso, melhorar o que precisa ser melhorado.

Estamos em uma era voltada para o desenvolvimento da pessoa humana, daí a importância de retomarmos constantemente os objetivos e fins dos princípios basilares da Maçonaria, da Legislação Maçônica, bem como das regras estatutárias. 

Entendemos que, esse objetivo só poderá ser alcançado através de observações, de estudos, de práticas e habilidades comportamentais, que nos levem ao exercício pleno e correto de todos nossos atos.

Podemos dizer então que, não é possível ser verdadeiramente Maçom sem o exercício e a prática da tolerância, da beneficência, da fraternidade e da justiça, que são os verdadeiros corolários da Maçonaria, os quais se instituem como parâmetros para a paz e o bem da humanidade, que realmente serão concretizados quando pudermos dizer do fundo do nosso coração: “obrei tudo o que podia obrar e meu Irmão esperava; ouvi os mestres e os sábios e quando errava temia e corrigia; aos homens bons a porta do coração sempre abria; na Loja a todos como Irmãos iguais tratava”.

Portanto, se quisermos ascender em nossa evolução maçônica e nos mantermos como paradigmas da humanidade, procuremos então suportar com ânimo tudo aquilo que precisar ser feito em nome do conhecimento e da prática efetiva da verdadeira Maçonaria.

AILDO VIRGINIO CAROLINO
Sec. Estadual de Gabinete- GOB-RJ


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