UNIÃO FRATERNA


No mundo profano agora seria o momento oportuno de se procurar os culpados pela derrota, de se condenar os excessos, de se criticar as mentiras tantas vezes repetidas que assumiram ares de verdade; em suma, o momento de se espezinhar os perdedores, humilhá-los, ofendê-los.
Mas dentro de uma instituição maçônica o procedimento deve ser outro. Afinal não apregoamos a tolerância e a fraternidade? Nossa família não encontra seus fundamentos no amor ao próximo?
O Salmo 133 diz e nos ensina que:
1 - Oh, como é bom, como é agradável
Para os irmãos unidos viverem juntos.*1
2 - É como um óleo suave derramado sobre a fronte,
E que desce para a barba, a barba de Aarão,
Para correr em seguida até a orla de seu manto.*2
3 - É como o orvalho de Hermon,
Que desce pela Colina de Sião;
Pois ali derrama o Senhor a vida
E uma benção eterna.
*1 - A união entre os irmãos é um penhor de prosperidade, sob a condição de que tudo venha do alto, do rico ao pobre, como o perfume que se expande pelas vestes, como o orvalho que desce da montanha.
*2 – Óleo suave: como isso se fazia, quando da unção sacerdotal. Ex. 30 -21 
Todos somos Aprendizes, puros e simples Aprendizes. Para nós verdadeiros maçons chegou o momento do esquecimento e de voltar nossos pensamentos para o futuro, e, unidos reiniciarmos os trabalhos, que não são poucos. Mágoas e ressentimentos não condizem com a nossa ordem, muito menos hipocrisia. 
Em Mateus 6 aprenderemos com o Sermão da Montanha, a oração que devemos elevar ao Criador o Pai Nosso, no versículo 12 diz: “Perdoa-nos as nossas dívidas,assim como nós perdoamos aos nossos devedores”, e mais adiante nos capítulos 14 e 15 teremos uma melhor definição sobre este pedido. 14 – “Porque se perdoardes aos homens suas ofensas, também vosso Pai Celestial vos perdoara a vós” e no 15” Se, porém, não perdoardes aos homens suas ofensas, também Vosso Pai não vos perdoará as vossas ofensas”.
Em Marcos 25 nos é dito “E, quando estiverdes orando, perdoai se tendes alguma coisa contra alguém, para que Vosso Pai, que esta nos céus, vos perdoe as vossas ofensas”. 
Se ficarmos remoendo mágoas ou invejas jamais poderemos ser considerados mestres, afinal o espírito não está sobre a matéria? 
Como nos ensina Tiago em sua epístola, “Meus irmãos, muitos de vós quereis ser mestres, não o procureis ser apenas por vaidade, sou eu que vô-lo peço, pois sabemos que nós que somos mestres seremos julgados por um mais duro juízo” –(Tiago 3:1) 
João Krainski Neto, Sereníssimo Grão Mestre do G.'.O.'.P.'., no editorial do Boletim Oficial do G.'.O.'.P.'. de 07.10.2004, assim definiu Maçonaria: 
“Maçonaria não é aventura, é realização efetiva, é concentração, é geração, é despojamento, é identificação com o ideal, é preparação prévia é preparação sempre. 
Maçonaria é vivencia do dia-a-dia, momento a momento, é cair, é um levantar constante, é dividir com o próximo, é somar o seu trabalho ao trabalho do seu irmão. Maçonaria é crescer. 
Maçonaria é colocar-se sempre ao lado da verdade, mesmo que seja a verdade, é colocar-se diante do belo, é colocar-se diante do bem, é estar sempre acima do mal.
Maçonaria não é fim por si só. Maçonaria é caminho e o maçom deve sentir o sopro do infinito, unindo-se aos irmãos por laços mais fortes que o próprio sangue. 
Os maçons devem iluminar. Ser luz é mais que um fator. É abrir picadas em caminhos árduos sem esmorecimento. 
A luz é uma denúncia. Nas trevas não aparecem imperfeições. Na obscuridade é impossível construir”. 
Por isso o momento que atravessamos precisa de muita luta. Pois precisamos manter a nossa ordem intacta, nossas colunas firmes, nossa oficina sem manchas, nosso quadro unido. Esqueçamos qualquer desavença que exista e formemos um só corpo em luta de um só ideal.
É mister que por algum tempo, fiquem resquícios daquela discussão, daquele afastamento, daquele pedido de quit-placet, porém o verdadeiro maçom saberá diferenciar e avaliar o momento e aparelhar a pedra bruta. 
Meus irmãos sejamos luz.
Newton Roberto Simões - Gr.'.17 - A.'.R.'.L.'.S.'.Obreiros de Abatiá nº 69 G.'.O.'.P.'. 
1   
1.    Salmos – as 150 orações foram usadas pelos hebreus para expressar sua relação com Deus. Abrange todo o campo das emoções humanas, desde a alegria até o ódio, da esperança ao desespero. 
2.     Êxodo – o nome êxodo significa saída. Este livro conta como Deus livrou os israelitas de uma vida de penúrias e escravidão no Egito. Deus fez um pacto com eles e lhes deu leis para ordenar e governar suas vidas. 
3.     Tiago – Tiago aconselha os cristãos a viverem na prática sua fé e, além disso, oferece idéias de como isso pode ser feito. 
4.     Mateus- este evangelho cita muitos textos do Velho Testamento. Ele se destina primordialmente ao público judeu, para o qual apresentava Jesus como o Messias prometido nas escrituras do Velho Testamento. Mateus narra e história de Jesus desde o seu nascimento até sua ressurreição e põe ênfase especial nos ensinamentos do Mestre. 
5.     Marcos – Marcos escreveu um evangelho curto, conciso e cheio de ação. Seu objetivo era aprofundar a fé e a dedicação da comunidade para a qual ele escrevia.

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