AS VIRTUDES E A MAÇONARIA



Tendo a Maçonaria Operativa nascido no ambiente católico medieval, por volta do século XIII e XIV, (segundo os poucos documentos históricos existentes como a Carta de Bolonha de 1248 dC e o Poema Régio de 1390), consideramos que os conceitos de virtudes, na maçonaria, podem ter sido influenciados por qualquer dos conceitos então existentes, agrupando nas duas categorias estudadas:

As *Teologais* (que vem do GADU) FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE; E as *Cardinais* (que vem do Homem) PRUDÊNCIA, JUSTIÇA, FORTALEZA E TEMPERANÇA.

Em linguajar maçônico podemos entender as virtudes da seguinte forma:

Fé: através dela, os maçons crêem no GADU, nas suas verdades reveladas e nos ensinamentos que recebe, visto que o GADU é considerado a própria Luz e Verdade (revelada pela linha desenhada pelo Compasso).

Esperança: por meio dela, os maçons esperam a nova vida no Or.´. Et.´., colocando a sua confiança perseverante em sua filosofia de vida gnóstica (pelo uso do esquadro);

Caridade (ou Amor Fraternal): através dela, o maçom solidariza-se e auxilia seu próximo independente de ser um irmão ou um profano (pelo uso da Trolha);

Prudência: por ela o maçom utiliza a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para atingí-lo (com o cinzel).

Justiça: que é a constante e firme vontade de bem medir e dar aos outros o que lhes é devido (pelo uso do nível e do prumo);

Fortaleza: que assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem (pelo uso do Maço);

Temperança: que modera o tempo investido pelo maçom entre o lazer, do trabalho, o descanso, a cunhada, os filhos, os estudos, os irmãos, à sua própria saúde e assegura o domínio da razão e da vontade sobre os instintos, proporcionando equilíbrio e harmonia em sua vida (pelo uso da régua de 24 polegadas).

Podemos imaginar que a pedra cúbica, encimada pela pirâmide na qual trabalham os Maçons, pode ser símbolo das três virtudes espirituais sobre as quatro virtudes comportamentais que tanto almejamos na busca do auto-aperfeiçoamento.

Persisto com a visão de que as virtudes acabam por libertar o homem, pois em meio a instabilidades que nos cercam e iludem com prazeres impermanentes e irreais, o caminho restrito de nós (os Aceitos) não é fácil de percorrer mas o auto-aperfeiçoamento, a moral e os bons costumes nos mostra que este é o único caminho que pode nos transformar realmente de seres Profanos a Sagrados.

Deixemos os textos de lado e continuemos galgando estes degraus, meus irmãos.

Pois como se lê no L da L, em Coríntios 4:20 “o reino de Deus não consiste em palavras mas nas Virtudes.

Autoria desconhecida


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