Sim, a 1º igreja batista do BRASIL foi fundada por MAÇONS.
Os
emigrados dos EUA que se estabeleceram em Santa Bárbara em São Paulo fundaram
em 10/09/1871 a Igreja Batista em Santa Bárbara (4. pg. 230), a primeira Igreja
Batista estabelecida em solo brasileiro (Pr. Richard Ratcliff), fundaram também
em 1874 a Loja Maçônica ‘George Washington’ (4, pg. 44), onde se encontravam
cerca de oito batistas sendo que pelo menos cinco deles foram também fundadores
da Primeira Igreja, entre eles estava o Pr. Robert Porter Thomas .
O Pr.
Thomas foi interino por diversas oportunidades tanto na Primeira Igreja quanto
na Igreja da Estação (2a), fundada em 02/11/1879 (Pr. Elias Hoton Quillin).
O
pastorado interino do Pr. Thomas nas duas Igrejas somou cerca de 25 anos de
profícuo trabalho, sendo o que mais tempo pastoreou tais Igrejas.
Em 12/07/1880, a pedido da Igreja da Estação, foi formado um Concílio reunindo as duas Igrejas, para Recepção e Consagração ao Ministério do Irmão Antônio Teixeira de Albuquerque, tendo sido batizado pelo Pr. Thomas.
Foi
moderador do Concílio que se realizou no salão da Loja Maçônica, o Pr. Ouillin,
conforme se descreve na carta subscrita pelo moderador e pelo secretário do
Concílio (4, pg. 249 – tradução e pg. 407 fac-símile do original) ao Foreign
Mission Board of fhe Soufhern Baptist Convention (Richmond, VA., U. S.A. ).
Destaco
o fato curioso de que o Primeiro Pastor Batista Brasileiro, além de ter sido
batizado por um Pastor que era Maçom foi ainda consagrado ao Ministério da
Palavra no salão da Loja Maçônica.
Em 12/07/1880, a pedido da Igreja da Estação, foi formado um Concílio reunindo as duas Igrejas, para Recepção e Consagração ao Ministério do Irmão Antônio Teixeira de Albuquerque, tendo sido batizado pelo Pr. Thomas.
É
importante recordar que a Igreja em Santa Bárbara era uma igreja missionária.
Foi ela que insistiu e conseguiu, que a ‘Junta de Richmond’ nomeasse
missionários para o Brasil, estabelecendo-se então em Sta. Bárbara a ‘Missão
Batista no Brasil’.
O
primeiro missionário foi o Pr. Ouillin (1878), com sustento próprio.
Seguiram-se, sustentados pela ‘Junta’: Bagby (1880), Taylor (1882), Soper
(1885), Putheff (1885) e outros sendo que Bagby, Soper e Putheff foram pastores
da Igreja em Sta. Bárbara, que tinha entre seus membros, um expressivo grupo de
maçons. Em 1921, Salomão Luiz Ginsburg, Missionário da Junta de Missões
Estrangeiras de Richmond, publicou o seu livro ‘Um Judeu Errante no Brasil ‘,
sua autobiografia. Encontra-se em algumas partes de seu relato a descrição de
sua condição de Maçom (5, pg. 82 e 83 ).**
Da imensa obra de Ginsburg desejo destacar poucos tópicos. Foi Ginsburg o editor do primeiro Cantor Cristão (16 hinos) em 1891 e na edição atual do referido Cantor ele aparece como Autor ou Tradutor de 102 hinos. Destaco ainda, conforme nos informa o Pr. Ebenezer Soares Ferreira (veja O Jornal Batista nº 30 de 24/07/94), Ginsburg foi o fundador, na cidade de São Fidélis no Estado do Rio de Janeiro, da Loja Maçônica Auxílio à Virtude (02/07/1894) e da ‘Egreja DE CHRISTO, CHAMADA BATISTA’
(27/07/1894). Que foi a
primeira Igreja Batista em São Fidélis Segundo o mesmo autor (9, pg. 64), o
primeiro Templo Batista construído no Brasil, foi o da Primeira Igreja Batista
de Campos, edificado sob o pastorado de Salomão Ginsburg e com a colaboração
financeira dos Maçons.
O Pastor José de Souza Marques, que foi Presidente da Convenção Batista Carioca e da Convenção Batista Brasileira, tendo em 1940, na Convenção da Bahia, organizado a Aliança dos Pastores Batistas Brasileiros, que mais tarde tomou o nome de Ordem dos Ministros Batistas do Brasil, permanecendo em sua Presidência até 1962, cujo fruto todos conhece, exerceu cargos importantes na administração maçônica, tendo sido inclusive presidente, por muito tempo, do Supremo Tribunal de Justiça Maçônica.
Ainda
hoje, a única foto existente no Salão do Conselho do Palácio Maçônico do
Lavradio, é a do Pr. Souza Marques. No mesmo Palácio, a sala de Tribunal de
Justiça tem o nome de José de Souza Marques. Foi também Membro Efetivo do
Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito, encontrando-se
em sua sede em exposição, um retrato pintado a óleo do Pastor Souza Marques.
Inúmeros
outros “Homens de Fé”, verdadeiros cristãos, inclusive batistas de relevância
na Denominação, têm sido maçons sem encontrar incompatibilidades entre a Fé
Cristã e a prática Maçônica.
Fontes:
1 – Aslan, Nicola, A Maçonaria Operativa, Editora Aurora Ltda, Rio de Janeiro (RJ), 1979.
1 – Aslan, Nicola, A Maçonaria Operativa, Editora Aurora Ltda, Rio de Janeiro (RJ), 1979.
2 –
Constituições dos Franco-Maçons de 1723 (As), Reprodução do original e tradução
de João Nery Guimarães, Editora A Fraternidade, São Paulo (SP), 1982.
3 –
Autores Diversos, O Cantor Cristão, JUERP, Rio de Janeiro (RJ), 1971,4a. edição
com música.
4 –
Oliveira, Betty Antunes de, Centelha em Restolho Seco, Edição da Autora, Rio de
Janeiro (RJ), 1985.
5 – Ginsburg, Salomão Luiz, Um Judeu Errante no Brasil, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro (RJ), 1970, 2a. edição.
6 – Aslan, Nicola, A História da Maçonaria, Editora Espiritualista Ltda, Rio de Janeiro (Rl), 1959.
7 – Ferreira, Ebenezer Soares, História dos Batistas Fluminenses , Rio de Janeiro (RJ), Edição do Autor, s.d
8 – Aslan, Nicola, Histórica Geral da Maçonaria – Período Opera ivo, Gráfica e Fditora Aurora Ltda, Rio de Janeiro (RJ), 1979.
9 – Reimer, Haroldo, Maçonaria – A resposta a uma carta. Edições Cristãs, Ourinhos (SP)- s.d.
10 – Pereira, Carlos Eduardo, A Maçonaria e a Igreja Cristã, Livraria Independente Editora, São Paulo (SP), 1945, 3a edição.
11- Lyra,.Jorge Buarque, A Maçonaria e o Cristianismo, Editora Espiritualista Ltda, Rio de Janeiro(RJ), 1971, 4a edição.
12 – Prober, Kurt, A História do Supremo Conselho do Grau 33 o Brasil, Livraria Kosmos Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1 981.
13 – Pereira, I. Reis, A História dos Batistas no Brasil, JUERP, Rio de Janeiro (RJ), 1982.
Origens Batistas – “Rastro de Sangue” ou “Rastro Arte Real Trabalhos Maçônicos
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