A MAÇONARIA E A CARBONÁRIA

Nenhuma Sociedade Secreta fascinou tanto as multidões sequiosas de sua liberdade, ou da independência política conquistada à custa de lágrimas e sangue, quanto a Maçonaria Florestal, mais conhecida como “Carbonária”, por ter sido fundada pelos carvoeiros da Hannover, como associação de defesa e de ação contra os opressores e assaltantes de sua classe. Constituída no último Quartel do Séc. XV, ela só veio a entrar na História, como organização de caráter político, após a Grande Revolução Francesa.

Na Itália, ela adquiriu fama de violenta e sanguinária, e introduzida na França por ordem de Napoleão, não tardou em converter-se na mais poderosa força oposicionista ao expansionismo do grande corso, lutando contra ele na França, na Áustria, na Espanha e em Portugal. O nome de “Maçonaria Florestal” veio-lhe depois que irrompeu, na Itália e na França.


“Maçonaria”, porque os Maçons a propagavam e a protegiam, “Florestal”, porque as Iniciações dos seus Membros lembravam as dos antigos Carvoeiros de Hannover, realizadas nas florestas mais densas, a cobertos das vistas estranhas.

Os Carbonários, antes de serem investidos nos Segredos da Ordem, passavam por duras provas e prestavam os mais terríveis juramentos, como este, que eram assinados com próprio sangue:

Juro perante esta assembleia de homens livres, que cumprirei as ordens que receber, sem as discutir e sem hesitar, oferecendo o meu sangue em holocausto, à libertação da Pátria, à destruição do inimigo e à felicidade do Povo. Se faltar a este juramento, ou trair os desígnios da Poderosa Maçonaria Florestal, que a língua me seja arrancada e o meu corpo submetido ao fogo lento por não ter sabido honrar a Pátria que foi meu berço.” Só depois deste juramento é que o Candidato recebia as insígnias de “Bom Primo”, (as insígnias de Bom Primo consistiam de um balandrau preto e Capuz, tendo bordado, em branco, no peito, um punhal (o punhal de São Constantino), com o cabo no formato cruciforme entrelaçado a uma cruz cristã.) O punhal de São Constantino não constava somente de um desenho bordado no Peito do Balandrau Preto, era também uma arma branca, que todos os Carbonários usavam, também em suas execuções, como símbolo da Ordem a qual pertenciam.

O Balandrau Preto, dos líderes, ao invés do Punhal e da Cruz entrelaçados possuía bordado no peito, em dourado, um sol radiante.

O brado de guerra dos Carbonários consistia em cada um, levantar o seu punhal bem alto.

Normalmente as reuniões dos tribunais carbonários eram realizadas, a exemplo dos carvoeiros de Hannover, no passado, em plena floresta, bem distante dos olhares curiosos e indevidos.

Seus julgamentos eram implacáveis e seus réus, se condenados, eram executados com a máxima eficiência. O Carbonário era, às vezes, juiz e carrasco ao mesmo tempo. Seus afiliados (jamais podiam trair a Ordem. Os que traíram, sempre foram exemplarmente executados) se tornavam Carbonário ou executor das ordens de “Alta Venda”.

Em cada país a Organização da “Maçonaria Florestal” obedecia ao esquema italiano: “Alta Venda”, corpo deliberativo superior, composto de um Delegado da cada “Barraca”, composta por sua vez por um Delegado de cada “Cabana”; e as “Cabanas” eram formadas por um Delegado de cada “Choça”. Acima da “Alta Venda” estava, porém, a “Jovem Itália”, composta por um triunvirato que nas lutas pela Unificação e pela queda do Poder Temporal dos Papas, era constituído por Cavour, Mazzini e Garibaldi.

A Carbonária Italiana, a princípio, foi protegida pelo Carbonário Lucien Charles Napoleão Murat, General de Napoleão Bonaparte, e Príncipe de Monte Corvo, filho do Marechal Murat, nascido em Milão, em 1803. Ele abandonou a Itália em 1815, com a derrocada de Napoleão em Waterloo, em 18 de julho de 1815, tendo sido capturado na Espanha. Após sua libertação, seguiu para os Estados Unidos, em 1825. Ali se casou, tendo retornado a Paris em 1848.

Mais tarde, Murat foi eleito Grão Mestre do Grande Oriente, conseguindo um progresso muito grande no erguimento da Obediência, com a fundação de muitas novas Lojas.

Um dos elementos que se deve destacar na Carbonária Italiana, não pelos seus atos patrióticos, mas sim pela sua traição à Carbonária, é o Conde Peregrino Rossi. Rossi teve duas atitudes distintas: na mocidade, foi um dos mais ativistas e propagandistas dos ideais da Carbonária, merecendo o respeito de todos os Bons Primos. Todavia, de um momento para outro, bandeou-se para as hostes inimigas.

Rossi aliou-se ao Papa Gregório XVI com a finalidade de conseguir do Papa, condenações às ações dos Jesuítas. Nesse ínterim, morre Gregório XVI e sobe ao Trono de São Pedro o Papa Pio IX, ao qual Rossi se afiliou de corpo e alma. Rossi, que fora até Roma para combater o jesuitismo, volta um fiel defensor dos Irmãos de Inácio de Loyola.

É proscrito da Carbonária em 1820 e se torna um novo Saulo, convertendo-se aos ideais do Papa. Peregrino Rossi era o novo Judas, gritavam em todas as “Barracas”, de punhal em riste, os Bons Primos, seus antigos companheiros.

Conhecedor que era dos métodos de seus antigos companheiros, Rossi teve muita facilidade de nominar seus líderes e encher as prisões da Cidade Eterna, dando um tremendo golpe no movimento revolucionário.

Rossi cada vez mais se dedicava a uma ação repressiva, sem pensar que, desde a mais humilde “Choça” a mais pujante “Barraca”, e com Giuseppe Mazzini tendo o controle de todas as “Altas Vendas”, os punhais de São Constantino eram levantados e descreviam no ar o ângulo reto das decisões fatais. A sentença estava lavrada, terrível e implacável.

Havia sido marcada uma reunião para o dia 15 de novembro, à 1 hora da tarde, com o Ministro Conde Peregrino Rossi. Dissera Rossi no dia anterior: “Se me deixarem falar, se me derem tempo para pronunciar o meu discurso, não só a Itália estará salva, como ficará definitivamente morta a demagogia da Península”. A demagogia da península era o movimento Carbonário.

La causa del Papa es la causa del Dio”. E o Conde Peregrino Rossi desceu as escadarias e entrou na carruagem que o levaria ao Parlamento.

Chegando à praça, a carruagem atravessou lentamente a multidão e entrou pela porta do Palácio e foi parar em frente ao vestíbulo, onde Peregrino Rossi foi saudado por assobios e gritos enraivecidos:  Abaixo o traidor! Morte ao vendilhão da Pátria! Só então Rossi notou que nem toda a consciência nacional estava encarcerada na Civilitá Véchia.

Esboçou um sorriso contrafeito para a multidão e quando se dispunha a continuar a marcha, recebeu um golpe na carótida, especialidade dos Bons Primos, que o fez tombar agonizante.

No bolso interno da sobrecasaca, ao ser recolhido o cadáver, foi encontrada a sentença de morte: “Juraste lutar pela unificação da Itália e traíste o juramento! Lembrando: ‘Juro que jamais abandonarei as armas ou desertarei do Movimento Patriótico, enquanto a Itália não for livre e entregue a um governo do Povo, para o Povo. Se eu faltar a esse juramento, prestado de minha livre e espontânea vontade, que o pescoço me seja cortado e o meu nome desonrado e apregoado como o mais vil traidor à Pátria e aos Bons Primos da Carbonária Italiana’. Com coisas sérias não se brinca!”

A transcrição acima é de autoria do maçom Adelino de Figueiredo Lima, um dos raros brasileiros a escrever sobre a Carbonária. O trecho acima nos mostra que  a Carbonária estava muito distante da Maçonaria (que nunca usou tais métodos), mesmo assim a Carbonária sempre foi confundida com a Maçonaria, e alguns Maçons ainda acreditam que, no passado, a Maçonaria executava Irmãos e profanos que não cumprissem suas regras.

Jamais a Maçonaria, mesmo no passado remoto, matou ou mandou matar os maus elementos da sociedade. Quem fez isso, foi a Santa Vehme e a Carbonária (chamada de Maçonaria Florestal, talvez aí resida o ponto de confusão entre as duas instituições). A Maçonaria verdadeira sempre foi pacífica, respeitadora da lei e da ordem. Só usando sua estrutura fechada para conspirar contra os maus regimes políticos e algumas instituições nocivas, mas sempre ordeira e pacificamente. 

É verdade que conseguiu derrubar tiranos do poder e colaborar com a independência de muitos povos, para isso usando sua organização exemplar e suas influências sociais. Em muitas ocasiões seus integrantes, independentemente de suas Lojas, se filiavam a movimentos ou grupos ativistas e vingadores, embora a Maçonaria, como instituição nunca tenha apoiado tais comportamentos.

 É inegável que, em certar ocasiões, a Carbonária recebeu apoio da maçonaria, entretanto nunca foram uma mesma instituição, seus propósitos e seus objetivos raramente foram os mesmos.



Por Irmão Honório Sampaio Menezes, 33º do REEA, Loja Baden-Powell, 185, GLMERGS, Brasil.

A PEDRA E SEU NOVO DESPERTAR


Esta era uma pedreira enorme, com grandes vetas de todos os distintos tipos de pedras, havia nela, desde o rude granito até o apreciado mármore.

Todas as pedras comuns invejavam as pedras finas, pois elas seriam escolhidas pelos grandes artistas e escultores e, iriam morar em grandes palácios e mansões convertidas em magníficas obras de arte ou pisos lisos e colunas de mármore.

As pedras sabiam que elas nunca seriam as escolhidas para isto e aceitavam seu destino. Mas, isto não significava que não se cobrissem de pó para intentar clarear sua cor e ser mais parecidas ao invejado mármore ou que deixassem que o barro preenchesse as imperfeições de seus rugosos contornos para ocultá-los.

Todas elas diziam vir de vetas muito próximas às do mármore e por isto pertencer àquela linhagem em sua estrutura. Era uma sociedade pétrea como qualquer outra sociedade comum, com as classes baixas querendo se parecer às altas.

Aquela era uma pedra a mais do montão, não tinha uma estrutura comum, mas certamente tampouco era de mármore, ela também se cobria às vezes com pó e barro para se retocar, mas o fazia mais pelo que diriam as pedras da vizinhança do que pelo que ela realmente sentia. Embora em silencio invejasse as pedras lisas, posto que elas fossem as que iriam morar em suntuosos palácios, enquanto ela continuaria sempre em aquela comum e empoeirada pedreira. 

Todos os dias vinham renomados artistas em suas finas charretes de cedro lavrado, puxadas por elegantes e briosos corcéis, escolhiam os melhores mármores e os colocavam com o maior cuidado no piso aveludado de suas charretes, logo partiam imaginando em suas mentes as maravilhosas obras de arte que fariam, enquanto que aquelas pedras escolhidas se despediam de suas congêneres fazendo notar o êxito que agora alcançaram. 

Mas certo dia passou pela pedreira um ancião a quem ninguém nunca tinha visto antes, mas, aquele homem já conhecia as pedras, pois esteve observando a pedreira desde longe durante muito tempo, antes de decidir se aproximar de uma.

O ancião protegia suas roupas com um avental de couro branco, amarrado às costas, muito desgastado pelo uso continuo, ele não era nenhum artista renomado, pelo contrario, um simples obreiro que se aproximou com passo decidido, escolheu aquela pedra, a subiu na sua envelhecida charrete, cobrindo-a com uma manta, e ajudado pelo seu burro a levou até sua oficina.

A pedra estava muito assustada, pois ainda não compreendia o que acontecia, pensava que talvez o ancião por ser muito velho, a teria confundido com uma pedra de fina classe ou pior, por um mármore, e temia pelo seu futuro social quando fosse devolvida à pedreira logo que o obreiro se desse conta de sua pouca valia. 

Já na oficina do ancião, este a descobriu e a limpou do pó e barro que a cobriam, sentiu-se nua, sem aquele disfarce, e ao se acostumar à penumbra do lugar viu com horror que ao seu redor haviam muitas pedras muito trabalhadas e polidas, alem de finíssimos mármores, “serei o faz-me-rir” pensou, deveria sentir-se tosca e sem valor, mas por alguma estranha razão não se sentia assim, algo em aquele ancião a fazia se sentir segura e ademais estavam àquelas pedras, que em vez de orgulhar-se de suas linhagens e menos prezá-la como se acostumava fazer na pedreira, a olhavam com afeto. Apesar de haver tantas pedras, o ambiente era cálido e agradável. 

O ancião se aproximou dela e lhe disse que ela estava destinada a uma obra muito importante, mas a pedra não acreditava nas palavras do ancião, ela era uma simples pedra tosca como tantas outras e ademais nessa oficina tinham pedras melhores, mas o homem continuou falando e lhe disse que agora não havia como voltar atrás, ele a tinha escolhido dentre as demais, não por sua aparência externa, senão porque estava seguro que a estrutura interior dela era forte e apropriada para o trabalho que necessitava lhe disse também, que poria seu melhor empenho em prepará-la, tal como o fez com as outras pedras que passaram pela sua oficina, mas sempre existiria o perigo de se a pedra não fosse à adequada, se quebraria durante o processo. 

'Embora vá te golpear não deveis temer' - lhe disse o homem - 'eu vou dirigir meus golpes aonde os necessites para ir desbastando tua superfície, mas você deverá estar disposta a recebê-los e aceitar o cambio, de outra maneira poderás rachar interiormente e já não serás útil'.

E assim a pedra começou a receber os golpes do cinzel que, habilmente a ia desbastando empurrado pelo maço do ancião, a pedra ia aceitando cada golpe que lhe arrancava parte de se mesma, esforçando-se em adaptar-se ao seu novo ser. 

Passaram-se muitos dias e o ancião continuava trabalhando, e embora a pedra agora luzia seus lados retos, isso já não parecia importar-lhe, em outros tempos tivesse menosprezado a suas toscas congêneres da pedreira, mas agora somente lhe importava ficar pronta para realizar esse trabalho tão importante, e tal como ela fosse tratada ao chegar à oficina, recebia com afeto as novas pedras que chegavam, embora fossem tão ou mais toscas como ela foi ao principio. 

Quando a pedra ficou pronta, o ancião a conduziu a um terreno baldio grande e a colocou no sentido nordeste e lhe disse que estava ali não só para ser a primeira pedra, senão que ademais seria o suporte da principal coluna estrutural da imensa catedral que ali se construiria, ela suportaria o peso das outras pedras, as quais por sua vez sustentariam os decorativos mármores. 

Se a pedra assimilou de coração o trabalho do ancião, sua estrutura estaria preparada para a grande missão, de outro modo, ao falhar a pedra, toda a catedral viria abaixo. 

Centos de obreiros de distintas nacionalidades começaram a chegar de todos os confins do mundo, trazendo consigo cada um, uma pedra para a catedral, já lavrada e polida em suas próprias oficinas.

Todas elas foram se encaixando uma a uma com assombrosa perfeição, como se o mesmo pensamento tivesse guiado a mão de todos os obreiros por igual.

Era uma obra magnífica, talvez a catedral mais bela, grande e imponente do mundo, milhares de pessoas vinham diariamente de cada canto da terra, somente para contemplar tamanha beleza. 

As pessoas se regozijavam em seu esplendor e saiam gratificadas com a paz espiritual que aquela vista produzia. Mas ninguém nunca via a pedra, nem sabiam de sua importante missão, nem que ela era o pilar principal da catedral.


E como ninguém percebia a pedra, ninguém reconhecia seu importantíssimo trabalho, mas isto à pedra não lhe importava, ela sabia o que fazia e não o fazia certamente por reconhecimento, a pedra era simplesmente feliz, sabendo que seu trabalho brindava paz e alegria as pessoas e isto era para ela recompensa suficiente, seus pensamentos já não eram materiais, ela tinha despertado para uma nova vida mais frutífera espiritualmente, ela tinha sido abençoada com um novo despertar. 

Dedicado a quem escolheu minha pedra. 

Autor: Ir.’. Juan A. Geldres AMARLS Fraternidade e Justiça 142 Lima – Peru

A ORIGEM DA PALAVRA LOJA


A LOJA - Ao se fazer o resgate histórico verifica-se que o termo Loja Maçônica tem origem comum com o termo Loja Comercial. Para Castellani, entre muitos Maçons influenciados por obras pouco fidedignas, a palavra Loja para designar uma corporação maçônica, seria originária da palavra sânscrita “LOKA”. Mas a palavra “LOKA” significa espaço, lugar, tempo, como o “LOCUS” do latim, portanto, seu significado não corresponde exatamente ao significado do termo Loja Maçônica.

A origem correta da palavra loja está nas “Guildas Medievais”. Entre as corporações de artesãos medievais (hoje denominada Maçonaria Operativa), destacam-se as Guildas, características dos germânicos e anglo-saxões e que começaram a florescer no século XII.

Antes dessa data, elas eram entidades simplesmente religiosas e não formavam corpos profissionais. Existiam dois tipos de Guildas: Guildas de Mercadores e Guildas de Artesãos.

As Guildas de Mercadores adotaram palavra Loja para designar seus locais de depósitos, ou de vendas, ou seja, onde os produtos manufaturados eram armazenados e negociados. Portanto, deram origem às casas comerciais de comercialização de produtos, que correspondem às lojas comerciais atualmente.

As Guildas Artesanais, ou seja, as oficinas de mestres artesãos passaram a se chamar loja e estas deram origem ao termo Loja Maçônica, que designa as corporações maçônicas, que operam em Templos Maçônicos.

O primeiro documento maçônico (da Maçonaria de Ofício) em que aparece a palavra Loja, data do ano de 1292 e era de uma Guilda.

O TEMPLO Em relação à origem dos templos constata-se que, inicialmente, no período da Maçonaria Operativa, ao lado das grandes construções, era erguido um alpendre destinado a vários usos.

Durante o Inverno, nele executavam atividades os trabalhadores de pedras, os antigos Maçons operativos, preparando materiais para serem utilizados nas construções, quando reiniciados os trabalhos de edificação na Primavera.

Nesses locais permaneciam também os Companheiros em trânsito, que se deslocavam entre cidades para aperfeiçoarem seu ofício, aprendendo novos métodos e novas invenções.

Nesses ambientes também ficavam expostos os planos, discutidos os detalhes da construção, distribuídas as tarefas, portanto tornando-se um local sagrado, como a própria arte de construir é desde os tempos imemoráveis considerados uma “arte sagrada”. (Garcia).

Para Varoli Filho, o Templo Maçônico material, como os atuais, com diferenças de cada Rito, foi criação tardia da Maçonaria Especulativa.

Começou a ser imaginado nas últimas décadas do Século XIII e em parte se realizou em compartimento, destinado a reuniões de Lojas, do “Freemasons Hall”, pela primeira vez inaugurado em Londres em maio de 1776. Em 1778, o Grande Oriente da França passou a proibir o funcionamento de Lojas fora de edifícios ou Templos Maçônicos.

Até então as Lojas funcionavam em recintos adaptados, bastando-lhes a tela de Símbolos colocada no chão ou sobre qualquer mesa retangular.

Ainda havia os que desenhavam os Símbolos no chão, com giz, carvão, ou sobre prancha retangular de areia seca – prática herdada dos Maçons ingleses.

Os desenhos eram desfeitos ao se fechar a Loja. Dos retângulos simbólicos vieram os Painéis de cada Grau, bem como o trajeto de enquadrar a Loja, dos Ritos que ainda o conservam.

Inicialmente, a entrada dos Templos Maçônicos era pelo Oriente, como nos Templos do antigo Egito e no próprio Templo de Salomão evoluiu para entrada pelo Ocidente como nas Igrejas Cristãs.

A reunião em lugar oculto sempre foi tradição, mesmo em Lojas que se reuniam no alto de colinas, na profundidade dos vales, ou em campos abertos (“Field lodges”). Maçons de Aberdeen, na Escócia, autorizados pela principal, praticavam Iniciações sob uma tenda erguida no alto da Cunnigar Hill, o dominante sobre a baía de Nigg, mas, em 1670, a Loja-mãe ou principal de Aberdeen proibiu, por seu estatuto, as reuniões como eram feitas, e soem caso de mau tampo permitia Sessões em edifícios de onde ninguém visse ou ouvisse (Varoli Filho).

O Templo Maçônico representa o mundo e a Loja Maçônica a humanidade. A Loja se constitui quando seus membros se reúnem em um Templo e, ao final de cada Sessão, a Loja é considerada fechada, mas o Templo continua aberto, inclusive para outras Lojas Maçônicas operarem.

A LOJA E O TEMPLO
 Templo e Loja são expressões que se confundem em vários Ritos, cujas constituições virtuais não falam de Templo e só mencionam Loja – reunião regular de Maçons em lugares ocultos. Bouliet apud Aslan, diz que a palavra Loja tem origem no antigo alemão “Loubja”, que significa cabana feita de folhagem; entretanto, os ingleses a fazem derivar do vocábulo anglo-normando “Lodge”, que tem o significa do de habitação ou alojamento.

As duas origens etimológicas se complementam e transforma no vocábulo para o inglês “Lodge” com o sentido de reunião maçônica que hoje lhe é dado. Varoli Filho deixa bem caracterizado que as Lojas ao longo de sua evolução funcionaram em Templos provisórios, evoluindo para os Templos com as características atuais, que são parlamentos onde funcionam as Lojas.

Para Aslan, uma Loja é uma assembleia ou sociedade de Maçons, devidamente organizada e cada irmão que pertence a uma estará sujeito aos seus estatutos e regulamentos.

Boucher apud Aslan, afirma que nas reuniões de Maçons dos vários graus são denominadas Lojas ou Oficinas e que este último nome lhe é dado como lembrança das primeiras reuniões de Maçons operativos.

Para Garcia, a Loja Maçônica é a base de todas as organizações maçônicas e simbolicamente é uma redução da humanidade e funciona em um Templo que retrata uma redução do universo, criado pelo Grande Arquiteto do Universo, em cujas dimensões universais o homem se fixa para dominá-lo e ampliar seus conhecimentos, associando cada utensílio usado, aqui onde qualifica na razão e na moral que deve ser absorvida pelo homem no seu interior, só assim é que pode entender e se desvencilhar das coisas que o aviltam.

CONCLUSÕES
 Verifica-se no transcorrer desse documento divergências quanto à origem da palavra Loja e também que existe confusão entre Loja e Templo.

 A Loja Maçônica, cujo significado da palavra tem a mesma origem da palavra Loja para designar estabelecimentos comerciais, quando empregada para designar uma instituição maçônica, está se referindo a instituição enquanto sua razão social, constituída por membros (homens livres e de bons costumes) e que necessita de um espaço físico para funcionar, que são os Templos.

A Loja só se materializa quando seus membros se reúnem em sessão. Ao término da assembleia a Loja é descaracterizada e só voltará a se constituir novamente na primeira reunião. Nota: Sânscrito era o idioma falado pelos invasores indo-europeus do Punjad, por volta do século XIV a.C.; tendo afinidade com o antigo persa, o grego e o latim, jamais foi uma língua popular, sendo restrita aos sacerdotes e aos eruditos.

Nesse idioma é que foi escrita a literatura indiana mais remota, de inspiração filosófica e religiosa, constituindo as “Vedas”, coleção de hinos sagrados.

Referências ASLAN, Nicola. Estudos maçônicos sobre simbolismo. 3 ed. Rio de Janeiro: Aurora, 1980. CASTELLANI, José. A origem da palavra Loja. Publicado em o Aprendiz. GARCIA, Clever Ronald. A Loja. Várzea Grande MT: Loja 15 de Maio nº 9, Grande Loja, MT VAROLI FILHO, Theobaldo. Loja. ATrolha de nº40, março-abril de 1989.

Irmão Julio Caetano Tomazoni Pato Branco-PR

Fonte: JB News – Informativo nr. 2.102.

WHATSAPP E A MAÇONARIA


A perpetuidade da Maçonaria se funda justamente na manutenção de nossas tradições, sem nos tornamos arcaicos. Arcaico, aqui, se refere ao antiquado, obsoleto e não ao tradicionalismo: do latim traditio, que é “passar adiante” ou “entregar” algo.

No compartilhamento das instruções, transmitimos os valores morais e éticos contidos nos símbolos, gestos e marchas. Através da ritualística e por meio do conteúdo da lenda e do respeito à hierarquia, buscamos o sentido da formação do Ser.

Tudo o que é novo causa algum tipo de atrito entre o “antigo” e o “moderno”. Assim foi quando os balaústres começaram a ser gravados, já que prometemos nada grafar. Hoje, não há conflitos quanto ao uso de computadores para a lavratura.

Mas, já ocorreram embates quanto à substituição do Livro de Atas lavrado à caneta, na reunião pela folha impressa numa “profana impressora” (já que ela estaria fora do Templo) em data posterior a reunião. O que dizer, então, da luz elétrica, da harmonização feita por pen drive em micro system e dos aparelhos de ar condicionado?

O PROBLEMA DAS “MODERNIDADES” NÃO ESTÁ NO USO,
MAS NO MAU USO.

O aplicativo WhatsApp, esta fantástica ferramenta de comunicação, aproximação e estreitamento de laços tem, frequentemente, provocado exatamente o contrário. WhatsApp vem da expressão em inglês “What’s up?” substituindo o “up” por app, de “application program”. Se traduzido para o português a expressão tem significa: - E aí? - O que esta acontecendo? - Qual é o problema? O aplicativo tem este nome justamente para que possamos compreender sua missão.

A plataforma destina-se a mensagens rápidas, objetivas e direcionadas. Sejamos sinceros: O que temos praticado são, na maioria das vezes, desvirtuamentos. Nos grupos criados sob o tema “Filosofia”, vemos Irmãos postando imagens e textos sobre futebol; grupos de Lojas Maçônicas com cenas de nudez, grupos de Hospitalaria onde o assunto predominante é política partidária.

Algumas reflexões: Se você acorda cedo, parabéns! Mas, é realmente necessário enviar um mero “Bom dia”, às 5, 6, 7 horas da manhã, para todos os 20 grupos que você e a maioria de seus Irmãos fazem parte? Doação de sangue para um moribundo, córneas sobrando, 500 cadeiras de rodas para doação, vagas de empregos em multinacionais, sequestrados, perdidos e abandonados em hospitais etc., essas mensagens devem ser multiplicadas somente se confirmada a veracidade da informação.

Seja criativo. Crie sua própria mensagem. O simples “copiar/colar” e enviar para todos os grupos, só serve para encher a memória dos celulares. Se você recebeu aquela “linda mensagem” provavelmente todos nós já a recebemos.

Entre nós Maçons, imagens e filmes de violência, agregam alguma coisa? Mensagens de WhatsApp são como flechas. Depois de lançadas, não tem como pará-las. Na maioria das vezes, os Irmãos miram um alvo e acertam outros. No calor e na intempestividade de se manifestar, magoamos, afastamos e destruímos fraternas relações.

A MODERNIDADE SERÁ SEMPRE O PRÓXIMO PASSO. MANTENHA SEUS SENTIDOS EM ALERTA, A MENTE ABERTA E O CORAÇÃO PURO. TEMOS A OBRIGAÇÃO DE USAR TODAS AS FERRAMENTAS A NÓS APRESENTADAS APENAS E EXCLUSIVAMENTE PARA EDIFICAR, SEJA AGENTE MODIFICADOR DAS VIBRAÇÕES DOS SEUS GRUPOS PARA QUE HAJA JUSTIÇA E PERFEIÇÃO.

Este artigo foi inspirado no livro “CAIBALION – OS SETE PRINCÍPIOS HERMÉTICOS” que na página 29 há o estudo do Princípio da Vibração: “Nada está parado; tudo se move, tudo vibra” Neste décimo primeiro ano de compartilhamento de instruções maçônicas mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudos das Lojas.

Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.

Fraternalmente
Sérgio Quirino – Grande Segundo Vigilante – GLMMG

A ORDEM MAÇÔNICA



Há dificuldades para se desvendar as origens da Ordem Maçônica. O calendário maçônico faz remontar suas origens ao próprio Adão; por isso, acrescenta à data da era cristão mais 4 mil anos, que seria a idade do mundo antes de Cristo. Desse modo, estamos no ano de 6017 (2017).

Outras origens são ou certamente lendárias, como a vinculação com a Ordem dos Templários, ou pelo menos, secundárias, como a ligação com a Rosa-Cruz. Em 1723, um novo Livro das Constituições, estabelecido por ordem da Grande Loja da Inglaterra pelo pastor Anderson, foi adotado e constitui desde então a carta magna maçônica, modificada em 1738.

As  Constituições de Anderson são simples. Declaram que um maçom é obrigado, por sua natureza, a obedecer à moral e que não poderá nunca ser um ateu estúpido nem um libertino anti-religioso.  Acrescenta   mais que, se  no passado os  maçons estavam sujeitos em cada  país à obrigação de praticar a religião de seu país, agora se considera mais conveniente não lhes  impor nenhuma  religião.

Enfim, especifica-se que o maçom deve ser um “pacífico súdito dos poderes civis”. Da  maçonaria operativa (pedreiros) as Lojas conservaram a linguagem dos ritos e dos símbolos.

Na França, formaram-se Lojas sob a obediência da Grande Loja da Inglaterra. As primeiras datariam de 1725. Em 1737, Ramsay, escocês naturalizado francês, escreveu o célebre livro “Discours du chevalier”, onde tratava da maçonaria da França e expunha o que denominava as virtudes maçônicas: a humanidade, uma sadia moral, manter o segredo, ter o gosto pelas ciências úteis e pelas artes liberais.

Acrescentava o ideal remoto de uma República universal, pela maçonaria. Eis o primeiro esforço de unidade realizado sem a cooperação inglesa. As Lojas maçônicas reuniram-se para instituir um grão-mestre, que foi o duque d’Antin (1738). No resto do século XVIII, a maçonaria desenvolveu-se com incrível rapidez na França, nas outras nações da Europa e nas Américas.

Todas essas organizações pareciam proceder de um mesmo espírito, mas não tiveram  relações muito estreitas. As Lojas maçônicas criaram dignidades novas, os Altos Graus. Entre os maçons operativos (pedreiros) havia apenas 3 graus: aprendiz, companheiro e mestre. Algumas Lojas, como as Loja azuis, também conservam apenas esses graus.

Além dos três graus, a maçonaria anglo-saxônica reconhece ainda graus secundários. Outros ritos têm os chamados graus superiores. Os Altos Graus constituíram uma espécie de maçonaria aristocrática, ao serviço das pessoas distintas da Corte e da Cidade. Tais graus, traduzidos por títulos pitorescos, perpetuaram-se até nossos dias. Para mediar a anarquia nos agrupamentos maçônicos franceses, a Grande Loja, cedeu lugar, em 1773, ao Grande Oriente, que perdura até hoje.

Apesar disso, não se logrou realizar a unidade, visto que a maçonaria escocesa preservou sua existência distinta. Idéias principais que caracterizam o substrato do espírito maçônico: Fidelidade à existência de Deus. De um Deus bastante incerto, o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO que não é necessariamente o Criador.

A maçonaria não assume como finalidade a fraternidade e a solidariedade humana. Professa a filantropia. Pode-se atribuir-lhe uma espécie de filosofia moral, que consiste em reconhecer a legitimidade dos apetites humanos, mas com a obrigação de satisfazê-los com ordem, medida e método.

A ideia da tolerância lhe advém de uma tendência acentuada ao sincretismo. A maçonaria crê na bondade natural do homem, no progresso humano indefinido. Pretende ser o guia da humanidade a caminho para uma harmonia universal.

No século XVIII, os chefes aparentes da maçonaria eram grandes senhores próximos do trono. Os nobres exerciam o papel de atração. Membros do clero (secular e regular) eram numerosos. Havia até mesmo bispos maçons. Ainda não se estudou o que aconteceu com os frades maçons durante o período revolucionário.

A maçonaria declarava-se fiel à monarquia. Alguns maçons, como José de Maistre, que foi monarquista, viam na organização um instrumento de conciliação, segundo a idéia de Ramsay, que queria reconduzir o ímpio ao deísmo e à fé.

Geralmente se afirma que a maçonaria em nada contribuiu para o nascimento das idéias filosóficas, que se desenvolveram quando a organização ainda não existia. Assim, parece que a filosofia foi somente um dos meios de sua difusão e de sua aceitação. O espírito que a inspirou parece ter sido de numerosos maçons. Essa era, aliás, a lógica de uma instituição sem Credo pessoal e que refletia o espírito de seu tempo e o servia.

A primeira notícia certa acerca da maçonaria propriamente dita no Brasil data do manifesto, de 1823, fornecido por José Bonifácio, dirigido aos maçons do todo o mundo, dando conta de que fora instalada a primeira loja, em 1801, com o título de “Reunião”, filiada ao Grande Oriente da França e adotado o Rito Moderno ou Francês. No ano seguinte, em 1802, encontramos na Bahia a loja “Virtude e Razão”, funcionando no mesmo Rito Francês. Portanto, podemos dizer que a maçonaria brasileira é filha da maçonaria francesa.

Da França veio o Rito Moderno com que o Grande Oriente atingiu a maioridade. Quando o Grande Oriente de Portugal soube da existência, no Brasil, de uma loja regular e obediente ao Oriente Francês enviou, em 1804, um delegado, a fim de garantir a adesão e a fidelidade dos maçons brasileiros. Mas o delegado não foi feliz no modo com que queria impor suas pretensões.

Com a fundação da loja “Comércio e Artes”, em 1815, no Rio, iniciou-se uma era mais sólida para a maçonaria brasileira. Esta loja existe até os nossos dias, mas só conseguiu firmar-se definitivamente em 1821. Com efeito, em 1818, D. João VI proibiu “quaisquer sociedades secretas, de qualquer denominação”. Mas a campanha da Independência do Brasil preservou a existência da Loja “Comércio e Artes”.

Durante o Segundo Império, teve a maçonaria grande prestígio e influência, inclusive e principalmente na política, pois contava entre seus membros altas personalidades na atualidade à maçonaria brasileira, quer queiramos ou não, embora muito grande tanto em quantidade e qualidade, não tem a  força, a importância  e nem a influência que teve no Império e no começo da  República.

 É fácil se dar bem com pessoas iguais a nós, com as mesmas crenças e culturas semelhantes. Mas é só quando temos contato com pessoas diferentes  é que  realmente colocamos à prova a nossa capacidade de aceitação humana.

A humanidade, em toda a sua história, está acostumada a julgar e matar quem é diferente, porque é mais fácil exterminar o desconhecido do que tentar aprender com ele.

A/D



A CONDUTA DO MAÇOM


Qual o estado de ânimo do maçom ao chegar a Loja?

1º - Cumprimentar seus irmãos com alegria e ser amável ao abraçar cada um, demonstrando a satisfação em participar daquela reunião.
2º - Se necessário, ajudar na preparação da loja e aproveitar a oportunidade para ensinar aos aprendizes os porquês de cada objetivo e seu significado.
3º - Procurar cumprir e estimular os Irmãos para que a reunião tenha início no horário previsto.
4º - Abandonar os problemas ditos "profanos" antes de entrar na sala dos passos perdidos.
5º - Tudo o que for realizar, faça com amor e gratidão, pois muitos desejariam estar participando e não podem.
Lembre-se: MAÇONARIA ALEGRE E CRIATIVA DEPENDE DE VOCÊ (SABER-QUERER- OUSAR-CALAR)

Você pretende ir à Loja hoje?
1º - Sua participação será sempre mais positiva quando seus pensamentos forem mais altruísticos.
2º - Participação positiva será daquele que, com poucas palavras, conseguir contribuir muito para as grandes realizações.
3º - Ao falar, passe pelo crivo das "peneiras", sejam sempre objetivo e verdadeiro em seu propósito. Peneiras: 1) Verdade 2) Bondade 3) Altruísmo.
4º - Às vezes um irmão precisa ser ouvido; dê oportunidade a ele para manifestar-se.
5º - Falar muito quase sempre cansa os ouvintes e pouco se aproveita. Fale pouco para que todos possam absorver algo de importante e útil que você tenha a proferir.

Entendendo meus irmãos.
1º - Eu não posso e não devo fazer julgamentos precipitados daqueles que comigo convivem.
2º - Estamos todos na escola da vida aprendendo a relacionar-nos uns com os outros, e o discernimento é diferente de pessoa para pessoa.
3º - Quanta diversidade existe nas formações individuais. Desejar que o meu Irmão pense como eu é negar a sua própria liberdade. Caso deseje fazer proposta, primeiro converse com o secretário da Loja e verificar se o assunto é pertinente ao momento da Sessão.
4º - Temos a obrigação de orientar, ensinar, mas nunca impor pontos de vista pessoais inerentes ao nosso modo de ver, sentir e reagir.
5º - Não é por acaso que nos é sempre cobrada a tolerância. Devo aprender a ser tolerante primeiro comigo mesmo e, então, estende-la aos demais.

Dia de reunião! Você já sabe o que tem a fazer?
1º - Hoje é dia de reunião, vou dar uma lida no meu ritual para não esquecer os detalhes!
2º - Mesmo que eu já saiba de cor o ritual, não devo negligenciar meu cargo ou minha função em Loja.
3º - Se o irmão cometer alguma falha corrija: se possível, com discrição, sem fazer disso motivo de chacota e gozação.
4º - Quando a cerimônia é desenvolvida por todos de forma consciente e com amor, todo o ambiente reflete a atmosfera de paz e tranqüilidade entre todos.
5º - O ritual deve ser cumprido em todos os seus detalhes. Quando participado com boa vontade, tudo fica mais belo, sem falhas, sem erros, proporcionando um bem estar geral.

Como devo me apresentar em loja?
1º - O templo é o lugar onde acontece a reunião dos Irmãos imbuídos do desejo de evoluir e contribuir para a evolução dos demais.
2º - Valorizar a reunião apresentar-se com sua melhor roupa, ou seja: Despido de toda maldade, manter os pensamentos nobres e altruísticos, valorizando cada Irmão e cumprindo com todas as regras existentes.
3º - Traje limpo, com bom aspecto, revela a personalidade de quem o usa e influenciará diretamente no relacionamento entre os participantes daquela reunião. Tomemos cuidado, pois!
4º - Aquele que é fiel no pouco será fiel no muito, aquele que é infiel no pequeno será igualmente infiel no grande. Cuidado com os relapsos, eles não respeitam nem a si próprio!
5º - Bom seria que todos fossem responsáveis; cabe a cada um de nós criticar construtivamente, visando sempre ao progresso do Irmão imaturo cujo comportamento nos causa constrangimento.

Elegância.
1º - Como é gratificante constatarmos a elegância de um Irmão; verificar em seu comportamento a expressão de uma educação fina e irrepreensível.
2º - É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
3º - A elegância deve nos acompanhar desde o acordar até a hora de dormir; devemos manifestá-la sempre, nos mais simples relacionamentos, onde não existam fotógrafos nem câmeras de televisão.
4º - Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando para só depois mandar dizer se atende.
5º - Se os amigos, os Irmãos, não merecem certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la. Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe, não é frescura. É A 

ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO. .

O Iniciado
1º - Quando vossos olhos se abriram para a verdadeira luz, uma infinidade de objetos, novos para o vosso entendimento, atraiu a vossa atenção.
2º - As diversas circunstâncias que rodearam a vossa recepção, as provas a que fostes submetidos, as viagens que vos fizeram efetuar e os adornos do templo em que vos encontraste tudo isso reunido deveria ter excitado a vossa curiosidade, e para satisfazê-la não há outro caminho senão o da busca do conhecimento e da verdade.
3º - A maçonaria, cuja origem se perde na noite dos tempos, teve sempre por especial escopo agremiar todos os homens de boa vontade que, convencidos da necessidade de render sincero culto à virtude, procuram os meios de propagar o que a doce e sã moral nos ensina.
4º - Como esses homens desejam trabalhar nessa obra meritória com toda tranqüilidade, calma e recolhimento, reúnem-se para isso nos Templos Maçônicos.
5º - Os verdadeiros Maçons trazem constantemente na sua memória não somente as formas gráficas dos símbolos maçônicos, como, e muito principalmente, as grandes verdades morais e científicas que os mesmos representam. Sejamos então todos verdadeiros.

Livre e de bons costumes. 
1º - Para que um candidato seja admitido à iniciação, a maçonaria exige que ele seja "livre e de bons costumes".
2º - Existindo os servos, durante a idade média, todas as corporações exigiam que o candidato a Aprendiz para qualquer ofício tivesse nascido livre", visto que, como servo ou escravo, ele não era dono de si mesmo.
3º - De bons costumes por ter orientado sua vida para aquilo que é mais justo, mais elevado e perfeito.
4º - Essas duas condições tornam o homem qualificado para ser maçom e com reais possibilidades de desenvolver- se a fim de tornar-se um ser perfeito.
5º - Verdadeiro Maçom é: "Livre dos preconceitos e dos erros, dos vícios e das paixões que embrutecem o homem e fazem dele um escravo da fatalidade.

O que não devo esquecer.
1º - A maçonaria combate a ignorância, de todas as formas com que se apresenta.
2º - Devo cultivar o hábito da leitura para enriquecer em conhecimento, ajudar de forma consciente todos aqueles que estão a minha volta.
3º - Estar atento e lembrar sempre a meus irmãos que um maçom tem de ter uma apresentação moral, cívica, social e familiar sem falhas ou deslize de qualquer espécie.
4º - Não esquecer: as palavras comovem, mas os exemplos arrastam! Tenho como Maçom que sou, de servir sempre de exemplo, em qualquer meio que estiver.
5º - Lutar pelo princípio da eqüidade, dando a cada um, o que for justo, de acordo com a sua capacidade, suas obras e seus méritos.

O tronco de beneficência.
1º - Possui várias denominações, como: Tronco de solidariedade, de Beneficência, dos Pobres, da Viúva, etc.
2º - A segunda bolsa é conduzida pelo Hospitaleiro, que também faz o giro, obedecendo à hierarquia funcional; oferece a bolsa aos Irmãos sem olhar para a mão que coloca o óbolo.
3º - Contribuir financeiramente para a beneficência é um dos deveres mais sérios de todo maçom, uma vez que, junto com o seu óbolo, lança os "fluidos espirituais" que o acompanham, dando afinal muito mais que os simples valores materiais.
4º - "Mais bem aventurado é o que dá, do que o que recebe", é um preceito bíblico que deve estar sempre em nossa mente.
5º - Quando colocamos o nosso óbolo, devemos visualizar o destinatário, enviando-lhe nosso carinho e votos de prosperidade.

Simples, não? Por que alguns complicam tanto a nossa Sublime Instituição? Caso algum Ir. '. tenha a resposta, envie por e-mail!
TFA

Postado por Ir.'. Humberto Siqueira Cardea


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