MESTRE MAÇOM (DISCURSO DE EXALTAÇÃO) – Primeira Parte


PRIMEIRO DISCURSO – ANTES DA EXALTAÇÃO 

Meu irmão: Quando solicitastes fazer parte da Franco-maçonaria, detivestes-vos por algum tempo numa câmara em que o símbolo da morte vos foi apresentado sob diversas formas. É morrendo para os prejuízos, para o obscurantismo, para todos os erros ancestrais ou sociais que vos tornastes franco-maçom.

Hoje, vosso trabalho sustido, vosso zelo pela Ordem, vosso devotamento a vossos Irmãos nos permitem convidar-vos para participar dos mistérios mais profundos e iniciar-vos no grau de Mestre. Este Grau é talvez o que dentre todos representa mais maravilhosamente os antigos mistérios do Egito.

Outrora, o iniciado nos mistérios de Osíris aprendia, além da existência de forças misteriosas que vos revelou o grau de Companheiro, a possibilidade para o homem viver uma vida diferente da vida física.

Ensinava-se-lhe que a entrada e a saída da existência terrestre são guardadas pelo terrível mistério da morte.

Para exprimir simbolicamente este mistério, o iniciado era envolvido em faixas e colocado num ataúde; ao seu redor se ouviam cantos tristes e majestosos, e depois ele renascia.

Era-lhe revelada uma luz nova, e seu cérebro, dinamizado pelo vencimento do terror da morte, abria-se a idéias mais nobres, a devotamentos mais sublimes.

Hoje, as ciências profanas, graças ao devotamento dos Irmãos que nos precederam, transformaram a vida social.

O manejo das forças físicas saiu das antigas universidades, dos templos fechados, para entrar nos laboratórios e, tal qual o pelicano simbólico a dar seu sangue para nutrir sua prole, o sábio contemporâneo, o verdadeiro vidente da humanidade ainda cega, propicia aos profanos sua ciência e seu devotamento.

Mas a tradição dos símbolos é também uma ciência viva. Ela permite ao que a possui adaptar seus conhecimentos as necessidades de seus Irmãos, reerguerem uma sociedade que soçobrava suster um coração desanimado e projetar a luz onde as trevas reinavam soberanas.

Outrora, repetia-se ao Iniciado a história de Osíris, sua dilaceração, sua reconstituição por Isis, e as danças simbólicas dos Iniciadores revelavam os mistérios que a palavra era incapaz de traduzir.

Cada centro instrutor possuía uma história simbólica – lenda aparentemente frívola para os não iniciados – que servia de base a todo ensinamento dos mistérios.

A Franco-maçonaria, herdeira direta destas antigas Fraternidades iniciáticas, não faltou a este dever.

Vamos meu irmão, repetir-vos a lenda de Hiram.

Se não a houvéssemos precedido das considerações que acabamos de desenvolver, esta lenda pareceria um relato banal de coisas antigas e pouco interessante, e a vossa atenção não seria incitada a quebrar-lhe a casca para achar no centro do fruto a amêndoa nutritiva, libertadora de vossa intelectualidade. 

A lenda de Hiram contém a chave das maiores adaptações simbólicas que a Ordem maçônica tem de conseguir. Sob o ponto de vista social, a adaptação da inteligência aos diversos gêneros de trabalho, a divisão das forças sociais concorrendo com a harmonia do todo, o lugar dado ao Mestre por seu saber, são todos ali desenvolvidos.

Sob o ponto de vista moral se ensina a lei terrível que faz com que aquilo que haveis sustentado que haveis construído que haveis salvado, se revolve contra vós e vos procure matar, pois segundo a fórmula do animal humano, “o Iniciado matará o Iniciador”.

Praticamente, enfim, a certeza de que todo sacrifício é a chave de uma floração futura, é o ramo da acácia que guiará os Irmãos para o tumulo daquele que se sacrificou por eles.

Tudo isso é eternamente vivo para um cérebro que compreende e indica um ensinamento que pode sempre ser transmitido através da humanidade, qualquer que seja a evolução da sociedade profana.

Que nossos antigos Irmãos do século dezoito tenham visto nesta lenda uma representação mística da marcha do sol; que outros tenham ali descoberto adaptações filosóficas, isso pouco importa, pois toda lenda verdadeiramente simbólica é uma chave universal, adaptável a todas as manifestações físicas, morais e espirituais.

Agora, meu Irmão, compreendereis a razão de ser dos mistérios de que ides participar, e sabereis por que a Franco-maçonaria deve respeitar a tradição e os símbolos que foram confiados a seus Mestres iniciadores.

Papus

MESTRE MAÇOM (DISCURSO DE EXALTAÇÃO) – Segunda Parte


SEGUNDO DISCURSO– APÓS A EXALTAÇÃO

A partir deste dia, sois um verdadeiro ela da cadeia universal constituída em toda a Terra pela Franco-maçonaria.

A partir deste dia, participareis das reuniões da câmara do meio, onde se reúnem física ou misticamente os arquitetos da sociedade futura, para dar a humanidade, cada dia, um pouco mais de luz, um pouco mais de bem-estar e um pouco mais de razão.

Participando da obra universal de Franco-maçonaria, tendes direito a assistência do universo inteiro.

Onde quer que estejais, quaisquer que sejam as opiniões do povo em cujo meio permaneceis, qualquer que seja a sua linguagem, fazei um sinal e nossos irmãos correrão para vós.

Triunfaste da morte. Novo Hiram da anunciação social, vós ides, agora, estabelecer conscientemente o plano de vosso monumento intelectual, pois não sois mais o Aprendiz que se esforçava para desbastar a pedra mal talhada; não sois mais o Companheiro que, forte em ensinamentos intelectuais e tradições maçônicas, tinha constituído seu dinamismo cerebral.

Vós sois o Mestre, consciente de sua personalidade, chamado a exercer, na Ordem, todas as funções administrativas das Lojas; a dirigir os Aprendizes em suas pesquisas intelectuais, e os vossos colegas – os Mestres – no traçado de suas pranchas simbólicas.

Vossa responsabilidade aumenta na própria razão da extensão de vossas funções. 

Se a Ordem vos assegura, por toda a parte, passagem e proteção, ela espera de vós um esforço contínuo, um trabalho sem esmorecimento para a libertação das inteligências oprimidas, e uma coragem a toda prova, se for preciso arriscar alguma coisa para salvar um de vossos Irmãos. 

Espalhai, pois, por toda a parte, a luz que recebestes. Procurai nas sociedades profanas as inteligências livres, os corações elevados, os espíritos ousados que, fugindo dos entraves da vida fácil e dos prejuízos, buscam uma vida nova e podem ser elementos poderosos para a difusão das idéias maçônicas. Aprendei a dirigir-vos por vós mesmos, a fugir de todo sectarismo.

E se combateis os erros e as superstições que os diversos sacerdotes impõem a humanidade ainda na infância, sabei ser sempre tolerante, não vos torneis um sectário odioso aos seres humanos. 

Filósofo, isto é, amigo da sabedoria, sabei conservar sempre o equilíbrio mental que caracteriza o homem são de espírito. Lembrai-vos de que Hiram assentou suas duas colunas e que o capitéu da entrada do templo repousa harmoniosamente sustentado por Bohaz e Jachim, isto é pela Força e Estabilidade.

Não se construiu o edifício apoiando-o numa só coluna. Assim, pois, na construção intelectual que tereis de empreender, sabei equilibrar sempre os ensinamentos da razão com os devotamentos do coração.

Lembrai-vos que a Franco-maçonaria vem em auxilio dos infelizes, quaisquer que sejam as suas opiniões, e que, em sua ação sobre a sociedade profana, ela liberta as consciências e ao mesmo tempo reergue a coragem daqueles que não esperam mais.

E se na vida alguns traidores querem fazer desaparecer vossa obra; se, como Hiram, estais prestes a receber o golpe do malhete fatal da parte dos inconscientes ou revoltados, lembrai-vos de que todos os Irmãos presentes vos saberão defender.

Lembrai-vos de que os Mestres dedicados seguirão, mais tarde, as pegadas de vossas obras e que o ramo de acácia servirá para reconhecer vossos esforços pelo desenvolvimento de nossa Ordem e manifestação de vossos recursos intelectuais.
Trabalhai, meu irmão.

 Adquiri a consciência de vossos deveres, e se nunca o desencorajamento entrar em vossa alma, ao perder vosso espírito a força de luta, recordai-vos deste dia solene e dizei:

“Não! Não faltarei a minha missão; não! A covardia não me encadeiará o espírito; não! Não me deterei em minha missão de progresso, pois a acácia me é conhecida.”

Papus


COMPANHEIRO MAÇOM (DISCURSO DE ELEVAÇÃO)



“Meu irmão: Como aprendiz, fizeste três viagens. Na primeira, ao vosso redor imperava a desordem e atravessastes variados obstáculos. Na segunda, feriu-vos os ouvidos um inquietante estrépito de armas, quando, após a terceira, se fez a luz diante de vós, vistes vossos irmãos, armados e reunidos, prontos para vos proteger e vos defender na nova senda que iniciais. 

Depois de semanas de estudos, vosso cérebro se desembaraçou pouco a pouco dos prejuízos e erros da sociedade profana. Aprendestes a pensar por vós mesmos, a exprimir vosso pensamento e consciente de vossa evolução intelectual, sois hoje digno de um aumento de salários.

Para compreender os mistérios do segundo Grau da ciência maçônica, realizastes como os antigos Companheiros, várias viagens. Primeiro armado de instrumentos de demolição – o malho e o cinzel – atacastes simbolicamente os erros onde quer que vos choqueis a consciência.

Em seguida, munido do compasso e da régua, começastes a traçar a prancha de vossos futuros trabalhos. Depois, graças à alavanca e a régua, iniciastes materialmente a construção do edifício.

Finalmente, graças à régua e ao esquadro pudestes construir vosso edifício de modo normal e de maneira há desafiar o tempo. Estava então terminada a obra material.

Na quinta viagem, não tínheis mais instrumento material e passou-se a exigir-vos a tradição intelectual. 

Outrora os homens livres, querendo pensar livremente, eram punidos pelas organizações tirânicas dos potentados e dos sacerdotes.

Foi então que algumas almas altivas fundaram estas associações de Iniciados leigos que, à imitação das grandes fraternidades egípcias, estabeleciam por todo o planeta um laço misterioso, unindo as inteligências independentemente de nacionalidades, culto e seitas.

Certos sinais, conhecidos apenas dos Irmãos, lhes permitiam comunicar-se entre si de maneira discreta e reconhecer-se na sociedade profana.

É graças ao conhecimento destes sinais que Platão foi libertado por seu Irmão que ele havia encontrado.

É graças a estas fraternidades misteriosas que depois da ocupação do Egito por Roma, os Iniciados leigos, os descendentes dos pitagóricos, mais tarde os essênios, conservaram na terra esta cadeia invisível ligando entre si os homens libertados da servidão. Reunindo-se, estes Irmãos recebiam os noviços como outrora eram acolhidos nos templos do Egito.

Ao lado da luz visível, aprendia-se a existência de uma luz invisível, fonte de forças e energias desconhecidas. É a luz secreta que ilumina todo homem vindo a este mundo, e que foi representada pela estrela de cinco pontas, símbolo do homem irradiante de luz misteriosa e representado no maravilhoso emblema da estrela flamígera!

Meu irmão: Ides estudar a história destas antigas fraternidades.

Para compreender a ciência maçônica, precisais penetrar intelectualmente nestes antigos mistérios.

Precisais descobrir o laço que, desde os tempos de Tebas, através das fraternidades pitagóricas, dos essênios, dos primeiros joanitas, dos irmãos escapos de Constantinopla por ocasião da queda desta cidade, desce até nós pelos trovadores, os livre-pensadores, os alquimistas, os templários, os iluminados e os modernos Ritos maçônicos. 

Papus


O APRENDIZ MAÇOM

Apoiando-se sobre a autoridade de autores de nomeados como  Paul Naudon e Albert  Lantoine, pode-se afirmar que jamais devida e completamente escrita  a história cientifica da  Maçonaria.

            Muito mal conhecida a verdadeira história da Ordem, não faltam obras destorcidas, são, porém, muito raros os verdadeiros historiadores. Apologias com pouco s fundamentos, lendas, pseudo históricas, nos quais predomina o fanatismo as paixões, a favor ou contra um  ou mais  procedimentos ritualísticos. Poucos são os historiadores sinceros, sérios de bem com a verdade, seja qual for.

            O GOB por acordos, dividas e também por vaidade, de alguns IR.´. Periódica mente, fazem alterações nos Rituais, enfraquecendo e desvirtuando os lindos rituais do passado, da sua mística aplicação, deixando-os anêmicos, fraco, desnutridos, sem beleza alguma.

            Os maçons mais antigos, como nós, por exemplo, já com 50 anos de Loja, enfrentamos algumas dificuldades quando visitamos Lojas (e a nossa própria) vez que, encontramos "ino­vações".

As alterações que os Grãos-mestres introduzem, aparen­temente inócuas, na realidade, sempre ferem a liturgia e alte­ram o sentido da frase ritualística.

Freqüentemente, os Rituais são renovados e assim, per­dem o que a tradição deveria conservar.

Pois na concepção maçônica, templo são todas edificações  destinada a reuniões de loja, reproduzindo todo templo de Salomão, comas  imagens e as idéias do  universo e toda sua maravilha da criação.

No templo se reúnem os maçons de uma loja devidamente constituída, este local, deve ser adequado, especialmente construído e decorado para esta finalidade.

Dentro do templo, encontra-se muita simbologia, base dos ensinamentos maçônicos, onde se busca o aperfeiçoamento moral e intelectual de seus membros onde a instituição pretende alcançar a evolução de seus Irmãos e toda a comunidade e toda humanidade.

Tendo no Oriente o Delta Sagrado de onde emana toda luz do universo, fica no Oriente e o Altar dos juramentos, fico no Ocidente, para levar à luz as sombras da loja.

"Eu aprendi assim", "no meu tempo se fazia assim", são afirmações muito comuns; a tendência é conservar a tradição, mesmo que esse contenha erros vernaculares ou interpreta­ções desusadas.

            Conta às tradições que a sabedoria foi dada aos homens pelos anjos rebeldes, sabedoria essa que se transmitiu através dos séculos, por um fio oculto – o hermetismo até o mundo Ocidental moderno.

             A Maçonaria reconhece numerosas heranças procedente de diversas tradições que foram se sucedendo no tempo por os últimos dois mil anos.

             Os símbolos assim não constituem um mistério impenetrável para aquele que sabe manejá-lo, ou seja, para verdadeiros iniciados.

            Por sua vez, o hermetismo encontrou nos símbolos a chave que serve para abrir e fechar o tesouro do conhecimento. O símbolo, assim, não constitui um mistério impenetrável para aquele que sabe manejar a chave, um verdadeiro iniciado.

            As formas tradicionais de ensinamento secreto iniciático, estão assim inscrita nos rituais cuidadosamente conservados por uma instituição que embora tenha como data de fundação do ano de 1717(Maçonaria), mergulha suas raízes na remota antiguidade euro asiáticas. Conhecida como a sociedade dos pedreiros livres.

            A Maçonaria é estudo continuo, um continuo aperfeiçoamento do homem, para atingir a verdadeira sabedoria, pelos degraus da Tolerância, do amor fraternal, do espírito de pesquisa e preserverança, tendo a mente livre de quaisquer preconceitos acumulados na longa marcha da civilização.

           Maçonaria se encontra em todos os idiomas, pois ela é Universal, onde tiver homens de bem, haverá por certo uma maçonaria.

            Entretanto, no Brasil, onde a maçonaria é coeva da Independência tendo sido o primeiro pais onde se fundou o primeiro conselho do rito Escocês Antigo e Aceito, registra-se uma seqüência vergonhosa de mudança e adaptações nos rituais.

Assim acontecendo e ninguém faz nada contra apenas baixam suas cabeça e aceitam. Maçons que vivem vinte ou trinta, quarenta anos dentro das lojas, sem nunca ter lido outra coisa além dos rituais, e assim mesmo sempre que precisam, tem que ler a sua partitura no contexto da reunião Observa-se que o Nome Rito Escocês Antigo e aceito, não tem nada de Escocês, é um rito que foi criado nos Estados Unidos, o R.´.E.´.A.´.A.´. Foi fundado em 31 de mai na cidade de Charleston na Carolina do sul, nos EUA hoje funciona em Washington.

Continuando, vejamos as abolições (aberrações, crimes) que o G.´.O.´.B.´.  fez com a ritualísticas de suas lojas.

Oriente:- Or.´.  Vem do latim Oriens que significa nascer, é a direção do espaço qual o sol se levanta. Dá-se o nome de Oriente o local onde o sol nasce e principia a sua atividade, o local de muita luz, praticamente sagrado.

E o Ocidente, é o local onde a luz começa o seu caminho para as trevas, onde se precisa de luz para continuar com as atividades.

O Altar dos Juramentos é um adorno de luz própria, e ilumina o ambiente onde se encontra.

Pois bem, o GOB, em umas das suas investidas contra o ritual, tirou o altar dos juramentos do Ocidente e levou-o para o Oriente, local este que fez com que o L.´.L.´. , o Esq.´. e o Com.´., perdesse o seu brilho, e deixando o Oriente em uma profunda escuridão. Por isso conclamo, tornem o Altar dos Juramentos ao Ocidente.

O Palio, uma palavra latina, que significa manto, capa, cobertura, serve como proteção para cortejos e procissões, o Palio na Maçonaria, existe uma mística profunda, em cruzar os bastões ou espadas na hora de abertura ou encerramento do Livro de Lei.

No Brasil, em razão da dissidência de 1927, capitaneada pelo Ir.´.Behring, resultou na grande cisão do GOB, e a posterior, a criação das Grandes Lojas, e Orientes, então o GOB copiou parte do Rito de York americano por exemplo e azulou o REAA que azulou as paredes e os aventais. , por volta do século XIX a orla do avental de Mestre , era vermelha o GOB por teimosia e erroneamente adotou ao orla azul.

            As Velas, hoje erroneamente muitas lojas utilizam luzes elétricas. No ritual de aprendiz do GOB do ano de 1990, o M.´.Cer.´.acende as três luzes do Alt.´. dos Jur.´., segue no altar do V.´.M.´. e dos vigilantes e convida o IR.´. Ora. ´. a abrir o L.´.L.´. no encerramento o procedimento é ao contrario.

Na Maçonaria as Velas participam de um simbolismo muito profundo quando da invocação do G.'.A.'.D.'.U.'. no início das sessões ritualísticas. É importante  o uso da força de vontade e o desejo mental de se obter algo, quando se acende uma Vela.

As Velas são usadas desde a mais remota antiguidade, inclusive sendo usada pelos pagãos e pelos povos primitivos ou como iluminação ou para fins iniciáticas.

Os adeptos das mais variadas filosofias utilizam as Velas para realizar seus rituais, com fins esotéricos. Visam através destas práticas, liberarem o seu subconsciente. Trabalham em silêncio e seus trabalhos exigem muita concentração. Costumam antes de suas sessões, queimarem incenso para despertar o psiquismo.

O uso das Velas em Loja seria a continuação de um costume muito antigo religioso ou não. A tradição maçônica está ligada a todas as filosofias e a quase todas as religiões, em especial em muitos símbolos. Elas representam a Sabedoria, a Iluminação, o Conhecimento e a Realização Espiritual e ainda a Alma Imortal.

O acendimento das Velas obedece alguns princípios que seguem as antigas tradições. Sempre, o fogo sagrado deverá vir do Oriente, pois toda sabedoria vem do Oriente. As Velas não podem ser acesas através de isqueiros, fósforos enxofrados, ou qualquer outro meio que produza fumaça ou cheiro desagradável. Igualmente, ao apagá-la, não poderá ser com o “hálito”, que é considerado impuro, ou com a mão. ´

Esta tradição a Maçonaria foi buscar na Pérsia, na qual o culto do Fogo dos Pérsias para ele era tão sagrado que jamais empregavam o “hálito”, ou sopro para apagar uma chama.

Esta cerimônia recorda os três aspectos do G.'.A.'.D.'.U.'., os quais são simbolizados como o saindo de seu estado incondicionado para o condicionado, na ordem de Sabedoria, Força e Beleza, durante a preparação da abertura da Loja para o início dos trabalhos da construção do Templo.

Acender uma Vela com intento religioso equivale a uma oração, e sempre atrai do alto um fluxo de energia. Sabemos que o G.'.A.'.D.'.U.'. emite continuamente sua energia, e aos maçons compete abrir o canal. Seu símbolo no mundo físico é o Sol, que incessantemente derrama luz e calor sem que ninguém lhe rogue que brilhe. Tornamos-nos, portanto, canais para o seu serviço.

Em todo esse processo é importante a atitude mental dos IIr.'., pois então hão de pensar no Amor Divino com redobrada intensidade. Ao Venerável Mestre incumbe dirigir em conjunto os trabalhos, e cada oficial, desempenhar satisfatoriamente as suas funções, mas o feliz êxito do plano depende da compenetração e altruísmo de cada Ir.'. presente. Sem essa condição a obra não poderá ter vida.

A benção do G.'.A.'.D.'.U.'. não se realiza somente em virtude da mera fórmula de palavras e gestos, mas sim pelo espírito que anima os trabalhos.

            As Colunas B e J

            Segundo uma instrução do próprio GOB, as colunas B e J – situadas no pórtico ou na entrada do templo estando a J no lado direito de quem entra e a B ao lado esquerdo de quem entra. Ambas são ocas e guardam simbolicamente as ferramentas dos AApr.´. e CComp.´.  por este motivo, simbolicamente, as colunas B e J devem permanecer dentro do templo.

            Não somos manequins de vitrine, de lojas, que aceitam calados a qualquer tipo de vestimenta que neles se apliquem ou que sirvam de decoração em qualquer canto. 

Somos Livres e de Bom s Costumes seguimos a trilogia Liberdade Igualdade e Fraternidade. Quando e onde somos livres, não podemos pensar. Então vejam Art. 5 Este decreto entra em vigor na data de sua publicação revogando todos manuais de dinâmicas Ritualísticas e as disposições em contrário. Onde esta a Liberdade?

Ir.'. José Carlos Lopes - M.'.I.'.
João Nery Guimarães M.´.M´.
Pubio Tarrago Brittes M.´.M.´.
Ritual do GOB edição 1990
Aprendiz Maçom GORGS



A TAÇA SAGRADA



A Taça Sagrada usada nos graus simbólicos poderia ser um copo servindo o líquido do doce e do amargo se não fosse levada em conta uma cerimônia de cunho ritualístico e esotérico, que fixa e estabelece condutas através de juramentos.

Essa Taça, a que nos referimos, em momento algum, dentro do simbolismo, foi SAGRADA. E quase sempre nos recorremos de um recipiente de vidro, de baixa qualidade, que profanos usam para tomar vinhos ou sucos baratos.

Acredito que a Cerimônia por si só merece uma bela taça de metal diante da importância de que se reveste.

A visualização mental da taça nos remete ao Santo Graal, quer seja por ser a Taça da Última Ceia, conforme entende alguns, onde O Mestre Peregrino, tomou assento à mesa junto àquele que o traiu, quer seja por colher o sangue do corpo do Cristo quando espetado pela lança de Longinus.

Desde há muito vimos cometendo alguns sacrilégios e por esse motivo a Ordem está morrendo de inanição.

Os costumes profanos, a ação dos JJ.´. estão presentes na Arte Real, tornando-a banalizada e mal vista perante a sociedade. Temos também as nossas laranjas podres. 

A maçonaria tem por definição ser uma associação de homens livres e de bons costumes, que em loja deveriam dedicar-se ao aperfeiçoamento moral e social através de estudos filosóficos, mas não o é. Não somos livres e nem possuímos bons costumes.

Os JJ.´. gritam, bradam, ameaçam, dizendo que aquilo que se fala em Loja não pode ser comentado fora dela e são os primeiros a fazer isso. São ignorantes, não sabem o que falam.

A maçonaria é uma Ordem Discreta e seus segredos se resumem aos sinais, palavras e toques, pois os juramentos são quebrados constantemente pelas mais altas autoridades maçônicas revestidas de ambições do poder político e financeiro, da mesma forma que as autoridades do mundo profano.

Chega-se a criar Lojas para iniciar políticos que em pouco tempo são exaltados e desaparecem. Não se recordam das cerimônias das quais fizeram parte. Não raramente esses senhores estão envolvidos em escândalos de repercussão nacional, manchando nossa honra.

Há três mil anos, um escriba de nome ANI, disse:

“Não entres em casa de outrem, antes que ele permita e te acolha. Que teu olho aí não seja curioso. E que saibas manter silêncio. E não tagareles, a este respeito, com alguém mais que aí não tenha estado presente. Seria uma falta grave se o que contasse viesse a ser ouvido”.

Ser o dirigente máximo ou o Presidente de uma Loja é motivo de intensa disputa, de vinganças, de intolerância e da falta de respeito.

Aqueles que agem de maneira escabrosa buscando o poder e nele se instalam são os primeiros a cobrar dos seus “subordinados” a prática das virtudes sendo que estão mergulhados na lama dos vícios.

Quando em Sessão enchem o peito, batem o malhete, pregam à tolerância, o perdão, a humildade, enfim, são verdadeiros “caixões caiados de branco por fora, e por dentro, imensa podridão”.

Desconhecem o verdadeiro objetivo da Taça Sagrada. Descumprem os Landmarks, interferem em Lojas alheias, falam um monte de bobagem e se intitulam sábios. Não possuem Serenidade e nem Sabedoria. São verdadeiros tiranos dentro das Lojas, colocando pessoas “de confiança” para observarem se falam mal deles e aí daquele que for “dedurado”.

Os delegados das Lojas, que deveriam cumprir suas obrigações, descambam para atribuições que não são a deles e passam a serem “grandes informantes” do poder central. Onde está o homem livre, justo e perfeito??? Onde está à humildade, a tolerância, a serenidade? A Ordem está morrendo!

Ptah-hotep fez um julgamento a respeito do ignorante, dizendo:

“Quanto ao ignorante, não lhe dês ouvidos. Ele não realizará coisa alguma... Ele é um morto vivendo dia a dia”.

Na Sessão Magna de Iniciação fazemos um juramento ao Grande Arquiteto do Universo sobre AS PROVAS por que passamos. Diz assim:

“Juro e prometo o mais profundo silêncio sobre todas as provas a que for exposta a minha coragem. Se eu for perjuro e trair meus deveres consinto que a doçura desta bebida se transforme em amargor e o seu efeito salutar seja para mim como um sutil veneno. Tudo isso eu prometo cumprir e se violar esta promessa...”

Disse o sábio Ankh-Sheshonq:

“Não manejes uma lança se não és capaz de ver o alvo a atingir.”

“É preferível uma serpente em casa que vê-la frequentada por um imbecil”.

Já notaram algum imbecil em suas Lojas??? Será que existem???

Meus Irmãos, somos escolhidos dentre os melhores da Sociedade, mas é dessa sociedade apodrecida que viemos, trazendo todo tipo de imperfeição, buscando através do trabalho árduo na pedra bruta transformar o homem velho, no homem novo.

Muitos não conseguem e se deixam levar pelos vícios. Os JJ.´. os influenciam de tal maneira que se tornam cegos e fanáticos. São extremamente vaidosos e andam pelos cantos dizendo que são grandes conhecedores da Ordem. Adoram ostentar seus paramentos.

Muitos dizem que lhes bastam os graus simbólicos, pois já alcançaram a plenitude maçônica e se esquecem de que nós, os maçons, somos livres pensadores, eternos buscadores da verdade. Em sendo assim, por falta de conhecimento e cultura maçônica interpretam de forma equivocada a legislação usando-a para defender seus próprios interesses ou para perseguir aqueles que não comungam da tirania.

É preciso lembrar que nas as viagens simbólicas - da cerimônia de iniciação - há outros juramentos que devem ser velados diante dos profanos.

Quase sempre nossas humanas razões se sobrepõe a vontade do espírito e é por isso que devemos lutar todos os dias contra as trevas do intelecto para que não estejamos sujeitos ao mesmo julgamento de Ptah-hotep.

É preciso lembrar que a Taça Sagrada não é um copo de vidro, mas uma vasilha que traz em seu simbolismo o mais profundo sentimento místico e esotérico da dor e da traição que simboliza a esponja molhada de fel colocada na boca do Cristo quando tinha sede, mas também o mais profundo amor que aquela figura sobre-humana, pregada no madeiro, nos deixou em todos os seus ensinamentos e na sua última frase:

“Pai perdoa-os, eles não sabem o que fazem”

Transcrição de texto de “Pedreiro de Cantaria” 
Oriente Lusitano


A PROVA DO FOGO NA INICIAÇÃO MAÇÔNICA


O Fogo é o mais sutil, ativo e puro dos quatro elementos.

Para os antigos, era considerado o princípio ativo, germe e origem da geração, fonte de energia, princípio animador e masculino, em oposição à Água.

Para os hermetistas, representava as qualidades quentes e secas, análogas ao verão, ao meio-dia, à cor vermelha e à inteligência brilhante. Na Maçonaria, o elemento Fogo é emblema da purificação iniciática, do fervor, do zelo e da Verdade.

O fogo foi adorado e considerado sagrado por inúmeros povos, seja como símbolo de vida ou da força animadora, seja diretamente como fogo aceso, seja como Sol, ou ainda como a própria divindade.

Na liturgia da Igreja Católica, o fogo novo simboliza Cristo, a Luz do Mundo, na cerimônia da Vigília Pascal, onde, no vestíbulo ou fora da Igreja, obtido pelo atrito de pedras, o novo fogo vai iluminar todo o templo. Esta cerimônia lembra a figura de Cristo ressuscitado, pelo que se acende o Círio Pascal até o dia da Ascensão.

Na Bíblia, no Antigo ou no Novo Testamento, a palavra fogo é usada, tanto no sentido literal quanto no figurado, com inúmeros significados e em diversos contextos, todos de denso sentido simbólico.

Recolhemos alguns deles:

(1) O fogo do inferno, que queima, no sentido figurado, tanto a alma, que é espiritual, quanto o corpo, que é material, sem consumi-los;

(2) O fogo como símbolo da providência divina (Êxodo 13:21 – Salmos 78:14);

(3) O fogo testando as virtudes (Zacarias 13:9 – I Coríntios 3:13); 

(4) O fogo simbolizando a purificação moral e espiritual (Malaquias 3:2);

(5) O fogo como manifestação de Deus (Gênesis 15:17 – Êxodo 3:2-4);

(6) O fogo associado ao Espírito Santo (Atos 2:3-4); e

(7) O fogo associado ao Espírito Santo e a um batismo superior ao da água:

- Mateus 3:11: E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com FOGO.

- Lucas 3:16: Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com FOGO.

Portanto, embora todas as religiões cristãs utilizem a Água para as suas cerimônias de iniciação, batismo e purificação, seu próprio Livro Sagrado, a Bíblia, especialmente o Novo Testamento, indica que existe um batismo superior, pelo Espírito Santo e pelo FOGO. 

Na Maçonaria, o candidato, depois de passar pelas provas da Terra, do Ar e da Água, com a purificação pelo Fogo, chega, enfim, à Iniciação pura, à purificação superior, livrando-se das nódoas dos vícios do mundo inferior.


Irm.'. Almir Sant'Anna Cruz, M.'.I.'. da Loja Brasil. 

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