POR QUE SE VAI À LOJA?



A pergunta sobre as razões porque os maçons vão à Loja, gastando tempo que, não fora essa utilização, dedicariam à sua família, ao lazer ou a outras atividades a que se dediquem, tem tantas respostas quantos os maçons.

Em boa verdade, cada um tem as suas razões para ir à Loja.

Uns vão em busca do conhecimento, dos ensinamentos que a Maçonaria proporciona.

Outros buscam o convívio, rever os seus Irmãos, com eles estar e partilhar um ágape, em amena cavaqueira.

Outros ainda procuram na Loja a estrutura que corresponde aos seus anseios de serem úteis à Sociedade e aos seus semelhantes, utilizando a Loja como meio de enquadramento da sua vontade de devolver à Sociedade um pouco do que esta lhes proporciona.

Também há os que vão à Loja simplesmente cumprir o seu dever de maçons, assegurar o cumprimento das obrigações que assumiram efetuar as tarefas cuja execução assumiram.

Há também aqueles que, na Loja, no seu espaço, nos seus símbolos, no seu ritual, encontram espaços e tempos de comunhão com o Divino, com o Transcendente.

E existem também aqueles que anseiam por uns momentos de simples e pacata Paz, que procuram a companhia de seus Irmãos e a sua estada no espaço do Templo com confiança, encontrando um oásis de segurança e comunhão, que os compensam das agruras, dos desafios, da tensão da sua vida do dia a dia.

E outros buscarão coisas e estados e espaços diferentes.

O que a Loja tem afinal, de extraordinário é uma infinita capacidade de proporcionar a cada um o porto de abrigo, o espaço de segurança, o caminho de busca, o tempo de convívio, a estrutura de atividade ou contemplação ou investigação ou busca que cada um necessita.

O que, no fundo, a Loja é, é um espaço de suprema Liberdade e Tolerância, em que cada um pode realizar-se e deixar os outros realizar-se, cada um à sua maneira e segundo as suas características e necessidades.

É um espaço de cooperação, em que cada um contribui para a realização e melhoria dos outros, beneficiando ele próprio do contributo dos demais.
É um ponto de encontro, simultaneamente ponto de partida e encruzilhada de variegados interesses individuais, que constituem um rico interesse coletivo. É a bissetriz do individual e do coletivo, de tal forma equilibrada que permite que ambos cresçam e cooperem e mutuamente se alimentem. 

É, em suma, a Utopia possível, a concretização do inconcretisável, equilíbrio instavelmente estável de múltiplos interesses e egoísmos, numa matriz que a todos enquadra satisfatoriamente.

É um delicado bordado de mil linhas e infinitas cores, executado por inúmeras mãos, extraordinariamente resultando numa harmoniosa composição. É tudo isto e ainda mais o que cada um quiser, desde que respeite os interesses e anseios dos demais e do conjunto por todos constituído.

Esta singular plasticidade da Loja faz dela um duradouro cimento que une homens de diferentes temperamentos, de diversas gerações, de divergentes culturas, de separadas religiões, de conflitantes convicções, gerando laços de solidariedade e confiança que imutavelmente duram há centenas de anos.

É por isso que sempre se marca bem, sempre da mesma forma, sempre com o mesmo ritual, a abertura dos trabalhos, delimitando invisível, mas sensivelmente o espaço e o tempo e a cumplicidade da Loja e dos seus elementos em relação a tudo e a todos que lhes é exterior.

É por isso que, findos os trabalhos, de novo, sempre e da mesma forma, se executa um ritual de encerramento, que marca o fechar e preservar desse espaço e tempo, e cumplicidade próprias e exclusivas, preparando cada um para voltar a atuar no mundo exterior, só que mais forte, mais sabedor, mais capaz de ver beleza onde o olhar comum nada de especial vê.

A Loja é um espaço onde cada um dá o que pode e vai buscar o que necessita. É por isso que cada um sabe por que vai à Loja e, afinal, existem tantas razões para um maçom ir à Loja como maçons existem à face da Terra.

Rui Bandeira


CONSIDERAÇÕES SOBRE O SENTIDO ESOTÉRICO DAS SESSÕES



Muitos Irmãos, seja pelo pouco interesse nos estudos, seja por não terem acesso às informações, desconhecem o que ocorre nas Sessões Maçônicas, além do que está ao alcance dos nossos sentidos físicos.

Segundo o Barão de Tschoudy “A Maçonaria Adonhiramita é dedicada aos Maçons instruídos”. Assim sendo, é corolário dos Adonhiramitas buscarem o conhecimento, a essência, os princípios e as explicações sobre os Mistérios e Rituais da nossa Ordem. Somos os guardiões de segredos que vêm sendo guardados e transmitidos de geração a geração, mas que é preciso estar preparado para recebê-los e entendê-los, como afirma o adágio místico: “Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece”.

Doravante faremos algumas considerações sobre os aspectos Místicos das nossas Sessões, sem pretensões de um maior aprofundamento, procurando mostrar que existe muito mais do que uma simples repetição de atos, despertando nos AAmad.’. IIr.’. o interesse, pois somente com o conhecimento podemos entender o que se passa.   

Do grande Plano da Evolução do Homem, participam várias Ordens e Escolas Místicas, dentre as quais a Maçonaria.

Todas fazem parte do que chamamos a “Grande Fraternidade Branca”, uma hierarquia Esotérica, composta pelos membros dessas Ordens no Plano Físico, e por seres que se encontram em outros Planos, Mundos e Dimensões. No comando dessa Grande Hierarquia Oculta, estão os Grandes Iluminados, e sob sua orientação, a Fraternidade trabalha orientando a humanidade no sentido da sua Evolução.

Nas Lojas Maçônicas, os Oficiantes das Cerimônias, são investidos pelos poderes transmitidos pelas forças que governam o Universo.

Esses poderes nos são transmitidos em Cerimônias Especiais, como a Investidura nos cargos, Iniciações nos Graus, e especialmente o Venerável Mestre na sua Instalação. A partir daí, sabe como aplicar a energia do Universo em benefício do homem, mediante a prática de certas Cerimônias e o emprego de certas Palavras e Sinais.

Evocamos essas forças a estarem presentes em vários momentos da Sessão, começando na sua Abertura, com os Cerimoniais da Incensação e do Fogo, que “abrem” um canal de comunicação entre nós e o Divino. Reafirmamos o recebimento desses poderes que usamos em algumas invocações como: “Em nome do Grande Arquiteto do Universo e de São João nosso Patrono”; “Em virtude dos poderes a mim conferidos...”; “Com o socorro dos IIr.’. presentes e ausentes...” ;“...em virtude dos poderes materiais, astrais e espirituais que me foram conferidos”; “Gr.’. Arq.’. do Univ.’., revigorai em nossas almas os dignificantes fluidos da força e da beleza...”

A celebração habitual CORRETA das nossas Cerimônias é uma aplicação da Força Oculta, que produz Vibrações Astrais. Estas causam efeitos à longa distância, pelas suas emanações, gerando uma grande onda de Paz Espiritual e Energia. Por isso, quando realizadas de forma ERRADA ou DISPLICENTE, nos “incomoda” tanto. 

Quebra esse canal através do qual a Energia Divina tem chegado a nós. 

Todos recebem este impulso energético efetivo, e seu efeito se dará principalmente por reflexo do Mental, ou pelo efeito da Vibração no Simpático. A realização semanal das Reuniões é para que recebamos pelo menos uma vez por semana esses impactos elétricos, promovendo em nós os efeitos benéficos de que são capazes. A partir daí, também nos tornamos transmissores dessa Energia, e se bem soubermos utilizá-la, seremos capazes de levá-la a outros, propagando os efeitos benéficos que recebemos. Por isso é que quem compreende o verdadeiro significado NÃO FALTA.

Cada um recebe o que está apto a receber, pois estamos em diferentes planos de evolução. Mas mesmo os mais “atrasados”, não podem deixar de se sentir melhores após a Sessão (é comum ouvirmos isso), enquanto que para os mais “adiantados” é um verdadeiro exercício espiritual. Há ainda um segundo efeito nas Sessões que só entra em atividade quando há um profundo “Sentimento Devocional” por parte dos AAmad.’. IIr.’.. A parte superior do Corpo Astral é iluminada, influenciando o Intuicional, que desperto pode moldar conscientemente o Astral, havendo um grande depósito de força. As imensas ondas de energia que ele atraiu, influenciam seus Corpos Superiores e põem suas vibrações pessoais em harmonia com os Veículos Superiores.

Todas essas experiências tornam o homem, mesmo que numa fração infinitesimal, melhor do que era antes, porque ele esteve por algum tempo em contato direto com forças de um mundo mais elevado.

Somente os que foram verdadeiramente Iniciados (Iniciação Interior), aqueles que compreendem o sentido do Ritual e o praticam com reverência e respeito, com cooperação, poderão atrair essa influência em sua totalidade.

Todos os Membros deveriam estar plenamente preparados para que a forma-pensamento coletiva fosse um conjunto harmonioso e ordenado. Mas se não todos, a presença de alguns conhecedores do Ocultismo, já ajuda aos demais IIr.’., por captarem as correntes de energia dispersas e fundi-las em uma só, evitando um massa caótica e interrompida, beneficiando a todos. Esperamos que a compreensão desses fenômenos pudesse levar os AAmad.’.IIr.’. a estudarem para conhecê-los e aplicá-los, para seu próprio benefício, da Loja a que pertence e de todos a quem possa levá-los, fazendo assim que nossa Ordem cumpra seu verdadeiro papel.

Nas Sessões, somente são capazes de dirigir os trabalhos e produzir todos os efeitos que já falamos aqueles que foram regularmente Instalados, numa cerimônia que esotericamente lhes transmite esse poder. Só àqueles que cumpriram o necessário Ritual são outorgados poderes nesse sentido. Só eles têm acesso ao reservatório das energias cósmicas, e de acordo com os preceitos, constituirá o método correto e misterioso para colher e fazer descer até nós essas energias.

Quando o Venerável tem uma especial devoção e dedicação, compreendendo o que faz, põe o coração e a “alma” no seu trabalho. Seus sentimentos são irradiados e despertam sentimentos idênticos em cada Irmão, e a difusão da Força invocada beneficia toda a Loja, assim como quem a dirige.

Quando os sentimentos de todos na Loja também são de reverência e devoção, ajudam a quem dirige e aumentam consideravelmente a quantidade de Energia Espiritual emanada, em resposta à devoção. Quanto mais instruído o Maçom, mais elevada sua devoção, e mais eficiente o trabalho. Aplicada a forma litúrgica correta, a participação ou indiferença dos participantes não interfere no fluxo que desce desde que o Venerável possua as qualificações necessárias para ter acesso a esse “reservatório energético”. Apenas fará com que recebam mais ou menos os benefícios.

E mesmo um Venerável que ignore o que realmente está fazendo, e não tenha conhecimento da natureza do ato, produzirá a mesma descida da energia se proceder corretamente, de acordo com o Ritual, pois conhece a “linguagem”, e tudo foi disposto cuidadosamente para que as Cerimônias funcionassem ainda que o celebrante e os assistentes não tivessem compreensão inteligente de seus métodos ou resultados.

Em resumo podemos dizer que o resultado final é o de receber e distribuir a grande Emanação de Força Espiritual, a Difusão da Vida e da Energia procedentes dos Mundos Superiores. Um canal seguro, por aonde o Amor Divino vai a todas as criaturas, pois só o Criador é o Centro de irradiação dessas Energias.

As nossas Reuniões, embora pareçam pequenas ou sem importância, quando bem organizadas e realizadas de forma CORRETA, são capazes de irradiar uma profunda Influência.

Aqueles que desprezam esses admiráveis Ritos perderam quase todo o aspecto Oculto e não podem obter a mesma Elevação nem os mesmos benefícios daqueles que conhecem o significado do que estão realizando e adotam o sentimento devocional. Essa ignorância conduz seus adeptos a muitos dos resultados deploráveis que vemos atualmente.

Como sabemos, estamos em diferentes níveis de evolução, e a compreensão desses fenômenos místicos, muitas vezes está acima da capacidade de compreensão do indivíduo naquele estágio em que se encontra.

Não foi alcançada ainda a quintessência. Os valores materiais ainda dominam.  Vemos comportamentos incompatíveis com a profundidade do ato que se realiza, como brincadeiras e displicência na execução.  Ficam algumas interrogações sobre essas pessoas que desprezam o conhecimento:
- Que espécie de provisão a Natureza faz para elas?
- Como são compensadas pela sua incapacidade de apreciar e partilhar os benefícios?
- Quais as fontes abertas para elas, e onde podem obter um progresso?

Infelizmente estamos longe da Perfeição, e a maior parte está longe de reconhecer a necessidade do conhecimento e da devoção, encontrando-se em estágios intermediários ou mesmo elementar de evolução.

Acreditamos que após estas considerações, os AAmad.’. IIr.’. compreendem melhor o porque dos nossos Rituais insistirem na execução correta das Cerimônias. Abaixo, transcrição de orientação constante do nosso Ritual do Grande Oriente do Brasil:
“É imprescindível a adequada preparação individual, mediante prévia e atenta leitura deste Ritual, o qual tem que ser rigorosamente executado, tal como nele está disposto, para o perfeito desenrolar de qualquer Sessão... 

Nos trabalhos litúrgicos, em qualquer Sessão, é proibida a inclusão de cerimônias, palavras, expressões, atos, procedimentos ou permissões que aqui não constem ou não estejam previstos, assim como é vedada a exclusão de cerimônias, palavras, expressões, atos, procedimentos ou permissões que aqui constem ou estejam previstos...”

     
Vitor Xavier da Silva
(Ne Varietur - Luiz Alves de Lima e Silva MI 33)
Mui Ilustre Grande Patriarca Segundo Vice-Regente
Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita


SÃO JOÃO - UMA PEQUENA HISTÓRIA


É comum ouvirmos a pergunta: Qual é o padroeiro da Maçonaria, São João Batista, São João Evangelista ou São João da Escócia?

Os regulamentos maçônicos determinam comemorações festivas nas datas de 24 de junho (São João Batista), para as Lojas Simbólicas, e, dia 27 de dezembro (São João Evangelista), para os corpos superiores ou filosóficos.

As Lojas dos primeiros graus da Maçonaria são chamadas de “Loja de São João”, e deriva do título usado durante a Idade Média, pelas corporações de construtores, que formavam a Confraria de São João.

Assim como os chamados pagãos festejam seus deuses, os cristãos seus santos, a Maçonaria tem suas datas consagradas a São João Batista e São João Evangelista.


A festa de São João no dia 24 de Junho é marcada por “fogos e fogueiras” que, ainda são queimadas em muitas regiões, e o folclore é rico em tradições relacionadas com esta festa, principalmente no Brasil.

São também muitos graus consagrados a São João de 24 de junho e o de 27 de dezembro. Possuem razões históricas, com fundamento esotérico, Isto é, “oculto”, segundo dizem os livros maçônicos, considerados na época como hereges.

Na jurisdição de algumas potências, de vários outros países foi introduzido, em alguns rituais, o São João da Escócia. Isto veio a alterar o primordial sentido de São João na Maçonaria.

Este fato deve-se, talvez, à influência do nome dado a uma Loja de Marselha em 1751, pouco antes da revolução que passou a ser considerada Loja Mater. de Marselha, após a canonização de um príncipe escocês, cavaleiro das cruzadas de Jerusalém, como São João Esmoler, conhecido como São João da Escócia.

A Maçonaria já existia mesmo antes da constituição de 1717. São João da Escócia data de 1751. O Grande Oriente da França inspirou-se na Loja Mater. de Marselha, provavelmente ao inserir nos seus rituais o São João da Escócia, como seu padroeiro.

Há vários nomes de São João dado às Lojas do mundo. Citarei aqui algumas: - São João da Palestina, título dado a uma Loja, fundada em Paris no ano de 1780 pela Loja Mater. da Escócia. - São João de Boston, denominação dada à 1ª Grande Loja americana, no ano de 1733. - São João de Edimburgo, nome dado em 1736 à Grande Loja da Escócia, berço da Maçonaria moderna naquele país. São João Batista, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, prima da Virgem Maria, foi chamado de “precursor” porque preparou os caminhos de Jesus. Ele foi chamado de Batista, porque batizava no Jordão. João, o precursor, pregava a renúncia e o arrependimento.

A Ordem Maçônica desempenha, ela também, num sentido, o papel de precursora e pode fazer-nos lembrar o combate espiritual que João Batista travou contra os publicanos e a multidão.

João, o precursor, era considerado um personagem perigoso, para a época, por suas ideias de fraternidade e de justiça. Herodes Antipa, irritado com suas advertências por causa de sua união com Herodíades, sua sobrinha, e a mulher de seu irmão, lançou-o na prisão de Maqueronte para, mais tarde, mandá-lo decapitar.

Reverencia-se sua degolação no dia 29 de agosto. João Evangelista era filho do pescador Zebedeu e de Salomé, parente da mãe de Jesus, irmão mais novo de Tiago Maior. Natural de Betsaida sobre o Lago de Generasé. Exercia, na mocidade, a profissão de pescador. Foi discípulo de São João Batista e juntou-se ao Divino Mestre, juntamente com André.

Depois da ascensão do Senhor, João permaneceu em Jerusalém até a morte de Maria, pregando o cristianismo na Judeia e na Samaria; mais tarde, depois da morte de São Paulo, vivia em Éfeso, onde formou seus discípulos, entre eles os bispos de Pápias, Inácio de Antioquia e Policarpo de Smirna. Sob o império de Domiciano, foi desterrado para a Ilha de Patmos, de onde regressou para Éfeso durante o governo de Nerva, vindo a falecer no tempo de Trajano, com a idade de 100 anos aproximadamente.

Diz-se ainda, que os Templários celebravam suas festas mais importantes no dia de São João, e que a Maçonaria nada mais fez do que perpetuar um costume da ordem dos Templários.

Na realidade, nada permite supor qualquer filiação entre a ordem dos Templários e a Maçonaria. A alma da Maçonaria é a dedicação que os irmãos oferecem uns aos outros. O amor fraterno é a luz que ilumina a Loja, e por isto, São João passou a ser considerado o Patrono da Maçonaria.

Evidentemente, sem o cunho vulgar que se imprimem aos santos, em busca de proteção vinda dos céus. A Maçonaria foi bem inspirada ao dar esse nome às suas Lojas, em razão dos múltiplos sentidos que lhe podem ser atribuídos.

De onde vindes? De uma Loja de São João J.´. e P.´.


Ary Lima Marques - Loja Aquidaban nº 54 - Ponta Porá - MS

A IMPORTÂNCIA DO ENTUSIASMO NA MAÇONARIA


A palavra “entusiasmo” vem do grego e significa “sopro divino”- em relação à etimologia, a palavra entusiasmo se deriva do grego "enthousiasmos" que significa "ter um deus interior" ou "estar possuído por Deus".

 Para os gregos a pessoa entusiasmada era aquela que era possuída por um deus. Ou seja, tinham um deus dentro de si. Só os entusiastas (para os gregos), podia vencer por possuir essa força, esse deus; algo dentro de si que o leva a ser vencedor. Portanto, para vencer todos necessitavam de entusiasmo. Porém, os gregos erravam por atribuir o motivo o motivo do entusiasmo aos deuses. O Deus Eterno (G.’.A.’.D.’.U.’.) é o único que produz em nós o entusiasmo.

Entusiasmo X Otimismo

Otimismo – Acredito que algo vai dar certo – positivismo – torcer para dar certo. É importante ser otimista, mas, nem sempre o otimismo é sustentado por algo palpável, durável, consistente; nem sempre é baseado em um potencial existente e real.

Entusiasmo – É acreditar na capacidade de transformar as coisas e fazer dar certo.

Como ser entusiasmado? É agir acreditando em seu potencial, no potencial das pessoas, não importando as condições desfavoráveis em que se encontra, não esperando que as situações melhorem para crer. É trazer nova visão á vida.

Como vai o seu entusiasmo? O que você espera de você mesmo sob a orientação de G,’,A,’,D.’.U.’., de sua família, filhos, da Loja Maçônica que  você frequenta, de sua empresa, de seu emprego e do Brasil? Você sabe que tudo pode mudar. O Brasil depende de você, a Maçonaria também. O seu sucesso é o sucesso do Brasil, da Loja Maçônica, da Maçonaria como um todo. Você fará a diferença se acreditar naquilo que você faz ou pode fazer.

PARE DE RECLAMAR

No Livro da Lei diz: Tendes bom ânimo (Jo 16.33).
As reclamações dos hebreus no deserto levaram á morte a todos os murmuradores. Viram a benção de longe, mas não receberam (cf. Êx 16).

RECLAMAR X AGRADECER

Você precisa enxergar os motivos para agradecer a Deus e as pessoas (sempre há algo bom, agradeça). Você precisa achar algo a elogiar as pessoas (as piores pessoas podem ter pelo menos uma virtude, elogie essa virtude).

Ao reclamar, estou revivendo algo ruim que surgiu. Veja o outro lado:
• As boas recordações da Loja;
•  A amizade dos Irmãos de Loja e das outras Lojas e Potência;
• O compartilhar dos irmãos dos problemas e alegrias da Loja;
Viva e desenvolva o seu lado de gratidão. A ingratidão destrói o amor. Aprenda a agradecer. Agradeça ao G.’.A.’.D.’.U.’. , tudo que tens.

LIDERAR

Liderar é direcionar as pessoas para que elas alcancem o máximo de sua capacitação e dons para realizar a obra Maçônica.

Ao alcançar o máximo de seu potencial e ao realizar a obra Maçônica, as pessoas sentirão realizadas em ser útil a causa maior da Maçonaria.

Mas como alcançar a realização e o máximo dos seus dons em Loja? Simples, através do direcionamento que recebe de cada líder, dos Vigilantes e do Venerável Mestre em Loja e das Autoridades da Potência.

Líder que reconhece os trabalhos realizados pelos liderados conseguirá motivá-los. Os que não reconhecem, levará ao desânimo.

Líder frouxo levará aos liderados a serem relaxados e não alcançarão seus objetivos.

Líder deixa claro aos seus liderados:
a. O que espera deles;
b. Quando vir algo inaceitável, não fingir que não viu;
c. Ser justo e não bonzinho;
d. O liderado precisa saber quem lidera, de onde sai as ordens;

MOTIVADO PARA VENCER

Vivemos em época de grandes mudanças em todo o mundo. Mudanças tecnológicas, hábitos, culturais, etc.

Às vezes temos dificuldades em nos adaptar às novas mudanças. O mundo enlouqueceu. Temos dificuldades em acompanhar a velocidade que voa este mundo. Não podemos nem sequer prever o futuro próximo do mundo nem da Maçonaria. Isso atemoriza as Lojas e Maçons e tem trazido desânimo aos Irmãos em geral.

Precisamos ter “vontade”. Inteligência, fé sem vontade não faz o maior sentido prático. Precisamos vencer o querer, o desejar e o realizar para vencer desafios de hoje e sempre.

Pela vontade vencemos a acomodação, a preguiça. Pela vontade voltamos a estudar, buscamos visão e a missão maçônica  para realização de algo produtivo e eficaz.

Precisamos vencer os desafios dessa época a alcançar a realização que está no coração de cada irmão. 

Venceremos os desafios e alcançaremos a vitória no nome do G.’.A.’.D.’.U.’., Aquele que nos dá motivos e entusiasmo para vencer nossos desafios.

Portanto, meus Irmãos sejamos ENTUSIASTAS! 

Fraternalmente,

Ir.’. Denilson Forato, MI.


CONSIDERAÇÕES SOBRE A ANTI-MAÇONARIA

O conceito de Anti-Maçonaria pode ser definido como atitude ou pensamento que algumas pessoas têm cuja essência vai contra nossa Sublime Instituição . O interessante é ver que cerca de 95% dos anti-maçons desconhecem as práticas em Loja, prendendo-se em baboseiras escritas por alguns profanos, também anti-maçons.

Há dois focos principais que podemos verificar, enquanto Iniciados, de tais pontos-de-vista: o lado da brincadeira, e o lado sério.

Brincadeira porque existem argumentos sem lógica, improváveis e curiosos. Há quem diga (os mais comuns) que adoramos a certas Entidades malignas, ou mesmo que damos sumiço em quem se põe em nossos caminhos. Obviamente, há os radicais , que criam estórias como a que diz que Pôncio Pilatos era Ven.'.M.'. de uma Loja que tinha, como 1º e 2º VVig.'., respectivamente, Judas e Barrabás, o que nos transforma em responsáveis pela crucificação de Cristo.

Dá até vontade de rir se, entre tantas pessoas sem ter o que fazer, não existissem aqueles que foram expulsos da Ordem e que, buscando algum tipo de vingança , plantam boatos como os citados acima.

O lado sério, entretanto, ocorre devido ao fato de algumas Instituições poderosas (algumas religiões radicais , por exemplo), capazes de atingir um grande número de indivíduos, pregarem doutrinas e dogmas que maculam a imagem da Maçonaria, bem como de seus OObr.'.. Muitos são os que acreditam em tudo que ouvem ou lêem, e as brincadeiras previamente comentadas tomam corpo e forma de algo sério a ser tratado pelos MMaç.'..

Quando escuto um comentário ou leio um artigo cujo conteúdo é anti-maçônico, infelizmente sinto-me tomado por um profundo sentimento de revolta. E acredito que, mais do que nunca, devemos fazer mais e mais pelo bem comum, lutando pelo engrandecimento da Moral, da Justiça e dos valores básicos que o Homem deve ter. Assim, estaremos lutando contra a feroz palavra dos anti-maçons através de atos, distribuindo ainda mais amizade, paz e prosperidade pelo Universo. 

A título de curiosidade, abaixo seguem alguns sites para quem deseja ler as besteiras que falam de nós:

* http://www.espada.eti.br/maconaria.htm
* http://www.edeus.org/wwwboard/messages/822.html (mensagem de grupo de discussão via web que fere a honra e a moral da Ordem e dos MMaç.'.. Uma das maiores idiotices mal-educadas que já li sobre Maçonaria)
* http://www.cruzgloriosa.com.br/plenitude/3.htm (site que transforma as profecias de São Pedro Apóstolo na condenação dos MMaç.'.)
* http://www.ufogenesis.com.br/acobertamento/arquivo_omega.htm (página que nos dá o papel de conspiradores em busca do domínio mundial)

Ir.'. David Cunha Novoa (08.176-0) M.'.M.'. 
ARLS Rio Solimões Nº24 - Manaus, Amazonas, Brasil


A MAÇONARIA MODERNA E OS SEUS ENSINAMENTOS


Recebam meus queridos Irmãos, minhas primeiras Emoções
Que em Meu Coração a Ordem faz Surgir
Feliz se Nobres Esforços
Fazem merecer sua estima,
Elevam-me a esse Verdadeiro Sublime,
À Primeira Verdade,
À Essência Pura e Divina
Da Alma Celeste Origem,
Fonte de Vida e Claridade.
Ramsay

Por séculos e séculos tem-se trabalhado num ritual único, sobre o modelo que supostamente existe desde o tempo das guildas medievais, das associações corporativas. Lógico que simbologias e alegorias foram acrescentadas quando da transmutação do operativo ao simbolismo.  

Ocorre que hoje as questões, os imbróglios, as necessidades sociais são outras e como tal, devemos evoluir nossas técnicas para o profundo engrandecimento da Ordem como organismo humano-social.

Atualmente não vemos os antigos modelos ritualísticos baseados nas praticas cristãs, quando os iniciados eram divididos em classes: os mais recentes eram tão somente ouvintes (exercendo unicamente a absorção do conhecimento, sem manifestação!).

Tinham ainda os catecúmenos e os fiéis. Pensamos seguir a linha dos antigos Sacramentos Atenienses, quando da cerimônia da Revelação aos Olhos, experimentando ao iniciado as belezas das ciências, filosofia, arte e do culto à natureza.

Nosso modelo atual permite a manifestação de todos, trazendo questões que elevem o conhecimento dos Obreiros, revelando aos olhos de cada individuo uma forma de evolução humana.

A Maçonaria Moderna, que ora tratamos, não se refere aos acontecidos nos idos de 1717, quando da reunião das quatro Lojas originárias da Grande Loja de Londres. Falamos agora de uma Maçonaria Moderna mais atual, que, tal e qual o passado setecentista, encontra problemas que precisam ser enfrentados.

Obviamente a modernidade continua reverenciando os antigos ensinamentos e seus grandes mestres: Zoroastro, Pitágoras, Platão, ministrando, em seus diversos graus, um pouco das doutrinas antigas que giravam em volta da existência do Grande Arquiteto do Universo, do exercício da fraternidade maçônica e questões sócio-políticas adequadas às suas épocas. Não podemos esquecer, no Brasil, do movimento abolicionista e das lutas pela Independência!

O que pretendemos não é buscar um afastamento da Maçonaria com os Antigos Mistérios ou sua ritualística. Não. Mas exercitar o pensamento humano, transmutando-se, buscando o aperfeiçoamento e a adequação temporal da Ordem à sua sociedade.

Será que nos esquecemos que nosso real objetivo é anular no seio da Humanidade o preconceito de castas e raças; aniquilar o fanatismo e a superstição; extirpar a discórdia nacional e motivações de guerra; buscando, sempre, mediante o progresso livre e pacífico, a evolução fraterna de uma sociedade justa e perfeita? Como fazer isso?

Nossos inimigos hoje são outros e só há um modo de combatê-lo: mediante o aperfeiçoamento do caráter humano, da evolução do conhecimento, digo, da difusão do conhecimento, tentando implantar no seio da sociedade uma consciência coletiva. Consciência de que cada um é parte de um todo.

O que temos de mais bonito é o pleno exercício da fraternidade, do apoio mutuo entre os irmãos, seus pares e os necessitados, contudo, dentro das oficinas, além das praticas ritualísticas e antigos ensinamentos, se deveria discutir os problemas da atualidade mais abertamente. Ecologia, ética, profissionalismo, responsabilidade política, saúde pública...

A atualização dos nossos pensamentos tem um único principio: a perpetuação da Ordem. Alguns de nossos mistérios já foram jogados ao vento e a conectividade ajudou num processo de desmistificação da Ordem. 

Nossos segredos se baseiam no reconhecimento através dos nossos toques, palavras e sinais.  Então, o que nos manteria vivos? A atualização ou equiparação dos nossos ensinamentos às questões sociais.

As Lojas Maçônicas foram fundadas se espelhando por todas as nações, levando um grande estimulo e força aos homens através de uma associação fraternal. O tempo passou, as sociedades evoluíram, o povo evoluiu e precisamos nos concentrar nos nossos objetivos enquanto Maçons, não nos apegando aos problemas do passado, porém, sem esquecê-los, utilizar nossos ensinamentos para engrandecer a Ordem implantando nas sociedades pessoas de bem que irão contribuir ativamente no nosso propósito. 

Assim, acima de qualquer combate às classes sociais e estruturas econômicas, devemos atuar no campo social, transformando o homem, por dentro, tornando-o capaz de moralmente realizar a construção de uma sociedade mais justa, contribuindo na formação de um homem consciente de suas responsabilidades com a vida, com o mundo, com o meio ambiente, com a sociedade, com o próximo, com o G.’..A.’.D.’.U.’.?. e consigo mesmo.

O certo, portanto, é que, para podermos inseminar nosso pensamento na sociedade, devemos preparar homens dentro das nossas Oficinas. Devemos dar o primeiro passo trazendo questões atuais e só sossegar quando tivermos encontrado (ou ao menos tentado encontrar) um denominador comum.

Diego Lomanto M.’. M.’.


NÃO É NENHUM SEGREDO!



É uma grande honra homenagear a Maçonaria. Sua incrível e surpreendente história está bem registrada nos anais da humanidade. A maçonaria serviu para tornar este, um mundo melhor para viver. Com suas raízes profundamente inseridas na antiguidade, é uma das maiores e mais influentes ordens Fraternais do mundo, se não a maior e a mais influente.

Entrei na Ordem maçônica aos 21 anos e desfrutei dos direitos e privilégios por quase 60 anos. Tive o privilégio de ser membro de muitas organizações, mas nenhuma, fora da minha igreja, significou mais para mim do que a Maçonaria. Eu devo a Maçonaria uma dívida que eu nunca poderei pagar. Agradeço a Deus pelos meus irmãos maçons.

Não é segredo que muitos dos mais nobres e belos ensinamentos da Maçonaria são tanto do Antigo, quanto do Novo Testamento. Não é segredo que a Bíblia mantém a posição central como a grande luz da Maçonaria.

Não é segredo que os maçons adoram e reverenciam a Bíblia, nem é segredo que a Maçonaria ajudou a preservá-la na idade mais escura da igreja quando a infidelidade procurou destruí-la. A Bíblia encontra os maçons com sua mensagem sagrada a cada passo no progresso em seus vários graus.

Não é nenhum segredo que acima do campanário da maçonaria está o olho sempre vigilante, que tudo vê o Deus Todo-Poderoso. Cada parte de seus muros de fundação são maravilhosamente construídos e artisticamente formados pelo Supremo Arquiteto do Universo com o prumo, nível e esquadro.

A esperança da vida eterna e a segurança da ressurreição para uma nova existência irradiam da luz do altar. Sua muralha é um refúgio das lágrimas e cuidados da vida, e seu telhado é um abrigo das impiedosas tempestades da diversidade e do sofrimento. Seu tesouro é aberto aos indigentes, e a assistência está pronta para os pobres. Sua pedra angular recai sobre os quatro quartos da Terra e suas portas nunca estão fechadas para um homem digno. Todo homem vem de sua própria vontade e consentimento. Esta é a Maçonaria!

Além do grande respeito da Maçonaria por Deus e reverência pelo Livro Sagrado, existem outras grandes doutrinas e princípios que contribuem para a grandeza e a importante influência da Maçonaria Antiga.

Do templo do rei Salomão, surgiu à grande Fraternidade maçônica, e seus passos podem ser rastreados ao longo dos tempos até o presente. A maçonaria tem desempenhado um papel importante na moldagem e fabricação da América e na construção fundamental de suas leis e vida.

Enquanto os verdadeiros segredos da Maçonaria são guardados com segurança no repositório de corações fiéis, há muitas coisas que a Maçonaria ensina que não são secretas.

Certamente não é segredo que o objetivo principal da Maçonaria é primeiro, último e sempre, produzir o melhor e mais nobre tipo de caráter através da comunhão e ajuda mútua. A maçonaria é uma disciplina progressiva. Seus membros são “pesquisadores” e “buscadores” da luz e da verdade, para viver de maneira inteligente e harmoniosa.

Sempre se esforçando para um padrão de conduta mais elevado, a Maçonaria é sempre uma disciplina moral. Na luta pela excelência moral, como na construção do Templo do Rei Salomão, o Supremo Arquiteto é indispensável e imprescindível.

Toda a superestrutura da Maçonaria recai sobre o Supremo Arquiteto. Não há ateus na maçonaria. O universo é visto como uma vasta estrutura que deve sua existência ao Supremo Arquiteto. O homem também é um construtor envolvido na construção de um Templo de caráter com o qual são fornecidos materiais, padrões e instrumentos para construção.

A pureza e a inocência simbolizadas pela Pele do Cordeiro, que ele precisa manter limpa, representam a maior honra do Maçom. Não há uma página do Ritual maçônico que não exija o cultivo da virtude da pureza. A necessidade é, portanto, colocada nos maçons para subjugar suas paixões e adquirir a arte do autocontrole. A maçonaria busca construir um mundo melhor, construindo melhores indivíduos.

Não é segredo que, com o movimento triste da espada e do esquife, ao Maçom é lembrado do seu fim. A morte termina sua jornada! A morte acaba com os trabalhos terrenos do homem e sela sua conta para que seja julgado pelo Supremo Arquiteto.

Não é segredo que a Maçonaria ensina a imortalidade da alma. A ressurreição do corpo da sepultura está indelevelmente marcada na mente do Maçom. Enquanto a memória mantém seu lugar entre as faculdades de sua alma, o Maçom nunca pode esquecer esta lição sagrada.

E coroando tudo com um lindo trabalho imaculado, os maçons colocam em prática o que dizem sobre o amor fraternal. “Veja, quão bom e quão agradável é para os irmãos viverem juntos em união”. Os maçons não favorecem a ninguém por suas riquezas e não olham ninguém com diferenças por causa de sua pobreza. A maçonaria não mostra nenhuma diferença para a aprendizagem ou para a nobreza. O chão é maravilhosamente nivelado em seu altar.

Em seu altar, a língua oleosa da calúnia é silenciada. O ódio, a inveja e a maldade estão enterradas no esquecimento, e as falhas são esquecidas. Os maçons assistem os outros. Eles se apóiam tanto na vida como na morte.

A caridade é realmente uma das mais belas colunas no Templo da Maçonaria. A maçonaria nunca se cansa de enfatizar a necessidade de caridade. Para simpatizar uns com os outros no infortúnio, ser compassivo pelas misérias dos outros e devolver a paz às mentes perturbadas, estão entre os grandes objetivos da Maçonaria.

Todos os maçons se obrigam a ajudar acudir e socorrer os pobres, os angustiados, as viúvas e os órfãos. Nem a caridade é restrita a outros maçons apenas, mas estendida a todos. Ele compartilha os laços comuns da raça, como filhos de um grande Criador e procura unir homens de todas as raças, cores, seitas e opiniões. A Maçonaria pratica a Regra de Ouro e procura sempre eliminar forças divisórias que construam muros entre as pessoas.

O compasso permite ao Maçom desenhar um círculo perfeito, para trabalhar com objetivo de que a harmonia e a paz, possam eventualmente rodear o mundo. Oferece alívio aos desamparados, envolve a cortina da caridade sobre casas escurecidas pela tristeza, limpa as lágrimas, alivia as dores, alimenta a fome, cura os doentes e serve aos queimados e aleijados.

Onde, nos anais do tempo, essa organização pode ser encontrada fora da igreja? No entanto, não é segredo que a Maçonaria não é uma religião, nem uma igreja. Um bom Maçom mantém suas prioridades em ordem. A maçonaria respeita o direito de cada homem à religião de sua escolha e nunca reivindica ou deseja ser a religião de qualquer homem ou um substituto para ela.

Os maçons acreditam na tolerância. A maçonaria ajuda e encoraja um homem a ser um melhor membro da igreja, e um bom membro da igreja geralmente faz um bom maçom. Algumas das pessoas mais religiosas que já conheci foram maçons. Para qualquer pessoa, permitir que a Maçonaria se torne sua religião ou tome o lugar de sua igreja é um erro e não é devido ao ensino maçônico, mas à má interpretação de alguém ou a um mal-entendido.

Não é segredo que a Maçonaria ajude os homens a serem homens melhores e a construir um mundo melhor. A maçonaria é uma epístola viva, conhece e lida com todos os homens, declarando ao mundo que é uma organização verdadeira e experimentada, uma grande e maravilhosa fraternidade de comunhão, caridade e benevolência.

Há muitos anos, quando eu era estudante de teologia em Boston, ouvi o grande poeta Edwin Markham citar essas belas palavras que me parecem resumir o significado da Maçonaria:

“Nós somos cegos até vermos que no plano humano, nada vale à pena fazer, que não construa o homem. Por que construir essas cidades gloriosas, se o homem não for construído? Em vão, nós construímos o trabalho, a menos que o construtor cresça”.

James P. Wesberry, 32°, KCCH – Igreja Batista da Geórgia, Atlanta.


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