Recentemente li um
texto, onde o autor proclamou ter sido Martin Luther King maçom. Sabendo que os
maçons são pródigos em “iniciar famosos à revelia” fui investigar o fato,
fazendo contato com a “Masonic Research Society” (Sociedade de Pesquisa
Maçônica).
De lá, respondeu-me o
Dr. Tom Lewis Jr, Past Master (lá não existe a figura do MI) da Loja Mariner nº
2, oriente de Charleston – Carolina do Sul, e também membro da Loja Jackson nº 45 de Jackson -
Tennessee.
Esclareceu-me o
aclarado Irmão não existir na entidade qualquer registro pertinente à iniciação
do Reverendo M. L. King Jr. E aduziu que, havendo consultado seu Venerável
Irmão Nelson e ao Grão Mestre da Grande Loja, irmão T. A. Posey, também eles afirmaram
não terem ouvido falar, nem visto documento algum que pudesse indicar eventual
iniciação do entelado Reverendo. Aguardo
resposta do Memorial Rev. Martin Luther King Jr.
Como membro de uma Loja de Pesquisa que sou,
fui atrás de outras fontes, havendo encontrado um texto do Dr. Brock H. Winters
onde, em sua escrita, a exemplo dos demais consultados, nega peremptóriamente a
existência de qualquer fonte a indicar a iniciação daquele líder. Por mais umas semanas, continuei a investigar
em fontes diversas, e descobri que após 32 anos de sua morte do Reverendo, numa
ação totalmente absurda e sem precedentes , um Past Master da Loja Prince Hall,
da Georgia, fez Martin Luther King Jr. “Maçon at Sight” (Maçom de Vista). Uma Ordem Iniciática, não pode prescindir do
Batismo ritualístco.
Em face desse aloprado
ato, que culmina desacreditar nossa Sublime Ordem, o PM “Most Worshipful Master”
da Loja Prince Hall, atual Grão Mestre da Grande Loja, da Georgia, Irmão B. Barksdale, sustou a prática
então adotada, pondo termo ao ato “post
mortem”, por falta de coerência do
ato com a iniciação, vez que admitida unicamente em razão da fama e notoriedade
do falecido. Muitos famosos são
apontados como Maçons por detratores da maçonaria, que acham estarem prejudicando
os indicados e a Maçonaria, em suas
listas.
Fica o alerta; se um
mestre disser que o Saci Pererê é maçom; não acredite.
Conclusão: os Maçons (os
mestres) gostam de dizer que vultos eméritos revelados no passado e no presente
foram Irmãos, talvez para se sentirem também famosos e importantes. Agindo
dessa forma, parecem estar atribuindo à Ordem uma sociedade estabilizada por
homens mortos, com o que desdenham a importância da iniciação e elevações e
exaltações, atos que conduzem o espírito às alturas, autorizando serem
reconhecidos como verdadeiros irmãos.
O reverendo Luther King é apenas um caso
entre centenas, onde se inclui Disney, Chaplin, Fernando Pessoa, Louis
Armstrong, Mandela, Obama, Tiradentes, Aleijadinho e Castro Alves, nenhum deles
com comprovação, por pífia que seja.
Uma
Ordem iniciática não pode prescindir da Cerimônia de Iniciação. Sem essa
passagem não existe Maçom. Será que o atual estado de “anemia” da Ordem, com
desprezo dos cerimoniais de iniciação, não tem origem nas veleidades desse tipo?
Por - Laurindo R.
Gutierrez*
*Loja de Pesquisas
Maçônicas Brasil* -Londrina –PR
*Loja Pesquisas Chico
da Botica-Porto Alegre
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