“Ó quão bom e agradável é que os
irmãos vivam em união...”
Em nossa caminhada
terrena, muitos são os que caminham ao seu lado, mas, pouquíssimos são os que
caminham do teu lado!
Não é na maldade
intencional, mas na involução espiritual submissa às suas carências e cegueiras
temporais.
É ignorando as mais
objetivas mensagens do alto que o homem transforma um irmão e possível aliado
em oponente ou futuro inimigo espiritual.
Despertar... Eis a
grande missão.
E como fazê-lo?
Somos criaturas em
busca da evolução...; num constante combate interno entre nossas trevas
interiores e a fração do nosso eu divino;
- Um tentando
perpetuar-se em sua zona de conforto, entre hábitos e instintos animais.
- Outro, que deve ser
trabalhado, cultivado, motivado... Através de uma conduta primorosa à qual só
se percebe a partir do momento que
encontramos nosso eu interior; então o encontraremos aflito por retomar
ao real e perene crescimento, aflito por retomar a construção do templo!
Mas como encontrá-lo?
Que meios dispomos? Em que direção seguir? Com que apoio contamos? Quem poderá
orientar-nos?... O silêncio.
São tantas as
perguntas emergentes quando o homem parte em busca do“algo mais”...
Nesta busca, surge uma
instituição desperta! Quem antes combatia sem tréguas, é hoje um tanto
“conivente e tolerante” às fraquezas de seus membros, no meio social e até
mesmo no ambiente de trabalho - na oficina - esta falta de vigilância tem
causado constrangimentos à ordem a nível nacional.
Uma organização
fundada por mentes elevadas; outrora focada na reestruturação da humanidade; no
combate às injustiças; às imposições de ditadores; déspotas e potentados, quais
ao longo da história vêm mostrando do
que o homem é capaz, quando distraído... Quando este comete erros contra
si e contra a humanidade, é quando entorpecido pelos valores materiais que se
afasta do principal objetivo de sua existência.
Então com ênfase na
virtude, a ordem recruta entre estes mesmos homens de liderança, os que ao
longo de sua caminhada vêm trabalhando sua essência, e vencendo suas paixões;
Alertando-os de quando
seguem seus impulsos em sua ótica turva, ignoram as tantas vezes que seus olhos,
sentinelas fiéis de sua alma se enganaram.
“Orientados” por
mentes claras e evoluídas, dedicadas em transmitir conhecimentos “tal como
receberam”, estes homens de bons costumes retiram dos ensinamentos a essência
que seu grau evolutivo lhe viabilize apropriar-se.
Os tempos mudam, as
motivações também, e entre os critérios de seleção de hoje surgem outros
valores, o que muda também o produto final.
As mencionadas motivações priorizam a concentração de
energias mentais em torno dos respectivos
interesses ou valores. Esta é a força da loja.
Mas o homem segue só
em sua busca e percebe, finalmente, “que
atrás da cinza mais densa existe uma brasa acesa”! “Jaime Caetano Braum”
Quem tiver olhos para
ver e mente para conceber...
É tão comum a
frustração na ritualística e nas mensagens contidas no ritual... Parte dos
obreiros pode até decorá-las; mas sem reflexão? Ora. Que força pode gerar?
“Um cargueiro de
livros não faz de um burro um sábio”. É preciso ir mais além, muito mais... Nas
incursões encontrar o essencial, e fazer desta caminhada terrena um palco de
realizações! “Onde os moradores sejam mais veneráveis que suas moradias”.
Percebendo que as
vestes vultosas que o exaltam, não escondem o que é reprovável.
Nossa conduta
ritualística tem entre os objetivos vibrar em harmonia, congregando, e como uma
orquestra dotada dos mais numerosos e variados instrumentos, vibrar uníssonos
por estarem harmoniosamente presentes.
O resultado ao sair de
uma sessão maçônica, será então tal qual a saída de um recital de muito bom gosto!
(salvo em ocasiões preocupantes, como de conflitos pela pátria...).
Para tanto temos
princípios que asseguram esta harmonia, quais frequentemente são
desconsiderados e reúnem no mesmo seio irmãos desarmonizados no mundo profano e
até mesmo entre si. Inadmissível a bem de todos.
Rogo ao Deus Único, ó Grande
Arquiteto do Universo;
Que nossas ações não destoem do bem;
Que nossos conhecimentos, embasadas
no amor fraternal, sirvam para a edificação geral da humanidade;
Que os homens progressivamente
sintam-se como verdadeiros irmãos;
Que descubram a grandeza da
verdadeira caridade, quando damos de nós próprios, de nosso próprio coração;
Que possamos dedicar nossas ações
diárias a Deus, sem constrangimentos;
A ti ó Grande arquiteto; e somente a
ti, rogamos, Protegei-nos dos tropeços da vida, assim como a todos os maçons e
familiares do orbe terrestre.
Que no esclarecimento encontremos a
Paz e persistência em tua obra
Que assim seja.
Otavio A. Ferreira da
Costa
Guardiões da virtude
47
Or.’.de
Passo Fundo
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