FERRAMENTAS DE TRABALHO DO COMPANHEIRO


A RÉGUA DAS 24 POLEGADAS: 

A polegada é uma medida antiga que se afastou do sistema métrico francês; contudo, ainda é usada, posto que esporadicamente, é utilizada por nós brasileiros. 

A maçonaria a adota porque simboliza o dia com as suas 24 horas.
assim, a régua maçônica mede 0,66 (sessenta e seis centímetros - a polegada é a 12ª parte do pé.

O tamanho da régua já sugere que é um instrumento destinado à construção.

Filosoficamente, o maçom deve pautar a sua vida dentro de uma determinada medida, ou seja, deve programá-la corretamente e não se afastar dela. 

MAÇO E CINZEL:

Maço - o maço é uma espécie de martelo, de maiores proporções, servindo para construir ou para destruir.

Maçonicamente, o maço é a ampliação do malhete, instrumento empunhado pelo venerável mestre e pelos vigilantes, representando a força e vigor.

O maço sugere duas situações, uma ativa, outra passiva; a ativa é quando bate, e passiva quando o objeto batido sofre o choque.

O que nos lembra o maço, senão que o usamos na iniciação apenas uma vez, dando três pancadas na pedra bruta?

Podemos tirar uma boa lição desse instrumento tão contundente, usando-o em nós mesmos para retirar as arestas de nossa pedra bruta objetivada o auto aprimoramento.

A maçonaria é uma escola, mas há viabilidade de uma auto-educação, pois, ao invés de esperarmos que alguém nos bata para aparar nossas arestas, podemos fazer isso nós mesmos, em uma atitude mais suave e precisa.

Reconhecer os próprios erros já é uma prática de desbastamento do espírito, ainda embrutecido da inteligência humana.

Cinzel - instrumento do grau de aprendiz, que, com o malho, serve para desbastar simbolicamente a pedra bruta, esta um emblema da personalidade não educada e polida. Representa o intelecto.

COMPASSO:

O compasso filosoficamente, o homem constrói a si próprio, e para que resulte um templo apropriado a glorificar o grande arquiteto do universo torna-se indispensável saber usar cada um dos principais instrumentos da construção.

Dos alicerces ao teto, todos eles são indispensáveis, e quando surgir em nosso caminho algo com aparência de incontornável, lançamos mão da alavanca. Removido o obstáculo, teremos uma edificação gloriosa que nos honrará.

Compasso mede os mínimos valores até completar a circunferência e o círculo onde fixamos uma das hastes do compasso e, girando sobre nós próprios, executaremos com facilidade o projeto perfeito.

O entrelaçamento do compasso com o esquadro será o distintivo permanente da maçonaria. Nossa vida é uma prancheta onde grafamos os projetos que, estudados, calculados os seus valores resultará no caminho completo para a construção de nosso ideal.


ALAVANCA:

A alavanca - trata-se de um instrumento utilizado que representa simbolicamente a força. Seu formato, de per si, sugere essa referida força; basta-lhe um ponto de apoio para erguer um peso enorme sob a simples pressão muscular de um braço.

Arquimedes dizia: "dai-me um ponto de apoio que erguerei o mundo" , manifestação filosófica no sentido de valorizar o " ponto de apoio" .

Em nossa vida quando no deparamos com algum obstáculo a ser removido e que expressa um esforço impossível, o maçom deve evocar a alavanca e buscar esse "ponto de apoio".

Às vezes, a solução está perto de nós e não visualizamos porque nossa atenção está voltada para o grande obstáculo.

A lição da alavanca é que não há peso que não possa ser removido e, assim, os obstáculos serão removidos, embora ultrapassados, pois a alavanca apenas suspende e, desequilibrando o peso, faz com que este se mova.

Existindo o problema, ao lado estará a solução, basta encontrá-la, o que não é tarefa ingente.

O “ponto de apoio" é quem suporta todo o peso do obstáculo e, assim, revela-se a parte mais importante. 

Numa fraternidade, cada irmão constitui um "ponto de apoio", que unidos representa a alavanca, devemos aprender a usar esse poder que só a maçonaria propicia.

ESQUADRO:

O esquadro - somente quem souber esquadrejar poderá transformar a pedra bruta em pedra angular e devidamente desbastada, visando - num trabalho - poli-la e burilá-la parta ser transformada em pedra de adorno na construção.

O esquadro que forma um ângulo reto nos ensina a retidão de nossas ações; o maçom em sua linguagem simbólica diz que pauta a sua vida "dentro do esquadro” tudo está na dependência da retidão, tanto na horizontalidade como na verticalidade.

Seguindo-se as hastes do esquadro, teremos dois caminhos que vão se afastando, quando mais distantes seguirem; isso nos ensinará que se nossa vida se pautada de forma correta, encontraremos o caminha da verticalidade espiritual e o da horizontalidade material..

Esse instrumento é imprescindível na construção; caso não for usado, teremos uma obra torcida, sem equilíbrio e pronta para ruir.
autor: Roner Dutra Maciel



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