Vez por outra
autoridades eclesiásticas afirmam que a Maçonaria é Religião, assertiva que
causa certo desconforto entre os membros da Ordem.
Ao entrar na nossa
Instituição o neófito não é obrigado a renunciar ao seu credo. A Maçonaria
assegura que todo sectarismo, seja político, racial ou religioso, é
incompreensível com a universalidade do espírito maçônico.
Outros asseguram que a
nossa Instituição é uma associação ecumênica. Na minha avaliação esta afirmação
se constitui em outro equivoco, pois o ecumenismo é a busca da unidade entre as
Igrejas cristãs. Como sabemos no seio da nossa secular Instituição temos
membros quem não professam a religião de Cristo.
Mas o que é Maçonaria?
Podemos definir como uma Associação sem fins lucrativos, iniciática, educativa,
filosófica e filantrópica, composta por homens probos e virtuosos que buscam
através da ética, tolerância e respeito ao livre arbítrio superar o vício
visando contribuir para o engrandecimento da Humanidade, escopo de sua
existência.
O grande medo dos
detratores da Ordem Maçônica é a sua defesa intransigente do diálogo
inter-religioso, ou seja, na melhoria do relacionamento entre os praticantes
dos diversos credos espalhados pelo mundo.
Por este motivo usamos
o termo “Grande Arquiteto do Universo”, principal criador de tudo que existe
independente de crença ou religião especifica. Aliás, o conceito de Deus
como o Grande Arquiteto do Universo não é exclusividade da Maçonaria, uma vez
que encontramos, desde a Idade Média, em diversas edições da Bíblia, referência
a Deus como o Arquiteto do Universo.
O Grande Oriente da
Paraíba, como toda potência maçônica brasileira, recepciona a Constituição da
República Federativa do Brasil, portanto, observa que é inviolável a liberdade
de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício das venerações
religiosas e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a
suas liturgias.
A liberdade religiosa
é um dos legados das Constituições de James Anderson publicada em 24 de junho
de 1723, e considerada o principal documento e a base legal da Maçonaria
Especulativa.
A legalidade e a
disciplina são atributos que devem ser observados por todos os Maçons.
Bibliografia:
HOUAISS, Antonio
(1915-1999) e VILLAR, Mauro de Salles.Minidicionário Houaiss da Língua
Portuguesa. Instituto Antonio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados de
Língua Portuguesa S/C. Rio de Janeiro. Objetiva, 2001. 481 p.
GUIMARÃES, João
Nery. Reprodução das Constituições dos Franco-Maçons. Fraternidade.
São Paulo, 1982. 92 p.
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