O que diria o Maçom
ao seu eu, ou à sua própria pedra?
O que diria o
filósofo a si de seu, ou ao tempo e à era?
O escultor a uma
perfeita e polida esfera?
Não é estranho que
todos, nobres, ricos, príncipes e Reis
E pessoas comuns
como eu e vocês
Sejamos todos
construtores, com diversos papéis, ou da vida talentosos atores
Para o ato da peça
de agora, e ao do final desfecho
Cortinar da
decisiva hora, o fecho!
E assim, com
humildade, cada um recebe, terno e percebe, de trabalho, o real ofício
Um conjunto de
instrumentos, uma tarefa mui árdua e difícil, e um livro de luzidas regras:
E a cada um, deve o
fazer conforme virtuoso o nobre tento, e sem na obra haver fissuras ou quebras
E antes que a
efémera vida feneça, calmamente, e ao longo vento em uivo se entristeça,
despeça
E antes que reste,
somente, da vida o pesado lamento e triste peça
Construamos,
esculpimos, com a arte acrisolada a pedra
A cada cinzelar
dilema, escolhe:
Ou uma polida
escultura acácia etérea
Ou o horror de tropeço
e disforme e impolida pedra
Ou o mais acurado e
luzidio fulgor
Ou da mais profunda
e trabalhada escultura interior
Pega do teu cinzel,
a aprendizagem de livre talante
Escolhe, no sábio
caminho real marcante
Decide avante – a
dor ou edificante amor?
Da polidez retirada
escuridão e dor
Placet de eterno
recomeço amor…
Alexandre Fortes, 33º – CIM 285969 – ARLS
Cícero Veloso n° 4543 – GOB-PI
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