Ser iniciado na
Maçonaria é um dos momentos mais marcantes na vida de um homem. É como nascer
de novo, um renascimento para uma nova vida de luz, harmonia e amor fraternal.
É como se depois de toda uma vida de caminhos incertos e muitas vezes
tortuosos, soubéssemos de imediato – como um lampejo ou uma visão que só os
olhos do espírito podem captar e interpretar – que a maravilhosa dádiva da luz
só tende a aumentar e iluminar cada vez mais nossa vida, apontando uma única direção
no meio de todo um mar de escuridão: um radiante caminho de paz, de amor e de
conquistas espirituais que se descortina e que dissipa a névoa das incertezas
que assombravam o nosso passado profano e sem norte.
Ao mesmo tempo em que este presente nos deixa um tanto quanto deslumbrados e orgulhosos da honra que nos foi concedida em um primeiro momento, muito cedo descobrimos que é só o começo de uma longa jornada rumo ao belo, ao justo, ao sublime e ao perfeito e que, para tanto, muito trabalho temos à nossa frente. E talvez seja esta a impressão que mais nos chama a atenção.
Ao sermos carinhosamente recebidos como Aprendizes, as atitudes de nossos Irmãos logo nos desperta um suave sentimento de humildade, de respeito e de enérgica responsabilidade para com a grande obra de construir um mundo melhor, mais fraterno, mais livre e mais justo para todos os homens; humildade que é própria de um obreiro, ou melhor dizendo, de um pedreiro-livre, que não se deixa levar pela tirania de suas próprias necessidades e de suas próprias concepções.
A propósito, outra impressão por demais marcante em nossa iniciação - que tem o condão de emocionar o espírito livre ou aquele espírito que luta todos os dias de sua vida em busca da verdadeira liberdade -, é o compromisso com o progresso do homem tomado como indivíduo e como membro da coletividade; o compromisso de lutar contra a arbitrariedade e do poder injusto que é tão característico das tiranias e das sociedades à margem da sabedoria e do livre-pensamento, afundadas cada vez mais nas trevas da ignorância e do misticismo; é o compromisso que nós solenemente aceitamos de velar pela felicidade de todos os nossos irmãos obreiros espalhados por todo o mundo e universo, porque são eles os principais idealizadores e trabalhadores da construção daquele perfeito edifício que toda a Humanidade sonha em um dia viver.
É com esta preciosa certeza que somos recebidos como Aprendizes Maçons e é com este espírito que voltamos à nossa vida mundana. É para este trabalho e para esta missão é que somos chamados ao trabalho e é para tal ideal que dedicamos toda a nossa energia a partir de nossa iniciação.
Transformar cada ideia que nos é transmitida no eloquente ritual de iniciação maçônico em palavras é tarefa muito difícil, talvez impossível de ser realizada com aquela perfeição de formas, expressões e símbolos. O ritual fala aos sentidos e ao espírito do homem - de uma forma tão magnífica, tão rara e tão bela que nos questionamos naquele mesmo momento se é obra da inteligência humana ou se é um presente da própria Divindade -, pois revela e traz de volta à superfície tudo o que há de melhor em seu interior, tudo o que julgava esquecido e solapado pela luta diária pela sobrevivência e tudo o que julgava ser incapaz de ser e de fazer antes da conhecer a Luz que estava oculta de seus olhos.
Por derradeiro, nada disto teria vida ou sentido se não fosse a energia, o carinho, a humildade e o amor fraternal que os Irmãos da nossa Sublime Ordem fazem questão de imprimir no éter de nossas memórias, nos dando além de toda a alegria e orgulho de privar de seus ensinamentos e companhia, a esperança de um futuro melhor, menos agreste e áspero, mais confiante e harmônico. São estas as minhas impressões sobre a minha iniciação e são estas as suaves e indeléveis marcas que fazem parte da pedra ainda bruta de meu espírito Aprendiz, agora, com muito orgulho, Maçom.
Mohamad Ghaleb Birani, A:.M:.
A:.R:.L:.S:. Octacílio Schüler Sobrinho n.º 105, Oriente de Águas Mornas/SC, Brasil
Ao mesmo tempo em que este presente nos deixa um tanto quanto deslumbrados e orgulhosos da honra que nos foi concedida em um primeiro momento, muito cedo descobrimos que é só o começo de uma longa jornada rumo ao belo, ao justo, ao sublime e ao perfeito e que, para tanto, muito trabalho temos à nossa frente. E talvez seja esta a impressão que mais nos chama a atenção.
Ao sermos carinhosamente recebidos como Aprendizes, as atitudes de nossos Irmãos logo nos desperta um suave sentimento de humildade, de respeito e de enérgica responsabilidade para com a grande obra de construir um mundo melhor, mais fraterno, mais livre e mais justo para todos os homens; humildade que é própria de um obreiro, ou melhor dizendo, de um pedreiro-livre, que não se deixa levar pela tirania de suas próprias necessidades e de suas próprias concepções.
A propósito, outra impressão por demais marcante em nossa iniciação - que tem o condão de emocionar o espírito livre ou aquele espírito que luta todos os dias de sua vida em busca da verdadeira liberdade -, é o compromisso com o progresso do homem tomado como indivíduo e como membro da coletividade; o compromisso de lutar contra a arbitrariedade e do poder injusto que é tão característico das tiranias e das sociedades à margem da sabedoria e do livre-pensamento, afundadas cada vez mais nas trevas da ignorância e do misticismo; é o compromisso que nós solenemente aceitamos de velar pela felicidade de todos os nossos irmãos obreiros espalhados por todo o mundo e universo, porque são eles os principais idealizadores e trabalhadores da construção daquele perfeito edifício que toda a Humanidade sonha em um dia viver.
É com esta preciosa certeza que somos recebidos como Aprendizes Maçons e é com este espírito que voltamos à nossa vida mundana. É para este trabalho e para esta missão é que somos chamados ao trabalho e é para tal ideal que dedicamos toda a nossa energia a partir de nossa iniciação.
Transformar cada ideia que nos é transmitida no eloquente ritual de iniciação maçônico em palavras é tarefa muito difícil, talvez impossível de ser realizada com aquela perfeição de formas, expressões e símbolos. O ritual fala aos sentidos e ao espírito do homem - de uma forma tão magnífica, tão rara e tão bela que nos questionamos naquele mesmo momento se é obra da inteligência humana ou se é um presente da própria Divindade -, pois revela e traz de volta à superfície tudo o que há de melhor em seu interior, tudo o que julgava esquecido e solapado pela luta diária pela sobrevivência e tudo o que julgava ser incapaz de ser e de fazer antes da conhecer a Luz que estava oculta de seus olhos.
Por derradeiro, nada disto teria vida ou sentido se não fosse a energia, o carinho, a humildade e o amor fraternal que os Irmãos da nossa Sublime Ordem fazem questão de imprimir no éter de nossas memórias, nos dando além de toda a alegria e orgulho de privar de seus ensinamentos e companhia, a esperança de um futuro melhor, menos agreste e áspero, mais confiante e harmônico. São estas as minhas impressões sobre a minha iniciação e são estas as suaves e indeléveis marcas que fazem parte da pedra ainda bruta de meu espírito Aprendiz, agora, com muito orgulho, Maçom.
Mohamad Ghaleb Birani, A:.M:.
A:.R:.L:.S:. Octacílio Schüler Sobrinho n.º 105, Oriente de Águas Mornas/SC, Brasil
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