O MAÇOM NÃO NASCE PRONTO!


 

Ao ser iniciado, diz-se que o Maçom morreu para a vida profana e renasceu na Verdadeira Luz.  Obviamente, isso é uma simbologia e, o que ele era, continua sendo, com todo o seu potencial e cabedal que lhe pertencia. 

É provável ter sido notado e convidado por um Maçom, justamente, por possuir essas qualidades.  Não obstante, com toda carga de conhecimentos que possa ter, não está pronto como Maçom.  Vai aprender a sê-lo ao iniciar o desbaste da Pedra Bruta transformando-a em Pedra Polida. 

É o início da construção do seu templo interior.  Ele foi introduzido na Maçonaria e a Maçonaria terá de entrar nele.  É aí que vai começar a ficar pronto...

Antes de ingressar na Maçonaria, em sua vida normal, ele também não nasceu pronto e acabado.  O Homem nunca estará acabado, pois, consciente da sua evolução, jamais considerar-se-á terminado. 

Como tal, dentro da Sublime Ordem, o Maçom trilhará um caminho análogo, na tentativa de ficar pronto.  Recebe o desafio, que é o processo formativo da Maçonaria encaminhando-o, desde o Primeiro Grau, à uma coerência entre pensamento, palavra e ação. 

Não obstante, se o Aprendiz Maçom, estiver imbuído de indigência intelectual, dificilmente ficará pronto, muito menos acabado.

Quantas vezes nos vemos perguntando por que a gente não nasce pronto, já sabendo e dominando todas as coisas?  Quem sabe, no futuro, a tecnologia fará com que nosso cérebro, ainda como feto no ventre da Mãe, receba todo o conhecimento da Humanidade. 

Há quem diga que, no futuro, nem nasceremos mais, seremos fabricados.  “Amaremos os robôs assim como hoje nos apaixonamos por carros!”, diz Dadid Levy, cientista, especialista em inteligência digital.  Seremos robotizados.  Mas se isso acontecer, quais serão os objetivos da vida se já teremos o conhecimento de tudo?!  Utopia...

A Sublime Instituição proporciona meios de vencer as paixões ignóbeis que desonram o Homem e o tornam desgraçado; orienta na prática constante da Virtude, para socorrer os semelhantes em suas aflições e necessidades, direcionando-os à senda do Bem, tirando-os da prática do Mal e estimulando a fazerem o Bem, com exemplos de Prudência, Sabedoria, Tolerância, Justiça e respeito à Liberdade.  São exigências primordiais da Maçonaria que, para pessoas comuns, seriam qualidades raras, porém, para o Maçom, não passam do cumprimento elementar de um dever, pois ele é municiado de todos os elementos morais que vem a ser o ornamento do Maçom. 

A Maçonaria tenta moldá-lo como um perseguidor da sabedoria, da honra, da coragem, da disciplina, da obediência, da retidão moral, sem deixar de manter o seu dever, atitude e postura como cidadão que era antes de ser convidado para fazer parte.  Quando consegue, eis um Maçom pronto!

É necessário, no seio da Sublime Ordem, que o Maçom queira progredir, estudar, buscar a verdade para que haja a transformação do Homem que renasceu para o mundo. 

A Maçonaria oferece aos seus membros, através da História Simbólica, oportunidades de evolução para, com ela, transformá-los numa poderosa força do bem, tornando-se influentes construtores sociais em benefício da Humanidade. 

A História Simbólica é feita e combinada de tal maneira que a evolução das personagens indica, exatamente, a evolução do Homem Maçom.  Uma das maiores características do Maçom, que quer ficar pronto, é sua avidez por essa evolução, que o fará passar por vários fatores, como aprender, criar, inovar refazer, modificar, orientar, ensinar, tolerar que são o cimento místico na construção do seu templo interior. 

Com esse procedimento, se estiver preparado com toda imaginação e entusiasmo, ele ficará pronto, mas, como na vida lá fora, jamais estará acabado.  Sempre haverá algo mais a se buscar...

...sempre!

E. Figueiredo

Bibliografia:

   Cortella, Mário Sérgio – Não Nascemos Prontos!
      Ritual do Simbolismo Aprendiz Maçom - GLESP

(*) E. Figueiredo - é jornalista - Mtb 34 947 e pertence ao
CERAT - Clube Epistolar Real Arco do Templo/ 
Integra o GEIA –  Grupo de Estudos Iniciáticos Athenas /
Membro da  Confraternidade Mesa 22, e é
Obreiro da ARLS Verdadeiros Irmãos– 669 (GLESP)

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