Além dos irmãos da Loja,
os trabalhos contaram com a participação de Irmãos de outras Lojas, a saber:
Elemar Guida Malta, Fernando Gregório, José Mauro Cabral, Luiz Antonio Vieira,
Marcel Merlone e Ubyrajara de Souza Filho, os quais contribuíram via e-mail
para o tema em estudo.
Após
a leitura do texto “O Uso Ético da Internet entre os Maçons”, e debate em torno
do mesmo, conclui-se, em síntese, o que segue:
O
repasse de e-mails a irmãos sem que estes tenham sido consultados se desejam ou
não receber as informações repassadas, em princípio, não foi considerado um
desrespeito à privacidade. Ponderou-se que não há invasão da privacidade quando
o assunto é importante, como sobre a sociedade e o país. No entanto, foi
considerado como invasão da privacidade quando o assunto enviado trata de
tolices. Considerou-se, sim, desrespeito quando são repassadas ou enviadas
mensagens não compatíveis com o nosso tipo de relacionamento. Deve-se, aí, ser
respeitado o nosso interlocutor.
Em
termos de temas polêmicos, como política e religião, o bom senso deve
prevalecer e respeitar-se as opiniões alheias. Foram também considerados como
invasão de privacidade as mensagens repetidas, apesar de solicitação anterior para
que não fossem mais enviadas mensagens relativas a determinados assuntos. Há
invasão de privacidade, aí, por não se respeitar a liberdade do irmão em ser
seletivo. Em todos os casos, tolerância, fraternidade e educação devem ser
observadas na intercomunicação entre os Maçons.
Os
mesmos princípios éticos e morais que devem regular as relações entre os homens
devem ser observados no uso da internet pelos Maçons. Alguns princípios foram
elencados. Lembrou-se que a liberdade tem limite, ela vai até um ponto em que
não há ofensa ao outro. Embora deva ser respeitada a liberdade de pensamento e
informação, esta deve ser usada com ponderação, observando-se o que é certo e o
que é errado, bem como o direito do outro. Foi ressaltado, ainda, o princípio
da humanidade, usando-se a comunicação para o crescimento do aspecto humano no
homem.
Considerou-se,
ainda, como antiéticos no uso da internet entre os Maçons o desrespeito à
hierarquia dos cargos, inclusive, o seu uso para denegrir a imagem do maior
mandatário de uma Obediência, no caso, o Grão-Mestre.
Também
foi visto como não recomendável o fato de grupos maçônicos em determinadas
redes na Internet desrespeitarem os juramentos, revelando segredos maçônicos e
outros assuntos que deveriam permanecer velados. Assim como os referidos grupos
tratarem de assuntos que não dizem respeito ao mesmo. Em alguns casos puderam
ser observadas atitudes incompatíveis com os princípios maçônicos, quando a
discussão, principalmente sobre política, chegou a ponto de gerar ataques
pessoais entre irmãos, troca de ofensas e xingamentos.
O
destaque antiético no uso da Internet ficou por conta das possíveis alterações
de textos originais, desvirtuando ou comprometendo os autores. Quanto ao
chamado “plágio” virtual foi lembrado que, muitas vezes, eles ocorrem
involuntariamente. Assim, textos são copiados e reproduzidos sem os devidos
créditos, que por sua vez são utilizados em outros trabalhos, em ritmo de
progressões geométricas, até que um dia o autor encontra suas citações reproduzidas
e pode reagir de forma indignada ou aceitar e alertar sobre o ocorrido.
Contudo,
a Internet foi vista como um “fórum” livre e os próprios depositários de
assuntos na rede devem ter em conta essa situação, isto é, a possibilidade de
reprodução de textos sem crédito.
Foi
entendido como GRAVE e ANTIÉTICO a ALTERAÇÃO DO TEXTO ORIGINAL DO AUTOR,
modificando-se o pensamento ORIGINAL sem a devida correção do crédito. Não
haveria qualquer problema, nos casos em que alguém, ao se basear em um texto,
modifica o conceito inicial e assume o novo texto.
Postado por Loja de Estudos e
Pesquisas Maçônicas Sabedoria Triunfante nº 4069
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