A Iniciação é a
re-ligação com o Criador. Os instrumentos que representam os símbolos e sua
frequência na busca consciente e contínua no “desenvolvimento do trabalho” do AP.’.
M.’. , a Régua de 24 PP.’., o Cinzel e o Maço, representam as três grandes
forças da existência humana: conhecer, sentir e querer; ciência, emoção e
atividade; experiência, sentimento e força. No término da beleza e acabamento
natural de tudo que existe nas dimensões do Criador tri e multidimensional.
Simbolicamente, a Régua de 24 PP.’. representa o
conhecimento, a ciência, a experiência, ou seja, a SABEDORIA, a primeira das Três Colunas Sagradas do Templo.
Com ela o AP.’. M.’. deve medir suas ações, permitindo-lhe ter consciência do
valor e da utilidade de suas idéias e atitudes.
Quando o ser humano
age sem planejar, sem pensar sobre as conseqüências de seus atos, já inicia seu
trabalho de forma errada, sem noção do que quer fazer e aonde quer chegar.
O AP.’. M.’. , no seu caminhar de constante busca pelo
progresso na Grande Obra, deve sempre pensar e avaliar sobre suas ações, tanto
materiais quanto espirituais, conhecendo o valor e o impacto de cada uma delas
perante a sociedade em que vive e seus semelhantes. Isto é sabedoria maçônica.
Segundo o Ritual da Ordem, “Sabedoria é Prudência, e só é
prudente o que sabe medir”, tendo olho clínico e dimensional.
O Cinzel, simbolicamente, representa o sentir, a emoção, ou
seja, a BELEZA, a segunda das Três Colunas Sagradas do Templo. Com ele o AP.’.M.’.
modela seu espírito e sua alma, conforme os planos traçados pela Régua de 24
PP.’.. O Cinzel representa a execução do que foi planejado, conforme as
qualidades morais, sentimentos e virtudes de cada Maçom, permitindo-lhe agir
com foco e determinação na busca do resultado traçado.
Por último, mas não menos importante, o Maço representa o
querer, a atividade, ou seja, a FORÇA da ação do AP.’.M.’. em sua obra, sendo
esta a terceira das Três Colunas Sagradas do Templo. Traduz a energia, a
impulsão no ato de aplicar o Cinzel conforme o plano traçado pela Régua de 24
PP.’. , ou de maneira simbólica, representa a força colocada na execução dos
planos e obras traçados pelo AP.’. .
Antes do processo de iniciação, alguns dos irmãos me
perguntaram: “O que eu esperava da Maçonaria e o que Ela representava para mim?”.
Neste momento em diante comecei a meditar e refletir sobre o que é ser maçom e
do que trata a Filosofia Maçônica.
A meu ver, caríssimos
IIr.’., a Maçonaria não é status, não é glamour, não é um modismo que flutua
conforme sopra os ventos da mídia. A Maçonaria é sim uma responsabilidade. Ser
maçom é ser representante contínuo das virtudes, mesmo em momentos nos quais
concorremos com o marketing desleal da propagação dos vícios, da pobreza de
espírito, da infelicidade que muitas vezes reina absoluta, rodeada por muros de
castelos…
Ser Maçom é exercício
constante da tolerância, da paciência, da prudência, da perseverança em fazer
com o que o bem e a justiça sempre prevaleçam, e para isso, trilhará seu
caminho com o uso conjunto e constante de seus fundamentais instrumentos de
trabalho.
Concluindo, o momento
da Iniciação é algo inesquecível, uma verdadeira transformação na forma de
pensar. Na vida profana, as atitudes seguem certo instinto geralmente associado
à forma como se foi criado, à base moral recebida de nossos pais. Na Maçonaria,
tudo parece ser um recomeço, sobretudo na forma de enxergar um propósito para
nossa existência.
Agora tenho em mãos a
Régua de 24 PP.’., o Maço e o Cinzel, e um longo caminho a percorrer, a começar
por lapidar, com paciência e perseverança, esta grande P.’.B.’. que, aqui vos
fala, principiando a evolução e aproveitando as arestas, após o término, e o
brilhar da pedra cúbica, no edifício maçônico, sendo o nosso templo físico,
alma e espírito, erguido pelo Grande Arquiteto do Universo.
Ir.’. Ariston Cássio
Jara Maia A.’.M.’.
Loja Francisco de
Paula Killian
São José dos Pinhais /
PR
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