A
frase é atribuída ao Irmão Napoleone di Buonaparte que, apesar de ter nascido
na França, seus pais registraram seu nome em italiano. Anos mais tarde, ele
resolveu afrancesar o nome, ficando Napoléon Bonaparte.
O título do artigo é uma afirmativa. No entanto, em nossa provocação dominical,
farei algumas modificações e a transformarei em indagação:
TORNAMO-NOS
O MAÇOM DO PARAMENTO QUE USAMOS?
Vemos
poderosos Irmãos se intitulando “eternos aprendizes”, porém não há alvura em
seu avental. Do mesmo modo, Irmãos desempenhando cargos com aventais de Mestres
Instalados, isso quando não sobrepõem dois colares.
Uma vez que nosso aprendizado é baseado em alegorias e símbolos, é imperativo
que criemos uma relação emocional com o avental, compreendendo o que ele
representa e os valores a que nos remete.
A
PREMISSA DO AVENTAL NÃO É PARA INDICAR GRAUS OU CARGOS. SUA MISSÃO É NOS
COLOCAR À DISPOSIÇÃO DA OBRA.
Usar o
avental é, pois, assumir a verdadeira identidade de um Maçom, que é ser
OBREIRO, ter ou estar participando de uma OBRA. Isso resulta no senso de
unidade, propósito e ação, despertando ou aumentando a sinergia do grupo.
Estabelecendo um contraponto com essa linha de reflexão, invoquemos o ditado
popular: “o hábito não faz o monge”.
A moral do ditado popular consiste em que usar um hábito (veste religiosa) não
é a consolidação da prática da abdicação dos objetivos comuns dos homens em
prol da prática religiosa (monasticismo).
Na lapidação desse conhecimento baseado no senso comum, vamos transformá-lo em
uma instrução maçônica, nos dois sentidos da palavra e em suas interações
concretas e simbólicas: o hábito faz o Maçom.
Nosso hábito (avental) é o maior sinal que nos identifica
a Obra. Fomos instruídos a honrá-lo, pois ele nunca nos desonrará. Ele é o
emblema do trabalho e, com ele e por ele, manter-nos-emos sempre laboriosos.
Nosso hábito (maneira usual de ser e fazer) é a maior prova para
sermos identificados como Obreiros na consolidação da prática da
abdicação dos objetivos profanos dos homens em prol da prática moral e ética de
nossos Sãos Princípios.
Vamos para mais uma indagação: somos Maçons apenas quando estamos usando o
avental? Certamente não. Todavia, é somente pelos hábitos maçônicos que
conquistaremos o mérito e manteremos o direito de usar o hábito maçônico.
Nas palavras de Aristóteles, 350 anos antes de Cristo: “Nós somos o que fazemos
repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”.
ENTÃO,
HABITUE-SE MAÇONICAMENTE.
2024,
há 18 anos compartilho instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e
ético dos Irmãos, permaneço neste propósito para provocar a reflexão dos
Obreiros sobre nossa Ordem. São visões pessoais, não são verdades absolutas,
questione sempre o que lê. A verdade é aquilo que conseguimos vivenciar.
Fraternalmente
Sérgio
Quirino
Mestre de Cerimônias - ARLS PR25 2024/2026
TAF,
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