O maçom
de ofício é uma contradição!
Por vezes alguns se esbarram em informações não corriqueiras, em
que o maçom contemporâneo tem por legado, as suas principais “construções” das
corporações de ofício.
Construções, digo aqui para espelhar o que ficou edificado, ou
seja, os conhecimentos, os símbolos e a magia das lendas e alegorias que dão
brilho e beleza a todos os simples momentos sublimes de per si.
Posto vamos ao ofício por assim falar.
Não é de todo verdade, a maioria dos ensinamentos da maçonaria
simbólica hoje em evidência, na verdade deve-se, ao longo da história, a uma
aglutinação de esforços e aplicação de conhecimentos coerentes ao
desenvolvimento do homem maçom e da sociedade em que ele se insere.
A maçonaria operativa, contribuiu sem sombra de dúvida para a
raiz desta frondosa árvore do conhecimento, que hoje desemboca num novo modo de
se olhar muitas ações da maçonaria, numa maçonaria, que segundo alguns
estudiosos caminha mais para ser contemplativa.
Assim, maçonaria vem se transformando de acordo com os tempos.
Alicerçando nova visão sobre os mesmos valores, combinada novas formas de
manter-se ativa e viva no mundo atual.
Os maçons do ofício, não quebram, mas, as pedras de antes.
Apenas, simbolicamente se deitam sobre os fatos, sobre a história e a
filosofia, para haurir sua visão inquietante diante do mundo, e quiçá construir
o futuro.
O ofício é tarefa árdua. E contrapartida ao quebrar pedras da antiguidade.
Não se relaciona unicamente com a matéria da pedra, mas busca o espírito, não
da pedra, mas da pedra virtual, pessoal e da humanidade.
Os primeiros sinais dos não operativos são todos posteriores ao
início do séc. XVII. Na Escócia, em Edimburgo, os primeiros sinais aparecem em
1634. Em Atchison’s Haven, em 1672, 1677 1693. Em Kilwinning, em 1672 e em
Aberdeen, em 1670. Na Inglaterra, já em 1621 os registros comprovam a
existência de uma Sociedade de Maçons, em conjunto com a corporação de ofício
regular. Esta nova sociedade recebia captações dos maçons Aceitos, tanto dos
construtores de ofício, quanto dos que não tinham nenhuma relação com a
profissão.
Deste modo, afirmar que durante o séc. XVII tenha sido
constituída uma fraternidade oculta, dentro da corporação profissional. Os seus
membros ditos Aceitos seriam os efetivos possuidores do esoterismo e da maior
parte da ritual idade que nos é hoje conhecida. Os membros desta nova
fraternidade foram gradativamente assumindo a sua condição maçônica perante o
público externo, a partir da segunda metade do mesmo século. Pode ser, mas não
há registros históricos.
O maçom do ofício é cada um de nós que entendeu a iniciação.
Ivair Ximenes Lopes
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