INTRODUÇÃO - A Maçonaria exige de seus membros, entre
outras condições, boa reputação moral. Exige tolerância para com toda forma de
manifestação de consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam
os de conquistar à verdade, a moral, a paz e o bem estar social.
Os ensinamentos maçônicos orientam seus membros a se dedicar à
felicidade de seus semelhantes, não somente porque a razão e a moral lhes
impõem tal obrigação, mas também porque esse sentimento de solidariedade os faz
irmãos.
Que entendemos por moral? Que procede conforme a honestidade e à
justiça, que tem bons costumes: diz-se de tudo que é decente, educativo e
instrutivo. Parte da Filosofia que trata dos atos humanos, dos bons costumes, e
dos deveres do homem em sociedade e perante os da sua classe. Conjunto de
preceitos ou regras para dirigir os atos humanos segundo a justiça e a equidade
natural. Modo de proceder. (Fonte: Dicionário Brasileiro da Enciclopédia
Mirador).
ANÁLISE HISTÓRICA DA MORAL - A moral aparece junto com a
sociedade humana. A moral da sociedade primitiva não censurava o canibalismo, o
incesto, a matança de anciãos, etc. devido ao seu nível extremamente baixo de
desenvolvimento cultural. A tribo era coletivista e para sobreviver cultuava
nos seus membros o heroísmo, a honra, a audácia, a defesa, a ajuda mútua, a
força física, etc. “Virtus”, expressão latina que designava a força física e o
valor e começou a ser utilizado no sentido da virtude.
Na sociedade escravista as relações humanas incluem somente os
homens livres ficando os escravos fora da moral. A moral exigida dos homens
livres era fidelidade ao estado escravista, as suas leis, vigiar e desprezar os
escravos, valor nas guerras, etc. A crueldade e, inclusive, matar um escravo
não acarretava nenhum sentimento de piedade ou remorso; era normal. Mas quando
a sociedade cresceu o estado escravista não respondeu às suas maiores
necessidades econômicas.
O regime feudal considerava o membro da gleba, um homem, mas um
homem inferior que estava incluído dentro da transação de compra e venda de uma
propriedade, mas o senhor já não tinha mais o direito de vida ou morte sobre
ele. A Igreja Católica apóia tanto o sistema escravista como o sistema feudal.
Ela pertence, social e economicamente, à classe dominante. A moral do senhor
feudal proibia-lhe dedicar-se ao comércio e aos ofícios, mas era lícito o
direito de pernada, ou jogar ao baralho a sorte dos servos da sua propriedade.
A virtude dos servos era o trabalho e a obediência.
A Revolução Francesa libera o homem da opressão do feudalismo.
Cria a liberdade de ação e pensamento, nascem os ideais humanistas, mas são
afetados pelas péssimas condições econômicas. É gerada uma moral
individualista. Robespierre chama o patriotismo como uma “virtude suprema”, mas
acaba-se convertendo em ódio social e estandarte de guerra de dominação.
Pelo anterior, pode-se ver que não existe uma moral eterna e
imutável. A moral é histórica, conjuntural e determinada pela classe dominante.
A MORAL MAÇÔNICA - A moral maçônica constitui o objeto da
sua filosofia racionalista.
Esta moral está contida nos símbolos e rituais que, como todos
nos sabemos, tem-se mantido sem variação no decorrer dos séculos. A moral
maçônica, ao invés da profana, é imutável.
Numerosos irmãos nossos através dos séculos tem rendido a vida
lutando contra as falsas definições de moral imposta em benefício de dogmas,
privilégios e sistemas exclusivistas.
Sendo a Maçonaria uma instituição universal, essencialmente
ética, filosófica e iniciática, educam seus membros para serem homens de bem,
com sólidos princípios morais e que lutem para seu aperfeiçoamento em benefício
individual e social. O maçom deve ser útil ao progresso moral.
Manter uma moral maçônica precisa o domínio das paixões,
reconhecer e corrigir nossos defeitos, cultual a inteligência e praticar os
valores maçônicos.
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