. . .será que
compreendemos realmente o que é ser Livre e de Bons Costumes?
SER LIVRE
Ser livre é alguém que não sendo irresponsável ou
escandaloso, agredindo a sociedade por sua vida condenável, não seja por outro
lado, joguete passivo das circunstâncias e das pessoas que o rodeiam. É alguém
que sabe o que quer, não tem medo, que possui liberdade de pensamento e
condições psicológicas para absorver determinados ensinamentos, através do
estudo e da reflexão, sem pré-julgamentos.
Ser Livre é ter coragem para criar, tendo sempre como
objetivo o evoluir.
Ser livre significa ser independente, ganhar o suficiente para sua própria subsistência e de seus dependentes, atender aos seus compromissos sem prejuízo de quem quer que seja, ter consciência de seus deveres familiares, sociais, morais e religiosos, e executá-los com seriedade.
Ser livre significa ser independente, ganhar o suficiente para sua própria subsistência e de seus dependentes, atender aos seus compromissos sem prejuízo de quem quer que seja, ter consciência de seus deveres familiares, sociais, morais e religiosos, e executá-los com seriedade.
Não ter compromissos com organizações que proíbam o acesso
a correntes espiritualistas. Ser livre é possuir autonomia, é ter direito de
reger-se. Deve-se, também, ser subjetivamente livre: de preconceitos,
superstições, maledicências e qualquer escravidão.
Ser livre é não ficar preso a um padrão estabelecido.
Existem, no entanto, duas escalas de liberdade: a física e a psicológica, sendo
que o cerceamento da liberdade física não impede que o indivíduo não
experimente a liberdade espiritual.
Muitas vezes, o conceito de liberdade é confundido pelo
homem. Acreditando-se livre, é prisioneiro de si mesmo, da sua ignorância,
preconceitos e arrogância.
Liberdade é um estado de espírito; é poder ir à busca do
desconhecido sem sentir-se preso a experiências passadas.
SER DE BONS COSTUMES
BONS COSTUMES, em Maçonaria, não devem ser encarados como
se referindo apenas aos valores sociais consagrados. Deve, isto sim, ser
entendido como um reto modo de vida, já que não há uma conotação meramente
moralista nesse termo.
Ser de bons costumes é ter adquirido bons hábitos e
salutares princípios que permitam conduzir-se a si mesmo em qualquer condição e
lugar.
Ser de bons costumes é ser honrado, empenhando todos os
seus esforços por se tornar melhor a cada dia que passa. Auxiliar, na medida do
possível, àqueles que imploram por sua benevolência. Abrandar o coração para
com os seus antagonistas. Deixar, por donde quer que passe, um rastro de luz
benéfica que deve caracterizar todo “Verdadeiro Maçom”.
Ser honrado, justo, de bom entendimento e rigorosa
moralidade.
Ser de bons costumes é ter hábitos sadios; ser capaz de
superar obstáculos naturais – discussões interpessoais, ambientes confusos,
dificuldades financeira, etc., através da coerência, do bom senso, da
organização e do equilíbrio.
Bons costumes aplicam-se, principalmente, a ética do
candidato. Mas a Ordem Maçônica espera tanto dos candidatos, como de seus
integrantes, um espírito de verdadeira Fraternidade, Cooperação e Altruísmo.
Portanto BONS COSTUMES, em Maçonaria, não devem ser
encarados como se referindo apenas aos valores sociais consagrados. Deve, isto
sim, ser entendido como um reto modo de vida, já que não há uma conotação
meramente moralista nesse termo.
Mas, O Que é Ser Livre
e de bons costumes?
“O Homem
verdadeiramente Livre é um Homem de Bons Costumes “
Falar sobre a liberdade é uma das questões mais fascinantes
em nosso meio. Usamos muito essa palavra, mas temos dificuldade em
conceituá-la. Todo mundo afirma que quer ser livre, mas pouca gente sabe
dizer o que quer fazer com a liberdade.
É comum pensar que se pode agir sem impor limites à nossa
vontade. Aliás, não temos muita simpatia pela idéia de que viver bem é não
abrir mão de nenhum tipo de desejo. Essa abordagem me parece ingênua e não leva
em conta o fato de que, em nossa vida interior, há outras peças tão importantes
quanto às do desejo.
Por exemplo: uma pessoa nos agride e temos vontade de revidar
com toda a força e possamos até desejar matá-la. Mas temo dentro de nos um
conjunto de valores morais. Se nos transgredi-los, experimentaremos uma dor
íntima muito desagradável, que é a culpa. Os animais em geral não sentem outra
coisa senão o desejo e o medo. O homem não: tem um cérebro sofisticado que
“fabrica” conceitos e padrões de comportamento que as pessoas acham muito
importante respeitar. Em muitos casos, as normas estão em oposição às nossas
vontades. No exemplo citado, isso fica evidente. Pelos nossos valores éticos,
não temos o direito de matar outro ser humano.
Como agir? Respeitamos a vontade ou os padrões? Acredito
firmemente que devemos nos ater aos padrões. Devemos seguir nossos pontos de
vista e nossas convicções. Agir sempre em concordância com a vontade é franca
imaturidade, é não saber suportar frustrações e contrariedades.
Evidentemente que estamo-nos referindo às situações em que
a razão está em oposição à vontade. No caso de ela não provocar nenhuma reação
negativa, é lógico que devemos tentar realizá-la.
Não se trata, portanto, de desprezar nossos desejos. Se
estivermos com boa saúde, podemos comer doces. Se for diabético, temos de ter a
capacidade de abrir mão deles. Não acho acertado considerar mais livres as
pessoas que não ligam para si mesmas e para os outros. Elas são mais
irresponsáveis e até autodestrutivas. Se um homem sabe que o álcool lhe faz mal
e continua bebendo, ele não é mais livre. É mais fraco.
Nos séculos passados, o ser humano vivia por normas
exageradamente rígidas e alguns psicólogos acabaram concluindo que a verdadeira
liberdade consistia em jogar fora essa camisa-de-força, guiando-nos a partir de
nossos desejos. A idéia é boa, mas – na prática – é inviável. A vida em grupo
exige que se preste atenção também aos outros. O amor e a solidariedade que
sentimos naturalmente dentro de nós pedem isso. Não podemos magoar as pessoas
que amamos sem sofrer. Nesse caso, antes de satisfazer a vontade, temos de
refletir muito, avaliando e pensando nas conseqüências.
Liberdade não é realizar todas as vontades. Não é ser desta
ou daquela maneira. Liberdade é a sensação íntima de prazer que deriva da
coerência entre o que pensamos e a forma como atuamos. Sois livres se sois
capaz de agir de modo coerente com o que pensas. Algumas vezes respeito à
vontade; outras, as normas morais. Em cada situação nos tomamos decisões,
válidas apenas para aquele momento. Si dizer “sim”, si dizer “não”. Tudo
depende da importância do desejo e da permanente preocupação de equilibrar os
nossos direitos e os direitos das demais pessoas. Aceitar certos limites para
as nossas vontades é sinal de maturidade, não de resignação e conformismo. É
sinal de força, não de fraqueza.
Vivemos em um mundo plástico, cujos valores positivos
sempre recaem sobre aqueles que são belos, bem sucedidos e bem relacionados,
onde os, Altruístas, os Livres Pensadores, homens LIVRES e de bons costumes,
nem sempre atendem as demandas de uma sociedade que, mais do que nunca,
valoriza a imagem em detrimento do conteúdo.
O que resulta dessa super expectativa estética, é que
crescemos sem aprender a lidar com estes valores e referências. Não o
aceitamos, não o admitimos, nunca o confessamos. Sempre estamos tentando
confeitá-lo ou empaná-lo com justificativas, de modo que o produto do nosso eu
sempre pareça melhor do que realmente o é. Principalmente quando estes
conceitos ou preconceitos se dá no meio da Maçonaria, aonde as exigências de um
comportamento moralista intangível e inalcançável, por vezes, vão produzindo em
nós uma capacidade enorme de teatralizar o nosso próprio eu.
Em nossa Maçonaria atual, reservamos pouco espaço em nossas
Reuniões para testemunhar os nossos erros (o que é uma pena). Só
testemunhamos os feitos do passado, as nossas incríveis performances idearias,
as nossas façanhas operadas num mundo histórico e muitas vezes, virtual de
ética, de moralidade e da filantropia; nunca (ou quase nunca) os nossos erros,
decepções, fracassos. Como seria bom de vez em quando ouvirmos:
“Irmãos, tal dia nós teremos uma reunião para
compartilharmos os nossos erros, buscando soluções, com o que temos aprendido e
experimentado “. Não! Não há espaço para isto porque praticamos uma Maçonaria
de aparências, de marketing, onde se dá excessiva importância a imagem – e
pouca importância ao conteúdo. Precisamos resgatar a Maçonaria que é menos
ribalta e lantejoulas, mais objetiva.
Existem meios de tratar os nossos erros. Aceitá-los
como erros, chamar o erro de erro dar nome aos erros, pode ser um começo.
Qualquer outra atitude – negar, justificar, racionalizar, reinterpretar – além
de ser inócua, é uma tentativa humana e desesperada de escondê-los.
O problema é que a história nos mostra que: Esconder o erro
(seja qual for o método) não o elimina, mais cedo ou mais tarde ele é
descoberto, vem à tona, nos acha.
Se quisermos lidar com os erros de modo correto é
preciso antes extirpar de nós este músculo adâmico da negação dos erros, a
mentira. E aprendamos (pelo menos) a reconhecer que: “… a régua de medir
com o qual estamos selecionando os profanos que adentram em nossas lojas, está
fora do padrão maçônico,… onde muitos de nós maçons, se comparados com a régua
uma vez aferida, seriam comprovadamente descaracterizados como tal.
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