A
Maçonaria como qualquer Instituição possui seus princípios e postulados que
servem para seu governo e sobrevivência ao longo dos séculos.
Sem
essas medidas iniciais não haveria nenhuma chance de atravessar os tempos desde
sua criação até nossos dias com seus ensinamentos puros de moralidade, ética,
crença no GADU, vida eterna, filosóficos, esotéricos, simbólicos, alegóricos,
amor ao próximo e tantos outros sentimentos nobres que devem ser cultivados
pelos seres humanos, especialmente os iniciados na Ordem.
Todo
esse acervo de virtudes e conhecimentos consubstancia a doutrina maçônica que
com o passar da vida, o maçom deve aprender e executá-lo, na esperança de ser
um bom obreiro honrando a si mesmo e homenageando a Fraternidade da qual é um
membro.
Assim,
podemos afirmar que princípio é o ponto inicial, que algo tem sua origem ou o
instante em que uma ação ou omissão desencadeia um processo de conhecimento
objetivando um resultado.
Na
Sublime Ordem esses princípios são iniciático, filosófico, filantrópico,
progressista e evolucionista, cuja finalidade suprema nos conduz à Liberdade,
Igualdade e Fraternidade, reminiscência da Revolução Francesa que, por sua vez,
inspirou-se no Iluminismo do século XVII.
Além
desses princípios e objetivos, a Ordem preconiza 14 cultivos para auxiliar sua
caminhada no âmbito social que são: prevalência do espírito sobre a matéria;
Pugna
pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do
cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da
investigação constante da verdade;
Proclama
que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o
princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as
convicções e a dignidade de cada um;
Declara
a plena liberdade de expressão do pensamento, como direito fundamental do ser
humano, observada correlata responsabilidade;
Reconhece
o trabalho como dever social e direito inalienável;
Considera
IIr.’. todos os maçons, quaisquer que sejam suas raças, nacionalidades,
convicções ou crenças;
Afirma
que os maçons têm os seguintes deveres essenciais: amor à família, fidelidade e
devotamento à Pátria e obediência à lei;
Determina
que os maçons estendam e liberalizem os laços fraternais que os unem a todos os
homens esparsos pela superfície da terra; recomenda a divulgação de sua
doutrina pelo exemplo e pela palavra e combate, terminantemente, o recurso à
força e à violência para a consecução de quaisquer objetivos;
Adota
sinais e emblemas de elevada significação simbólica;
Defende
que nenhum maçom seja obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude da lei;
Condena
a exploração do homem, os privilégios e as regalias, enaltecendo, porém, o
mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação
de serviços à Ordem, à Pátria e à Humanidade;
Declara
que o sectarismo político, religioso e racial são incompatíveis com a
universalidade do espírito maçônico e, por fim, combate a ignorância, a
superstição e a tirania.
Esses
são, portanto, os princípios, fins e cultivos ou recomendações sociais que o
sistema maçônico enumera para cumprimento de sua comunidade.
Por
outro lado, os postulados são afirmações consideradas verdadeiras e que não
precisam ser comprovadas face às evidências.
Estes
postulados a seguir enumerados são os adotados pela Maçonaria Universal e,
assim, temos a existência de um Ser que não teve começo e não terá fim, que é o
Grande Arquiteto do Universo;
O
sigilo que é da essência da entidade maçônica em se tratando de matéria
esotérica;
O
simbolismo que é uma comunicação de uma geração para outra;
A
Maçonaria Azul dividida em três graus, também conhecida como Simbólica ou ainda
Operativa;
A
Lenda do Terceiro Grau e sua incorporação aos Rituais; exclusividade de
iniciação masculina; proibição de discussão ou controvérsia sobre matéria
político-partidária, religiosa e racial, dentro dos templos ou fora deles, em
seu nome; manutenção das Três Grandes Luzes da Maçonaria: o Livro da Lei, o Esquadro
e o Compasso, sempre à vista, em todas as sessões das Lojas e o uso de avental
durante as sessões.
Esses
princípios, fins, cultivos sociais e postulados estão previstos nos artigos
primeiro e segundo da Constituição do Grande Oriente do Brasil promulgada em 25
de junho de 2007.
Observe-se
ainda que essa Carta Magna Maçônica vige somente no âmbito da Maçonaria
Operativa Brasileira e se amolda expressa e implicitamente ao “Código Landmarks
de Mackey.”
O
Decreto nº 0879 da mesma data da promulgação (25/6/2007, E.V.) editado pelo
Grão-Mestrado Geral do Grande Oriente do Brasil reza na parte que ora interessa
a essa exposição à comunicação “a todos Grandes Orientes Estaduais, Delegacias,
Lojas e Maçons da Jurisdição, para que cumpram e façam cumprir, que a Assembléia
Federal Constituinte adotou e promulgou a Nova Constituição do Grande Oriente
do Brasil, pela qual passará a reger-se a Maçonaria Simbólica Brasileira, com
validade a partir de 25 de junho de 2007 da E. V., ficando o Grande Secretário
Geral de Administração incumbido da notificação.”
Esses
preceitos constituem todo alicerce da Instituição Maçônica Universal,
inspirados nos Landmarks compilados por Albert Galletin Mackey em 1856.
Enviado pelo Ir.’. José Geraldo de Lucena Soares • ARLS
Fraternidade Judiciária Nº 3614 • GOSP/GOB