RITO DE YORK NO BRASIL



O Rito de York, criado na Inglaterra, é bastante diferente dos Ritos Escocês Antigo e Aceito, Adonhiramita e Moderno, criados na França, e ao Brasileiro.

Entre outras diferenças, além de sua dinâmica e da exigência de ser praticado de cor, na iniciação inexiste as purificações pelos 4 elementos (terra, ar, água e fogo) e no Grau de Mestre os locais e instrumentos utilizados para atacar Hiram Abif são diferentes.

Na verdade o nome York é inapropriado, pois é um Rito Americano, em muito semelhante ao Ritual de Emulação (Emulation Ritual) inglês. Na Inglaterra, além do “Emulation Ritual”, que é o mais usado, pratica-se também o “Stability”, “Logic”, “Bristol”, “West End”, entre outros, todos com diferenças mínimas em relação ao “Emulation”. 

Em 1874 foi fundada no Brasil a primeira Loja do verdadeiro Rito de York, por americanos, em Santa Bárbara do Oeste, no estado de São Paulo, a “Washington Lodge”, jurisdicionada ao Grande Oriente Unido, também conhecido por Grande Oriente dos Beneditinos, que mais tarde se fundiu ao Grande Oriente do Brasil.

15 anos depois, em 1891, foi fundada a “Eureka Lodge”, que fazia uso do “Emulation Ritual” em inglês.

Somente em 1920 foi impresso o primeiro ritual em português, traduzido pelo Irm.’. A.J.T. Sadler (e inalterado até os nossos dias), em razão da Loja Brasil nº 953 do Grande Oriente do Brasil (Loja do autor, que atualmente funciona no REAA.’.), quando de sua fundação em 1918, ter resolvido adotar o Rito e estava sem trabalhar até então, aguardando a tradução dos rituais.

Os diplomas dos primeiros IIrm.’. da Loja foram emitidos pela Grande Loja Unida da Inglaterra, Potência mãe da Maçonaria Universal, que presenteou a Loja com um rico estojo contendo malhetes de marfim e os instrumentos usados no ritual de Mestre Instalado em prata.


Fonte: Internet

A MAÇONARIA, ESSÊNCIA FILOSÓFICA DO PENSAMENTO HUMANO



A filosofia maçônica quer defender o homem da ignorância e da incultura; dos temores e das necessidades; da exploração e das injustiças; do fanatismo do dogma e dos tabus, sobretudo da opressão e das tiranias interiores e exteriores de qualquer classe.

A Maçonaria buscou sua essência filosófica, nas mais diversas escolas do pensamento humano. É possível descobri-la, inclusive, entre os filósofos gregos.

Sua identificação fica mais clara ainda, quase que em sua totalidade, junto às escolas filosóficas modernas: Renascimento, Racionalismo e Iluminismo, cujo grande objetivo era a liberação da consciência humana, pois, além da prática do livre pensamento, a filosofia moderna traz impregnada em sua estrutura um programa que vai desde a valorização da vida natural, passando pela ciência e investigação científica, até o reconhecimento dos valores e direitos individuais.

A Maçonaria é uma instituição universal, fundamentalmente filosófica, trabalhando pelo advento da justiça, da solidariedade e da paz entre os homens. A tarefa essencial da filosofia maçônica é irradiar a luz dos seus princípios e de seus hábitos para melhorar a condição humana.

É tradicionalista e às vezes progressista; isto parece um paradoxo, mas não o é. Tradição é conservar o melhor do passado para utilizá-lo em compreender mais o presente e preparar um porvir melhor para o futuro, separando o valioso do que é sem valor nas doutrinas e sistemas que a História conheceu.

A filosofia maçônica deseja que o ser e a existência do homem girem em torno de três valores superiores que a História destacou como as maiores conquistas da humanidade: Liberdade, Igualdade e Fraternidade

Ela, entretanto, mais que nenhuma outra, pondera que, dentre as três, a mais especial é a Fraternidade, pela transcendência e os benefícios que implica e abarca, tanto na esfera do individual como na do coletivo.

A filosofia maçônica quer defender o homem da ignorância e da incultura; dos temores e das necessidades; da exploração e das injustiças; do fanatismo do dogma e dos tabus, sobretudo da opressão e das tiranias interiores e exteriores de qualquer classe.

Sócrates (469-399 a. C.), um dos maiores filósofos da humanidade, ao examinar o que significa tornar-se humano, tinha por objetivo não mais a ciência ou a natureza, mas o próprio homem. 

Ele ensinou que pecar é ignorar, e que a purificação da alma passa necessariamente pelo autoconhecimento do homem.

Ele introduziu o homem na filosofia e estabeleceu que o melhor instrumento de que este homem dispõe para realizar a missão a que foi destinado é o conhecimento de si mesmo.

E este tem sido o objetivo pelo qual, primordialmente, a Maçonaria vem propugnando, ou seja, o CONHECE-TE A TI MESMO. 
  
Artigo publicado na edição nº 555 (Fev/2011) do Jornal Centro Sul de Irati/PR


A CAMINHADA DO APRENDIZ



O Aprendiz perguntou ao V. Mestre:
- Como faço para me tornar um Venerável Mestre?
Bem, disse o mestre:
Vá atrás daquela colina e insulte a rocha que se encontra no meio da planície.
- Mas para que, se ela não vai me responder?
Carinhosamente, entregou a sua espada de Mestre e disse:
Então a golpeie com a espada! 
- Mas, Mestre a espada se quebrará!
Então a agrida com tuas próprias mãos, disse o Mestre. 
- Assim eu vou machucar minhas mãos…
E também não foi isso que eu perguntei. O que eu queria saber era como que eu faço para me tornar um Venerável Mestre.
Meu Irmão, disse o Mestre:
O Venerável Mestre é maior dos Mestres, aquele que é como a rocha, não liga para insultos nem provocações, mas está sempre pronto para desvencilhar qualquer ataque do inimigo. 
É a Própria pedra em transformação, que vibra por aqueles que sobem a colina e que ampara aqueles que rolam ladeira abaixo.
 Mas acima de tudo empunha a espada do amor e do respeito, da diligência e em prol da coletividade. Faz uso de forma impar, por tal acharia que ela se quebraria, porquanto tenho certeza que ela tão somente desmistificaria e traria os fatos à ordem.
Adaptação de Ivair Ximenes em texto de autor desconhecido.



APENAS LOJA DE SÃO JOÃO



Quando os trabalhos são declarados abertos, há referência a São João, dito nosso padroeiro. Porém, qual o São João? São muitos, na Igreja Católico-Cristã, os santos com o nome de São João “disso e daquilo, etc.” Os regulamentos maçônicos recomendam se festejar a dois, a São João, “o Batista”, e a São João, “o Evangelista”.
O BATISTA
João Batista nasceu no dia 24 de junho, algum ano antes de seu primo Jesus Cristo, e morreu em 29 de agosto do ano 31 d.C., na Palestina. São João ocupa papel de destaque nas festas, pois, dentre os santos de junho, foi ele que deu ao mês o seu nome e é em sua homenagem que se chamam “joaninas” as festas realizadas no decurso dos seus trinta dias São João Batista, também dito “o Precursor”, era filho de Isabel, prima da Virgem Maria e, por conseguinte, também parente de Jesus. 

Ele ganhou o epíteto de “batista” porque, no rio Jordão, “batizava” as pessoas, derramando-lhes água sobre as cabeças, assim limpando-os espiritualmente (batismo significa banho).

Era também conhecido por viver no deserto, alimentando-se de mel e gafanhotos, vestindo apenas com uma pele de carneiro, andando assim meio nu, meio vestido. Seguramente, pertencia, entre os judeus, ao grupo dos essênios, que vivia em Quram, perto do mar Morto.
 Local onde, em 1947, foram encontrados alguns documentos de sua época. Tinha vários seguidores, mas se dizia Precursor de Alguém Maior que ele, e de quem não era digno sequer de Lhe desatar as sandálias. Vituperava a Herodes Antipas o rei imposto pelos romanos aos judeus, porque Antipas mandara matar a seu meio-irmão para ficar com a sua esposa. Antipas mandou decapitar a João Batista, atendendo ao pedido de Salomé, sua enteada, filha de seu meio-irmão, acima referido.
O dia 24 de junho foi estipulado pela Igreja Católica como o de sua comemoração.
O EVANGELISTA
O outro São João, o Evangelista, era apóstolo de Jesus. Chamam-no de Evangelista porque, além de pregar os ensinamentos do Mestre, foi o autor do 4° Evangelho, de três epístolas e do famoso Apocalipse. Essa palavra quer dizer “revelação”. Nele, João relata as revelações que teria tido sobre o fim dos tempos e dos caminhos para a salvação. Por falar nos fins dos tempos, catástrofes, guerras, pestes, castigos, a palavra “apocalipse” ganhou a conotação de “algo ruim, apavorante, cataclismático, terrificante”. A linguagem é extremamente simbólica, de difícil compreensão.
É comemorado a 27 de dezembro.
MAÇONARIA OPERATIVA
Na verdade, porém, como vem registrados no item XXII, dos Regulamentos Gerais das Constituições de Anderson, de 1723, e com elas publicados, o dia que os maçons operativos do passado tinham escolhido para a reunião anual era o de São João Batista, em 24 de junho, ou, opcionalmente, no dia de São João Evangelista, em 27 de dezembro. Mas, com ênfase ao primeiro. Aliás, notar que a fundação da Grande Loja de Londres, em 1717, ocorreu precisamente nesse dia, 24 de junho.
Veja-se como vem redigido esse cânone dos Regulamentos Gerais, aprovados, pela segunda vez, no dia de São João, 24 de junho de 1721, por ocasião da eleição do Príncipe João, duque de Montagu, para Grão-Mestre:
“XXII. Os Irmãos de todas as Lojas de Londres e Westminster e das imediações se reunirão em uma COMUNICAÇÃO ANUAL e Festa, em algum Lugar apropriado, no Dia de São João Batista, ou então no Dia de São João Evangelista, como a Grande Loja pensa fixar por um novo Regulamento, pois essa reunião ocorreu nos Anos passados no Dia de São João Batista: Provido (…)”
RAZÕES ESOTÉRICAS
Só por uma segunda opção a reunião e festa ocorreriam, portanto, no dia 27 de dezembro, na festa do outro São João. Mas, por quê? O porquê dessa alternativa tem uma explicação esotérica, que remonta às prováveis origens da Maçonaria, aos Colegiatti Fabrorum dos romanos.
A esses colégios de artesãos, de diferentes ofícios, pertenciam também os da construção. Eles acompanhavam as tropas romanas, para o trabalho de reconstrução e instalação da administração imperial, nas terras conquistadas e colonizadas.
E com eles ia a sua religião ou religiões, para ser mais exato, ainda que entre os romanos a predominante fosse à da adoração à Mitra, que era representado por uma figura humana. No lugar da cabeça, um Sol. Havia muitos outros deuses, notadamente, o de Jano, uma figura de duas cabeças coladas e opostas, cada uma olhando em sentido contrário a da outra, e que simbolizavam: uma, o solstício da entrada do verão (24 de junho, hemisfério norte); a outra, o solstício da entrada do inverno (27 de dezembro, hemisfério norte).
Esses solstícios estão sempre presentes, nas festas pagãs, porque vinculadas à Natureza. É aí que encontramos uma provável explicação histórica para os festejos juninos e os natalinos, a que a nova religião romano-cristã, não podendo desenraizar dos costumes populares, o mínimo que conseguiu foi à substituição.
Todavia, no seio da maçonaria operativa, mesmo sob tal disfarce, ambas as datas sobreviveram, em face do conteúdo esotérico de seus significados.
Não esquecer que os colégios, principalmente, os dos construtores, seriam depositários dos conhecimentos e mistérios de antiguíssimas sociedades iniciáticas, todas praticantes de ritos solares.
Fonte; Loja Virtual
Ir. Silva Pinto


GEOMETRIA SAGRADA




O estudo das ligações entre as proporções e formas contidas no microcosmo e no macrocosmo com o propósito de compreender à Unidade que permeia toda a Vida.



Geometria geo +  metria =  medição da terra.

Geometria Sagrada = o estudo das ligações entre as proporções e formas contidas no microcosmo e no macrocosmo com o propósito de compreender à Unidade que permeia toda a Vida.

Desde a antiguidade, os egípcios, os gregos, os maias, os arquitetos das Catedrais góticas e artistas como Leonardo da Vinci e o pintor Georges Seurat.

Todos reconheciam na natureza formas e proporções especiais, que traduziam uma harmonia e unidade em si. Bom meus IIr.’. escolhi uma das ciências entre muitas que cabe ao Companheiro Maçom estudar; à Geometria, e a considero como a linguagem mais próxima da criação.

O estudo das relações entre essas proporções e formas nos leva à compreensão de que tudo o que existe advém de uma única Verdade. Uma única fonte, e que somos parte dela.

Podemos ver na Geometria pistas significativas para o encontro com Deus, assim posso dizer que nós somos chispas de uma expiração do G.’.A.’.D.’.U.’., que é fonte de toda vida desde os aspectos da existência imaterial e material.

Que através da sabedoria e experiência que conseguirmos adquirir nessa esfera de compreensão, poderemos retornar à fonte, com a finalidade de melhorar continuadamente o TODO.

Que apesar da aparente perda de informações sutis para níveis mais densos de energia, Deus nos imbuiu com um pacote de informações sob a forma de Arquétipos e Símbolos.

Que estes arquétipos e símbolos se constituem pistas significativas ou elos para enxergarmos nossa essência e poderemos empreender o caminho de volta à FONTE, num processo de evolução consciente.

Que uma vez despertos e conectados com a FONTE, seguiremos nossa jornada de alma numa rica experiência terrena, até estarmos aptos e consumarmos nosso retorno à casa paterna nos domínios celestiais, levando conosco todo o agregado de valores, Virtudes e Sabedoria das vivencias neste plano. 

O nosso objetivo maior como Companheiro Maçom, deve ser o aprimoramento continuado e ininterrupto do TODO.

Toda natureza, inclusive o corpo humano, da menor à maior partícula, quer nos reinos animal, vegetal, mineral e meio cósmico, está permeado de pistas para encontrarmos o fio da meada, e com isso compreendermos o que estamos fazendo aqui, qual nossa verdadeira origem e qual o nosso destino.

Nós iniciados vimos exemplos de que tudo estão subjacentes as figuras geométricas e os Sólidos Platônicos.

Pensadores e cientistas perceberam que em toda a natureza há relações geométricas.

Concordaram com Pitágoras, Platão, Sócrates: DEUS GEOMETRIZA.
Dizem que na entrada da Academia de Platão havia uma inscrição onde se lia:“Somente aqueles familiarizados com a Geometria podem ser admitidos aqui”.

Na verdade, a Geometria vem da matemática, dos números. Temos conhecimento da escola de Pitágoras, para quem tudo era número, que diz que o universo se expressa através de números.

Meus irmãos existe o numero UM, a Mônada, a partir da qual tudo passa a ter existência. O dois, a dualidade na sua forma mais pura, a simples polaridade do nosso mundo. O três é o número do G.’.A.’.D.’.U.’.  de Deus, da divindade. O quatro, o número do mundo material, da manifestação terrena, dos quatros elementos.

O nosso conhecimento é sagrado e não pode ser revelado a não iniciados, tal o poder de conhecimento que nos é concedido, que muitas vezes deixamos passar despercebido.

Assim surgiram as escolas iniciáticas na Suméria, no Egito, na Grécia e, se vocês repararem, até na Bíblia quando se fala dos frutos proibidos da árvore da vida.

Podemos pensar na Geometria como a descrição gráfica do Universo. Diferente da matemática, abstrata, a geometria tem forma, comprimento, profundidade e conteúdo, muito conteúdo.

E o que faz uma Matemática Sagrada ou uma Geometria Sagrada?

Através de muito pesquisar encontrei uma definição, entre os conceitos dos antigos filósofos, que tem caráter sagrado, e os modernos, puramente racionais, tem uma diferença fundamental.

Os antigos viam a Matemática e a Geometria como uma medição sobre o um metafísico. Um esforço em contemplar e visualizar a ordem pura e simétrica que brota da Unidade. União do que é Matéria e do que é Espiritual Divino.

O que era o início? O que tinha no início? Início de que? Início em qual Universo? Mas num Universo tridimensional, sob a responsabilidade daquelas leis das qual o Tempo é uma delas, houve um Início. No Início era uma Força, o Não Manifesto, sem dimensão, sem tempo, sem espaço.

Mas é necessário que esta Força se manifeste no Tudo, já que Tudo ela contém. Para que esta Força saia da ausência de dimensão e se revele, ela precisa de um ponto de partida. Nosso amigo ponto. Meus IIr. ’. Já pensaram no que é um ponto?

Vocês já perceberam quantos significados diferentes damos à palavra ponto?

O ponto ainda não tem dimensão, nem tempo nem espaço, mas é necessário para a manifestação. Contém a Unidade. Penso que dá para traçar uma analogia com Kether da Árvore da Vida: perfeito, auto-sustentável, eterno. O foco de um círculo cujo centro está em todo lugar e cuja circunferência está em lugar nenhum.

Da atuação desta força, surge a linha.

A linha é a primeira dimensão, o mundo unidimensional. O comprimento.

A linha pode ser infinita e conter infinitos pontos (unidade). Infinitas manifestações da unidade. Neste mundo já existe começo e fim; então, se considerarmos que a linha tem um ponto de partida, um ponto final e um intervalo entre estes dois, descobriremos que o número-chave do mundo unidimensional é o três.

Vamos continuar imaginando que a força está atuando em cada ponto da linha e vamos considerar um tempo igual para todos eles. Considerando um ponto de partida e um ponto final, a atuação desta força resultará em um quadrado.

Nasce à segunda dimensão, mundo bidimensional. O número-chave desta dimensão é o cinco, ou seja, linha de partida, linha final, lado direito, lado esquerdo e a superfície não revelada entre as linhas. Esta dimensão contém a anterior.

Se aplicarmos o mesmo procedimento, ou seja, a Força atuando sobre o quadrado, chegaremos ao Cubo. A terceira dimensão, mundo tridimensional.

O número-chave do mundo tridimensional é o Sete, seis superfícies reveladas e um conteúdo não revelado.

Nosso plano Setenário. Esta dimensão contém as duas anteriores. As dimensões maiores contêm as menores. Posso dizer que as maiores têm consciência das menores, mas o contrário não se aplica.

Dá para dizer que a forma básica da matéria é o Cubo, cujo elemento constituinte básico é o quadrado. Vocês sabem que a vida aqui na terra é baseada no carbono? A estrutura cristalina do carbono é hexagonal, seis lados. Imaginemos cortar o cubo de tal forma que o pedaço cortado contenha as três dimensões.

Retiraremos o Tetraedro, uma ponta, mas fica no cubo uma face que agora é um triângulo eqüilátero. O triângulo é a representação simbólica de Deus. Seus pontos estão em harmonia, equilíbrio, não tem tensão. A distância é a mesma entre qualquer de seus pontos.

Então, dentro do cubo está contida outra forma geométrica que obedece a leis diferentes. Dentro do Cubo, que é matéria, mundo tridimensional, está oculto o Eu Divino, a Essência Divina, o Triângulo. Se continuarmos a “lapidar” este Cubo -a Matéria- chegaremos à forma geométrica da Pirâmide. Base quadrada e lados triangulares.

Localize o centro de cada uma das faces e trace uma linha imaginária, ligando estes centros nas faces adjacentes, ou seja, lada a lado. Você chegará ao Cubo. Faça o mesmo, trace uma linha ligando os centros de cada face adjacentes. Você chegará à Pirâmide.

Dirão alguns: simples geometria. E geometria bem bonita! A diferença desta para a Geometria  Sagrada é ir além da parte intelectual: é perceber o lado místico e esotérico.

Essa é a representação do homem que foi além. Não é mais um Cubo opaco, e sim um Cubo transparente, mostrando seu interior Divino, a Pirâmide. Usa a base quadrada apenas para dar sustentação e revelação, manifestação no mundo tridimensional. A essência é Divina.

A pirâmide, em termos de símbolo, quer dizer: Seres de Deus. Falei que o cubo é a representação do homem material. Reduzindo uma dimensão, para entendermos melhor, um cubo aberto, tem duas representações possíveis.

Somos levados à Cruz. Símbolo do homem que crucificou seu Eu Divino no mundo tridimensional. O único pensamento é para a Matéria. Símbolo do homem que ainda é Cubo Opaco. Pode representar, também, o Tempo e o Espaço, os dois grandes pilares de sustentação do tridimensional. Nossa prisão por enquanto; poucos escapam, por momentos.

No Cubo Opaco o Divino não consegue se manifestar: o homem está preso às leis da matéria e morre nessa cruz. Mas a morte não é definitiva; em algum momento o Eu Divino se erguerá sobre a Matéria.

Talvez esta tenha sido uma das mensagens que um Ser Iluminado tentou nos passar há mais de dois mil anos atrás. Nós é que estamos presos na cruz. Mas ele mostrou que é possível morrer para a Cruz e se libertar dos grilhões do espaço-tempo retornando à Casa do G.’.A.’.D.’.U.’.  

Trabalho apresentado na AUG.’., RESP.’.E  GR.’. BENEM.’. LOJ.’. SIMB.’. FRATERNIDADE RIOBRANQUENSE Nº 031- Or.’. VISCONDE DO RIO BRANCO-MG           
Ir.’. Alexsandro Luiz de Castro - C.’.M.’. - CIM:247112 - membro Ativo da A.R.L.S. VERDADE e JUSTIÇA. Nº 3.829 GOEMG-GOB


A SACRALIDADE DO TEMPLO



Após a estada no átrio, onde o maçom se despe mentalmente do aspecto profano, isto é, procede a uma desintoxicação completa, libertando?

Se de qualquer resquício de negativismo, ou seja, afasta de si qualquer mágoa que possa ter para com um irmão seu, adentra no Templo, obedecendo à ordem hierárquica, na "procissão", de conformidade com o Grau Iniciático, a posição administrativa e os usos e costumes da Loja.

A entrada é feita pela esquerda, obedecendo ao mostrador de um relógio, em marcha ordinária, ou seja, sem o sinal do Grau, e em "fila indiana", isto é, um a um.

O Mestre de Cerimônias é quem rompe a marcha, precedendo os aprendizes e o orientando para que ocupem os lugares a eles destinados, procedendo de igual forma para os companheiros e mestres.

Compete ao Mestre de Cerimônias guiar a procissão, porque é ele quem "bate à porta" que no ato encontra? Se fechada.

Antes dos membros do quadro ingressar no átrio, três irmãos dirigem-se ao Templo, permanecendo no seu interior, a saber: o Arquiteto, o Mestre de Harmonia e o Guarda do Templo Interno.

O Arquiteto tem o dever de prover que a Loja se encontre preparada para receber os Irmãos; o Mestre de Harmonia prepara o fundo musical e o Guarda Interno se posta à porta para abri-la tão logo isso lhe for solicitado.

Essas são as disposições normais e racionais que precedem o momento da introdução dos membros do quadro ao Templo.

Os três Irmãos que precedem à entrada dos demais, manterão um comportamento apropriado à sacralidade do Templo, isto é, o silêncio, o respeito e a compenetração de suas tarefas.

Não se pode esquecer que todo o Templo foi previamente consagrado pelo Grão-Mestre em cerimônia apropriada.

Essa "sagração" é um ato único; não se repete quanto naquele edifício funcionar um Templo. Trata-se de um ato litúrgico sagrado que imprime a permanente sacralidade e essa exige o tradicional respeito e a mística decorrente da consagração.

Totalmente impróprio será, dentro do Templo, sob pena de profanação, a falta de compostura, a algazarra, o desrespeito e a atitude agressiva dos Irmãos uns para com os outros.

Certa "corrente" admite que, enquanto ainda não presente o Venerável Mestre, os Irmãos possam adentrar, tanto pela esquerda como pela direita e desordenadamente, permitida até a conversa.

Para apresentarmos nossa crítica aos que assim pensam, basta nos lembrar que ao se abrir a porta, já há "sons" melodiosos significando o início da louvação ao Grande Arquiteto do Universo.

Inexistem ainda "provas" definitivas para uma afirmação categórica a respeito da obrigatoriedade de ser a entrada em Templo pela esquerda.

Cremos que a tese, ainda permanece polêmica de vez que, segundo alguns, a marcha obedece à direção dos ponteiros dos relógios; outro, que deveria obedecer à direção da rotação da Terra; terceiros que o movimento deveria ser o indicado pela agulha magnética da bússola; e, finalmente, que seria a rotação do Sol a comandar os passos do maçom.

Nesse constante pesquisar, ainda iniciando-se os trabalhos ao meio dia, quando o Sol está a pino e seus raios incidem sobre o maçom, perpendicularmente, iluminando-o a ponto de seu corpo não produzir sombra, nessa posição neutra comandaria o movimento dos passos, o "coração" que por estar situado à esquerda do peito, nessa direção comandaria a direção da marcha.

No Grau de Companheiro, adentramos no Templo pela direita e no Grau de Mestre pelo centro.

Os três posicionamentos devem ser observados em conjunto; se alterássemos a entrada do Grau de Aprendiz, seguindo pela direita, forçosamente deveríamos alterar a direção dos graus que se sucedem.

De qualquer forma, o fato da "entrada" é que deve manter a sacralidade do Templo; quem ingressa é o Irmão que se purificou no átrio; entra pela ordem hierárquica porque no Quadro da Loja essa é a sua posição; entra individualmente porque entra como elo e não como corrente; como membro do Quadro e não como Quadro.

E... com essas considerações, não devemos esquecer que a "saída" do Templo também é ordenada, agora, inversamente.

Ao retirarem-se os Irmãos, permanecerão somente dentro do Templo o Arquiteto, para colocar nos devidos lugares o que foi porventura desajustado; o Mestre de Harmonia, porque proverá o som até a saída do último Aprendiz; e do Guarda do Templo, porque, ao sair o último Aprendiz, ele "fechará" a porta. Momentos depois, ao esvaziar-se o átrio, o Guarda do Templo retirar-se-á, indo de encontro do Guarda Externo a quem cumprimentará. Ambos estarão convictos que cumpriram o seu dever.

Inicialmente, o Arquiteto, o Mestre de Harmonia e os Guardas adentrarão no átrio, junto com o Mestre de Cerimônias, com a finalidade de prepararem-se para o seu desempenho, de vez que todos os que adentrarem no Templo devem se convencer que estarão adentrando em recinto sagrado.

O Guarda Externo não adentra no Templo, mas purifica-se no átrio para exercer a sua função. Seria recomendável para o Guarda Externo que fosse permitido o rodízio a fim de propiciar indistintamente, a todo o quadro, a mesma oportunidade de "estar".

Rizzardo da Camino
                                                        
José Carlos Lopes 


CONDUTA E DEVERES DO MAÇOM DOS GRAUS SUPERIORES DO RITO BRASILEIRO PERANTE A FAMÍLIA E A SOCIEDADE


         Muitos dos presentes, nesta noite, estão tendo hoje seu primeiro contato com a Maçonaria, estão pela primeira vez no interior de um Templo Maçônico... Para todos vocês, que já estiveram aqui, ou que nos visitam pela primeira vez, como dever de anfitriões, queremos nos apresentar, resumindo em poucas palavras, o que é a Maçonaria, e qual o papel de um maçom dos Altos Graus do Rito Brasileiro, o rito que praticamos aqui, na sociedade e na família.

 Inicialmente, rito é um conjunto de normas e regras com o qual se realiza uma sessão maçônica. (Falar sobre rito em analogia a um campeonato de futebol e os times)  A Maçonaria é uma instituição Filosófica, Filantrópica, Educativa e Progressista.

           Filosófica: porque em seus atos e cerimônias, trata da essência, das causas naturais, investiga as Leis da natureza, com bases na moral na ética. Não abrigamos conclusões absolutas, obrigatórias ou estereotipadas.

           Filantrópica: porque procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação espiritual e pela prática da caridade... Onde há uma lágrima, a maçonaria enxuga; onde há um órfão, a maçonaria ampara, onde há o bem, ela pratica.

          Progressista e Educativa: porque não crê em dogmas, combate a ignorância, o fanatismo e a superstição. Seu lema é Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Incentiva a pesquisa e o estudo de sua doutrina pelos seus membros, além de fomentar seu aprimoramento intelectual em qualquer área do conhecimento humano.

Maçonaria, meus amigos, não é religião, pois admitimos em nossos quadros pessoas de todos os credos religiosos, sem nenhuma distinção. Pregando a tolerância, porque sabemos desculpar, e fazendo do perdão uma lei.  

Maçonaria é sim, religiosa, no sentido mais puro e profundo desta palavra; do latim religare, ligar, unir. Reconhecemos a existência de um único princípio Criador, absoluto, supremo e infinito, ao qual damos o nome de Supremo Arquiteto do Universo, que é Deus.

A Maçonaria em seus quadros abrigou nomes do porte de Voltaire, Beethoven, Mozart, Napoleão, Garibaldi, Victor Hugo, Leon Denis, Mazzini, Duque de Caxias, Marechal Deodoro da Fonseca, Rui Barbosa, José Bonifácio Andrade e Silva, François Holande, atual presidente da França, e tantos outros.

Afirmo em alto em bom som, que a Maçonaria não é uma sociedade secreta, pois tem endereço certo, personalidade jurídica registrada em cartórios, recolhe taxas e impostos. É oficialmente reconhecida como uma Entidade de Utilidade Pública pelos governos municipais, estaduais e federais.

Somos uma sociedade iniciática, em que se trabalha pelo melhoramento intelectual, moral, espiritual e social de toda a humanidade.
Um maçom do Rito Brasileiro, o nosso rito, deve ser educado, participativo, verdadeiro, possuir espírito público.

Cultivamos e incentivamos o civismo em cada Pátria. Como princípios fundamentais, devemos acatar as leis vigentes no país, amar a  nossa Pátria, acreditamos em Deus, respeitamos e honramos, incondicionalmente nossa família, dedicarmos a prática da sociedade humana, da justiça e da caridade.

A maçonaria não poderá nunca ser causa de discórdia, conflitos e descontentamento no seio familiar. Ela nos ensina moralmente a corrigir irregularidades e colocar o homem em um nível adequado, para que ele, mediante um procedimento sereno, possa, na escola da disciplina, aprender a viver satisfeito.

Nos Altos Graus do Rito Brasileiro, aprendemos dominar a ambição, abater a inveja, moderar a ira e estimular as boas disposições, sob uma ordem bela e disciplinada.

Na Maçonaria Universal, e no Rito Brasileiro, obtém-se a possibilidade de aprimorar-se espiritualmente, instruir-se e disciplinar-se em um ambiente fraterno entre homens que se tratam por irmãos e que efetivamente constituem uma irmandade.

Momentos tão importantes como este, uma reunião pública, que ocorre em poucas lojas, e apenas uma ou duas vezes por ano, são ideais para desmistificar as ações traiçoeiras das igrejas e o absurdo conceito, difundido historicamente, inclusive, hoje na era digital, em redes sociais e toda internet, de que somos uma sociedade conspiratória e marginalizada, como a máfia.

Não atacamos nenhuma religião, não blasfemamos, não apedrejamos nenhum símbolo religioso, não cometemos nenhum ato de sacrilégio e jamais pregamos o ateísmo ou ofensas ao Criador.

A esta altura pode então surgir uma pergunta entre nós: A Maçonaria é uma sociedade perfeita?

Respondo-lhes sem qualquer dúvida: sim. Embora seus integrantes não o sejam. Somos humanos e falíveis, somos simplesmente homens bem intencionados, buscando a verdade e a perfeição. No improvável dia em que o Maçom atinja a perfeição, ele poderá tranquilamente abandonar a Maçonaria, pois ela nada mais terá a lhe oferecer.

Resumindo todas as ideias anteriormente emitidas, poderemos a firmar que a Maçonaria e os Altos Graus do Rito Brasileiro, constituem um fenômeno natural tanto na vida intelectual quanto da existência moral, pois esta e aquela se alimentam por essa elevação do pensamento que nos arranca por momentos, de nossa preocupações do trabalho profissional e das contingências materiais por onde rasteja o obscuro instinto de que se tecem as nossas paixões subalternas.

O Rito Brasileiro preconiza em cada país e em cada povo o seu caráter nacional, pela natural lei de adaptação que se exerce em todos os fenômenos da existência individual e social, busca, entretanto, sua unidade no fato de que todos os membros da ordem contribuem com seu esforço comum, para imprimir-lhes as ideias de fraternidade no pensamento da manutenção da paz e do amor entre os homens.

Esta é a Maçonaria, este é o Rito Brasileiro em seus Altos Graus. Muito obrigado pela presença de todos que sem dúvida, conferiram um brilho especial a esta sessão. Que o SADU, o nosso Deus abençoe a todos vocês, e suas famílias.

Muito Obrigado.

Marco Aurélio Moreira Vieira - Aterzata do IL.: Subl.:Cap.: Caminho Novo.


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