OS QUATRO ELEMENTOS


 

Os quatro elementos conhecidos na Antiguidade eram: o ar, o fogo, a água e a terra.

Em todas as teorias cosmogônicas do mundo antigo, existe a ideia de um elemento primordial, do qual derivariam todos os demais elementos.

O mais antigo conceito relativo a essa ideia é aquele associado aos trabalhos do sábio grego Thales, de Mileto, que considerava a água como elemento fundamental.

Na Grécia mesmo, todavia, muitos filósofos defenderam ideias diferentes.

Anaxímenes afirmava que o elemento primordial era o ar, já que ele podia ser condensado, formando nuvens e chuvas, cujas águas, evaporando, formavam, novamente, o ar, deixando um resíduo sólido de terra.

Heráclito,com base no mitraismo persa, que via a manifestação do poder divino no fogo, defendia a teoria desse elemento, afirmando que tudo, no mundo, está em constante transformação e que o elemento que pode provocar as mais intensas transformações é o fogo.

Feresides escolheu, como fundamental, o elemento terra, pois, afirmava ele, ao se queimar um corpo sólido, obtém-se água e ar.

Aristóteles, finalmente, defendendo uma concepção de Empédocles, afirmava que esses quatro elementos eram fundamentais e que todos os corpos eram formados por combinações deles.

Todavia, assim como os antigos discípulos de Zoroastro, ou Zaratustra, na antiga Pérsia, os hermetistas, os alquimistas e os Rosacruzes consideravam o fogo como o símbolo da divindade, já que, esotericamente, ele é o único elemento cósmico, daí as denominações de fogo fluídico (o ar), fogo líquido (a água), fogo sólido (a terra), e fogo sideral (o próprio fogo), dadas aos quatro elementos.

A Cabala hebraica aplica a expressão fogo branco ao Infinito Incognoscível de Deus (o Ein Soph) e a expressão fogo negro à sabedoria e à luz absoluta (a cor negra é o resultado da absorção de toda a luz).

Os antigos rosacruzes possuíam uma cerimônia chamada fogo novo, que era celebrada no sábado de aleluia, em homenagem à ressurreição de Jesus.

Tudo o que existe é filho do fogo e é através dele que tudo se renova; daí a máxima hermética Igne Natura Renovatur Integra (o fogo renova toda a Natureza), cujas iniciais, I.N.R.I., já foram usadas com diferentes sentidos, inclusive pelo cristianismo.

As ideias de Aristóteles, básicas para a alquimia e úteis na astrologia, eram ensinadas nas escolas de pensadores de Alexandria, no Egito.

Nela, se deu a fusão entre as práticas egípcias e as teorias gregas, mais tarde desenvolvidas pelos Árabes.

Estes, ao conquistar, em 642 a.C., o Egito, trouxeram, para o Ocidente, a nova contribuição à cultura da época.

José Castellani MM

 

O QUE VIEMOS FAZER AQUI?


 

Construir prédios, fazer filantropia? Fazer discursos, fazer trabalhos filosóficos? Não precisamos vir na Loja para fazer tudo isso. Aqui estamos para compartilharmos o conhecimento, selarmos os laços de amizade que nos unem como verdadeiros Irmãos. Congregamo-nos para dar e receber conhecimentos.

Estamos aqui para aprender, para entender o que é a Maçonaria e o que ela quer. E, para isso, ela exige que completemos um curso. E no que consiste este curso? Ouçam, Vejam e Escutem, EM SILÊNCIO, assim vocês verão e entenderão toda a beleza da verdadeira Maçonaria.

É um ano e meio ou dois, só, para ouvir e aprender o básico. Depois vocês estarão aptos a falar com conhecimento e sabedoria. Vocês se tornarão Mestres e os Mestres têm que falar para ensinar, todavia, saber o que falar.

 Aí alguém vai me perguntar: e os Mestres de hoje, por que não adotam este critério? Por que não seguem essas regras?

Porque eles não aprenderam de forma correta.  Não foram ensinados de forma adequada. Foi tudo na base do “achismo”, do eu acredito que..., do improviso, sem o devido domínio da matéria.

 A Maçonaria é ajudar os outros, afirmam alguns. O que não é verdade. 

A Maçonaria não é uma instituição preparada para construir prédios, para fazer filantropias, ficar aprovando projetos sem parar, como em muitas Lojas, etc. Para isso existem outras instituições, preparadas para essa finalidade.

A Maçonaria existe para formar Construtores Sociais, transformar o homem material em homem moral, resumindo toda moral de aperfeiçoamento humano. Ministra seus ensinamentos por meio de Símbolos e Alegorias. Ensina o homem a desvencilhar-se dos defeitos e paixões e ser exemplo a toda sociedade de homens livres.

Não é proibido que Irmãos ajudem as pessoas necessitadas, que Irmãos se unam para ajudar ou dirigir entidades que prestam solidariedade aos menos privilegiados. A Maçonaria, primeiro, tem que formar e preparar o homem.

 Vocês que acabaram de entrar para a Maçonaria, que serão o nosso futuro e que irão dirigir nossa entidade; vocês foram indicados e entraram pelo processo de Iniciação, através do qual lhe exigiram uma porção de compromissos e lhes fizeram uma porção de promessas, porque confiaram no seu Padrinho, confiaram no Venerável Mestre, confiaram na diretoria da Loja, enfim, confiam nos Maçons.

Essa confiança deve ser retribuída e, portanto, não tenham medo de errar, todavia, não errem nada fazendo.

Quem escolhe entrar para a Maçonaria está aceitando ter uma nova forma de vida. Estão aceitando novos compromissos, novos desafios. Não sendo por isso, não tem sentido entrar para uma Instituição dessa natureza que é cara financeiramente e nos toma muito tempo. É uma Instituição séria e muito exigente. Para aqueles que levam com responsabilidade o estudo e a prática, o sucesso em algum setor da vida será infalível.

Saímos do mundo profano,     como chamamos o mundo comum onde vivemos. Ora, se chamamos assim o mundo que vivemos é porque o mundo da Maçonaria é diferente e, se é diferente, devemos vivê-lo como tal, de forma diferente.

Passamos pelo misterioso processo da Iniciação e, simbolicamente, saímos do útero da mãe natureza, lá das profundezas da terra e recebemos a Verdadeira Luz, renascemos para um mundo novo.

Depois do renascimento simbólico, estaremos aprendendo a dar os primeiros passos no seio do novo mundo. Vamos aprender a falar balbuciando palavras estranhas e diferentes daquelas que estamos acostumados. Vamos nos alfabetizar aprendendo a ler, letra por letra.

Aprender o som de cada uma e, depois, soletrá-las, formando palavras e depois frases. Paralelamente, vão nos ensinar que somos uma Pedra Bruta e temos que lapidá-la e, para tanto, devemos aprender a nobre arte de Construtores Sociais, entendendo que somos Pedra Bruta, somos, também, o Malho e o Cinzel, portanto, somos Obreiros e temos que trabalhar para nos polir. Vamos aprender a gramática, depois a lógica e, em seguida, a retórica, para que possamos nos comunicar neste mundo novo que estaremos a viver.

Depois de transformá-lo em Maçom, deverá ser aperfeiçoado, para que ele seja verdadeiramente um “Construtor Social”.

Maçonaria é simples, não há necessidade de complicá-la.

É preciso trabalhar, então, mãos à obra.

Para tal mister, existe um Ritual  para cada Grau, que simplifica e facilita tudo.

O Rito Escocês Antigo e Aceito é complexo porque poucos o estudam e por isso, poucos o entendem e, o pior, não deixam que outros aprendam.

Denilson Forato-M.I.

 

LUIZ GAMA E O SESC CENTENÁRIO DE SUA INICIAÇÃO NA MAÇONARIA


 

O QUE NOS ANIMA A PERMANECERMOS SEMPRE EM LOJA?A ORDEM MAÇONICA, CUJOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SÃO A FRATERNIDADE ENTRE OS HOMENS, A LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E A IGUALDADE COMO FORÇA DE PROGRESSO.

Quando somos inquiridos sobre o que nos anima a permanecermos sempre em loja, vem uma resposta pronta e imediata:

A Ordem Maçônica tem por princípios fundamentais a Fraternidade entre os homens, a Liberdade de Consciência e a Igualdade como Força de Progresso, princípios esses que irão Orientar a condução desse trabalho.

Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasce no dia 21 de junho de 1830 em Salvador (BA). Portanto, faz 190 anos de seu nascimento. A Maçonaria tem seus primórdios no Brasil a partir de 1796, com a fundação, em Pernambuco, do Areópago de Itambé, que não era uma verdadeira Loja, seus membros nem todos eram maçons. Portanto, até a data de nascimento de Luiz Gama, a Maçonaria dava os primeiros passos no Brasil.

Logo a seguir, em 1797, com a Fundação da Loja Cavaleiros da Luz, na povoação da Barra na Bahia, essa Loja ganha um carácter oficial. E no ano de 1822, ocorrem vários momentos envolvendo maçons e a Maçonaria que, naquela época, acaba por se confundir com a história do Brasil. E nesse mesmo ano, em 17 de junho de 1822, é fundado o Grande Oriente. O objetivo principal dos fundadores do Grande Oriente na ocasião era a Independência do Brasil

D. Pedro I, em 1824, havia proibido as atividades da Maçonaria, que permanecera inativa até 1831. Nesse ano, com a sua renúncia, o monarca deixa o trono e os maçons começam a se reagrupar, um ano após o nascimento de Luiz Gama.

José Bonifácio assume a tutoria do filho do imperador. Antes, Bonifácio era o Grão Mestre do Grande Oriente e, então, retoma o posto no Oriente.

Apesar de várias dificuldades, o Grande Oriente continuava atuando em questões sociais como a abolição da escravatura.

A mãe de Gama chamava-se Luiza Mahin, uma africana livre, originária da Costa Mina (nação Nagô), a qual exercia muitas atividades. Em 1837, por motivos obscuros, ela vai para o Rio de Janeiro e lá desaparece para todo sempre, deixando uma marca indelével na memória daquela criança, na época, com sete anos de idade.

Posteriormente, já adulto, Luiz Gama chega a ir à Corte procurá-la nos anos de 1847, 1856 e 1861, mas seus esforços foram infrutíferos.

Em 1840, o Pai de Luiz Gama era um fidalgo de família abastada, esbanja a fortuna herdada, passando a viver em extrema pobreza; assim, vende o próprio filho Luiz Gama como escravo, quando ele tinha apenas 10 anos.

Inicialmente, vai, a bordo de uma embarcação de nome Saraiva, para a casa de um português de nome Vieira, para a Rua da Candelária no Rio de Janeiro, o qual recebia escravos da Bahia à comissão.

No final daquele ano, é revendido ao negociante e contrabandista denominado Alferes Cardoso, que o obriga a ir a pé de Santos a Campinas, para ser revendido no interior de São Paulo.

Rejeitado por possíveis compradores por ser baiano, cuja fama era de problemático, volta para o sobrado na capital paulistana, onde Gama aprendeu vários ofícios, tais como de sapateiro, copeiro, costureiro, lavador de roupas, dentre outros, incluindo também capoeira.

No ano de 1847, vai morar nesse mesmo imóvel um jovem chamado Antônio Rodrigues do Prado Junior para estudar Humanidades, o qual faz grande amizade com Luiz Gama, este já com 17 anos, e acaba por ensinar o também jovem negro a ler e a escrever.

No ano seguinte, foge da casa do Alferes Antônio Pereira Cardoso e, já sabendo ler e escrever, consegue provar juridicamente a sua origem de nascimento como homem Livre e, em 1848, finalmente Luiz Gama retoma sua liberdade por ele mesmo.

Livre, vai servir como praça; servindo até 1854, gradua-se como cabo de Esquadra Graduado e, no fim desses seis anos, afasta-se do serviço militar por divergências com um superior.

Atuou como escrivão para várias autoridades policiais e foi nomeado amanuense (aquele que escreve textos à mão, escrevente, secretário) da Secretaria de Polícia, onde serviu até 1868. Por motivos políticos e devido a mudanças dos cargos superiores, foi demitido por conservadores que, então, subiram ao poder.

Até chegar à posição de escrivão e, posteriormente, de amanuense, adquire conhecimentos sobre os ofícios jurídicos com Francisco Maria Furtado de Mendonça.

Francisco Mendonça exerceu altos cargos na Secretaria de Polícia e era catedrático na Faculdade de Direito; Luiz Gama era ordenança desse eminente professor e acabou aprendendo muito com o advogado, tanto que tais conhecimentos o permitiram postular o direito de advogar. Com essa habilidade, foi advogado dos pobres e libertou mais de 500 escravos, em pleno Brasil escravagista.

Um fato de extraordinária importância aconteceria para o movimento republicano no cenário político de 1873. A convenção de Itu, de inspiração maçônica, que acontecera em 10 de novembro de 1871. Quando, em 1873, partidários da república federativa haviam se reunido em Itu SP.

Como resultado desse movimento, a 18 de Abril de 1873, essa reunião ficou conhecida como primeira convenção republicana do Brasil. Foi designada, então, Convenção de Itu. Ciente da campanha republicana, várias Lojas prosseguiam com o processo da abolição da escravatura, que contava com maçons de peso como o próprio Luiz Gama, José do Patrocínio e Joaquin Nabuco.

Luiz Gama foi um dos fundadores da Loja Maçônica América, que tinha como um dos principais objetivos a promoção e a emancipação escrava por meios legais.

A Loja América foi regularizada em 07 de julho de 1869, sendo que já funcionava desde 09 de novembro de 1868, quando foi organizada. Luiz Gama, em 23 de agosto de 1869, recebeu o Grau 18 (Príncipe Rosa-Cruz), da Ordem Maçônica. Em 1870, aos 40 anos, Luiz Gama filia-se à Augusta e Respeitável Loja Simbólica América, figurando como fundador ao lado de renomados nomes da época, como Ruy Barbosa e, possivelmente, Joaquim Nabuco.

Nas sétima e oitava administração, de 1874 a 1876, e também nas décima segunda e décima terceira, de 1879 a 1880, Luiz Gama ocupou o Altar da Loja América com 44 /45 anos e 49/50 anos de idade.

Em uma sociedade escravocrata, Luiz Gama ousou ingressar na ala radical do grupo dos liberais, “para promover processos em favor de pessoas livres criminosamente escravizadas”.

Luiz Gama denunciou o comércio ilegal de negros, cobrando sanções das autoridades para aqueles que encobrissem o contrabando.

Assim com uma atuação impecável em vários momentos ao longo dos seus 52 anos, sobretudo sua atuação como Maçom, em 24 de agosto de 1882, morre Luiz Gama em São Paulo.

O Maçom, Advogado, Jornalista, Escritor e o Afro Descendente Luiz Gama deixa para todos nós Maçons um legado indiscutível de Fraternidade entre os homens, Liberdade de Consciência e a Igualdade como Força de Progresso. Um verdadeiro Maçom!

FLAVIO LUIZ DA SILVA – CIM 298674 –27/10/2020

ARLS Cedros do Líbano, 1688 – Miguel Pereira/RJ

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ritual do Aprendiz Maçom - Rito Escocês Antigo e Aceito.

Site A. ̇. R. ̇. L. ̇. S. ̇. Luiz da Gama nº 0464 em 24/10/2020

http://lojaluizgama.com.php?Idpagina3&Site=Site

CARVALHO, William Almeida, Uma Breve História da Maçonaria no Brasil- REHMLAC –

Revista de Estudios Históricos de La Masonería – LATINOAMERICAN Y CARIBEÑA.

SANTOS, Eduardo Antonio Estevam Santos. A Tinta Acima da Cor – Revista de História da Biblioteca Nacional - Ano 11, Nº 122. RJ: Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional, Novembro de 2015.

O DEVER DA RESERVA MAÇÔNICA


 

Dizem que a Maçonaria é o depositário de uma Verdade Iluminadora e Redentora, que é mantida, como se sabe, na reserva cautelosa dos Iniciados e não é acessível aos Profanos. Por que tanta discrição?

Jesus não disse que "uma lâmpada não está escondida sob o teto, mas é colocada muito alta, de modo que queima com força para iluminar todos os homens", e também que "não havia nada escondido que não devesse ser revelado"?

Mas, assim como ele expressou isso, ele também explicou as Verdades não diretamente, mas através de Parábolas, agradeceu ao Pai porque escondeu seus mistérios dos intelectuais e os revelou aos simples, e advertiu que "pérolas não deveriam ser dadas aos porcos".

Tanto para os maçons cristãos quanto para os não-cristãos, há um dilema: revelar nossos ensinamentos e assuntos às pessoas que deveriam tirá-las vantagem ou impedir que eles fiquem ouvidos indiscretos ou indiscretos.

Na realidade, um equilíbrio adequado dessas duas alternativas pode mostrá-las como complementares. Um leigo não precisa conhecer diretamente as doutrinas maçônicas, mas podemos torná-las conhecidas indiretamente, por meio de nossa personalidade e nosso exemplo de atuação.

Existem também certos comportamentos que qualquer pessoa pode tomar como referência à Maçonaria com lucro (agindo em solidariedade e tolerância, o desejo de melhorar a si mesmos, a preocupação com questões transcendentais, por exemplo) sem precisar saber que são necessariamente maçônicas.

O dever maçônico de reserva está relacionado ao Dever de Discrição, que sempre foi uma virtude defendida desde os tempos antigos na Humanidade, e é uma irmã legítima do Silêncio, Simplicidade e Prudência.

De alguma forma, é um ingrediente necessário de qualquer disciplina da perfeição e, portanto, não poderia faltar na Maçonaria. Porque a discrição nos separa do mal, ajuda-nos a governar nossas palavras e administra melhor nosso relacionamento com os outros, nos torna dignos da confiança dos outros e nos permite uma atmosfera de tranquilidade interior, onde podemos valorizar e assimilar o aprendizado da vida.

 Não deve surpreender-nos a importância que a Ordem dá à virtude da discrição, que nos avisa quando entramos em Lost Steps quando nos dizem que a Instituição é uma Associação Discreta e somos instruídos a ser discretos, o que é reiterado em a cerimônia de iniciação é constantemente sustentado ao longo do tempo, e é que a obrigação de discrição é acentuada à medida que avançamos no Caminho da Luz, à medida que os segredos são cada vez mais importantes.

Você precisa acumular forças operacionais e morais de reserva à medida que se aprofunda cada vez mais no "Sanctum Sanctorum" do Coração, e não perde energia com a revelação ou demonstração. Cada um verá por si mesmo a verdade se quiser chegar lá e se precisar que a explicação seja explicada.

Vamos enfaticamente enfatizar que o que é encontrado nos livros que podem ser comprados por aí não possui uma pequena parte da Riqueza da Obediência.

Ninguém é maçom por ler muito, e se ele não vive a Ordem internamente, ainda é um conhecimento teórico. Além disso, a experiência interior maçônica, sendo muito pessoal e profunda, é muito difícil de transmitir com palavras a terceiros e não é transferível.

Ninguém é maçom se não passar pela transformação da iniciação, e o que ele assimila por ele é algo que é valorizado no coração.

Ninguém pode acessar uma emoção ou sentimento pessoal, o que já mostra que existem elementos que não podem ser revelados. Sem mencionar que a Maçonaria é assimilada através da prática de sessões.

Dever de Reserva Maçônica: As primeiras doutrinas ou assuntos maçônicos podem parecer muito simples, mas sabem que se tornam mais complexas e inacessíveis à medida que a carreira e o curso dos graus se aprofundam.

Se não soubermos guardar os segredos simples, que discrição observaremos em relação aos mais importantes, necessariamente os mais substanciais? Por outro lado, quanto mais os reservamos, mais puros os manteremos.

Também devemos cuidar das pessoas que zombam de nossas tradições, bem como daqueles a quem nossa condição de maçom pode despertar animosidade ou agressividade contra nós, às vezes devido à ignorância ou intolerância natural, para não nos encontrarmos em uma situação de debate ou desconforto que poderíamos muito bem evitar ou cuidar para que eles não nos vejam extravagantes, informando antes de tudo o valor de nossa pessoa e a qualidade de nossas obras (antes de tudo, somos homens e depois maçons.

A discrição nos salvará de muitas situações difíceis, também revelando nosso status de maçom para dar importância a amigos, conhecidos ou damas, porque não é um título honorário, mas um serviço pesado.

A obrigação da Reserva (não secreta, porque qualquer pergunta maçônica pode ser alcançada se alguém se tornar digno) também nos impõe a não revelar o conhecimento do grau ao dos estágios inferiores e, é claro, à frente do profano. É melhor que eles os conheçam por si mesmos e por vontade própria, sem a necessidade de nossa transmissão "interessante".

Ninguém que não tenha calibrado corretamente o dever de discrição ou reserva pode entrar no Templo dos Iniciados. Sem prejuízo da recriação do filhote: o Exp.: Ou o ritual, cada um deve fazer um exame de consciência para determinar se ainda entra no santuário com o lembrete de reserva intacto.

Ajudados pela virtude cardinal da força da alma, nos instruiremos na obrigação de ser discretos e permanecer calados, a Quarta Regra de Zoroastro , de afundar na terra onde o novo Espírito germina e da qual o Templo se ergue sem os inconvenientes e distorções, de vida profana e onde os vícios também são relegados, forjando uma Alma Resplandecente que será Luz por si mesma e que manifestará "seipsa loquens" no devido tempo.

O dever maçônico da reserva não consiste em não revelar os símbolos ou ritos. Estes são encontrados em livros documentados disponíveis para qualquer leigo. Não vamos "enganar os solitários", porque hoje todos podem conhecer nossas tradições, que estão sendo transmitidas na Internet.

Mas, no entanto, há algo que devemos manter em silêncio, e é esse o Sentido Profundo e a Experiência que o viver da Aventura da Maçonaria implica.; isso é intransferível, e esse é o ensino verdadeiro e misterioso que devemos preservar.

Os símbolos e ritos são meras roupas, exterior cerimonial, concha; o pedreiro místico não se importa. Na Maçonaria, não é o que é visto ou conhecido, mas o que é aprendido e sentido.

Não importa o quanto você leia e saiba, ninguém, nem mesmo um Irmão, jamais entenderá nada. Jesus explicou as verdades de forma clara e simples, e muitos, por mais sábios e piedosos que tenham sido, não entenderam; ele se dirigiu à multidão, mas apontou para aqueles que podiam entendê-lo, pois ele pregava com calma, sem perder a autoridade e sem bastardizar o arcano. Na Maçonaria, é o mesmo, portanto, podemos considerar nossos mistérios seguros.

Você poderá ler muitos livros, poderá conhecer nossos usos e costumes, nossos sinais e rituais, pode ou não ser um pedreiro, mas nossos segredos são preservados sozinhos contra aqueles que não têm a mentalidade de entendê-los.

O que corresponde a nós, na realidade, não é difamá-los e não revelá-los inutilmente. Vamos salvá-los para quem sabe fazer bom uso deles.

Queridos Irmãos, obrigação de discrição ou reserva não está apenas ligada a uma forma respeitável e sábia a de comportamento, mas também ajuda a preservar nossos ensinamentos contra aqueles que não são, por várias razões, capazes de entendê-los completamente.

Por sua vez, nos disciplina a guardar os mistérios que se aprofundam não para escondê-los, mas para preservar sua pureza e assimilá-los claramente.

Cuidemos de nós mesmos antes e não nos enganemos; para que, através da transmissão de nossos mistérios, nossa vanglória ou nossos erros também não sejam revelados, porque maior será o mal que causaremos.

Não vamos perder tempo entregando a rica herança de nossos segredos àqueles que não lhes pertencem.

Ser cauteloso é, portanto, rentável. Lembremo-nos de Fedro:"Os antigos conscientemente ocultaram a verdade, para que o Sábio a reconhecesse e os ignorantes se enganassem" (Fabs. V, 5).

Fonte: Maçons em língua espanhola

ASSIDUIDADE MAÇÔNICA


 

Amados Irmãos, segundo o Irmão Luiz Prado, é sempre oportuno lembrar que para ser maçom não é suficiente ter sido iniciado no primeiro grau simbólico, ou ter sido colado em outros mais avançados.


Mas para ser maçom, com tudo justo e perfeito, também é preciso estar em plena atividade, ser valente, manter-se disposto, além de ser estudioso, e estar quites com a Tesouraria.


Enfim, o obreiro ainda deve demonstrar-se trabalhador, diligente e consciencioso.


Ora, na verdade, para se anunciar como maçom urge que, além de ser ativo e resoluto, seja também aplicado, interessado e frequente aos trabalhos da Loja.


De fato, como uma força de progresso, o trabalho no exercício da Arte Real, sempre foi e será o objetivo máximo da Maçonaria.


A totalidade das fórmulas ritualísticas com os seus símbolos, alegorias ou emblemas, bem como todas as cerimônias com suas tradições e inclusive normativas de deveres e obrigações, tem suas fontes generosas na ideia do trabalho.

A Ordem não poderá ser responsabilizada pelas faltas dos irmãos que não comparecem à Loja, descumprindo seu sagrado dever que são os trabalhos maçônicos.


A não ser por motivos que independam da sua vontade, deve lhe doer, no íntimo, furtar-se à convivência amistosa dos seus companheiros de colunas.

É necessário não se esquecer que os velhos amigos que comparecem à Loja, um dia o aplaudiram entre aquelas mesmas colunas tão pouco transpostas por ele.


Deve predominar na sua lembrança que antes da sua recepção, os seus sindicantes trouxeram ao quadro da Loja a informação que o faltoso dispunha de tempo suficiente para ser assíduo aos trabalhos da Oficina, sem prejuízo das suas obrigações para com a sociedade profana.


A falta de assiduidade é nefasta, porque estanca o fluxo de trabalho que poderia ser mais profícuo, se a maioria dos elementos que integram o quadro de obreiros da Loja, acorresse às reuniões aprazadas, prevista no Regulamento Geral da Federação e no Particular da Oficina.


O trabalho esporádico de um ou dois dias apenas, não confere lauréis a nenhum membro ativo da Augusta Ordem.


O papel do Mestre maçom não se limitar no comparecimento à sua Loja.


O Mestre, sempre que possível, deve-se colocar à disposição do Venerável com o objetivo de preencher o Tempo de Estudo. “E as peças de arquitetura devem ser tidas como causa determinante da atividade templária, tornando-se fontes de luz iluminadora dos feitos e realizações do conjunto de todos os amados irmãos.”


É por isso que o maçom precisa assistir com pontualidade às sessões da sua Loja. Mesmo quando o Mestre acredita que nada tem para aprender, no entanto, certamente, em compensação ele deve ter algo que possa ensinar.


Assim, todas as sessões serão interessantes se lhes emprestar interesse.
Pois é necessário o comparecimento às reuniões, para repetir ou ouvir as lições edificantes, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, perseverando no seu próprio aperfeiçoamento maçônico e, inclusive, no progresso dos seus irmãos.


Apenas os respeitáveis irmãos Eméritos, Remidos, Beneméritos, e os Portadores de Comendas, inclusive os irmãos Deputados, Juízes, Membros do Ilustre Conselheiro e os Membros do Tribunal de Contas, é que estão isentos de frequência.


Lembre-se que todo trabalho realizado com entusiasmo, em benefício do seu próximo, no nome do Amor Universal, produz uma vibração tão pura que possibilita a imediata sintonia da criatura humana com o seu Criador.
TFA.

 Gilson Azevedo Lins


 

POR QUE FUNDAR UMA LOJA MAÇÔNICA?


 

Se existe um “tabu” na Maçonaria é a fundação de novas lojas maçônicas, principalmente nas cidades onde já existem lojas. Sob a alegação que “os irmãos vão-se dividir, ao invés de somar” ou uma simples pergunta “por que mais uma Loja?”, os maçons parecem não aceitar com naturalidade o argumento da criação de uma nova oficina. Mas, quais são os motivos, as razões que levam os irmãos a fundarem uma Loja maçônica? É o que pretendemos analisar neste texto.

IMPLEMENTAÇÃO DE UM NOVO RITO: um rito é um sistema de cerimônias que pretende dar continuidade ao ensinamento maçônico. Funda-se uma nova Loja maçônica para que os maçons possam ter acesso a um novo modo de difundir o conhecimento na Maçonaria, isto é, uma nova escola de pensamento que segue as linhas gerais da instituição.

Assim, o primeiro ponto da fundação de novas lojas diz respeito à possibilidade de ofertar aos irmãos um rito diferenciado dos que já existem numa cidade, por exemplo. Claro que, ao conhecer um novo rito, o Maçom pode consequentemente, incentivar o debate sadio de cultura da instituição. Lógico que, no final desta conta, todos saem ganhando.

RESOLUÇÃO DE CONFLITOS: não são raras as situações que novas lojas maçônicas são criadas para solucionar problemas de relacionamento entre os irmãos. Talvez esta seja a oportunidade mais adequada para dizimar conflitos internos.

Ora, se existem dois grupos com ideais distintos, qual a vantagem de mantê-los dividindo o mesmo teto, a mesma sessão? Sim, o ideal é que não entrassem em querela. Entretanto, elas são típicas do ser humano. Se ambos desejam trabalhar maçônicamente, a instituição não se pode privar de oferecer esta possibilidade.

AMPLIAÇÃO DE TERRITÓRIO: Seja para uma cidade em que não há Maçonaria, seja para “ganhar terreno” dentro de um grande município, a criação de lojas neste sentido é interessante, uma vez que uma nova comunidade pode ser beneficiada com os trabalhos de uma Loja maçônica.

Cada grupo, portando as suas peculiaridades, irá atuar maçônicamente de acordo com os seus princípios, a sua vocação. E, assim, todos ganham: a região que ainda não possui uma Loja passará a contar com homens dispostos a mudar a realidade local; a que já possui ampliará o leque de possibilidades da atuação da Maçonaria naquela localidade.

Diante destas vantagens, constatamos que os argumentos dos contrários à fundação de novas lojas maçônicas não se sustentam.

Para isto, os “fundadores” devem levar a sério a criação da nova oficina, pois a responsabilidade tanto interna quanto externa é grande. A instituição não pode e não deve fugir do dever dos membros de uma Loja maçônica para a comunidade em que ela está instalada.

Portanto, pense bem antes de propor a criação de uma Loja. Afinal, se o projeto não vingar, os fracos argumentos contrários continuarão sempre a prosperar face aos inúmeros benefícios existentes – por única e exclusiva culpa daqueles que não souberam alavancar o novo empreendimento.

Tiago Valenciano

 

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