MAÇONARIA NO INTERIOR DO BRASIL - UM TRIBUTO A LOJA MAÇÔNICA UNIÃO SERTANEJA N° 8

            Fui convidado a fazer parte de uma comitiva liderada pela Loja Maçônica 25 de Março, localizada em Três Rios, município do Estado do Rio de Janeiro.

          Partimos no dia 26 de agosto, com destino a Sete Lagoas em Minas Gerais, onde a comunidade Maçônica local estava comemorando a Semana do Maçom.

           Logo ao chegarmos, fomos recebidos por um grupo de Irmãos e Cunhadas na entrada de cidade. Demonstrando imensa alegria com nossa chegada nos apresentaram votos de boas vindas.

              Nos quartos dos hotéis nos aguardam uma caixa de bombons! Que atitude simpática! Eu pensei. 
            À noite nos encaminhamos para a Loja, belíssima por sinal. Fundada em 21 de agosto de 1897 por Irmãos que também fundaram a Loja de Três Rios e, por isso, consideram a 25 de Março como sua madrinha.

            No Templo nos aguardavam aproximadamente 250 Irmãos de várias Lojas e de todas as Potências Reconhecidas e de diversos municípios.

         Enquanto isso, nossas esposas eram levadas para passear para conhecer a cidade com as cunhadas locais. Tão diferente daqui onde muitas vezes elas ficam tomando chá de cadeira nos esperando!

         Após uma palestra todos nos dirigimos a um grande restaurante, onde nos esperava um saboroso jantar.  

         No sábado, mais uma homenagem, fomos para um sítio de um Irmão, em um lindo local, e lá, uma tremenda churrascada nos esperava! Mais uma vez uma demonstração de hospitalidade! Carinho e o afeto eram a marca registrada! Mais uma vez as Cunhadas locais, ofertaram uma singela e linda lembrança às nossas esposas.

          Á noite um baile, dele não posso falar nada porque não fui. Mas, os que foram, voltaram maravilhados com o evento.

          No domingo, para a nossa despedida, um novo almoço foi nos oferecido. Desta vez no salão de festas da Loja. Mais uma vez uma recepção calorosa. Praticamente fomos recebidos por todos os Irmãos e Cunhadas presentes. Aquele abraço fraterno; aquele carinho; aquela felicidade em receber tão ausente por aqui!

         Fico aqui pensando: Por que isso tão raramente acontece por aqui?

    Muitas vezes nos dirigimos aos nossos Templos para ouvir uma grande quantidade de coisas desnecessárias, Irmãos que o tempo todo, gostam de mostrar que sabem mais que outros. Perdemos nosso precioso tempo e, na maioria dos casos esquecemos o que significa a palavra FRATERNIDADE, por isso, esquecemos de praticá-la.

          Mas quase tudo que é bom, dura pouco. Chegou a hora da partida!

        De novo aquela demonstração de afeto. Todos do local se colocaram na saída para se despedirem. Mais uma vez abraços afetuosos e desejos sinceros a espera de nossa volta.

        Embarcamos e pude observar aquele grande de pessoas, do lado de fora do templo acenando para nós. Em uma despedida emocionante que, sinceramente, nunca tinha assistido.

          Para esses Irmãos e queridas Cunhadas que eu não tinha tido o prazer de ter cruzado minha vida com eles, dedico o que eu escrevo aqui.

            Por certo, em uma próxima oportunidade, se o G.’. A.’.D.’.U.’., assim o permitir, eu voltarei.

         Para os Irmãos que por ventura tiverem acesso a esse humilde trabalho, passo abaixo os dados da Loja em questão:

ARLS União Sertaneja n° 8/Oriente de Sete Lagoas/MG-Rua Gov. Milton Campos, 160
Reuniões ás Quartas Feiras /às 20h

            Posso garantir que lá serão muito bem recebidos! 
Obs: também fiz turismo na cidade. Vale a pena uma visita!

Mais isso é outra história que poderá ser vista no Blog: pemelo.blogspot.com

Paulo Edgar Melo
Membro da ARLS Cedros do Líbano n° 1688- Oriente de Miguel Pereira/RJ
Coordenador da 28ª Circunscrição do GOB/RJ



O PAINEL DO GRAU DE APRENDIZ.



Um dos mais antigos símbolos da Maçonaria é o Painel da Loja ou Quadro.


Como relatam vários Trabalhos, a explicação da existência do Painel em Loja remonta aos primórdios da Maçonaria pois,  com objetivo de representar os mais importantes Símbolos da Ordem  o painel era desenhado a giz e carvão no assoalho dos locais onde se realizavam as sessões. O inconveniente de ter que apagar e refazê-los levou algumas Lojas a desenhá-los sobre um tapete ou um pano, expostos aos presentes.


Na Europa, havia na época, uma  variedade enorme de Painéis. Em 1808, o Irmão Willian Dight, bom desenhista, pintou três Painéis com intuito de uniformizar os desenhos e criar um padrão para cada Grau. Alguns anos mais tarde foi iniciado na Maçonaria Inglesa um artista que deixaria seu nome gravado na História, John Harris, que pintou os Painéis dos três Graus, inicialmente para a Loja "Unanimidade e Sinceridade no. 261".



Por  Painel do Grau entendemos o Quadro que a Loja apresenta por ocasião da abertura dos trabalhos, existindo um para cada grau da denominada Maçonaria Azul: o da Loja de Aprendiz, o da Loja de Companheiro e o da Loja Mestre. A sua colocação na Loja indica que continua viva toda a simbologia que orienta os trabalhos dos maçons. No Painel do Grau de Aprendiz , objeto desta peça, estão desenhados os símbolos maçónicos abaixo que serão  enumerados mas não detalhados, visto ser um trabalho rico, minucioso e extenso, sendo indicada  uma arquitetura em separado para o estudo de cada um destes símbolos.



Todo o templo, incluindo o assoalho, as paredes e o teto, é contemplado no Painel, sendo composto por:

O templo propriamente dito: na Maçonaria a Loja surge no Templo. O vocábulo sugere um local  onde os operários da construção descansavam e debatiam seus problemas sociais e espirituais. Na busca de uma definição simbólica e perfeita para o Templo que cada um de nós tem dentro de si, a Bíblia fornece aos maçons o Templo de Salomão, símbolo de alcance magnífico. Ele nos recorda a grandeza e a responsabilidade que aceitamos ao ingressar na ordem macônica pois o local onde nos reunimos representa o universo.



 A Porta do Templo, Sua situação é no Ocidente, o lugar onde chega a luz em sucessivos estados de manifestação procedentes do Oriente.  Representa proteção de uma eventual ação externa e também protege contra possíveis perdas de energia recebidas no interior do Templo. Antecedida por uma escada com três degraus simboliza o Iniciado com corpo, alma e espírito. Os três degraus do Templo Maçônico mostram os esforços que os aprendizes devem fazer para seu crescimento moral. Podemos ver ainda as indicações Norte e Sul, Oriente e Ocidente.




Em cima do desenho que representa a Porta do Templo, existe um triângulo representando o Delta Luminoso. Ele está no Oriente  e simboliza no Plano Físico: o Sol, de onde emana a vida e a luz. No plano astral: o Verbo, o Princípio Criador.  No plano espiritual: o Grande  Arquiteto do Universo. Indica a presença permanente de Deus,  a eterna e divina vigilância que observa e registra todos os nossos atos.


As colunas - De cada lado da entrada do Templo aparece uma coluna suportando três romãs maduras e entreabertas. Nas romãs, suas sementes internamente unidas demonstram fraternidade e união entre os homens. No centro da coluna da esquerda  está gravada a letra "B' e no da direita a letra "J". Na tradução latina dos nomes,  Booz significa "nele está a força" e Jachim "Ele firmará" e, ou seja "nele está a força que firmará", significando  conjuntamente que  Nele, em Deus, está a força necessária à estabilidade, ao sucesso. 


As três janelasrepresentam as 3 posições do Sol: o Oriente, o Meio-dia e o Ocidente. Nenhuma janela se abre para o norte e as 3 são cobertas por uma rede de arame, simbolizando que a luz ilumina o templo, mas o que está fora, fora permanece e o que está dentro, lá fica. Ou seja, as sessões não devem ser perturbadas por eventos externos e o que dentro se realiza não deve ser divulgado no mundo profano.


A orla dentada simboliza a união dos Maçons. Os dentes triangulares representam os planetas que giram no Cosmos. O Triângulo expressa a espiritualização dos Maçons que, partindo da individualidade, se unem de forma indissolúvel, em torno de um ideal. E’ erroneamente  confundida com a Corda de 81 Nós e com a Cadeia de União. A Corda de 81 Nós simboliza os 81 laços do amor fraterno existente entre todos os membros da Loja. A Cadeia de União expressa o Cerimonial que reúne todos eles.


O Piso Mosaico é formado por lajes quadradas que se alternam nas cores branco e preto, formando um tabuleiro de xadrez . Significa a união íntima que deve existir entre os Irmãos Maçons, ligados pela verdade. A alternância do branco com o preto, por sua vez, demonstra a existência do contraste, representando o dualismo, uma vez que, sem o contraste tudo seria uniforme e perfeito, confundindo-se com o nada. Se assim fosse, nada diferenciaria o Maçon do profano e, portanto, não haveria nenhuma verdade a ser revelada ao Aprendiz.


A Prancha de traçar  corresponde ao papel onde o Mestre estabelece seus planos e significa que o Maçon deve traçar seus planos, estabelecer seus objetivos e empenhar-se em conquistá-los com habilidade e preparo.


O Sol e a Lua   O Sol é o vitalizador essencial, possuidor de uma generosa fecundidade. Sem ele não existiríamos. É o princípio ativo representado pelo Círculo com um ponto central.  A Lua é o reflexo do Sol, representa, tanto quanto o Sol, a saúde, pois recebe e reflete os seus raios. É o princípio passivo. No Templo, o Sol e a Lua indicam a simbologia de que os trabalhos no grau de Aprendiz são abertos ao meio-dia e fechados à meia-noite.


 As Estrelas: simbolizam o infinito e o universo que está representado no templo. Em toda doutrina mística o conhecimento das estrelas é fundamento essencial, não sendo diferente na Maçonaria.  Vale ressaltar que são 27 as estrelas dispostas no painel e, pela numerologia,  é o equivalente ao número 9, ou seja, o sagrado no. da tripla trindade que carrega consigo a representação divina dos 3 planos existenciais: o mundo da alma, do espírito e da matéria.


Cadeia de União: é o símbolo da união indissolúvel entre os irmãos. Os nós  entrelaçados são 7 e representam os  81 nós da cadeia de união. A Cadeia envolve aspectos emocionais, filosóficos, esotéricos e espirituais. Segundo a numerologia o no. 7 é o símbolo da sensatez, do estudo, da filosofia. É’ na Cadeia de União que se transmite a Palavra Semestral ou se invoca sobre algum Irmão necessitado, forças vitais para afastar a enfermidade ou  sua aflição.


A  Pedra Bruta simboliza a personalidade rude do Aprendiz, as  imperfeições do espírito e do coração que o Maçom deve se esforçar para corrigir. No momento da sua iniciação, o Aprendiz encontra-se com o seu estado bruto na Natureza e, com os instrumentos que lhe são dados, ele próprio desbastará a sua Pedra Bruta, tornando-a o mais perfeita possível, imprimindo-lhe uma personalidade sua e única.  Representa o Aprendiz e é colocada na Coluna do Norte.

Pedra Cúbica: é a obra prima do aprendiz e representa o resultado de seus esforços após um trabalho bem feito na pedra bruta, o homem instruído que domina as próprias paixões, libertou-se de seus preconceitos, visto que conseguiu polir sua personalidade. Representa o Companheiro e está colocada na Coluna do Sul.


O Malho é um instrumento de trabalho braçal e pesado, em que se emprega a força, utilizado na Sessão de Iniciação. Já o seu diminutivo, o Malhete, é utilizado em todas as Sessões pelas 3 Luzes: Venerável Mestre,  1º e 2º Vigilantes. Significam a vontade na aplicação.


O Cinzel é o símbolo do trabalho inteligente. É’ um instrumento   que apresenta numa das suas extremidades a forma pontiaguda, arredondada, ou achatada ; na outra situa-se a cabeça que sofrerá os golpes do Malho (desbaste da Pedra Bruta) ou os retoques do Malhete (aperfeiçoamento). Representa o Discernimento na investigação.


O Prumo, utilizado pelos pedreiros para conseguir o alinhamento vertical, representa a profundeza na observação,  o acerto, a justiça e a moral que cada Maçon deve desenvolver em si. É a Jóia do 2º Vig:.


O Nível,  significa o emprego correto dos conhecimentos. Utilizado pelos pedreiros na busca da horizontalidade, simboliza, na Maçonaria, a igualdade, pois coloca todos ao mesmo nível. É a Jóia do 1º Vig:.


O Esquadro simboliza a retidão na ação limitada por duas linhas: uma horizontal que representa a trajetória que temos que percorrer na Terra,  no mundo físico; a outra, vertical, o caminho para cima, que por ser sem fim, nos leva ao Cosmos, ao Infinito e a Deus. É a Jóia do Venerável Mestre.



O Compasso significa a Medida na pesquisa . Simboliza o equilíbrio, a vida correta e a justiça. Ensina onde começam e terminam os direitos de cada um de nós.



Assim, através do Painel do Grau o irmão explora o espaço do templo para encontrar ali grandes verdades as quais deve por em prática na sua vida na terra. Nele, o maçom estuda os símbolos da loja e, ao reconhecer o significado de cada um, está apto a receber maior luminosidade e assim ascender a novos níveis evolutivos na Maçonaria.


Bibliografia:  Revista Trolha nr 179, página 32/33  
António Montovani Filho - Primeiras Instruções - Jan. / 2000 - Editora A Trolha
Internet: www.guiadomacom.com.br  - www.cinzeleditora.com.br
Peça de Arquitetura de Luiz Cláudio Ribeiro de Souza, A:. M:. Agosto de 2011.
ARLS Cedros do Líbano n° 1688 – Oriente de Miguel Pereira/RJ

ENTENDENDO A ORDEM





01 - A ORDEM MAÇÔNICA
A Ordem é, hoje, o que seus membros são hoje!
A crise reside em cada um dos membros.
A Ordem não entra em crise, já é ordenada por natureza.

02 - A MAÇONARIA NÃO É...
Democracia - É um sistema hierarquizado, onde todos se comprometem a subir todos os degraus possíveis da perfeição simbólica, espiritual e moral;




Sistema de Fé - É um sistema de atitudes e comportamento. Há que se ter cuidado para não cair em contradições;

Sistema Filosófico - É mais uma escola de filosofar em que todos buscam perfeição, ecletismo e melhoras gerais;

Escola de Psicologia - Permite que o Obreiro conheça a si mesmo e modifique sua conduta inadequada;

Metafísica - Dado que a doutrina e o simbolismo apontam para reflexões sistemáticas e objetivas.

03 - O COMEÇO É DIFÍCIL
Os primeiros passos no caminho da sabedoria são os mais estafantes, porque nossas almas fracas e teimosas detestam o esforço e o desconhecido, sem a garantia completa da recompensa. Á medida que progredimos nossa decisão se fortalece e o aprimoramento pessoal torna-se progressivamente mais fácil. Aos poucos passa a ser até difícil deixar de fazer o que melhor para nós.

O compromisso firme e, ao mesmo tempo paciente, de remover as crenças nocivas de nossas almas confere-nos, pouco a pouco, a habilidade de ver com mais clareza, através de nossos frágeis temores, nossa desorientação nas questões amorosas e nossa falta de autocontrole. Paramos de nos esforçar para impressionar os outros. Um belo dia percebemos com satisfação que não estamos mais representando para platéia alguma.

04 - DEPENDE EXCLUSIVAMENTE DE CADA IRMÃO.
Ninguém ensina Maçonaria para ninguém.
Isso ocorre em qualquer escola Iniciática, aonde cumpre ao Recipiendário praticar a Ritualística (munido do Ritual), absorver cada palavra e cada símbolo e, vivenciá-lo na sua existência.

À medida que pratica e vivencia o ritual, o homem incorpora-se no símbolo e integra-se ao mito.

O mito rememora os feitos virtuosos e o rito os celebra, repetindo-se periodicamente.
Dizer que não nada há de substancial na repetição do rito é rejeitar uma verdade subterrânea que tem contribuído secularmente para o aperfeiçoamento da humanidade.

O neófito que não encontra nada é porque não encontrou muita coisa em relação ao que buscava com os olhos profanos.

A Maçonaria só pode oferecer ferramentas, utensílios e trabalho.
Como a Ordem não é feita à altura das fantasias, ilusões e quimeras do candidato, não pode oferecer mudança imediata e renovação súbita de sua personalidade. O que está posto é um caminho árduo de auto-percepção.

Pitágoras, ao constatar que não havia nada de assombroso no templo de sua iniciação, ao invés de decepcionar-se, verificou que não havia nada em si mesmo, apenas desejos e ilusões. Ai então começou o seu caminho para a sabedoria. O Irmão que chega neste ponto já é um maçom.


A Maçonaria quer dar ao Obreiro de hoje, tal como fez para aquele de ontem, os utensílios que lhe permitam encontrar sua verdade e sua liberdade individuais.

A iniciação permite o ingresso nesse caminho, mas toca a cada um trilhar. Só com esforço, empenho próprio, paciência, tolerância e vontade é que se passa da iniciação fictícia e teatralizada para a iniciação real, aquela que transforma a promessa em realidade, a esperança em certeza e um caminho de conhecimento ritualístico em caminho de vida.

05 - CUIDADOS A TOMAR
Ausência de trabalhos sobre simbologia, lendas, mitos e ritualística.

Descumprir interstícios e formação típica de graus.


Dar "asilo político" a Irmão. (Há sempre alguém querendo que a Loja interfira a seu favor).

O mundo profano ignora os graus e o nível de conhecimento do irmão. Portanto, maçom é maçom, logo, a postura, comportamento e respeito devem estar sempre presentes.

A missão do obreiro é lapidar a P:. B:..

A Oficina trabalha em um tempo simbólico; é atemporal.

A Oficina trabalha em um espaço sagrado; é não espacial.

Isso tudo implica: ritualística, liturgia, símbolos; a ordem fundamenta-se na experiência iniciática, que requer reflexão e vivência comuns.

06 - LEMA DO MAÇOM:
Liberdade: coloca o homem numa posição do querer e do poder.
Igualdade: infunde no homem a obrigação de respeitar seu semelhante, seja ele quem for.

Fraternidade: dá ao homem uma maneira certa de cultivar o amor.

07 - DEPOIMENTOS
  1. Voltaire: "A Maçonaria é a entidade mais sublime que conheci. É uma instituição fraternal, em que se ingressa para dar e que procura os meios de fazer o bem, exercitar a beneficência."
  2. Albert Eyler, (Grão Mestre da Pensilvânia): "A maior necessidade do mundo é e homens. Homens que não podem ser comprados nem vendidos. Homens honestos no mais intimo de seus corações. Homens que não temem chamar o pecado por seu nome. Homens cuja consciência é tão fiel ao dever como a agulha magnética do pólo. Homens que fiquem com o direito embora o céu caia. E o objetivo de uma Loja Maçônica é criar homens.
08 - PRIVACIDADE
O pensamento científico não nos permite sonhar, mas o homem sabe se exaltar, sabe se embriagar ao contato dos coloridos suntuosos e com o perfume das flores, com a complexidade da pedra, com essas lufadas de amor que emanam de toda essa natureza com a qual convivemos e cujas profundas leis permanecem desconhecidas para nós.

A Maçonaria comunica esse impulso do coração, ela pede também ao homem que se analise, que se busque interiormente. Ela quer que cada um conserve o seu particularismo, que saiba continuar a ser ele mesmo, sabendo também se integrar entre os outros. Cada um deve poder se realizar por si mesmo, com a ajuda daqueles a quem se associa. Existe então uma troca contínua entre os Irmãos, um impulso de amor. Daí nasce essa enorme corrente de fraternidade, que não escapa à concepção religiosa do humano.

09 - SIGILO
É incontestavelmente, o sigilo, a pedra de toque inestimável que dá com segurança o caráter do Maçom. Não que o sigilo seja sempre necessário pela natureza dos assuntos tratados em Loja, mas porque habitua o Maçom à circunspeção, corrige a leviandade e a tagarelice. Pitágoras exigia dos postulantes longos mutismos, de anos, por vezes.

Era maneira de corrigir o pendor natural das palavras irrefletidas. Pensar com segurança, meditar com paciência, julgar com imparcialidade, agir com firmeza, são preciosas qualidades que todo Maçom se esforçará em adquirir, infatigavelmente.

As recompensas não existem para o Maçom, trabalha por um grato e salutar dever consciente, não pede aplausos, não almeja agradecimentos. Suas ações generosas, esquece-as, não as proclama. 

O ato de beneficência fica entre o que dá e o que recebe. Sabe o Maçom que ficará ignorado. O bem não é vaidade, é o móvel de suas ações. Guardar sigilo é poupar ao indigente o rubor da esmola, é merecer para a Ordem a confiança e as bênçãos das vitimas do infortúnio. Sigilo é também um degrau de honra. (ensinamento de Dario Velozzo)

10 - SIGNIFICADO DE SER MESTRE MAÇOM
Ser Mestre Maçom significa ser Mestre em si mesmo, trabalhar com inteligência e força de vontade em si mesmo, no seu próprio aperfeiçoamento, tendo sempre em mente o fato de que nada mais somos do que simples aprendizes do Grande Mistério, mesmo que nos denominemos mestre.

Ser Mestre é aceitar que não nos pertencemos, mas à coletividade, e que por isso mesmo sua inteligência e sua vontade devem estar sempre a serviço dessa coletividade.

Ser Mestre é acender luzes pelo caminho por que passa, luzes de amizade e sabedoria, de bondade e justiça, de harmonia e compreensão, de solidariedade e fraternidade.

Ser Mestre é não se considerar juiz dos defeitos e erros dos outros, mas saber compreender e perdoar.

Ser Mestre é aceitar um conselho, para ser ajudado. É retribuir com ternura aos que o odeiam.

Ser Mestre é ser perfeito nas mínimas realizações. (ensinamento de Manoel Gomes).

Luis Mario Luchetta (Or:. de Curitiba, Paraná)
Publicado na revista A Trolha, nº 231, Janeiro de 2006.
Bibliografia:
  • BAYARD, Jean Pierre. A Espiritualidade da Maçonaria. São Paulo: Madras.
  • GOMES, Manoel. Manoel do Mestre Maçon. Lunardelli.
  • GUIMARÃES, João Francisco. Maçonaria e Filosofia do conhecimento. São Paulo-Madras.
RODRIGUES, Raimundo. Sutilezas da Arte Real. Londrina-PR. A TROLHA

TRATADO DE AMIZADE É ASSINADO ENTRE OS RITOS BRASILEIRO E O REAA


SUPREMO CONCLAVE DO BRASIL PARA O RITO BRASILEIRO DE MAÇONS ANTIGOS, LIVRES E ACEITOS E SUPREMO CONSELHO DO BRASIL DO GRAU 33 PARA O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO CELEBRAM TRATADO DE ALIANÇA, FRATERNAL AMIZADE E ESTREITA COLABORAÇÃO.
 Nesta terça-feira (02/08/11), na cidade do Rio de Janeiro, o SUPREMO CONCLAVE DO BRASIL de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, representado pelo Soberano Grande Primaz, Ir. Nei Inocêncio dos Santos e o SUPREMO CONSELHO DO BRASIL DO GRAU 33 DO REAA, representado pelo Soberano Grande Comendador, Ir. Enir de Jesus, firmaram TRATADO MAÇÔNICO DE FRATERNAL AMIZADE, ALIANÇA, E ESTREITA COLABORAÇÃO.
O tratado vem formalizar as estreitas relações que o Rito Brasileiro, através do Soberano Ir. Nei Inocêncio, mantém com todas as Potências Filosóficas do nosso País, particularmente o SUPREMO CONSELHO DO BRASIL DO GRAU 33 DO REAA, que tem à frente o Soberano Grande Comendador, Ir. Enyr de Jesus.
É Rito Brasileiro, NOVO, formalizando os estreitos laços fraternais com o Rito Escocês ANTIGO e Aceito. Viveremos um novo tempo preservando as tradições. NOVAE SED ANTIGUAE.
Está de parabéns O GRANDE ORIENTE DO BRASIL. Está de parabéns a MAÇONARIA BRASILEIRA.


O QUE É UM MESTRE INSTALADO?


Mestre Instalado

    É a condição de destaque da liderança, da confiabilidade do espírito fraterno, do respeito às diferenças individuais, ao homem, ao irmão.

    É o prêmio da consciência iniciática de um Mestre Maçom, atestada e sufragada pelos seus irmãos em pleito legal e legitimo confirmada em cerimônia privativa dos Mestres Instalados, ocasião em que lhe são confiados os segredos e as chaves mágicas indispensáveis a um pleno e eficaz exercício daquela liderança conquistada.

    É a maior das honrarias, o maior desafio e a maior oportunidade com que se depara o maçom no seu evoluir.

    É aquele momento em que o Mestre não mais se preocupa em desbastar a sua própria pedra bruta, mas sim, em proporcionar aos irmãos uma maneira mais suave de desbastarem as suas.

    É viver o amor, o doar, o respeitar, o linimento na dor, a mão estendida, a luz na escuridão, é o renovar da alegria, é a palavra amiga, o ouvido ouve.
    É também  voz que cobra, o exemplo que norteia, que estabelece limites, o voto de Minerva, a decisão.

    É pois preciso, que muito mais do que todo e qualquer mestre, o Mestre Instalado se conscientize do peso de suas atitudes e palavras, pois é ele a liderança de muitos e, aquilo que ele sinaliza tem força e peso maiores, podendo contribuir, decisivamente par a construção da obra precípua da maçonaria, o homem justo e perfeito, e sua inserção no conjunto que lidera.

    Deve, por isso mesmo, adotar uma postura sóbria, responsável, construtiva e coerente com o alto posto com que fora honrado, pautando sua conduta e atitudes em consonância com os ditames e preceitos nobre da fraternidade maçônica.

    Tal procedimento, no entanto, deve observar fielmente as leis que norteiam e protegem tanto a Ordem Maçônica como a seus membros.

    É inadmissível, pois, que um maçom, e muito menos aquele distinguido com tamanha honraria, mesmo por brincadeira, "UM LÍDER NÃO BRINCA", contribua ou faça qualquer ato ou atitude que possa manchar, denegrir, macular ou menoscabar a imagem de todo e qualquer irmão, quer no âmbito da Loja, da Maçonaria, da família ou mesmo do mundo profano, o que com fulcro nos próprios juramentos prestas, o tornariam um perjuro para o G.'.A.'.  D.'.  U.'.  desonrado para com os homens, indigno portanto de ocupar o alto posto de liderança dos irmãos.   

    A todos nós maçons do Aprendiz ao Mestre Instalado, deixamos esta palavra de alerta, para que pautemos sempre nossos atos palavras e atitudes, dentro dos parâmetros justos e perfeitos de nossa sublime instituição.

                                            José Edson de Andrade MI
VM\da ARLS Arca da Aliança n° 229  -  GOB/MG



A CORDA DE OITENTA E UM NÓS


As sociedades místicas de modo geral adotam elementos simbólicos para sua difusão e entendimento dos iniciados que ao leigo não são dados a conhecer.
 
A tais elementos simbólicos são atribuídos significados próprios que ao serem ministrados aos Aprendizes, favorecem a aprendizagem da filosofia, da ritualística e da liturgia maçônica.

 
Na história da humanidade os símbolos são partes importantes no processo de evolução dos povos hoje eles são utilizados em todas as áreas do conhecimento, e até mesmo na pronuncia de uma simples palavra, estabelecem parâmetros que ficam sujeitos a determinada interpretação.

 
Na prática da caminhada maçônica esta regra ocupa um lugar de destaque, senão vejamos, assim que adentramos ao Templo nossos olhos são guiados espontaneamente a todos os símbolos presentes e dispostos de modo harmonioso, de modo que em um simples relance conseguimos entender seus significados, desde que estejamos preparados para isso.

 
Uma das possíveis origens da “corda de 81 nós”, ocorre quando em 23 de agosto de 1773, por ocasião da palavra semestral em cadeia da união na casa "Folie-Titon" em Paris, tomava posse Louis Phillipe de Orleans, como Grão-Mestre da Ordem Maçônica, na França, onde estavam presentes 81 irmãos em união fraterna, e a decoração da abóbada celeste apresentava 81 estrelas.

 
Assim a “corda de oitenta e um nós” é um símbolo presente na maioria dos Templos Maçônicos, ela é instalada circundando as paredes do Templo entre o início de abóbada celeste e as colunas zodiacais. A corda, preferencialmente, será de sisal, com 81 (oitenta e um) nós dispostos da seguinte maneira: um nó central que é colocado no centro do Oriente sobre o trono de Salomão. 


A corda conta ainda com quarenta “nós”, eqüidistantes, de cada lado que se estendem pelo Norte e pelo Sul; os extremos da corda terminam, em ambos os lados da porta ocidental de entrada, em duas borlas, elas estão ali permanentemente como símbolos da a Justiça (ou Eqüidade) e a Prudência (ou Moderação), que devem nortear os iniciados no caminho da perfeição muito embora existam.
 
Em alguns templos da na França e nos painéis dos primeiros graus as cordas são representadas por doze “nós” representando os signos do Zodíaco.

 
A estrutura dos “nós” (melhor denominados “laços”) representados pelo o símbolo do infinito como símbolo da perpetuação da espécie humana, pela sua forma simboliza a penetração macho/fêmea, dando a entender que a obra da renovação é duradoura e infinita. Este é um dos motivos pelos quais tais laços são chamados "Laços de Amor", por demonstrar a dinâmica Universal do Amor na continuidade da vida. A Corda de 81 laços representa ainda a união dos pensamentos e das ações no aprimoramento do homem pelo homem em benefício da humanidade a laçada, deve lembrar ao maçom que é preciso tomar muito cuidado para não puxá-la transformando-a em nó apertado o que significa a interrupção ou o estrangulamento da fraternidade que deve existir entre os Irmãos.

 
O “nó” central dessa corda que deve estar acima do Trono de Salomão (cadeira do V.’.M.’.) e representa o número UM, a unidade, indivisível, princípio e fundamento do Universo.

 
Alguns estudiosos estabelecem que a abertura da corda, na entrada do Templo simboliza o propósito de estar, a Maçonaria, sempre aberta para acolher novos membros, novos candidatos que desejem receber a Luz Maçônica, no entanto podemos entender esta interrupção sendo a Ordem Maçônica uma instituição dinâmica e progressista, estando, sempre aberta às novas idéias, venham contribuir para a evolução do Homem e para o progresso racional da humanidade, visto que o Maçom não pode ser aquele que rejeita as idéias novas, em benefício de um conservadorismo rançoso, muitas vezes dogmático e, por isso mesmo, altamente deletério.

 
As cordas tem um significado especial para a História da Humanidade; retrocedendo no tempo... na Grécia antiga as cordas necessárias usadas na defesa das cidades eram confeccionadas com os cabelos longos das mulheres. Já os agrimensores egípcios usavam a cordas com “nós” para declinarem os terrenos a serem edificados, sendo que os “nós” demarcavam os pontos específicos das construções, eles marcavam os pontos onde deveriam ser necessárias aplicações de travas, colunas, encaixes, representando, portanto, os pontos de sustentação. 


Na Idade Média, a corda era aplicada como instrumento para medir e demonstrar dimensões e proporções da cúpula que se desejava construir Sua origem mais remota parece estar nos antigos canteiros trabalhadores em cantaria, ou seja, no esquadrejamento da pedra informe medieval, que cercava o seu local de trabalho com estacas, às quais eram presos anéis de ferro, que, por sua vez, ligavam-se, uns aos outros, através de elos, havendo uma abertura apenas na entrada do local.
Contudo, encontramos ainda, na Sociedade dos Construtores (Maçonaria Operativa), considerado o embrião na Maçonaria como conhecemos hoje, a herança da “corda” está sempre presente. Nos primeiros momentos ela era desenhada no chão com giz ou carvão, simbolizando a sacralidade daquele espaço no momento da realização dos trabalhos.

 
Depois de feita a análise da natureza dos símbolos, a disposição simbólica da “corda de oitenta e um laços” no Templo, assim como sua origem nesta sublime Instituição vamos buscar o entendimento do significado filosófico da adoção do número 81(oitenta e um), dos laços eqüidistantes, senão vejamos: 


Esotericamente, o significado dos “oitenta e um laços” nos mostra a perfeição da perfeição pois 81 é o resultado de 33 (3 x 3 = 9 x 3 = 81) que é a representação da união fraternal e espiritual, que deve existir, entre todos os Maçons do mundo; representa, também, a comunhão de idéias e objetivos da Maçonaria, que evidentemente, devem ser os mesmos, em qualquer parte do planeta.
 
Por outro lado encontramos em cada perna da corda 40 (quarenta) nós que representam um número considerado sagrado, pois esse número representa a realização de um ciclo que conduz a mudanças radicais.
“O número 81 segue alguns princípios místicos apresentados pela Cabala senão vejamos:

 
• 81 é o quadrado de 9 que é o quadrado de 3, número perfeito e de alto valor místico para todas as antigas civilizações tendo ele como base o número 3 : 
• Três eram os filhos de Noé – Sem; Cam e Jafé 
• Três os varões que apareceram a Abraão 
• Três são os dias de Jejum dos Judeus desterrados 
• Pedro negou Cristo por 3 vezes 
• Três são as virtudes teolegais – FÉ, ESPERANÇA e AMOR 
• Em todas as religiões existem tríades divinas 
o Sumérios = Shamash - Sin – Ichtar 
o Egípcios = Osiris – Isis – Orus 
o Hindus = Brahma – Vishnu – Shiva 
o Taoismo = Yang – Ying e Tao 
o Trindade Cristã = Pai – Filho – Espírito Santo. 
• O número 40 – quarenta nós para cada lado, extraindo-se o nó central -Número que representa a penitencia e a expectativa 
• Quarenta dias foi a duração do dilúvio 
• Quarenta dias Moisés passou no Monte Sinai quando recebeu as tábuas da Lei 
• Quarenta dias durou o jejum de Cristo no deserto preparando-se para a morte terrestre - que é representado pelos laços da direita.
• Quarenta dias Jesus esteve na terra após sua ressurreição quando se preparava para a Eternidade estão representados pelos 40 laços da esquerda. 

 
Se buscarmos as justificativas nos princípios da cabala veremos que: o número 81 representa o quadrado de 9, que, por sua vez, é o quadrado de 3, número Perfeito, bastante estudado em Escolas Esotéricas e de alto valor místico, para todas as antigas civilizações; devemos associá-lo pois ao número Três, eram os filhos de Noé; Três os profetas que apareceram a Abraão; Três os dias de jejum dos judeus desterrados; Três as negações de Pedro; Três as virtudes teologais (Fé; Esperança e Amor).

 
Além disso, as tríades divinas sempre existiram, em todas as religiões dos povos da antiguidade: Shamash, Sin e Ichtar, dos Sumérios - Osiris, Isis, Horus, dos Egípcios - Brahma, Vishnu e Siva, dos Hindus - Yang, Ying e Tao, do Taoismo - Pai; Filho e Espírito Santo, da Trindade Cristã. Também não poderíamos deixar de citar a tríplice argamassa que une nossas oficinas Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

 
Ainda, com relação às pessoas podemos analisá-las segundo valores numéricos, que lhe são próprios; o som que lhe é próprio; e a figura que a caracteriza. Como temos nove variações comportamentais segundo a Psicologia, teremos 81 variações de comportamento. Concluímos então em um estudo livre, que esta corda mostra também os 81 comportamentos que uma pessoa pode ter em uma existência, sendo então a representação do indivíduo e suas mudanças humorais.

 
Em um dos graus filosóficos vamos encontrar uma outra explicação para os 81 laços: Hiram Abiff tinha 81 anos quando foi assassinado. No Estatuto do Supremo Conselho do REAA estabelece que para se chegar ao grau 33 são necessários 81 meses de atividades maçônicas.

 
O estudo deste e dos outros símbolos que compõe a liturgia maçônica é de grande importância para o entendimento do conjunto do simbolismo maçônico, pois cada um dos símbolos e alegorias fazem parte do legado das tradições esotéricas dos antepassados.

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