A ESTRELA PENTAGONAL E OS SIGNIFICADOS MAÇÔNICOS DA LETRA "G" NO INTERIOR DO PENTAGRAMA


Através dos séculos a estrela de cinco pontas sempre representou a figura dos astros de aparência menor do que a do Sol e da Lua. O planeta Vênus tem sido representado assim e é considerada uma estrela matinal e vespertina, ensejou lendas sem conta. Por outro lado, a estrela de cinco pontas sempre foi desde tempos remotos e até hoje, o distintivo de comandantes militares, e de generais.
Como símbolo maçônico, a Estrela Flamejante é de origem Pitagórica, pelo menos quanto ao seu formato e significado. O seu sentido mágico, alquímico e cabalístico e o seu aspecto flamejante foram imaginados ou copiados por Cornélio Agrippa de Nettesheim , jurista, médico e teólogo, professor em diversas cidades europeias. A magia, dizia ele, permite a comunicação com o superior para dominar o plano inferior. Para conquistá-la seria necessário morrer para o mundo (iniciação).
Estrela Flamejante era um símbolo desconhecido pelos pedreiros livres medievais que a via apenas como um desenho geométrico, pois os primeiros maçons aceitos, de todo o Século XVII e de metade do Século XVIII, assim como os antigos maçons operativos, não conheciam o pentagrama como símbolo maçônico, pois seus símbolos tradicionais eram os objetos ligados à arte da construção.
Seu aparecimento na Maçonaria só se deu nos meados do Século XVIII, na França, pelo Barão de Tschoudy, mas não encontrou guarida em todos os ritos. O Rito de York, o mais praticado no mundo, por exemplo, adota a Estrela de Seis Pontas, chamada de Blazing Star, para o rito, ou Maguen David, para o judaísmo. Ela é formada por dois triângulos equiláteros cruzados e oposta pelo ápice, onde o triângulo de ápice superior é o símbolo da espiritualidade e o de ápice inferior é o símbolo da materialidade.
O verdadeiro sentido da Estrela Flamejante é hominal, pois o símbolo designa o homem espiritual, o indivíduo dotado de alma, ou de fator de movimento e trabalho. A ponta superior da estrela é a cabeça humana, a mente. As demais pontas são os braços e as pernas.
Na Maçonaria essa idéia serve para lembrar ao maçom que o homem deve criar e trabalhar, isto é, inventar, planejar, executar e realizar, com sabedoria e conhecimento. Aí está o principal segredo do Grau de Companheiro.
As cinco pontas da estrela ainda lembram os cinco sentidos que estabelecem a comunicação da alma com o mundo material. Tato, audição, visão, olfato e paladar, dos quais para os maçons três servem à comunicação fraternal, pois é pelo tato que se conhecem os toques, pela audição se percebem as palavras, e pela visão se notam os sinais. Mas não se pode esquecer o paladar, pelo qual se conhecem as bebidas amargas e doces, bem como o sal, o pão e o vinho. Finalmente pelo olfato se percebem as fragrâncias das flores e os aromas do altar de perfumes.
Tem-se afirmado que a Estrela Flamejante traduz a luz interna do C.’. M.’. pois representa o próprio homem maçom dotado da luz divina que lhe foi transmitida.
A Estrela de Cinco Pontas é então a força que impulsiona o Companheiro em direção das suas metas e dá sentido às suas realizações, o numero cinco a qual a estrela faz alusão se funde na alma do Companheiro que uma vez elevado a um patamar mais alto pode vislumbrar as luzes desta estrela e pode-se então guiar por esta luz pra que a sua caminhada que já é longe das trevas do mundo profano possa se refinar e dar sentido a sua obra interior, absorvendo a luz desta estrela que representa o corpo humano e utilizando toda a sua essência o companheiro desperta para as luzes do saber e da compreensão da humanidade e do sentido oculto do saber e do realizar.
A Estrela Pentagonal, também é chamada de Pentalfa, palavra formada por penta (cinco) e alfa, a primeira letra do alfabeto grego e letra inicial dos vocábulos gregos utilizado para designar: ver, ouvir, meditar, bem agir e calar. As cinco virtudes que devem ornar o Companheiro Maçom, também são simbolizadas pelas iniciais do Pentalfa, pois o perfeito Companheiro deve ser amável, benéfico, incorruptível, casto e severo.
Posição da Estrela Flamejante no Templo
Os diversos ritos maçônicos não se entendem quanto à colocação da Estrela Flamejante no alto do recinto do templo. Uns a colocam no oriente a frente do trono, outros a configuram no interior do delta. Alguns entendendo que ela é de brilho intermediário, isto é, de luminosidade simbolicamente situada entre a luz ativa do sol e a luz próxima ou reflexa da Lua, mandam situá-la no meio do teto do templo, pendurada, ou pelo menos no meio-dia, onde à maneira inglesa está o 2º Vigilante. Outros a consideram uma estrela do ocidente. Lojas do Rito Moderno as têm colocado no ocidente ao lado do 2° Vig. •. (norte).
Significados Maçônicos da Letra G no Interior do Pentagrama
A melhor doutrina diz que o significado da Letra G no centro do Pentagrama é Gnose, ou seja, conhecimento. Porém com o tempo, foram acrescentados outros significados, geração, gênio, geometria e gravitação, e também glória para deus, grandeza para o Venerável da Loja, ou para a Loja.
Diz-se que geração estaria ligada ao princípio (Gênesis da bíblia) ou a Arqueu, dos gregos. Para os gregos, a palavra tinha o sentido de poder formador da natureza. Seria a essência vital que exprime as propriedades e as características das coisas. Por comparação, corresponderia ao sopro divino que deu vida a Adão na bíblia. Ensina certas instruções maçônicas serem este o motivo simbólico das chamas que envolvem a Estrela Pentagonal.
Gênio seria o correspondente a "djinn" dos árabes e a "gines" dos persas, que no ocultismo tange aos chamados "elementais" ou "semi-inteligentes espíritos da natureza" e em outras interpretações quer dizer o espírito criador ou inventor, ou a chama realizadora.
Geometria seria a ciência da medida das extensões, que lembra as regras do grande geômetra para realizar a arquitetura do universo.
Gravitação lembra Newton e sua lei: a matéria atrai a matéria na razão direta das massas e na razão inversa do quadrado das distâncias.
Osvaldo Pimenta de Abreu 
C .’. M .’.
Grande Oriente do Estado de Mato Grosso do Sul 
ARLS Luz do Novo Milênio - nº. 3.350


DESPERTANDO OS ADORMECIDOS!


Meus irmãos
A luz que banha o ocidente, ás vezes parece enfraquecer com o passar dos anos, a luz que emana do oriente, é sábia e jamais irá permitir que os vícios, se sobressaiam e destituam a sagrada plêiade de seres iluminados, que tanto sonham com um futuro mais justo e perfeito. Ela não permitirá que adormeçam ante o trabalho a ser executado.

A sabedoria, não deixará o orgulho se sobressair e apagar a luminosidade que deverá sempre banhar o ocidente, ela é superior a esses vícios.

A força, não fraquejará ante a falta de luz, pois a luz que a inspira, é farta e sempre irá iluminar e equilibrar dando a força necessária para o trabalho, mesmo árduo e infindável.

A beleza, não se tornou velha fútil e obesa perante aos neófitos que deveria ornar. Ela tem a força e a sabedoria como sustentáculo e jamais permitirá o abandono daqueles que são as pedras fundamentais na edificação de um templo justo e perfeito. 

Se pensarmos que as trevas obtêm domínio ante essas forças que se abatem sobre os fortes, estás enganado. 

Jamais se entreguem aos braços de Morpheus. 

Despertai para uma nova vida, cobrando e trabalhando em prol daqueles que realmente farão a diferença, assim como vocês no passado.

Por isso meus mestres, meus irmãos, não desanimem, enrijeçam em suas colunas e as solidifiquem.

Eu que agora caminho neste espaço transitório de aprendizado, não me deixarei esmorecer e muito menos apagar as pegadas deixadas por meus Irmãos do passado.

Descubram seus olhos ante as trevas que se descortinam e levantemos em brados de liberdade, igualdade e fraternidade, elevando nossas vozes, em conjunto acima da tormenta que se forma nos horizontes dos pilares que sustentam nossa instituição.

Unamos nossas vozes.....

Elevemos nossos pensamentos e sentimentos, pois só assim, veremos tremular a bandeira, que tanto queremos ver desfraldada nesta nossa amada pátria.

Unidos, somos fortes e invencíveis, pensem nisso! 

Auxiliai aos que agora iniciam sua jornada, das trevas á luz! 

Adornai seus corações da mais pura vibração de amor e humildade, pois só assim teremos o auxílio do GADU, nesta que deverá ser a mais ferrenha batalha de nossa ordem neste novo século que se agiganta perante nós.

"Tornar a maçonaria mais uma vez, em sustentáculo para aqueles que carecem de justiça".

Sejamos humildes e impares..... 

Sejamos puros e inabaláveis trabalhadores do bem.

Sabedoria, Força, Beleza, Fraternidade, Igualdade, Liberdade e União! Serão nossos alicerces, sempre! E não somente palavras vazias proferidas ao vento.

Despertai o leão adormecido dentro cada um de vós! Daí à maçonaria, aquilo que a ela pertence! 

Mais uma vez é chegada a hora! A hora é agora!

Heitor Martinez Dal Col


DEFINIÇÃO DE PROFANO, GOTEIRA, CURIOSO, SIMPATIZANTE, DETRATOR E FALSO MAÇOM

PROFANO: Muitos ao serem adjetivados como Profano levam a mal, entendendo que é um termo pejorativo, oposto às coisas sagradas ou mesmo herético.

Ledo engano! Profano é todo aquele que é estranho a uma determinada religião, um leigo. Em Maçonaria, significa tão-somente o indivíduo que não foi iniciado na Maçonaria.

GOTEIRA: Como o termo Profano, a palavra Goteira muitas vezes é entendida pelos não iniciados como um adjetivo pejorativo e levam a mal.

Enganam-se! Goteira é um antiquíssimo jargão maçônico, originado na prática dos Maçons Operativos de castigarem os não iniciados que tentavam se infiltrar nas Lojas Operativas para obterem os segredos da arte de construir e, quando descobertos, eram colocados debaixo de uma Goteira, uma calha de chuva, para serem encharcados.

A prática permaneceu nos primórdios da Maçonaria Especulativa e, modernamente, definem aqueles que não são iniciados na Maçonaria, os Profanos, que se fazem presentes em um grupo de Maçons.

CURIOSO: É o Profano, Goteira ou não, que tem interesse em conhecer a Maçonaria. É muitas vezes mal interpretado pelos Maçons, que habitualmente têm uma postura de desconfiança em relação a curiosidade que alguns manifestam a respeito de sua origem, sua história, seus propósitos, seus usos e seus costumes.

Entendemos que a curiosidade não deva ser criticada ou refreada, ao contrário, deve ser bem-vinda e até estimulada para que não perdurem idéias errôneas a respeito da Maçonaria, alimentadas pela ignorância e pelos Detratores da Maçonaria, que entre outras ridículas inverdades, afirmam que cultuamos o diabo, que praticamos ritos satânicos ou estamos empenhados num complô mundial para o domínio do mundo.

A curiosidade é uma virtude daqueles que não se conformam em limitar o seu conhecimento ao trivial, dos que se interessam em ampliar os seus conhecimentos e os seus horizontes, afinal, já disseram que “A curiosidade é a mãe de todas as invenções”.

SIMPATIZANTE: É o Profano, o Goteira, o Curioso, que após ter obtido alguns conhecimentos através de contatos com Maçons ou literatura Maçônica, almejam ingressar na Maçonaria.

Alguns não tiveram a oportunidade de serem convidados e outros não apresentam os requisitos necessários para tal.

DETRATOR: Em geral, o Detrator é um Profano idiota, que acredita piamente nas inverdades sobre a Maçonaria que lê ou ouve e as dissemina.

Por mais que se tente esclarecê-lo, adota a postura do avestruz e não aceita qualquer tipo de argumentação.

Mas existem outros Detratores pretensamente mais esclarecidos, que se tornam verdadeiros mentores dos Detratores idiotas, mas que nem por isso deixam de ser igualmente idiotas.

São geralmente fanáticos arraigados a conceitos religiosos distorcidos ou meramente pessoas de má-fé, que produzem elucubrações mirabolantes e desenvolvem teorias pretensamente eruditas, que uma mente sugestionável, como a dos Detratores idiotas, acaba acreditando tratar-se de verdades absolutas, ao invés de procurarem conhecer o que é verdadeiramente a Maçonaria, preferindo o caminho mais fácil de acreditar nas asneiras que ouve ou lê.
 
FALSO MAÇOM: É o Profano, o Goteira, o Curioso, o Simpatizante, que por não ter sido, por algum motivo, convidado a ingressar na Maçonaria, se passa por Maçom até mesmo entre Maçons, fazendo uso inclusive de abreviaturas, terminologia Maçônica, assinatura com três pontinhos, chaveiros com o emblema da Maçonaria e adesivos, preferencialmente com a figura de um bode.

É um falsário extremamente perigoso, pois além de eventualmente disseminar entre os não iniciados ideias distorcidas sobre a Maçonaria e os Maçons, pode vir a obter, por dissimulação junto aos Maçons, conhecimento de práticas que só dizem respeito àqueles que foram iniciados na Ordem.

Além disso, por não terem sido iniciados e, portanto, não conhecerem verdadeiramente o que é a Maçonaria, ao abrirem a boca ou escreverem sobre a Maçonaria, acabam dando margem a certas mentiras propagadas pelos Detratores.

São certamente portadores de um desvio de personalidade que melhor poderia ser analisado por um psiquiatra.

A Constituição de Anderson, no capítulo “Da Conduta” já previa como lidar com eles: “Deverão cautelosamente examiná-lo, com o método que a Prudência lhe apontar, e que vós não sejais iludidos por um ignorante embusteiro, a quem vós devereis rejeitar com desprezo e escárnio, e devereis cuidar de não passar a este nenhuma alusão a respeito de conhecimento”.

Particularmente, pela Prudência recomendada pelo Irm.’. Anderson sugiro que não sejam utilizados os métodos usuais de reconhecimento, para não expô-los a esses Falsos Maçons.

Já desmascarei muitos deles, inclusive aqui no Facebook, fazendo-lhes perguntas corriqueiras, tais como o nome da Loja, o nº da Carta Constitutiva, a Potência, o Oriente, a Grande Loja, o Rito, o nome histórico, o Grau, a idade, o nome do V.’.M.’., o dia das reuniões, entre outras.

Algumas perguntas por si sós e outras de forma combinada, desmascaram qualquer Falso Maçom, sem expor os métodos usuais.


Simbologia Maçônica dos Painéis

A MAÇONARIA E AS CONSTRUÇÕES HUMANAS


Temos três graus simbólicos: aprendiz, companheiro e mestre; todos nos dizemos obreiros e chamamos o criador de G.’.A.’.D.’.U.’..
Com base nisso, poderíamos estabelecer alguma relação entre a maçonaria e as construções humanas?
Regredindo no tempo, temos a fundação da Grande Loja de Londres em 1917, pelo Reverendo anglicano James Anderson. (MASIL,Curtis. O que é Maçonaria? Ed. Tecnoprint S.A. 1986. pg. 17)
Da maçonaria moderna regressaremos ainda mais, agora para a idade média, remontando aos chamados pedreiros-livres, assim chamados os construtores de catedrais, como a de Notre Dame, por não estarem sob a jurisdição dos bispos; eram livres e exerciam a então chamada “Arte Real”, de construção de edifícios com o auxílio da geometria, conhecida somente pelos citados pedreiros-livres que, aos poucos, com a idade moderna, seus conhecimentos restritos foram passados ao cléro, nobres, fidalgos e sábios.
Retornando ainda mais, ainda na idade média, chegaremos aos “Templários”, aos quais se atribui a qualidade de serem os detentores dos maiores mistérios da vida humana, como o Santo Graal, a Arca da Aliança e as origens da raça humana.
Continuando nossa viagem no tempo, vamos para a antiguidade, à Jerusalém e ao Templo de Salomão, em 1.004 a.C., este “foi considerado a mais bela obra da maçonaria sobre a terra”. (Revista “A Verdade”. fev/mar-84. nº316/137, ano XXXII. GLSP. Pelo Ir.’. Denis Ribeiro. pag. 19)
Quis o rei Davi, pai de Salomão, construir um templo para glorificar o G.’.A.’.D.’.U.’. e abrigar a arca da aliança, a qual guarda a tábua da lei, recebida por Moisés diretamente do criador (v. Reis I, Cap. 6, v. 19).
Com o falecimento de Davi, Salomão utilizou para a construção do templo 3.600 mestres maçons, 80.000 trabalhadores de pedra ou companheiros de ofício e 70.000 operários. (op.cit. pg. 19).

Ergueu-se o templo de Salomão pela junção de esforços entre ele e seu primo Hiram, rei de Tiro, o qual cedeu seu grande artífice, o Mestre Hiram Abiff e também o mestre entalhador Adoniram. (op. cit. pg. 20)
No livro da lei, em Reis I, Cap. 6, v. 1, temos que “no quarto ano do reinado de Salomão, no mês de Ziv, se começou a edificar a casa do senhor” e em Reis I, Cap. 6, v. 7 diz que “a casa se edificava, faziam-na de pedras lavradas na pedreira, de sorte que não se ouvia durante os trabalhos da construção barulho algum de martelo, cinzel ou de outro qualquer instrumento de ferro”.
Como última viagem no tempo, logo após as obras do G.’.A.’.D.’.U.’. com a criação da terra, chegaremos a Noé.
Há construção mais perfeita que a arca de Noé, capaz de sobreviver ao dilúvio?
Meus irmãos, por certo a maçonaria está presente em todas as perfeitas construções e ações humanas, tendo a aplicação correta da geometria estreita ligação com os princípios de retidão apregoados por nossa ordem.
De tudo visto, concluo que as construções humanas perfeitas e nossas boas ações nada mais são do que o resultado da grande ligação do homem com o G.’.A.’.D.’.U.’., capaz de criar obras incríveis que, a maçonaria por sua vez, busca pôr em prática, não apenas em construções materiais, mas sobretudo espirituais, capazes de nos tornar obreiros Dele, para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
Para Honra e Glória do G.’.A.’.D.’.U.’.
Aldo Nunes da Silva Junior, M.M.
ARLS Acácia de Imbituba nº 3.506 – Brasil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ANDRIETTA, Antônio Joaquim. A Edificação dos Alicerces. Revista “A Verdade”. Fev/mar. 1984. nº 316/317.
2. ANDRIETTA, Antônio Joaquim. A Edificação dos Alicerces. Revista “A Verdade”. Nov/85. nº 328.
3. Bíblia Sagrada.
4. CASTELLANI, José. A Floresta de Incenso do Reino de Sabá. Revista “A Verdade”.. Jul/Ago. 1989. nº 352.
5. CASTELLANI, José. Origem Histórica e Arquitetônica. Revista “A Verdade”. Mar/Abr. 1990. nº 356.
6. CHIRENT. R. C. H. Altar – As Corporações Construtoras de Templos. Revista “A Verdade”.. Mar/Abr. 1987. nº 338.
7. CHIRENT. R. C. H. Altar – A Elevação Cúbica. Revista “A Verdade”. Set/Out. 1988. nº 347.
8. HEATON, E. W. O Mundo do Antigo Testamento. Ed. Zahar editores. Rio de Janeiro. 1965. p. 241.
9. HERRERA, Oswaldo. Maçonaria de Ontem e de Hoje. Revista “A Verdade”. Fev/Mar-84. nº 316/317, ano XXXII. p. 6.
10. MASIL. Curtis. O que é Maçonaria. Ed. Ediouro, Tecnoprint S/A. 5ª ed. 1986, p. 158.
11. OLIVEIRA, José Antônio de. As Corporações Construtoras. Revista “A Verdade”. Jun/85. nº 325.
12. WELLS, H. G. Obras de H. G. Wells – História Universal. Ed. Nacional. V. 2. São Paulo. 1956. p. 319.
13. SOUZA, Valério. O Tabernáculo e os Templos. Revista “A Verdade”.. Abr/86. nº 333.


"SETE CONSELHOS PRA QUEM QUER ENTRAR NA MAÇONARIA E FICAR RICO!"


Sejamos justos & perfeitos, vamos direto aos pontos:
1- A Maçonaria não tem nenhuma associação com o 'Diabo', não possui rituais de sangue e não obriga seus membros a nenhum 'Pacto' maligno. Portanto, se você deseja um pacto com o 'satânico', desista!
2- Embora as Lojas Maçônicas tenha sido o berço do poder político-social no Império e nos primórdios da nossa república, bem como desempenhado relevante papel nos acontecimentos mundiais; ela não é a 'cabeça oculta' do planeta, e não tem voz absoluta e definitiva na política mundial. Portanto, se deseja entrar pela janela nos corredores do poder, desista!
3- A Maçonaria, nos seus inúmeros Ritos e Obediências (Tradições), não proporciona nenhuma técnica especialmente poderosa, rápida e extraordinária de Despertar Consciencial. Portanto, se você deseja poderes astrais sem luta, desista!
4- A Maçonaria é uma Ordem de Conhecimento Simbólico, isto significa que o Maçom deve de fato compreender aquilo que perpetua: deve ser capaz de penetrar no sentido interno, na mensagem velada contida nos Rituais. Portanto, se você deseja os 'Conhecimentos Gnósticos' claros e prontos, desista!
5- A Maçonaria é uma organização Discreta, e não Secreta como costumam nominar as revistas sensacionalistas para aumentarem suas vendas. As Lojas possuem CNPJ, endereço e telefone; muitos Templos no mundo abrem suas portas para eventos de alta dignidade cultural, e existe uma legião de livros abordando sua história, ritos e filosofia. Portanto, se você deseja sentir-se especial, diferente, por participar de um 'clube secreto', desista!
6- É verdade! Os Irmãos Maçons, na maioria dos casos, gozam de abundante Prosperidade; mas isso se deve a três fatores:
- Apenas indivíduos livres, de bons costumes e financeiramente estabelecidos são convidados.
- Geralmente eles desenvolvem uma especial capacidade de comunicação, interelação e associação, o que lhes abre muitas portas.
- Consciente ou inconscientemente colocam (ou deveriam colocar!) em movimento certos Princípios Cósmicos que regem a Lei da Prosperidade.
É indispensável primeiro Ser para depois Ter; ninguém pode Dar ou Receber o que não possui. Portanto, se você acha que ao ingressar vai sair do buraco, da inércia e da falência desista!
7- A Augusta e Venerável Maçonaria é uma Fraternidade Iniciática dedicada a elevação do gênero humano, a filantropia e a perpetuação dos Mistérios antigos tantos nos seus Ritos masculinos quanto femininos. Se você imagina que adentrar seus Portais é uma forma de aliviar o trabalho de auto-descoberta, auto-domínio e auto-iluminação; permita-me um conselho: DESISTA!
Fraternalmente,
(Por Caciano Camilo Compostela, Monge Rosacruz))


AS TRÊS PORTAS DA IGUALDADE MAÇÔNICA


Por princípio, a maçonaria é aberta a todos os homens de bem, sendo estes oriundos de qualquer raça, credo, cor, ideologia, ou convicções políticas; desde estes estejam de acordo com os nobres ideais maçônicos de liberdade, igualdade e fraternidade entre todos os homens.
Isto significa que para ser maçom, o homem deve estar disposto a se livrar de todos os vícios sociais e de todos os tipos de preconceito ou reserva que possa ter, ainda que no seu íntimo mais profundo, contra qualquer outro ser humano, seja de ordem social, política, racial, religiosa ou intelectual; deve se dispor a dar a todos os homens, independentemente de suas diferentes origens e ou convicções, o mesmo respeito, consideração e auxilio que destinaria àqueles que, segundo a visão de determinados tipos de pessoas, pertencem à mesma classe social ou lhe é semelhante em pensamento ou em algum quesito tão ligado aos sectarismos sociais e preconceitos que escravizam os homens.
Assim a iniciação maçônica, processo pelo qual um homem se capacita para entrar na fraternidade universal e eclética da maçonaria, busca destruir nos homens, desde o princípio, aqueles preconceitos que eles possam ter em si que possam levar-lhes a olhar para as outras pessoas e reconhecer nelas alguma diferença em relação a si mesmos, no que se refere ao princípio da igualdade em direitos ou deveres ou capacidades.
Através de um sistema de símbolos, a cerimônia de iniciação procura deixar claro, desde o primeiro momento, que qualquer distinção entre os irmãos, a não serem as de ordem moral ou em sabedoria, não são reconhecidas entre os membros da sublime Ordem Maçônica e, por isso, o Candidato a Maçom deverá se livrar de todos as opiniões preconcebidas e de todas as reservas que porventura possa possuir contra quaisquer outras pessoas se desejar persistir em seu desejo de ser aceito como maçom.
Tal é o papel, por exemplo, da Câmara de Reflexões em que o candidato é recolhido onde vê símbolos da mortalidade, uma placa na parede com dizeres claros advertindo o candidato justamente sobre esses valores.
Mas a iniciação é também o momento em que é preciso verificar quais são as predisposições da alma do Candidato. Assim quando os candidatos entram no templo, ainda de olhos vendados, eles deverão ser sondados e deverão responder a perguntas para que os irmãos presentes possam conhecê-los melhor e para saber como os candidatos interpretaram os símbolos que presenciaram e explicá-los aos Candidatos para que possam utilizá-los em seu progresso. 
Os futuros maçons devem fazer três viagens simbólicas e em que cada uma delas o candidato termina por bater três vezes em uma porta e embora os candidatos ainda não tenham recebido a luz, tem ali um contato inicial com o um dos símbolos mais constantes da maçonaria, o numero das batidas, pois simboliza todos os ternários, e ao mesmo tempo o faz bater nas três portas da mesma forma como os Aprendizes batem a porta do templo para solicitar ingresso. 
A primeira porta em que o candidato tem de bater é do altar do Segundo Vigilante.
O Candidato bate três vezes e o 2° Vigilante, que simboliza a beleza manifestada pela caridade, com que deve o maçom enfeitar sua vida e que o candidato deve estar disposto a praticar sempre, atende desafiadoramente, pois deve testar a sinceridade do candidato, pois só quando é sincera e desinteressada, a caridade é realmente uma obra digna de um verdadeiro maçom disposto a fortificar sua obra para resistir às tempestades imprevisíveis do destino, presente na primeira viagem, sem cair no esquecimento destinado aqueles não procuram tornar suas vidas em memoráveis legados de amor. 
A segunda porta em que bate o Candidato é do altar do 1° Vigilante, que simboliza a força necessária ao maçom para empreender a grande obra maçônica. O Primeiro Vigilante atende ameaçadoramente as batidas desta porta para testar a coragem, simbolizada nesta porta, que o candidato, assim como o patriota que busca pelas instituições livres ou o navegante que se aventura no mar revolto a procura de um porto seguro, deverá ter para prosseguir em sua viagem rumo ao crescimento como indivíduo e também como um incansável defensor do povo livre.
Esta coragem é também imprescindível àquele que se aventura em uma busca à sabedoria e glória como maçom, mesmo sabendo que esta viagem também poderá lhe trazer revezes e colocá-lo a mercê do povo que ele deve procurar guiar, proteger e ajudar, como já aconteceu tantas vezes no passado com visionários e entusiastas.
A terceira porta é o altar do Venerável Mestre, a qual o Candidato poderá bater apenas após ter galgado os degraus simbólicos do oriente, cruzado a balaustrada e desenvolvido as qualidades, não somente da força, trabalho, ciência e virtude, simbolicamente inatas a todos aqueles que tem acento no oriente, como também a pureza, luz e verdade, que são atribuídas à principal luz do templo, o Venerável Mestre, que deve ser a fonte da luz da sabedoria e presidente da loja, e cargo em que o Maçom só chegará a exercer se demonstrar ter perseverança suficiente, sendo esta virtude testada no então candidato, quando o Venerável Mestre lhe atende as batidas rispidamente e diz alto! Quem vem lá?
Assim, durante as 3 viagens que se tem de empreender para alcançar o direito de ser aceito como Maçom, o Candidato experimenta, de forma simbólica, todo o percurso da evolução moral e intelectual que deverá galgar na maçonaria simbólica para alcançar a posição máxima que se pode chegar em uma loja simbólica, ou seja, o posto de Venerável Mestre, que, por ter a missão de abrir a Loja, dirigi-la e esclarecê-la com as luzes da sabedoria, está na posição de sábio que deve, com a humildade de um irmão despretensioso, iluminar, como o sol, as vidas dos irmãos ali congregados.
Mas para chegar à condição de sábio, o homem deve lapidar-se perseverantemente, aprender a desenvolver as qualidades que lhe são ensinadas e requisitadas por cada símbolo que contempla constantemente no templo, desde os degraus do altar do Venerável Mestre até as colunas decorativas J e B, localizadas na entrada do templo. Mas para que o candidato possa começar este caminho deverá primeiro ser digno de bater nas três portas simbólicas.
Uma vez iniciado, o Aprendiz Maçom começa a ter direito a gozar da companhia dos irmãos e dos símbolos que encerram os valores da nobre ordem e ensinam a principal lição do grau que eles receberam: a fraternidade.
Assim aprenderão, olhando a harmonia produzida pelos contrários das cores do Mosaico do Pavimento da Loja, que todos desfrutam do mesmo valor, da mesma importância e da mesma representatividade e que quando unidos sem sobrepujança de nenhum deles, produzem a beleza de uma obra harmônica sem perderem sua característica própria.
Também aprenderão, olhando a orla dentada e estudando o seu significado que a sabedoria deve ser difundida aos quatro ventos; aprenderão, pela Estrela Flamejante, que deve o maçom irradiar caridade como o sol que irradia luz, sem distinção quem se banha em seus raios; aprenderão que, neste grau, voltado para a matéria, o compasso e o esquadro formão uma estrela de Salomão em que o esquadro, assumindo a posição de triangulo que aponta para baixo, sobressai-se mais neste grau, porque o aprendiz só trabalha sobre a pedra bruta buscando a esquadria, e usará, por referencia, o esquadro simbolizando a matéria, sobre a qual deverá trabalhar o aprendiz, buscando a retidão em tudo e acima de tudo, para só depois de alcançá-la poder usar o compasso.
Começará a aprender que a igualdade, simbolizada pelo nível, como condição para fraternidade, está presente desde o nascimento, pois, todos são iguais perante o grande arquiteto do universo desde o nascimento, sendo criados todos simples e ignorantes, mas que somente o mérito da virtude moral e a sabedoria poderão e deverão diferenciar os homens por justiça, sendo então considerada como a maior das desigualdades quando se trata como iguais aos casos desiguais deixando de considerar o mérito pessoal quando partidos todos do mesmo princípio.
Os Aprendizes maçom aprenderão, assim, muitas coisas até que estejam prontos para trabalhar sobre a pedra polida, pois os aprendizes só trabalham sobre a pedra bruta e até que tenham aprendido todas as lições deste grau, não poderão solicitar o aumento de salário em sua loja.
Entretanto não se deve esquecer que a maçonaria é universal, que o universo é a verdadeira oficina e por tanto é no mundo profano e entre os homens comuns que o maçom deve realmente exercitar todas as qualidades que aprende em Loja, pelo simbolismo do Templo Maçônico e das cerimônias ritualísticas.
Bibliografia
Apostila de Instruções para Aprendizes Lição. 1
Apostila de Instruções para Aprendizes Lição. 2
Apostila de Instruções para Aprendizes Lição. 3
Ritual do Grau de Aprendizes
Instruções para Aprendizes Maçons do site www.gob.org.br


AS ORIGENS DOS SÍMBOLOS DAS COLUNAS “J” E “B” NA MAÇONARIA


Para que seja bem compreendido o simbolismo maçônico, necessário se torna buscar-lhe as fontes e encontrar-lhe as origens.

Para um símbolo tão complexo como o das Colunas B e J, seria pueril procurá-lo simplesmente na Bíblia.

É mais do que certo, então, chegar o pesquisador a conclusões erradas.

O simbolismo maçônico formou-se, de um lado, com tudo aquilo que os Maçons Operativos, construtores de catedrais e outros monumentos medievais, legaram aos Maçons Especulativos.

Outros símbolos foram introduzidos em nossa Instituição por cabalistas, alquimistas, hermetistas, rosacrucianos e outros amadores de ciências ocultas, Maçons Aceitos que pertenceram às primitivas Lojas Especulativas.

Estes ocultistas, dos quais existem numerosos traços nos primórdios da Maçonaria Especulativa, transferiram para a Instituição parte do seu cerimonial e de seus símbolos.
As espadas, as velas, a câmara de reflexão, o painel da Loja, são vestígios cabalísticos, como também as Colunas B e J.

Os cabalistas estabeleciam uma ligação entre as duas colunas e o nome de Deus. As duas colunas eram à base de um triângulo, cujo vértice era o Altar colocado no centro do Templo Sagrado, “como o coração é o centro do homem”.

Consideravam o Nome Divino como o “coração” do Templo. Os alquimistas legaram à Maçonaria a sua interpretação das colunas B e J; o Sol e a Lua; o Enxofre, o Mercúrio e o Sal, que são os três princípios da Natureza; os quatro elementos herméticos: Ar, Água, Terra e Fogo, o VITRIOL etc.

Para os alquimistas, efetivamente, as Colunas B e J, profusamente usadas em sua iconografia, representavam os princípios Fêmea e Macho, respectivamente, o que está de acordo com as explicações fornecidas pelo Ir.’. Adolfo Terrones Benitez. O Sol e a Lua tinha também o ouro e a prata.

Para os hermetistas, o Enxofre era o princípio macho, o Mercúrio, o princípio fêmea e o Sal representava o princípio neutro. As Colunas B e J representavam para os ocultistas, que impregnaram a Maçonaria com as suas doutrinas, os princípios masculino e feminino, considerados base da criação.

Em seu “Livre Du Compagnon”, Oswald Wirth escreveu um parágrafo que nos permitiremos reproduzir: “Nunca houve contestações sobre o sexo simbólico dessas duas colunas, a primeira sendo suficientemente caracterizada como masculina pelo Iod inicial que a designa habitualmente.

Este caráter hebraico corresponde, com efeito, à masculinidade por excelência, Beth, a segunda letra do alfabeto hebraico, é considerada, por outro lado, como essencialmente feminina, visto o mesmo sentido, mas representavam que o seu nome significa casa, habitação, de onde surge a ideia de receptáculo, de caverna, de útero etc.

A Coluna J é, portanto masculina-ativa e a Coluna B feminina-passiva. “O Simbolismo das cores exige, em consequência, que a primeira seja vermelha, e a segunda branca ou preta.” Pronunciamentos muito interessantes foram feitos por Maçons eruditos, dos quais reproduziremos alguns a título ilustrativo. O simbolista Mackey escreve, por exemplo, em sua “Encyclopaedia of Freemasonry”:

“Na verdade, a coluna circular e monolítica, quando solitária, representava para as mentes dos mais antigos o falo, símbolo da fecundidade da natureza e da energia criadora e geradora da Divindade, e é nas colunas fálicas que devemos procurar a verdadeira origem do culto das colunas, que foi realmente o culto predominante entre os antigos.”

Os povos primitivos, muito mais próximos da natureza que os modernos, e sem muitas preocupações de ética e pudor, consideravam o falo como um símbolo religioso que representava a fecundidade da Natureza, adorando-o sem preconceitos ou preocupações de lascívia.

Este culto foi universal e constatado não somente na Europa e na Ásia, mas ainda no antigo México e até no próprio Taiti. Na Grécia e em Roma, o falo era levado em procissões e, por toda a parte, era considerado como signo protetor, sendo representado na fachada das casas e das próprias igrejas ou trazido como amuleto.

A figa é uma reminiscência destas superstições que se perdem na noite dos tempos. 

Também Elifas Levi escreve em seu “Dogma e Ritual de Alta Magia” um parágrafo que consideramos uma joia para os estudiosos: “Adão é o tetragrama humano, que se resume no Iod misterioso, imagem do falo cabalístico.

Ajuntai a este Iod o nome ternário de Eva, e formareis o nome de Jehovah, o tetragrama divino, que é a palavra cabalística e mágica por excelência: Iod, he, vau, he, que o sumo sacerdote, no templo, pronunciava Iodcheva.”

Não menos importante para a compreensão do símbolo é uma nota de Jules Boucher, em “La Symbolique Maçonnique”, sobre o significado oculto das palavras IAKIN e BOAZ, que reproduziremos por inteiro.

Diz ele: “Parece-nos útil dar aqui uma opinião etimológica que diz respeito à IaKiN e a BoaZ, opinião proveniente de uma tradição semítica muito segura. Lendo-se os dois nomes IaKiN e BoaZ e invertendo os (regra habitual, essencialmente tradicional e nitidamente obrigatória, para a conservação do segredo, de todo rito especificamente mágico), obter-se-á os nomes NiKaI e ZoaB que são (se forem consideradas tão somente as consoantes, letras masculinas, únicas importantes e constituintes) os dois vocábulos indicando, o primeiro a cópula, o coito (NK), o ato sexual gerador e criador dos Mundos e o segundo (ZB) o órgão fecundante, o falo.

Assim, o simbolismo sexual das romãs toma todo o seu sentido e todo o seu valor. Um dos desenhos mais particularmente simbólicos do Mestre Oswald Wirth, servindo de frontispício à Maçonaria Oculta de Ragon, edição de 1926, indica nitidamente este simbolismo “para aqueles que sabem ver e compreender”, inscrevendo a coluna à direita do desenho.

Este desenho foi repetido na edição de 1963 do “Livre Du Maitre” de Oswald Wirth. Na coluna da esquerda, de acordo com o ritualismo do Rito Moderno, está escrito IAKIN e na direita ZAHOB. Ressalta Jules Boucher que semelhante etimologia não deixará de perturbar alguns pudicos revoltados e alguns, principalmente, católicos antiquados, persuadidos que a Maçonaria é a Sinagoga de Satã e uma escola de depravação, e conclui:

“Não se deve tratar de desenganá-los, mas simplesmente repetir a célebre sentença: “tudo é puro para os puros”, e reter firmemente o aspecto magnificamente criador (diríamos quase demiúrgico – de demiurgo, significando: “nome, que os philósophos platônicos davam ao criador dos homens”) deste símbolo.”.


Ir.’.Paulo Roberto M.’.I.’. da Loja Rei David nº. 58 (GLSC) - Florianópolis - SC Fonte: JB News nº 1568 

A GRANDE CAMINHADA


Como e de conhecimento de todos os irmãos que toda e qualquer jornada ou caminhada começa com o primeiro passo, irmãos, neste momento tentarei explicar ou exemplificar com poucas palavras o que consegui assimilar o que venha ser uma caminhada de um franco maçom.
Todos ou a grande maioria imaginam que a caminhada começa à entrada da Loja. Porém na minha condição de Companheiro do Ofício Franco- Maçom vos digo que não.
Na verdade o primeiro grande passo é dado quando um homem reto, honrado e livre, de maior idade, bom senso e rigorosa conduta aceita o convite de um Verdadeiro Maçom.
O segundo passo ainda é no mundo profano quando este homem consegue convencer seus familiares de sua vontade de ser aceito na irmandade maçônica, o terceiro passo já é na Sala dos Passos Perdidos, mas com uma grande diferença não está sozinho, porem, mergulhado em um mundo de trevas, cheio de duvidas e temeroso do desconhecido mesmo assim, deposita toda sua confiança em uma pessoa desconhecida, que o conduz e o protege dos obstáculos em sua jornada pelas trevas até receber a luz material não significando que será abandonado.
Agora este homem será chamado carinhosamente amado Irmão Aprendiz, sempre conduzido e orientado pelo seu guia que ensinará os passos e a caminhar em Loja.
Neste momento estou em silêncio na Coluna do Sul a observar e aprender com os irmãos da Coluna do Norte. O Aprendiz com muita dedicação aprende o significado da retidão, direção e discernimento e adquirindo uma postura dá seus primeiro passos, em direção ao Oriente.
A natureza do homem é insaciável, sempre está em busca de conhecimento, ele abandona a linha do centro motivado pela sua imaginação em busca de novos conhecimentos, também é da natureza do homem de não ficar sozinho sentindo a necessidade da afetividade da companhia de seus irmãos e descobrindo a razão de continuar e retoma sua jornada em direção ao Oriente.
Conclusão
O ser humano é um ser que vive em grupos e está sempre em busca de novos conhecimentos da mesma forma é o Companheiro do Oficio Franco Maçom de passo a passo em direção ao oriente adquirindo o seu aprendizado para continuar a subida na Escada de Jacó e a proteger o repositório dos segredos dos ataques das insidias.
Um Companheiro do Oficio Franco Maçom, adormecido, fez as seguintes indagações, sois maçom? Está em dia com suas obrigações? O que você almeja receber em troca? Momento este me pegando de surpresa na inocência de um Aprendiz, permanecendo calado por uma fração de segundos e dando a seguinte resposta. Sou Aprendiz, um passo de cada vez. Hoje estando no 2º Grau responderia: amor fraternal, para poder continuar e receber apoio na escalada da Escada de Jacó. 
Divino Ribeiro Pires – Mat. 00025 GOIB 
Companheiro de Oficio Franco Maçom


A IMPORTÂNCIA DO TEMPO DE ESTUDO PARA O MAÇOM ESPECULATIVO


O objetivo deste trabalho é tentar revelar a importância do Tempo de Estudo em Loja, o qual pode servir como fonte de reflexão e de exercício das virtudes valorizadas pela sublime ordem.
Ainda, este trabalho, procura causar, neste restrito tema, alguma inquietação que provoque nos leitores (ou ouvintes) o gosto pela especulação. Primeiramente, vamos retomar às origens da maçonaria especulativa e o que vem a ser esse termo.
A Maçonaria Especulativa, também chamada Maçonaria dos Aceitos, iniciou-se por volta do ano de 1717 da era vulgar e perdura até os dias atuais. Os maçons que nos antecederam eram predominantemente operativos e dedicados à arte de construir, embora não negligenciassem os conceitos de fraternidade e guarda dos segredos da Arte Real (Audi, Vide, Tace) .
Os maçons aceitos levam esse nome, porque foram aceitos entre os maçons operativos, mesmo sem possuir a mesma profissão dos maçons ditos antigos, utiliza do simbolismo das ferramentas operativas como forma de desbastar a pedra bruta, que eternamente seremos, seja do ponto de vista moral, espiritual ou intelectual.
O outro termo utilizado para designar os maçons modernos merece uma definição vinda do dicionário, ou seja, o que é especulativo, que vem de especular: 
Especulativa: faculdade de especular. 
Faculdade: poder de efetuar uma ação física ou mental; capacidade. 
Especular: estudar com atenção e minúcia sob o ponto de vista teórico. Meditar, raciocinar.
Pois bem, ser maçom especulativo significa ser observador, perceber os princípios morais subjacentes aos símbolos e aplicá-los no desbaste da pedra bruta e na construção de relacionamentos humanos confiáveis, sinceros e leais. Isso é feito através do estudo e da observação, tentando apreender a melhor forma de construir uma harmoniosa e perfeita fraternidade.
O que os maçons especulativos fazem ultrapassa os limites de suas Lojas. O maior trabalho de um maçom moderno é aplicar de maneira prática e correta a sabedoria moral que se espera venha adquirindo durante sua vida maçônica.
O maçom vai à Loja para especular, estudar e aprender e volta ao mundo para trabalhar e aplicar o que aprendeu. O maçom especulativo não é mais um construtor material como o eram os mestres maçons operativos. Ele será antes de tudo um homem moralmente sadio em busca da luz da verdade, dedicado à construção do edifício moral próprio.
Símbolo maior disso é o Painel de Aprendiz, o qual devemos ter marcado a ferro e fogo em nossa mente. Na mais bela representação, segundo minha visão, vê o Aprendiz, meio homem e meio pedra bruta, se lapidando com o uso do maço e do cinzel.
Enquanto o Aprendiz segura o cinzel, instrumento de precisão que desbasta a pedra bate-lhe com o maço, que é o símbolo da força que sozinho não desbasta, apenas destrói.
Nessa alegoria vemos a construção de si mesmo, lapidando-se em busca da utópica perfeição, cabível apenas ao G.’.A.’.D.’.U.’., mas a qual deve ser perseguida dos pontos de vista já citados (moral, espiritual ou intelectual).
Se o maçom moderno deve ir à Loja para especular, estudar e aprender creio que momento mais que oportuno seja o tempo de estudo, ou, ¼ de hora (15 minutos). 
Entretanto, uma reflexão sobre a nomenclatura é válida, pois o que temos é tempo de estudo e não tempo de leitura.
Para entender melhor, vejamos as definições extraídas do dicionário:
Leitura: ação ou efeito de ler. 
Estudo: trabalho ou aplicação da inteligência no sentido de aprender uma ciência ou arte. Aplicação, trabalho do espírito para empreender a apreciação ou análise de certa matéria ou assunto especial. Ciência ou saber adquiridos à custa desta aplicação. Investigação, pesquisa acerca de determinado assunto.
É notório que as possíveis definições de estudo coadunam justa e perfeitamente com o dever de um maçom especulativo, que é especular, estudar e aprender e voltar ao mundo para trabalhar e aplicar o que aprendeu.
A especulação deve ocorrer logo após a apresentação do trabalho, momento esse muito rico no qual os irmãos podem contribuir para o enriquecimento do trabalho ou até mesmo propor questões para o irmão que trouxe o trabalho em Loja.
Quanto um irmão tece comentários a respeito do trabalho, é fato que enriquece o que foi exposto, mas também serve como forma de promover o exercício da oratória, que se bem feita, cria instantaneamente lideres, pelo simples fato de convencer mediante argumentos.
Fazendo um paralelo com o Quadro de Aprendiz, quando apenas lemos um trabalho e ninguém faz comentários, vamos embora crendo que a forma como estamos manuseando o maço e o cinzel é perfeita.
Por outro lado, as criticas e comentários nos impõem uma reflexão a respeito do manuseio e nos ajudam a apurar a arte do uso dessas ferramentas.
Assim nos retiramos para o mundo profano com uma visão diferente daquela inicial quando da chagada na Loja.
Outro ponto a respeito da especulação a respeito do trabalho, que, creio eu, deva ser feita de forma quase que exaustiva, está no fato que essa prática vai de encontro à vaidade e ao encontro da temperança.
A verdade é que quando alguém apresenta um trabalho em público, o que se espera são os aplausos e as palavras de agradecimento pelo belo trabalho exposto. Ninguém espera o contrário.
Aqui vale a pena citar uma frase do escritor americano Norman Vincent Peale (1898-1993) : 
“O mal de quase todos nós é que preferimos sermos arruinados pelos elogios a sermos salvos pelas críticas.”
O ser humano é vaidoso por natureza e, em geral, quando faz algo pelos outros, o faz não pela ação em si, mas na esperança de receber em troca o reconhecimento pela ação feita.
A vaidade, segundo o dicionário, é o “desejo imoderado e infundado de merecer a admiração dos outros. Presunção mal fundada de si, do próprio mérito”. Acrescento: vício vil!
Sendo assim, esse momento de embate no tempo de estudos também é importante para ajudar a conter a vaidade e exercitar uma das quatro principais virtudes de um maçom: a temperança, a qual, segundo o dicionário é o “poder ou virtude pela qual o homem pode refrear os apetites desordenados".
"Parcimônia. Modéstia. Humildade”. Empregamos a temperança no tempo de estudos quando da forma como nos dirigirmos aos irmãos a respeito do assunto sendo especulado, o qual por sua vez, mesmo que a vaidade o instigue, deva usar a temperança para aplacá-la e tratar o irmão como irmão.
Resumindo, creio eu ser o tempo de estudos momento único no qual o conhecimento trazido pode ser especulado e salutarmente debatido entre os irmãos, como forma de lapidar a pedra bruta do ponto de vista intelectual (conhecimento e reflexão) e moral (combate ao vício e estímulo às virtudes).
Assim, faremos valer a resposta à indagação: “O que fazem em vossa Loja?”...”Levantam-se templos às virtudes e cavam-se masmorras aos vícios”.
Termino este trabalho a respeito da importância do estudo e da especulação com uma frase do escritor francês Bernard le Bovier de Fontenelle (1657–1757): 
“É verdade que não podemos encontrar a pedra filosofal, mas é bom que ela seja procurada. Procurando-a, encontramos muitos segredos que não procurávamos”.

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