TEMPLÁRIOS E MAÇONS SÃO A MESMA COISA?


 

A resposta é NÃO. Esta é uma das grandes questões baseadas em teorias ocultistas que se espalharam até os nossos dias.

Os Templários

Para esclarecer se os Templários e os Maçons são a mesma coisa, temos que falar de forma resumida sobre estas duas organizações. Em primeiro lugar, falaremos sobre a Ordem dos Cavaleiros Templários que, durante a Idade Média, lutaram na Terra Santa e em outros lugares da Europa para acabar com o domínio islâmico.

Dentro destes, foram muito importantes as diversas cruzadas que se realizaram pois, na sequência delas, as terras conquistadas na Terra Santa e nas zonas vizinhas ficaram sob o poder dessa Ordem, terras que eram governadas sob a forma de governo feudal. Do mesmo modo, muitas monarquias europeias, entre as quais a castelhana, cederam partes das suas terras a esta ordem porque possuíam um grande prestígio internacional.

No entanto, o poder que eles chegaram a alcançar fez com que alguns monarcas, e até mesmo o Papa de Roma, começassem a desconfiar desta ordem. Os Cavaleiros da Ordem do Templo, acabadas as Cruzadas, tornaram-se grandes banqueiros europeus devido à grande quantidade de terras e bens que tinham vindo acumulando ao longo dos tempos, portanto, não era de admirar que algumas monarquias perdessem dinheiro emprestado para levar a cabo suas próprias empresas.

Foi assim que Felipe IV, O Belo e o Papa Clemente V se apoiaram para acabar com os Templários, que tinham emprestado enormes quantias a ambos e agora tinham de devolvê-lo. Por isso, em 1314, uma bula emitida pelo Papa decretava a prisão de todos os templários da França, sendo estes acusados de sodomia e até heresia, dessa forma se dissolvia a congregação e nesse mesmo ano eram condenados à morte na fogueira muitos cavalheiros da ordem do templo.

Os Maçons

Continuando com esta breve lição sobre se os templários e os maçons são a mesma coisa paramos agora para falar sobre os maçons, um grupo que sempre foi revestido de grandes lendas devido sem dúvida ao grande hermetismo que existe até hoje sobre suas atividades.

No entanto, podemos dizer que os maçons vêm das irmandades de construtores ou dos conhecidos guildas que existiam na Inglaterra e que a partir do século XVI permitiram a entrada dessas organizações a membros que não exerciam a profissão, sendo na sua grande maioria nobres ou pessoas notáveis das cidades.

Esta integração de novos membros conferia a estas irmandades um grande prestígio, fazendo com que, em muitos dos casos, obtivessem enormes vantagens comerciais. Com o passar do tempo, as guildas foram perdendo sua razão de ser e se tornaram uma espécie de clube para pessoas de classe alta da sociedade inglesa. Dessa forma, começaram a realizar uma série de atividades totalmente diferentes das realizadas no início dos tempos.

É a partir desse momento que a história se torna confusa, pois devido ao hermetismo que existe, não se conhece muito bem o que se realiza. Muitos autores pressupõem que, sendo compostos por membros das classes altas, o comércio e a banca são dois pontos muito fortes da sua economia, sendo as atividades mais realizadas dentro dessas lojas.

Templários e maçons não são a mesma coisa.

Para concluir com nossa lição falaremos da lenda que existe sobre a criação da maçonaria. Esta adverte que um grupo de cavaleiros da Ordem do Templo em 1314 conseguiu escapar do reino da França, chegando às costas da Inglaterra.

Foi aí que começaram a criar outro grupo, desta vez muito mais hermético, para que fosse difícil de encontrar. Por isso, eles usaram as velhas guildas, que estavam em extinção e graças a estes cavalheiros e às ajudas financeiras que trouxeram consigo, conseguiram transformar gradualmente estas irmandades de operários numa espécie de seitas.

Até hoje, essa lenda deve ser banida da imaginação porque, embora se saiba que os Cavaleiros Templários se espalharam por vários lugares da Europa, como por exemplo a Espanha, acabaram por ser executados e outros conseguiram escapar dessa condenação, graças sem dúvida a pessoas influentes da sociedade que os protegeram. No entanto, não se pode aceitar que foram os Templários os criadores da Maçonaria porque esta foi criada com muito tempo.

Fonte: unprofesor.com

Jaime Templar Trece Catalonia

 

POR QUE ME TORNAR MAÇOM?


 

A Maçonaria é uma Escola de Líderes, o foco principal é tornar feliz a humanidade através do aperfeiçoamento humano. Através de uma estrutura filosófica de ensino faz do maçom uma pessoa melhor, dedicada à sua família e ao seu trabalho, mas, sempre preocupado e associado ao desenvolvimento da sociedade onde convive.

Fraternidade:

Em um mundo cada vez mais complexo, a Maçonaria satisfaz a uma das mais básicas necessidades dos seres humanos: a de fraternidade. Esta é uma das principais razões da existência da Maçonaria desde as antigas civilizações.

Rede de Contatos:

Este foi um dos principais motivadores no surgimento da Maçonaria. Toda pessoa precisa de relacionamentos profissionais. A Maçonaria representa um corte transversal das profissões de uma comunidade, pois a maçonaria está presente em todos os ramos comerciais e profissionais e os maçons ajudam-se mutuamente uns aos outros como regra de conduta, ou seja, faz parte do Estilo de Vida do Maçom dar preferência e participar ativamente do crescimento profissional e social de seus irmãos, tornando-se assim a maçonaria instituição única e diferenciada.

Crescimento pessoal:

O envolvimento com a Maçonaria favorece o crescimento pessoal na área de relações humanas.

Experiência em liderança – LIDERANDO LÍDERES:

A Maçonaria é uma organização que congrega líderes e pessoas de sucesso. Atuar em cargos maçônicos é sinônimo de maior experiência em liderança. A pessoa aprende como motivar, influenciar e liderar aqueles que já são líderes.

Atuação cívica na comunidade:

A ligação com uma Loja Maçônica torna seus membros melhores cidadãos. Tipicamente, a Maçonaria congrega as pessoas mais atuantes de uma comunidade.

Informação atualizada:

As reuniões quinzenais de uma Loja Maçônica procuram manter os maçons atualizados sobre o que está acontecendo na comunidade, no país e no mundo. Discutem-se temas filosóficos e variedades, além de assuntos milenares internos sobre a humanidade.

Oratória:

Muitas pessoas que ingressam em nossa organização têm receio de falar em público. A Maçonaria permite excelente experiência em oratória, fortalecimento da autoconfiança e aproveitamento de oportunidades no campo da comunicação.

Entretenimento:

Toda Loja organiza reuniões e atividades de entretenimento, as quais são muito importantes no intuito de trazer descontração e um momento de alívio e tranquilidade às nossas ocupadas vidas profissionais ou de negócios. Na Maçonaria são organizadas conferências, convenções, assembleias, além de informação, orientação e trabalho maçônico, também oferecem entretenimento sadio.

Melhoria das habilidades sociais:

Todas as semanas, e em vários outros tipos de reuniões e eventos, a Maçonaria aperfeiçoa nossa personalidade e habilidades interpessoais, oferecendo ambiente ideal para pessoas que gostam de sociabilizar.

Conhecimentos profissionais:

Espera-se que todo maçom se envolva com a melhoria de sua profissão ou ocupação, sirva em comissões de serviços profissionais e participe da divulgação de sua profissão entre os jovens. Os maçons procuram conseguir que todos sirvam sempre da melhor maneira através de nossas profissões, sejam elas no ramo da medicina, educação, etc.

Valores éticos:

Os maçons aplicam em todas as suas atividades a Filosofia Maçônica, a qual reflete seus padrões de ética. Espera-se que os sócios atuem eticamente em suas profissões e relacionamentos pessoais.

Conscientização cultural:

Encontramos representadas na Maçonaria, mundialmente, quase todas as religiões, culturas, raças, nacionalidades e crenças políticas. Em nosso meio encontram-se os cidadãos de maior destaque dos mais variados campos do conhecimento humano. Os maçons entram em contato com outras culturas e anseiam por trabalhar e ajudar as pessoas de todos os lugares. Consequentemente, tornam-se melhores cidadãos em seus próprios países.

Prestígio:

Os maçons são pessoas de prestígio - líderes de negócios, profissionais artísticos, governamentais, esportivos, militares, religiosos e muitos outros. A Maçonaria é a associação de Lojas Maçônicas dedicada à prestação de serviços mais antiga e prestigiosa do mundo. Em suas fileiras encontram-se executivos, diretores e profissionais de destaque, ou seja, pessoas de influência acostumadas a tomar decisões.

Pessoas agradáveis:

Acima de tudo, os maçons são pessoas agradáveis. São indivíduos que creem que o valor de cada um reside em ter bom coração e não no destaque pessoal.

Ausência de um credo oficial:

Pelo fato de a Maçonaria não ter caráter político ou religioso, não possuímos nenhum credo oficial. Somos uma sociedade aberta, integrada por homens que acreditam no valor da ajuda ao próximo.

Oportunidade para Servir:

A Maçonaria é formada por lojas maçônicas dedicadas à prestação de serviços. Seu interesse máximo é a humanidade, seu produto de maior valor é a dedicação ao servir.

Entretanto, o melhor motivo para tornar-se Maçom é a oportunidade de ajudar nossos semelhantes e o bem-estar que resulta de nossas ações.

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MAÇONARIA COMO TERAPIA!


 

A Maçonaria é uma universidade e, para nossa felicidade, estamos sob a égide de um significativo número de Irmãos que se dedica ao estudo, pesquisa e desenvolvimento de questões relacionadas a sua história, filosofia, liturgia, ritualística e outras questões mais acadêmicas.

É uma forma de pensar e agir!

Embora conhecendo e cumprindo a necessidade de ler e estudar os irmãos acima, o aspecto exclusivamente humano da Instituição é meu alvo preferido.

É uma outra forma de pensar e agir!

Por sincronicidade ou coincidência significativa, dois fatos, logicamente subsequentes, motivaram-me a tentar escrever algumas linhas sobre este tema que é, para mim, ao mesmo tempo, intrigante e desafiador: “Maçonaria como Terapia!”

Mesmo sabendo que correria vários tipos de riscos no desenvolvimento do texto e, especialmente, na sua interpretação, decidi tentar!

O primeiro fato é técnico: com frequência cada vez maior, publicações médicas têm abordado as relações biopsicossociais de várias enfermidades.

Mesmo sendo um assunto relativamente antigo na medicina, cada vez mais deparamo-nos com abordagens com maiores cuidados metodológicos e, por consequência, mostrando melhores e mais confiáveis evidências científicas.

Três publicações recentes voltaram a chamar a minha atenção:

“Um alarme sobre o impacto devastador da epidemia de solidão e isolamento social nos Estados Unidos” [1];

Outra, com um título lembrando romance estilizado, porém, igualmente preocupante: “O coração solitário é um coração partido”, onde, inclusive, os autores alertam para a necessidade de desenvolver um “modelo biopsicossocial da doença cardiovascular” [3];

Por fim, “Solidão e risco de Doença de Parkinson” [4].

Existem inúmeras outras publicações que navegam nestas águas turvas e revoltas.

O segundo fato, tipicamente humano e, portanto, o grande motivador, foi quando um paciente de 85 anos, viúvo, que acompanho há algum tempo, externando as suas preocupações e angústias sobre a sua percepção de isolamento social, apesar do apoio e carinho dos seus filhos, despediu-se, após uma boa conversa sobre o assunto, com a frase “Doutor, como é bom ter amigos”!

Chocou-me e emocionou-me!

E as publicações citadas passaram, novamente, a ocupar maior relevância na minha atenção.

Onde estamos e para onde vamos?

Neste ponto, é importante elucidar alguns conceitos retirados propositalmente das publicações citadas, mas que se pode obter em várias outras fontes:

Conexão social: abrange as interações, relacionamentos, papéis e senso de conexão que indivíduos, comunidades ou sociedade podem experimentar; engloba os índices de isolamento social e de solidão [1][2].

Como alerta, é aceitável afirmar que o papel da conexão social na biologia aparece cedo e continua ao longo da vida, contribuindo, seja para o risco, seja para a proteção contra doenças [1].

Isolamento social é uma medida objetiva que descreve a ausência de contatos e relações sociais. É medida pela quantidade de interações sociais [1][2].

A Solidão engloba o sentimento subjetivo de estar sozinho; decorre da discrepância dos níveis desejados e percebidos de um indivíduo nas relações interpessoais. Está mais associada à qualidade dos relacionamentos [1][2].

Na publicação do “US Department of Health and Human Services” [1][2], são sugeridos seis pilares para melhorar a conexão social (tradução simples):

Fortalecer a infraestrutura social nas comunidades;

Promulgar políticas públicas que favoreçam estas conexões;

Mobilização do setor da saúde nesta direção;

Estimular o uso de tecnologia apropriada (inclusão digital);

Buscar o aprofundamento dos nossos conhecimentos sobre o tema;

Incentivar uma cultura de conexão social.

E é nesta última coluna, jónica talvez, onde poderíamos focar os nossos esforços e atenção, incentivando práticas quotidianas que pudessem influenciar significativamente os nossos relacionamentos intra e extra institucional.

A “espécie humana é social por natureza. Os seres humanos não só precisam da presença de outros, mas dependem de relacionamentos sociais significativos para desenvolverem uma vida adulta saudável. Como indivíduos, esforçamo-nos para pertencer a uma família, a um grupo de pares, a uma comunidade. Estas interações sociais com família, amigos, vizinhos ou colegas são primordiais para o nosso bem-estar” [2].

Afinal, os sistemas biológicos não costumam operar de forma independente e assim, estudos têm associado a solidão com maior risco de doenças neurodegenerativas [4].

Evidências mostram que este risco está presente em grupos demográficos distintos, independentemente de outros fatores proeminentes como, p. ex., depressão e genética [4].

A solidão seria, pois, um determinante psicossocial substancial, tanto para a saúde, como para a doença [4].

Sempre é bom recordar o magnífico trabalho “Harvard Study of Adult Development” que iniciou em Boston em 1938 [8][9], portanto, há aproximadamente 85 anos.

Constitui-se assim, no estudo científico mais longo já realizado sobre a felicidade e que gerou uma conclusão importante, mas relativamente simples:

“os participantes mais felizes tiveram em comum dois grandes fatores ao longo destes 85 anos de acompanhamento: cuidavam da saúde e construíam fortes laços com outras pessoas” [8][9].

Afinal, como diz a Dra. Ana Cláudia [5]: “Amigo, amigo mesmo, é aquela pessoa para quem ligaríamos a qualquer hora para pedir: ‘Por favor, não estou bem; leve-me ao hospital’. Todos deveríamos investir no projeto de ter pelo menos um nome – e em ser essa pessoa para alguém”.

Todos estes poucos argumentos elencados, foram com o intuito de fazer-me parecer científico, afastando-me um pouco da tendência purista ou mesmo pueril do texto.

Já sabemos o valor de ter amigos e que a Maçonaria, com lucro, proporciona esta oportunidade!

Sabemos que o nosso cérebro necessita ser continuamente estimulado para “driblar as doenças que corroem a lucidez” [5]. E a Maçonaria, como lembrado nos parágrafos iniciais, é mestre nisto!

Sabemos que a solidão é um fator de risco comparável a uma enfermidade e que pode encurtar, consideravelmente, a esperança de vida [7].

Conhecemos também, o papel da solidão no agravamento do medo deste entardecer biológico; e é este medo que age como uma raiz numa colónia clonal, gerando ou agravando todos os fatores de risco tradicionais: obesidade, diabetes, hipertensão, fumo, alcoolismo, depressão, etc. [7].

Mas tudo isto pode ter um alívio! Pode ser minorado!

O ato simples e fraterno de um abraço que nos traz a incrível sensação de nos sentirmos incluídos, de pertencimento ao ambiente onde vivemos, pode fazer milagre!

A frase egoísta “salve-se quem puder” é uma falácia e participar é a única opção para melhorarmos a nossa própria expectativa de vida; e não só em quantidade, mas igualmente em qualidade, ou seja, dar vida aos nossos anos de vida [7].

Sim, podemos viver muito, mas de companhia, não de solidão [7].

Sabemos enfim, que a busca da felicidade, mesmo que o seu significado filosófico possa ser discutido, não é afinal, tão difícil de se obter como mostra o estudo de Harvard [8][9]:

“o que melhor garante a nossa saúde física e mental são as relações pessoais. Quem criou laços fortes com outros seres humanos viveu mais e melhor”.

Mas se sabemos tanto – e temos muito mais a aprender, porque não beiramos sempre os 100% de frequência nas nossas reuniões?

Para qualquer mal que nos aflija usamos medicamentos apenas ocasionalmente?

Dificuldades? Frente a qualquer arrelia, lembremo-nos da Maçonaria como remédio e, entendamos que nenhum remédio é totalmente doce e saboroso!

Ia finalizar, mas lembrei-me do paciente motivador e decidi, com o risco de continuar pueril e desafiar o cepticismo, propor que convidemos para as nossas festivas e ágapes, pessoas dos nossos relacionamentos – ou simples conhecimento – que mantenham qualquer grau de solidão, mesmo que não tenham qualquer vínculo com a Instituição.

Quanta fraternidade e filantropia existe nesta ação?

E questionou-me um Irmão: e se ele gostar e quiser vir com frequência?

Ora, não deverá ser o etarismo [6] um fator de impedimento para iniciá-lo nos augustos mistérios!

Todo sonho é permitido e como dizia um poeta local, Lindolfo Bell [10]: “Menor que meu sonho não posso ser”.

E na música “Prelúdio”, Raul Seixas foi pontual:

“Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade”.

Walter Roque Teixeira, M:. M:. – CIM 184.372 – ARBLS Palmeira da Paz nº 2121, Oriente de Blumenau – GOB/SC – GOB

Referências

[1] US Department of Health and Human Services. (2023). New Surgeon General Advisory Raises Alarm about the Devastating Impact of the Epidemic of Loneliness and Isolation in the United States: https://www.hhs.gov/sites/default/files/surgeon-general-social-connection-advisory.pdf.

[2] Wajngarten, Mauricio: A nefasta ‘epidemia de solidão e isolamento social’: onde estamos e para onde vamos – Medscape – 7 de novembro de 2023.

[3] Kai G et al. A.: Lonely Heart is a Broken Heart: It is Time for a Biopsychosocial Cardiovascular Disease Model. Eur Heart J. 2023;44(28):2592-2594.

[4] Terracciano, Antonio: Loneliness and Risk of Parkinson Disease. JAMA Neurology November 2023 Volume 80, Number 11.

[5] Arantes, Ana Claudia Quintana: Pra vida toda valer a pena: pequeno manual para envelhecer com alegria. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Sextante, 2021.

[6] Teixeira, WR: Maçonaria, Etarismo e Jovencentrismo – uma meditação e uma tese! https://www.freemason.pt/maconaria-etarismo-e-jovencentrismo-uma-meditacao-e-uma-tese/.

[7] Presmann, Carlos, Doutor Professor de la Cátedra de Semiologia – Hospital Nacional de Clínicas – Universidad Nacional de Córdoba/Argentina – La Geriatrización de la Clínica: https://www.intramed.net/.

[8] Harvard Study of Adult Development: https://www.adultdevelopmentstudy.org/.

[9] Waldinger, Robert: What makes a good life? Lessons from the longest study on happiness (TED): https://www.youtube.com/watch?v=8KkKuTCFvzI&t=1s.

[10] Bell, Lindolfo: https://lindolfbell.com.br/o-poeta.

 

COMPORTAMENTO DO NOVO VENERÁVEL MESTRE


 

Mesmo experimentando incompreensões e dificuldades, o Venerável Mestre é amigo de todos, como um sol que se irradia a todos que o recebem.

Por mais que você sofra de perfeccionismo, todos nós temos defeitos. Afinal, somos seres humanos. O erro é não os admitir e, pior, não tentar corrigi-los.

O cargo de Venerável é temporário, e o exercício dignifica seu ocupante, por ter sido escolhido entre seus pares para a distinção de representá-los e conduzi-los à continuidade da Loja, visto, pois, como iluminado para a direção dos trabalhos, e tudo fará com sabedoria precisa para a orientação dos obreiros do quadro.

Poderá até ser impecável no quesito administrativo, mas deverá evitar esbarrar em problemas como: falta de tato nas relações com os obreiros; acomodação; individualismo e até ausência de ética.

Na essência, o Venerável Mestre é um coordenador, um instrumento gerador de frequência, de vibração, um modelo organizador, mediador, aglutinador, preceptor, e não um mandante, decisor, chefe ou ditador, mesmo porque lhe cabe manter a união do grupo, a harmonia do todo, o exemplo da conduta maçônica.

DESINTERESSE: Desinteressados são os que não vão atrás de soluções para os problemas. Presos à rotina, eles não buscam novos desafios. Para não ficar na acomodação, o Venerável deve trabalhar, como se a Loja fosse uma empresa de sua propriedade, assumindo os riscos e se responsabilizando pelo que resultar, certo ou errado.

Muitos Irmãos que passaram pelo trono, contam que é preferível o ocupante de um cargo que erra a aquele que nada faz, que não “veste a camisa”, que é omisso.

INDIVIDUALISMO: O dirigente da Loja não deve ter a ideia errônea de que só a informação é suficientemente poderosa para o bom desempenho das atividades.

O que importa é o espírito de equipe. Chama os Irmãos pelo nome, presta atenção e não começa outra pauta sem concluir a que está em discussão.

A questão da estrutura muito rígida está desaparecendo. A hierarquização orgânica é necessária para a distribuição de deveres e responsabilidades, proporcionais e limitadas à importância dos cargos. Uma Loja não é um quartel onde prevalece a hierarquia sobre a democracia. Hoje a Loja trabalha por planejamento e precisa de um time coeso para bem administrá-la.

Sempre que possível é bom repartir com os irmãos assuntos que tenham despertado interesse e que tenham, de alguma forma, pertinência com a vida da Oficina em particular ou maçônica em geral. O titular de um cargo da administração da Loja que não tiver o perfil de colaborador deve ser substituído de imediato.

Para corrigir essa falha, fica mais fácil sermos conscientes, enxergarmos que sempre precisamos de ajuda espontânea e consciente. Desenvolve-se uma visão de conjunto, assimilando as atividades de forma mais ampla e realista. Aprende-se, acima de tudo, a respeitar o outro.

FALHA DE COMUNICAÇÃO: Ninguém sabe o que calado quer! Como dizia Chacrinha, “quem não se comunica se trumbica”. O Venerável pode ser extremamente competente, mas, se não souber se expressar, como vai mostrar seus resultados? O poder da oratória inclui também o marketing pessoal e a negociação. Vale tudo para se aperfeiçoar, estudar, informar-se, ler, não fazer nada de improviso para poder falar com convicção sobre qualquer tema.

FORMAS PROCEDIMENTAIS: Embora não seja muito frequente, ocasiões existem no dia a dia, especificamente em Sessões de Câmara do Meio, que reclamam intervenção rápida e fundamentada do Venerável, diante de uma situação de anormalidade, por fatos inesperados.

Às vezes, surgem discussões ásperas, não havendo condições de os Trabalhos prosseguirem. De nada resultará o dirigente fazer valer a sua autoridade e se pôr a golpear com o “malhete”. Deve acabar com as disputas rapidamente. Um dos tributos do Venerável eficiente é a habilidade de ser pacificador, de ser o catalisador da reconciliação.

O que deve fazer o Venerável?

Usar do meio ao seu alcance. Comandará o “de pé e a ordem”. E pedirá a “exclamação” e a “bateria”.

Esses “sons” neutralizarão as vibrações contrárias e a serenidade voltará a reinar.

Poderá acontecer, se houver a necessidade, para benefício dos próprios Trabalhos, contornar alguma “crise”, seja da Loja em si, seja de um membro do Quadro, que o Venerável se veja obrigado a lançar mão de outros remédios para que os resultados se façam sentir.

Se as formas procedimentais não surtirem o resultado desejado, então não haverá como deixar de utilizar o recurso jurídico maçônico posto à disposição do Venerável: suspender os Trabalhos ou levantar a Sessão.

SINDICÂNCIA MAÇÔNICA: A Maçonaria, assim como outras instituições profanas, utiliza a sindicância como instrumento de coleta de dados relevantes sobre um Profano proposto à iniciação maçônica. Trata-se, portanto, de um procedimento sério, que, não raro, é desvirtuado pela falta de perfeito cuidado do Venerável e de compreensão, dos sindicantes, quanto à sua correta extensão maçônica.

Não obstante, convém não confundir a sindicância maçônica com a sindicância profana, uma vez que, apesar dos inúmeros pontos de contato, elas têm algo diferente: a sindicância maçônica tem por escopo maior oferecer dados à Loja sobre o profano proposto à iniciação, a fim de que ela possa deliberar sobre o pedido, acolhendo-o ou rejeitando-o.

Os sindicantes deverão investigar cuidadosamente e com o máximo critério, toda a vida passada e presente do Candidato, principalmente quanto às suas qualidades morais, sociais e econômico-financeiras

- O Venerável nomeará particularmente três Mestres para realizarem, independentemente, a sindicância, trabalho esse que não poderá ser recusado, salvo por razões de impedimentos justificáveis.

- Portanto, para que se tenha uma atuação satisfatória dos sindicantes é necessário que a designação recaia em mestres qualificados para o trabalho. É aconselhável indicar sindicantes que estejam próximos do candidato em relação à profissão, idade, estado civil, cultura e etc. um médico conhece melhor pormenores da profissão de um colega do que um militar, industrial ou fazendeiro, e vice-versa. Supondo-se que essa qualificação exista, pode-se assegurar que a atuação dos sindicantes deverá ser norteada pelos critérios seguintes:

- Seriedade – Exaustividade: O relatório deverá abranger o suficiente para fornecer as informações que realmente interessam à Loja.

- Imparcialidade – Criticidade: O relatório deverá conter, de modo fundamentado, a visão do sindicante no que diz respeito com a possibilidade de o Profano afinar-se com a filosofia maçônica. Nunca esquecendo que os valores espirituais e morais são mais importantes porque, sendo perenes, sobrevivem à existência material.

Um mestre recém-Exaltado ainda não tem traquejo maçônico suficiente e muitas vezes não tem mesmo conhecimento adequado, para ser sindicante. Poderá ser autor de desatinos danosos para o Profano e para a Maçonaria.

Talvez esteja na hora de as Lojas iniciarem a responsabilização daqueles sindicantes desidiosos, autores de sindicâncias maçônicas que merecem essa qualificação. Isso deveria acontecer todas as vezes que se puder provar que os sindicantes, de caso pensado, fizeram sindicâncias imperfeitas para favorecer ou prejudicar o Profano proposto à Iniciação.

CONCLUSÃO:

Considerando a diversidade de aptidões para a compreensão da parte filosófica da Maçonaria, é necessário admirar a sua moral antes de tudo – mas praticá-la.

Os que não se limitam em apenas extasiar-se diante da moral maçônica, que a praticam e a transformam no sentido mais abrangente, na regra de proceder a que obedecem, são os verdadeiros maçons, ou melhor, os Veneráveis que a Loja precisa.

Os princípios que a Maçonaria revela passam a ter por meta, em sua venerabilidade, a conquista ou manutenção de valores morais e espirituais, fundamentados nos ensinos dos Rituais.

Saberá que não conseguirá uma alteração imediata de comportamento do conjunto por força dos hábitos (usos e costumes), mas trabalhará, a partir daí, no sentido da busca permanente da renovação de sua Oficina, caracterizada pela conquista de novos e melhores hábitos e só iniciarão homens realmente “livres e de bons costumes”.

Por isso é que se diz: “Reconhece-se a Loja pelo Venerável que a dirige”. Ou, ainda: “Reconhece-se o verdadeiro Venerável pela transformação moral e pelos esforços que emprega par domar as inclinações deturpadas ou más de sua Oficina”.

 

Ir José Aparecido dos Santos

Loja Justiça n° 2 – Maringá PR

 

TRANSMITIR OS CONHECIMENTOS DE UM GRAU SUPERIOR A UM GRAU INFERIOR?


 

Uma vez perguntou-me um Aprendiz Franco-Maçom:

“Por que não devemos transmitir os conhecimentos adquiridos de um Grau superior aos subsequentes graus abaixo deste?”

Respondi:

– Desde imemoráveis tempos, pelos Antigos Costumes, a Maçonaria respeita os seus lindeiros, marcos, limites, que os são intransponíveis: os Landmarks! Além do Juramento solenemente realizado por todos nós.

É preciso que cada Irmão, por mérito e denodo próprios; por esforço de trabalho e estudos e em cumprimento com os seus interstícios e exigências adstritas, possam estar devidamente preparados para receberem o seu merecido “Aumento de Salário” ou promoção maçônica, assim como o era realizado aos pedreiros construtores do Templo de Salomão: Aprendizes, Companheiros e Mestres.

Do ponto de vista dos Landmaks, os nossos Lindeiros Maçônicos, das mais conhecidas compilações de Landmarks, o mais conhecido por nós, o compilado pelo Ir. Albert Gallatin Mackey, em “Text-Book of Masonic Jurisprudence“, 1859, apresenta-nos, (dos 25 Landmarks compilados), o Landmark de número 23°, que trata da “conservação secreta dos conhecimentos recebidos“, e, sabemos nós todos que os Landmarks são “Nolumus leges mutari“, portanto, irrevogáveis e imutáveis.

Pelo prisma da nossa Constituição GOB (Grande Oriente do Brasil), por exemplo, também cita, em Dos Deveres do Maçom, Cap. II, no Artigo 27, inciso VII: “Não revelar, de forma alguma, qualquer assunto que implique quebra de sigilo maçônico“, assim como também descrevem-se nos os Solenes Juramentos de nossos Ritos Maçônicos, em que nos comprometemos como homens honrados, livres e de bons costumes, a cumprir fielmente, pronunciados nas nossas Iniciações, Passagens e Elevações constantes nos nossos Rituais Maçónicos, à Luz do L. das SS. EE. sob o E. e o C. .

Logo, de modo conciso, estes são os porquês explicativos das preservações dos conhecimentos recebidos num Grau ou Nível Maçônico Superior a outro menor – (preservações sigilosas que não são só os de SS., TT. e PP., mas também a guarda dos CCobr., Ensinamentos e Instruções do Grau), rigorosa e circunspectamente, indicando preservação e sublime prova contínua da Palavra de um Franco-Maçom e da sua Honra.

É preciso atentar para o conceito, importância e prática de nossos Costumes, Leis e Juramentos Maçônicos, e em especial, para o cultivo da CIRCUNSPECÇÃO MAÇÔNICA que, não raro parece, estar um pouco olvidada nos últimos tempos…, mas que se constitui uma das mais relevantes Colunas de Virtude de uma Franco-Maçom: A Circunspecção Maçónica!

Alexandre Fortes, 33º – CIM 285969 – ARLS Cícero Veloso n° 4543 – GOB-PI

Referências

Text-Book of Masonic Jurisprudence. Albert Gallatin Mackey.

Constituição do GOB.

 

PALAVRA SEMESTRAL


 

A Palavra Semestral originou-se na gloriosa França, mais precisamente no dia três de julho de 1777, naqueles brumosos tempos em que os nossos Ilr.'. eram compelidos a lançar mão de todas as precauções para não terem suas cabeças roladas do cadafalso sob o golpe da guilhotina.

Aconteceu doze anos antes da queda da Bastilha, isto é, há 223 anos passados. Nesta época a franco maçonaria já havia alcançado certa segurança e estruturação em suas ordens depois de tenebrosos períodos de horrores e perseguições inquisitoriais.

O nosso Pod.·. Grão-Mestre de então, do Grande Oriente da França, plenamente convencido por longa experiência, achou estar na hora da Ordem defender-se dos falsos MMaç.'. e concluiu pela necessidade de instituir a Pai.'. Semestral com mudança regular nos dias de solstício.

A partir de então não mais aconteceriam os trucidamentos e o extermínio de obreiros e de ordens, apanhados de surpresa pelas forças das trevas por delação de falsos MMaç.·.

Foi assim que deixou de existir a Ordem dos Templários, embora tivesse ficado assegurada a continuidade da doutrina por transmissão do Gr.'. Mestre e por designação do seu sucessor antes de morrer.

Com a institucionalização da Palavra Semestral a Maçonaria estaria assim protegida para dar continuidade à sua grandiosa missão junto aos destinos da civilização, como agente de mudança para o bem social segundo os postulados de liberdade e fraternidade.

Para dar cumprimento ao seu desiderato a Maçonaria modernizou-se e sua linha teórico doutrinária sofreu aprofundamento em seu conteúdo filosófico.

Decorridos mais de duzentos anos a Palavra Semestral tem percorrido e por certo continuará a percorrer lojas e maçons como prática de transmissão pelo Ven.'. Mestre, no interior do Templo, de lábio a ouvido, atingindo a caducidade a cada seis meses.

Não raro batem à porta do Templo IIr.'. ainda não familiarizados com as nossas sábias Doutrinas. Ficam escandalizados quando impedidos de tomarem parte nos trabalhos por desconhecerem a Pal.' . Sem.'. em vigor e mesmo a anterior.

Os que assim procedem estão laborando em erro. Maçom regular é aquele que sempre sabe a Pai.'. Sem.'. em vigor.

Para possui -Ia ele deve comparecer aos TRrb.'. pelo menos uma vez em seis meses Impossibilitado de cumprir essa obrigação ele deverá dirigir-se-ão Ven.'. Mestre ou a algum outro lrm.· . para extremar o motivo da sua ausência.

Conclui-se que a Pai.'. Sem.'. encerra um poder superior ao da Carteira de Identidade Maç.'. Esta, identifica o Ir.'., a sua loja e o Gr.'. que possui.

Se contiver o visto do Ven.'. Mestre dentro do prazo de seis meses o seu portador é dispensado da trolha e geralmente é admitido em qualquer loja que haja por bem visitar.

Entretanto, se ele não portar a Cart.'. no momento, mas souber fornecer a Pal.'. Sem.'. em vigor, será normalmente acolhido em qualquer corporação Maç.'. que esteja Justa e Perf.' ..

A Pal.'. Sem.'. em vigor em nossa jurisdição é especialmente conhecida pelos nossos Ven.'. Mestres.

Eles sabem a quem devem transmiti-la.

É mister que seja dispensada a devida importância à Pala.'. Sem.' ..

Hoje, felizmente, o maçom não sofre mais o perigo da delação, da prisão, da tortura e morte.

A própria Maçonaria vem contribuindo para nova conceituação dos valores transcendentais do homem como ser livre para evoluir pelo próprio esforço, na medida em que contribui na evolução do seu irmão.

A Pal.'. Sem.', é a preciosa chave que possui o condão de abrir a porta do Templo da Sabedoria para aqueles que querem ver a Luz.

Fernando Oliveiros de Freitas (33.'.)

Delegado Litúrgico do Supremo Conselho

CÚl 3a, Zona Litúrgica – Santa Maria - RS,

 

SINDICÂNCIA! UMA AFRONTA À NOSSA INSTITUIÇÃO


 

INTRODUÇÃO – O trabalho fundamenta-se no importante processo da escolha do candidato com o desígnio de ingressar na Ordem Maçônica.

A MAÇONARIA – Também chamada de Franco-Maçonaria, pelos seus adeptos auto classificada como uma “sociedade fechada ou secreta”, agrega na sua longa existência uma coleção de definições:

É um belo sistema de moralidade velado em alegorias e ilustrado por símbolos.

É um sistema regular de moralidade, concebido numa tensão de interessantes alegorias, que desdobra as suas belezas ao requerente sincero e trabalhador [1].

No seu sentido mais amplo e abrangente, é um sistema de moralidade e ética social, é uma filosofia de vida, de carácter simples e fundamental, incorporando um humanitarismo amplo e, embora tratando a vida como uma experiência prática, subordina o material ao espiritual; é moral, mas não farisaica; exige sanidade em vez de santidade; é tolerante, mas não indiferente; busca a verdade, mas não define a verdade; incentiva os seus adeptos a pensar, mas não lhes diz o que pensar [2].

É, pois, um sistema e uma escola, não só de moral como de Filosofia social e espiritual, reveladas por alegorias e ensinadas por símbolos, guiando os seus adeptos à prática e ao aperfeiçoamento dos mais elevados deveres do homem cidadão, patriota e soldado [3].

e etc.

Segundo o Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse (RJ): sindicância (s. f. Inquérito, investigação). Sequenciando temos o sindicante (adj. Que faz sindicância; encarregado de sindicar, ou seja, o que coleta informações).

Sindicância ainda pode ser um conjunto de atos por meio dos quais são reunidas informações, inquirições, investigações, em cumprimento dos dispositivos legais.

Na Maçonaria a citada palavra impregna status essenciais à estrutura organizacional de uma Loja Maçônica. Proporciona a sindicância como privilégio de ser o caminho legal para que “alguém” venha ser um Maçom.

Partindo desta premissa, a tríade de irmãos indicados pelo Venerável Mestre deve ter bastante “experiencias”, para sindicar um candidato – assumem uma grande e real, responsabilidade quando sindicante -, até por perceber “que pode ser ELE o seu irmão”.

Nesta fase os irmãos devem investigar o candidato levando em conta as normas e instruções definidas pela Loja Maçônica e a sua Potência. É prudente que no diálogo com o mesmo procurem avaliar predicados outros tais como: vivência em grupo social, comportamento em família e outros mais.

Concluindo o ciclo da sindicância sempre devemos ter em mente de que “ELA” deve ser bem-feita – pois contrariando estes raciocínios: da não excelência do pleito supra referendado – teremos sérios perigos para a célula Loja Maçónica e a Maçonaria no geral.

INICIAÇÃO (evento) – de um candidato na execução em curso da sua evolução, principia a certeza de que está internalizando a emoção de um momento único – transluzindo para aos demais irmãos momentos de alegrias e satisfações.

Logo, centrado neste evento, o clima da reunião necessita de uma execução exemplar, atentando-se, contudo, para a não existência dos excessos.

Pondo fim, com a iniciação conclusa: colocamos na Ordem Maçônica um Aprendiz Maçom (novato) … cheio de perspectivas e ao mesmo tempo com insegurança do proceder.

Sobrepondo cabe-me alertar: que neste estágio o Aprendiz Maçom torna-se vulnerável, por ser considerado presa fácil aos chamados goteiras e irmãos irregulares que surge do nada, sem que percebamos.

São factos preocupantes que ameaçam a nossa Maçonaria. Mesmo compreendendo que muitos não oferecem nenhum risco aos nossos mistérios, devemos ter uma atenção cuidadosa, pois correm sérios riscos de serem divulgados vulgarmente por alguém ou mesmo pela sua família, que participava conosco das atividades maçônicas.

Como exemplo: podemos citar Cunhadas e Sobrinhos, a quem nunca foram dadas explicações, porque o seu “Mando / Pai”, foi excluído da Maçonaria e passaram a ter verdadeira aversão, que acaba sendo gratuita, pela Maçonaria.

Esta célere ameaça, acontece porque praticaram algo contra os princípios da Ordem Maçônica ou (contra aos seus próprios), ou porque apenas, certificaram-se de que aqui não é o ambiente que pensavam ser e foram desligados ou placetados.

Se foram excluídos por questões de ordem moral, ou de desrespeito às Leis da Maçonaria e são inconformados com a decisão da Loja Maçônica, muito embora tenham o amplo direito, assegurado por lei, de defesa e não o fizeram, trazem grandes imponderações para a Ordem Maçônica; se a exclusão aconteceu, apenas por fatos simples, como sendo de indolência a inadimplência, esses são inócuos.

Atualmente, há outros que realmente não são confiáveis no aspecto de informações, de divulgação dos nossos mistérios, da falta de respeito para conosco, para com as nossas cunhadas, enfim, para com a família maçónica geralmente trata-se de ser imoral, de vida profissional e particular duvidosas. São relatos que não só preocupa, como deve ser vigiado, ainda mais quando estiver ingerindo bebidas alcoólicas.

O interessante: se é que podemos assim dizer, é que, muitas vezes, quem mais usufrui, quem mais tira proveito é esse a quem chamamos de “Mau Maçom” (termo que nem deveria existir entre nós), porque está sempre envolvido em problemas e sempre que recorre à Maçonaria é prontamente atendido. Resolvido o seu problema, retorna à vida de antes, sem ligar para a ajuda recebida.

Portanto, focado no relato acima delineado descrevo dois tópicos essenciais sobre sindicância.

A conjuntura desagradável de anormalidade de diversos irmãos, que, por motivo ignorado, se encontram ausentes dos quadros das Lojas Maçónicas.

Necessitamos afinal, estagnar e trabalhar as condições que causa aos irmãos ativos embaraço, quando não sabemos explicar, convincentemente, para os recém chegados os motivos que ocasionaram esses obreiros estarem irregulares, se de facto os instruímos que só existe …

“Um culto de amor ao próximo, uma constante prática de fraternidade, toda Loja deve ser um reino de harmonia, devemos ter confiança cega e absoluta no irmão, o modelo de um futuro mundo de paz, justiça e igualdade universal”.

Nesta complexidade: a luz do conhecimento, reporto a três perguntas que se faz necessário conhecer:

Saber dos irmãos irregulares: o que dizem da Maçonaria, ou dos irmãos que as dirigem?

Como reportam as suas opiniões em público, em relação à Maçonaria?

Aferem serem injustiçados pela Maçonaria ou por irmãos que a compõem.

São, pois, indagações que inquietam, que preocupam. Um comentário inconveniente e tendencioso de um Maçom, sobre a Maçonaria em público, causa prejuízos irreparáveis e irremediáveis.

Então partimos para a grande pergunta:

Como atingir os princípios morais e os objetivos da Maçonaria, se os integrantes não são suficientemente escolhidos para tal?

Logo, ficamos entre o dever de indicar e indicar bem, sob pena de vermos a Ordem Maçônica em decadência. É fato que em alguns casos, nem os nossos irmãos consanguíneos servem para ser nossos irmãos maçons!

O ponto ideal para evitar o processo de irregularidades, germina da excelência da “sindicância” com rigor.

Questões simples, no entanto, partem da importância de sermos criteriosos e voluntários. Apropriando-se de minúcias corretamente, a curto prazo, teremos corrigido as desistências crescentes e / ou da admissão de candidatos que nada têm a ver com a Ordem Maçônica nos seus princípios, ou que vieram, apenas, matar a curiosidade.

Embora, carecemos entender que para averiguar bem, não é necessário passar longo período com a sindicância nas nossas mãos, recorrendo de tempo para vigiar o suposto candidato. O coerente é aproximarmo-nos, conversarmos com o mesmo, em família, no seu trabalho, buscando informações dos seus superiores, com os seus amigos, vizinhos e possíveis inimigos, cartórios de protestos de letras, etc.

Aliás, para tudo isto prover eficácia, é preciso que tenha o seu padrinho feito uma pré-sindicância detalhando os seus vícios, virtudes, defeitos, generosidade, atividades (sombrio e embriagado, caso tome bebidas alcoólicas), personalidade (se arrogante, nervoso e irascível), do seu apego com valores materiais, da sua coerência e hostilidade etc.

Aconselha-se que se faça um trabalho consciente, com responsabilidade, honestidade e, sobretudo com hombridade, deixando o julgamento para a Loja Maçônica.

Devemos sempre visualizar e fixar nas nossas mentes de que estamos buscando um “cidadão”, que após ser iniciado (tornado Maçom) será nosso irmão e de outros milhares espalhados pela superfície da Terra.

Conclusão

É importante que conheçamos atentamente os” candidatos” que ora propomos iniciar na nossa Ordem Maçônica. Precisamos que sejamos fortes e conscientes na decisão da escolha de um suposto profano, ainda mais, se um dentre esses for um parente ou amigo (próximo) e que na sua sã consciência de sindicante, reconheça que o escolhido, não satisfatoriamente, preencha os quesitos que a Ordem Maçônica nos determina.

Percebe-se que em determinados processos (propostas) de indicação de candidatos levedados as Lojas Maçônicas pelos “padrinhos” sofrem uma abissal incoerência -, quando o sindicante o procura para um diálogo, consegue captar o desconhecimento parcial do sindicado ao atinar que “ele”: nem sabe o porquê realmente deseja ser aceito na Ordem Maçônica. Carecemos de desenvolver um sistema melhorado para realização das sindicâncias na Maçonaria.

Então, delibero aqui afirmar que se sofismarmos aos parâmetros supramencionados estaremos decidindo pelo lado emocional, deixando o fundamental. E, pondo certamente em risco a Maçonaria Universal, sujeitando-se ainda, a trazer para o seu meio uma “Ovelha Negra”

José Amâncio de Lima, M:. I:.

Notas

[1] PRESTON, William. Illustration of Masonry. New York: Masonic Publishing and Manufacturing Co., 1867. P.37.

[2] Coil’s Masonic Encyclopedia (COIL, Henry Wilson; BROWN, William Moseley. New York: Ed. Macoy 1961 p. 159

[3] BEHRING, Mário. Ritual do Grau de Aprendiz-Maçom. RJ: Typographia DELTA, 1928, p.9

Bibliografia

FORATO, Denílson [Arquivo de Palestra – Sindicância “Joio / Trigo”]

KENNYO, Ismail. Ordem sobre o caos. Editora no Esquadro. Brasília. 2020.páginas 300

HOUAIS, Antônio. Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse. RJ. Páginas 1635

Revistas Maçônicas “A TROLHA”.

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