Ao inquirir, um dia
destes, um amado e querido irmão, que deixou nossa Loja, há bem pouco
tempo; por qual motivo ele nos deixara, se tão bem era recebido e tão à
vontade eu o via nas sessões ou nos ágapes fraternos e, em nossas conversas,
também nunca demonstrou algo de si ou da sua família, que pudesse inviabilizar
sua participação maçônica!
Pois bem, somente
agora, já desligado da Ordem, acabou por declinar que uma das principais razões
dele ter pedido o seu quite-placet, foi a de que cansara de ir às
reuniões da Loja e ver, sempre, as mesmas discussões, em torno dos
mesmos velhos problemas e as mesmas sugestões, sempre colocadas de forma
superficial e mais politiqueiras que verdadeiras!
Que, diante disso e
por não vislumbrar nenhum progresso na Loja como para seus membros, começou a
achar que estava perdendo o seu tempo, que poderia ser muito mais proveitoso,
estando junto à sua família ou mesmo seus negócios…
Meus amados irmãos,
neste caso e sem qualquer sombra de dúvidas, eu não poderia deixar passar a
oportunidade de voltar ao assunto e falar a todos quanto podem ou poderão se
encontrar nesta situação; pela minha ótica maçônica…
Ocorre que, por
princípio, nossa Instituição é progressista.
Por outro lado, só é
plenamente constituída pela união das Lojas e estas pela reunião dos
maçons. Então, não se pode falar em progresso da Maçonaria, sem o
progresso dos seus membros!!!
Como pode um corpo
crescer de forma perfeita, sem lograr o crescimento parelho de todos os seus
membros e órgãos?
E como pode um membro
defeituoso ou órgão deficiente se integrar primorosamente ao corpo, se não for
fortalecido?
E o que fazemos com um
irmão de nossa caminhada, que está ficando para trás? Não retornamos e o
puxamos?
E afinal, em nossas
famílias, ao educarmos nossos filhos, não repetimos tolerante e exaustivamente,
pelos anos afora, as boas maneiras?
Ora! Não
pretendemos ser um corpo, uma família, afinal uma sociedade fraterna?
Então, antes de exigir progressos, por que não olhamos para o nosso próprio
progresso…
Tolerando os irmãos menos aquinhoados… Fortalecendo as sessões com palavras estudadas e de sabedoria…
Tornando os ágapes mais participativos, através de atitudes mais singelas, que não os segmentem em ‘grupinhos’…
Enfim, auxiliando-nos primeiramente, antes de buscarmos ajudar os outros, praticando uma beneficência midiática, à moda dos fariseus… (Fortalecidos podemos ser mais úteis)
Pensando bem, todo
progresso passa pela nossa evolução e, esta terá que ser uniforme, de maneira a
compatibilizar os aspectos materiais e espirituais do ser…
Se não entender isto,
o maçom sempre estará em Loja com o pensamento voltado para as coisas profanas…
Um forte e T:.F:.A:. Eduardo
Panda :.