SOMOS PEDRA


Ademais a Maçonaria, construindo-se em um Centro de União, bem se sabe, deixa aos cuidados de cada Ir.’., religião ou filosofia. Contudo de modo genuinamente maçônico, sem sair do campo bíblico, deve ser dito que melhor nos identificamos com a pedra.
As corporações da Idade Média, que construíram as grandes catedrais, de sua arte tiveram valores morais e espirituais que ainda servem de fundamento a doutrina maçônica.
Análogas, a Arquitetura ( ou arte de construir ) e a nossa sublime ORDEM. Construindo de modo Real; outra, construindo simbolicamente de modo ideal, filosófico.
Os maçons de hoje não mais operários, mas sim aceitos ou especulativos, propõem-se a erguer edifícios abstratos, quais sejam templos a virtude.
Não nos negamos, aceitar significados mais espiritualizados, como sermos participantes na construção de um Grande Templo que existe projetado no interior do coração de cada um.
A origem etimológica do vocábulo maçom, o substantivo “makjo” do verbo “makòn” – “fazer ou preparar argila para a construção”, deduz-se o de formas vocabulares sem documentação, reconstituído pelo latim medieval “machio” e o Frances “maçon” (com o final (N) no português onde finalizamos com um (M) , maçonaria é a arte de construir do pedreiro. Somos pedreiros.
A interpretação de símbolos nos permite dizer que o maçom tanto é “pedreiro” como é “pedra”. No 2° livro de Reis; 6° capítulo e narrado a construção do Templo de Jerusalém, tem servidos de notáveis lições maçônicas desde a Idade Média.
Os operários de Salomão e os de Hiram seu aliado, Rei de Tiro, e os Giblitas (da cidade fenícia de Gebal que os gregos chamavam de Biblos) cortaram e prepararam as madeiras e as pedras para a construção.
Registra a Bíblia: “O Templo foi construído com pedras já talhadas; de modo que não se ouviu barulho de martelo, de cinzel, nem qualquer outro instrumento de ferro no Templo, durante sua construção. (II Reis 6.7). As pedras e madeiras são lavradas. Aquelas pedras bem preparadas e levadas por operários mais hábeis ao lugar devidamente projetado na Grande Construção.
Este os destinos que tiveram mortes capazes de nos ensinarem a viver.
Enfim somos pedras. Embora saibamos que o corpo físico tornará ao pó e nos sentimos esmigalhados pela pedra de mestres, prosseguimos no trabalho de preparar a pedra (que somos nós mesmos), pois possuímos um Templo delineado pelo S.A.D.U. em nossos corações.


Laquito Leães


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