A MAÇONARIA E A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA



É a família a célula máter das nações, a ser defendida a todo custo. A ordem maçônica tem na instituição familiar um dos seus sustentáculos. Sendo uma de suas utopias o advento da família universal, uma só pátria, um só governo.

Segundo Mardok, a família é um grupo social caracterizado por residência comum, cooperação econômica e reprodutiva. Atribui-se a família quatro funções fundamentais: a sexual, a econômica, a reprodutiva e a educacional. 

Tem-se que a primeira (sexual) e a terceira (reprodutiva) são importantes para a manutenção da própria sociedade, a segunda (econômica) para a manutenção da vida e a quarta (educacional) para a manutenção da cultura.

Na antiga Grécia, a mulher era objeto de uma iniciação especial. Recebia o ensino sagrado de ser esposa e mãe, e de sacerdotisa do lar, dedicada ao seu marido e carinhosa educadora de seus filhos. Sua tarefa era transformar o lar num templo de amor e beleza.

No ensino grego, indicavam-se ás crianças as imperfeições dos pais, a fim de que, em caso de desentendimentos ou aparentes injustiças familiares, em lugar de entrarem em conflito contra os seus, deveriam elas desenvolver esforços para esclarecer, a fim de atenuar suas imperfeições e melhorar a sua sorte.

O culto à família, comportando o amor dos ancestrais, a fundação de um lar, a criação dos filhos, surge-nos como um dos fatores primordiais do progresso humano, porque a individualidade não se realiza plenamente senão criando a grande obra que se chama família, isto é, o lar, templo do pai, da mãe e dos filhos.

Felizes os lares cujos filhos tenham mais que amor, mais adoração pelos pais, quando estes cumprem a sua missão divina, que consiste em dar aos filhos a suprema educação física, intelectual e, mormente, espiritual, porque desta educação depende o porvir do fruto de seus amores.

Se há casais que não tenham tempo ou coragem de oferecer a seus filhos uma educação primorosa, que renunciem em concebê-los. O teatrólogo Jeremy Taylor, que viveu no século XVII, afirma: “O matrimônio, digam o que disserem os detratores, dá à vida mais garantia que o celibato.

É possível que, enquanto a velhice não chega, o homem solteiro tenha mais liberdade, mas também exposto aos mais graves riscos. Há no matrimônio mais alegria, embora nele se encontrem tristezas também. É cheio de penas, mas igualmente abundante de gozo; tem mais pesadas obrigações, porém, alegradas e aliviadas pela forca do amor. O matrimônio é a mãe das nações, alegra a vida e engrandece os povos”.

É inacreditável que a Igreja Católica não permita a realização desse sagrado dever que Deus impôs ao homem e à mulher, ao impedir que os seus sacerdotes formem núcleos familiares, como faz a Igreja Protestante e todas as demais religiões.

O homem moderno, diante do extraordinário avanço da ciência, da tecnologia e, em razão das suas ocupações de ordem profissionais está sendo, por estas, quase que absorvido totalmente, reduzindo dessa forma o seu tempo e o espaço para afazeres familiares.

Por outro lado a mulher, outrora quase que exclusivamente a rainha do lar, vem assumindo posições perante o âmbito da sociedade, as quais antes pertenciam tão-somente ao homem. Claro que a participação da mulher no desenvolvimento sócio-político-econômico-científico-cultural da humanidade é uma questão de justiça, que já se fazia tardia.

Há, entretanto, se considerar que em razão do avanço da mulher para o exercício pleno de todas as suas faculdades, tomou-se quase obrigatório o seu distanciamento dos afazeres domésticos e, consequentemente dos filhos, os quais já não contavam muito com a proximidade do pai, este absorvido pelos deveres profissionais.

Em virtude de tais situações a criação e a educação dos filhos têm sido relegadas aos cuidados de terceiros, se não totalmente, quase na totalidade dos casos Tem início a separação entre pais e filhos.

Daí a desunião e o desmantelamento de muitas famílias modernas, já que falta ao lar o calor permanente da esposa e mãe, que aquecia de afeição e iluminava de amor a maioria dos lares passados.                              

O casamento encontra-se em estado pré-falimentar, ante o aviltamento dos seus reais fundamentos e objetivos, e pelo vilipêndio diante do casa-separa encenado pelas novelas e meios artísticos, assistidos e consagrados no Brasil, cujos comportamentos, além de contribuírem para debilitar a união matrimonial, conseguem o seu grande objetivo, qual seja o de induzir o jovem à promiscuidade sexual e ao descaso total pela formação futura de uma família, nos moldes tradicionais, éticos e morais. 

Diante dessa lamentável realidade, urge que as instituições sociais, como a Maçonaria, se postem atentas para evitarem o aniquilamento da família brasileira.

Empreendendo ações conjuntas, visando o reordenamento nas condutas éticas e morais, de modo a restabelecer a dignidade e os objetivos familiares, como procedimentos de salvaguarda à sua sobrevivência e à formação das futuras gerações.

BIBLIOGRAFIA
Ir.’. Helio Pereira Leite da ARL União e Silêncio N°1582 – GOB do Rio de Janeiro.


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