A Espada Flamejante é o símbolo das
virtudes militares, sobretudo da força masculina e da valentia, daí também ser
o símbolo do poder e ao mesmo tempo do Sol, do ponto de vista do princípio
ativo e a sua semelhança com os raios do Sol e com os relâmpagos.
No sentido negativo, simboliza o
horror da guerra; muitos deuses da guerra e da tempestade têm a espada como
atributo.
Muitas vezes também é um símbolo
fálico, relacionando- se com a faculdade.
Por ser um instrumento cortante e
afiado, representa o símbolo da decisão, da separação do bem e do mal, sendo
admitido como o símbolo da Justiça.
Nas representações do Juízo Final,
tendo-se uma espada, em geral de dois gumes, aparece saindo da boca de Cristo.
Sendo a boca o órgão que expressa à palavra
e vital da respiração, personifica simbolicamente o poder do Espírito e da Força
Criadora, sobretudo a insuflação da alma e da vida.
O CRISTO como Juiz do mundo, aparece frequentemente
retirando da boca uma espada.
Segundo a teoria medieval da espada
dupla formada pelo poder Curial
(primazia da Igreja sobre o Estado) e
pelo poder imperial (igualdade de direitos de ambas as instâncias) cada espada
simboliza o poder mundano e o poder espiritual.
Quando a espada está simbolizando o
raio, exprime o poder divino que se manifesta de forma terrível ou criadora.
Terminando estas considerações
especificamente sobre a Espada Flamejante, passaremos a pequena história de sua
origem.
A Espada Flamejante foi usada na
expulsão de Adão e Eva do Paraíso, daí o seu simbolismo no emprego punitivo
como exemplo para a humanidade.
A Espada Flamejante que é usada nas
sessões ritualísticas na Maçonaria contém dois gumes em sua lâmina e deve ser
ondulada por sete vezes, sendo quatro curvas de um lado e três do outro.
RENÉ GUENON escreveu afirmando que
estas curvaturas simbolizam as sete virtudes no combate aos sete pecados
capitais.
Considerando esses significados,
devemos admitir que a Espada Flamejante é dotada de um caráter altamente
sagrado e é por isso que devemos guardá-la em estojo fechado e somente aberto,
após a abertura ritualística de uma Sessão em Loja.
Considerando as razões acima, somente
deve tocá-la ou empunhá-la, um Mestre devidamente Instalado, por ser o mesmo
possuidor dos poderes de criar novos maçons, elevá-los e exaltá-los, nos
mistérios de nossa sublime Ordem dentro do simbolismo.
Diz mais, pela sua sacralitude deve o
Mestre Instalado estar sempre com as mãos enluvadas ao empunhá-la, pois assim
estas mãos estão simbolicamente indenes pelas águas lodosas dos vícios.
Quando o Mestre Instalado lhe aplica
as batidas ritualísticas sobre a lâmina, o som vibratório gera uma energia
divina que ecoa por todo o Universo infinitamente, manifestando as virtudes ao
iniciado e dele afastando todos os pecados capitais, além de consagrar-lhe a
Arte Real, indicando o caminho que deverá percorrer em busca da verdadeira LUZ.
Esperamos que tenham entendido as
explicações sobre a nossa Espada Flamejante.
Josué Morais de Oliveira