O ser humano é livre
para agir e o faz aplicando o livre-arbítrio, o que implica dirigir seu
comportamento de um extremo a outro ou de bem a mal, de acordo com as
informações armazenadas a priori em nosso subconsciente.
Maçonicamente falando,
nosso comportamento deve buscar o equilíbrio entre esses dois extremos, para
manter um equilíbrio mental.
O livre arbítrio seria
definido como o poder de qualquer ser humano de tomar qualquer decisão, sem
qualquer impedimento. Em outras palavras, o ser humano não tem um destino
específico, indeterminado ou livre arbítrio, há um problema entre o
determinismo e o livre arbítrio.
O futuro pode ser
moldado pelo comportamento de hoje, se não, não faria sentido, manter nosso
comportamento dentro dos parâmetros ético-morais e buscar o
auto-aperfeiçoamento, enquanto nós deixaríamos a vida passar diante de nós como
animais, sem ser capaz de prever o futuro.
Este tema está no
campo da responsabilidade do homem e da utilidade do esforço diário.
É dever de o maçom
superar o homem comum que encontramos em todos nós, renascer e buscar em nós
mesmos aquele Ser Humano que é a sua própria superação, sendo esse caminho
totalmente pessoal e marcado por influências externas, mas levando aqueles que
servem, descartando aqueles que não servem no caminho traçado na viagem que
empreendemos. (Sarmiento. 2005: 01).
Aldo Lavagnini, com
base no livre arbítrio, argumenta que, como consequência, o livre-arbítrio e a
liberdade individual existem para o homem em proporção ao desenvolvimento de
sua Inteligência e seu julgamento.
Para o homem
inteiramente dominado por suas paixões, instintos, vícios e erros, não há
livre-arbítrio, como existe para o homem iluminado e virtuoso.
Os instintos e as
paixões determinam constantemente suas ações, bem como as do animal, e o ligam
ao jugo de uma fatalidade que é a consequência lógica ou a concatenação de
causas e efeitos, isto é, a reação dupla interna e externa de toda ação.
Mas para aqueles que
constantemente se esforçam para dominar suas paixões, constantemente escolhendo
o mais justo, justo e elevado, o livre arbítrio, no sentido mais amplo da
palavra, é uma realidade, porque através desse esforço ele se liberta dos elos
que ligam o homem instintivo aos seus erros e paixões: ele sabe que a verdade e
a verdade o libertam. (Lavagnini. P: 42)
É um mito falar de
livre-arbítrio no mundo de hoje, porque nossos comportamentos estão
condicionados a controles sociais, exercidos pelo Estado, religião, mídia,
propaganda, etc.
Esses controles sociais
sugerem indivíduos e a massa, afetando nosso livre-arbítrio, porque afetaram
nossa capacidade livre de escolha. O pesquisador Mark Hallett diz que “o
livre-arbítrio não existe, mas é uma percepção, e não um poder ou uma força
motriz”.
As pessoas experimentam
o livre arbítrio. Tem a sensação de estar livre. Quanto mais você examina, mais
você percebe que não tem, ”ele disse. Essa ideia já havia sido levantada desde
que o filósofo alemão Arthur Schopenhauer disse como Einstein, que “um ser
humano pode fazer o que quer, mas não quer o que quer.
A Maçonaria nos ensina
a sermos nós mesmos e não somos perfeitos, para sermos nosso próprio templo
interior.
Temos o potencial de
criar seres humanos livres ou oprimidos, tendo que nos alimentar de pensamentos
que nos ajudam a fortalecer nosso templo interior, descartando o negativo, em
busca da verdade.
Temos livre arbítrio
para escolher entre virtudes e vícios, entre o bem e o mal. O estudo da
simbologia maçônica transmite sabedoria e segurança em nosso comportamento e
ajuda a agredir as bordas negativas de nossa pedra bruta, facilitando a prática
das virtudes, em nossa vida cotidiana.
A Maçonaria exige dos
seus membros evolução, ética, moralidade e colocá-la em prática, para andar em
linha reta. Finalmente, o livre-arbítrio deve ser usado sem afetar outro ser
humano, que também tem a mesma liberdade de tomar decisões, porque, do
contrário, estaríamos colocando nossa sobrevivência em risco, devido ao fato de
que a parte lesada poderia tomar decisões prejudiciais algum de nós.
Por Roberto Macedo
Mayo
BIBLIOGRAFIA Sarmiento
Carlos. Verdade e Livre Arbítrio na busca por Maçom. Lavagnini Aldo. Maçonaria
aliviada. Manual complementar. Terceira edição Fonte: Diário Maçônico