Quando ainda era aluno do antigo 2° grau tive um professor de
Geometria Descritiva, chamado Enio que me ensinou a seguinte frase:
“O importante não é o anel de grau e sim o grau do anel”, isso
quer dizer que não adianta a ostentação de símbolos se eles não correspondem ao
conhecimento adquirido.
E o que isso tem a haver com a maçonaria? Resposta tudo!
É comum encontrar Irmãos com o peito cravado por inúmeras
medalhas, que comparecem as Sessões Magnas parecendo verdadeiras árvores de
Natal.
Será que eles possuem o mérito dessas comendas?
Tenho observado que muitos Mestres, ao serem chamados para
cumprirem alguma tarefa, não sabem nem pegar e conduzir uma espada.
As Lojas pecam e muito na transmissão do conhecimento, poucas se
dedicam a exigir dos aprendizes e companheiros méritos para ascensão dos graus,
quando fazem, cobram decoreba de questionários e trabalhos que hoje são
encontrados, facilmente, na internet.
O sentido, o porquê das coisas e dos símbolos é negligenciado.
Mestres apresentando trabalhos? Nem pensar!
Tenho notado que Companheiros, que ao atingirem ao grau de Mestre,
são imediatamente convidados para fazerem os graus, considerados filosóficos.
Como assim, pergunto alguém recém exaltado, que nada conhece do
grau de Mestre, e ainda pior, nem dos graus de Companheiros e Aprendizes, podem
fazer os graus superiores?
Como combater a vaidade se ela é tão exposta para que todos a
vejam.
Nem eu e ninguém somos donos da verdade e do conhecimento,
devemos estudar sempre, não adianta ter chegado ao grau 33 sem nada saber, a
Maçonaria é linda, e cabe aos seus membros se tornarem dignos de a ela
pertencer.
Vamos estudar meus Irmãos, vamos deixar as comendas na gaveta,
sejamos humildes e lutar pela divulgação do que ela nos ensina.
Paulo Edgar Melo
Membro da ARLS Cedros do Líbano, 1688 - GOB-RJ
Miguel Pereira - RJ