Acreditar que todos somos iguais ou que ninguém é melhor que
ninguém é uma amarga ideologia social.
Não somos iguais e entre nós existem aqueles que são melhores
que outros sim, pois todo processo de avaliação tem um conceito subjacente como
reverencial, todavia, o maior erro é tentar usar conceitos como dinheiro ou cor
de pele para julgar quem é melhor que quem.
A referência de comparação entre humanos deveria ser a grandeza
espiritual e a tendência a praticar o bem. Não tenho dúvidas que, usando tal
como referência, não é difícil encontrar diferenças relevantes entre os humanos
e perceber-se que existem sim, muitos irmãos melhores ou piores que outros.
O homem Maçom, nasceu pra praticar o bem e a gentileza, por algum
motivo, muitos de nós nos perdemos no caminho.
Somos feitos do mesmo pó. Somos poeiras vagando em um mundo
impuro. Somos partículas desse pó, e a única certeza é que a esse pó material,
retornaremos e o nosso Espírito retornará a Deus que o deu. Ademais, tudo é
vaidade!
Somos um conjunto de coisas que nos foram ditas no passado; a
ideia não é ser isso, mas se for, que se seja com uma dose de consciência e
coragem para assumir a ideia de que somos o que queremos ser a partir do momento
que resolvemos nos livrar do julgo antes imposto.
Nisso, só há sentido quando soubermos o sentido que queremos dar
na nossa vida dentro e fora da Maçonaria.
Fora disso, é perca de tempo e é assumir o fatalismo existente
na inconsciência dos fatos que ladeiam a razão da nossa existência.
Voltando a temática inicial: SOMOS TODOS IGUAIS? Que Quão bom e
quão suave fosse que realmente vivêssemos Unidos como irmãos!! Que realmente
fossemos iguais, como irmãos.
Nós somos irmãos de famílias diferentes, não temos o mesmo
sangue, mas carregamos o mesmo sentimento no coração. Os Maçons precisam
aprender em a ter mais compaixão e menos vaidades pessoais e intolerância.
Precisam substituir a ganância por bondade, a inveja por
solidariedade, o desespero por esperança. A Ordem Maçônica e o mundo precisam,
acima de tudo, de amor.
Mais amor, menos medo. O amor vai nos salvar; não o
amor romântico, mas o amor de cada ser humano pelo outro. Somos todos irmãos
aqui. Todos merecemos dar e receber amor.
Se os Irmãos valorizassem a bondade acima da força física ou do
acúmulo de conhecimento, nossas Lojas e Orientes seriam um lugar melhor. A
bondade é muito mais do que qualquer outra coisa. Ela é força do espírito, ela
é sabedoria verdadeira.
Ouvi do saudoso irmão Ítalo Natali, da Querida Loja
Estrela do Mucuri, Oriente de Nanuque MG: “Irmãos são presentes que o universo nos
envia para proteger e amar. Valorize essa união!”
Assim concluindo, sempre me lembro dessa frase dele. Somos
presentes do Universo, mas para realmente sermos iguais em essência e em
espírito, teremos que primeiro Amar aos nossos irmãos, valorizarmos suas qualidades
individuais, protegermos nossos irmãos de nossos arroubos e intolerâncias e
relevarmos quando eles nos tiverem ofendido, pois afinal, dentro da Maçonaria, um
Ósculo e um abraço Fraternais devem ser o suficiente para apararmos quaisquer arestas.
Esses dois atos são a Trolha, que deve corrigir nossas arestas e discrepâncias,
para realmente afirmarmos:
SOMOS REALMENTE TODOS IRMÃOS!!!!
Ir.’. Dario Ângelo Baggieri
Montanha - ES