MAÇONARIA OU MAÇONS, QUEM É RESPONSÁVEL?



Noutro dia, em uma reunião on line com membros de minha Loja, fiz uma citação sobre a abertura de uma palestra onde começaria fazendo uma pergunta: “Qual foi a participação da Maçonaria na História do Brasil?”.

Disse que esperava respostas do tipo: Independência do Brasil; Proclamação da República; Libertação dos Escravos, etc.

Informei que minha resposta seria NENHUMA, e sim os MAÇONS.

Vivemos em uma época em que os méritos vão para as entidades e nos esquecemos da participação de seus membros.

Tentarei justificar.

A maçonaria é uma associação, também chamada de ordem ou de fraternidade, que tem como princípios básicos o livre pensamento e a prática da tolerância e da moralidade. O objetivo da ordem é ajudar no desenvolvimento espiritual e moral das pessoas que fazem parte dela (chamados de maçons), para melhorar a sociedade, deixando-a mais justa, ética e moral.

Nada disso se encaixa numa participação política.

Continuando: Como cidadãos, temos o dever de participar das iniciativas comunitárias de interesse geral, mormente quando somos solicitados a isso, mercê de nossas qualificações pessoais e da nossa posição na estrutura social.
Como maçons, temos a obrigação moral, assumida por juramento, de influenciar o meio social em que vivemos por todas as formas ao nosso alcance, quer individualmente, quer de maneira coletiva, e esta, através de associações, entidades, organismos oficiais e… a Maçonaria.
Reparem, qual seria a nossa atuação!
Concluindo: A NOSSA ORDEM NÃO SE DESTINA A DESEMPENHAR UM PAPEL PROEMINENTE NEM A INTERFERIR EM ASSUNTOS OFICIAIS DIRETAMENTE, COMO ALGUNS PODERIAM GOSTAR DE VER.
Ao contrário, ela reúne homens de variadas formações culturais, sociais e morais, identificados, simplesmente, como livres e de bons costumes, com a finalidade de ampliar as qualidades de que são já detentores e, quando possível, fazer desabrochar outras, adormecidas ainda, de modo que, ao atuarem na sociedade a que pertencem, possam ser propagadores de uma doutrina voltada para a prática desinteressada da virtude e a busca incessante da verdade.
Como exemplo vou citar a Royal Society inglesa, que é uma instituição destinada à promoção do conhecimento científico fundada em 28 de novembro de 1660 em Londres.
Em seus quadros passaram vários maçons famosos, como por exemplo: Jonathan Swift, autor da obra As Viagens de Gulliver, Voltaire, Isaac Newton, Francis Bacon, entre outros.
A História reconhece o autor, enaltece a obra, e não a sociedade a que pertenciam.
Quando maçons acertam nas escolhas, participam positivamente na política, atuam corretamente nas atividades de sua comunidade, vem a citação: A Maçonaria fez isso e aquilo.
Agora vamos inverter os fatos, no passado e no presente, vários irmãos nossos, fizeram verdadeiras lambanças, envolvidos em corrupção e outros delitos altamente questionáveis,
Seria justo afirmar, ou ter estampado nas manchetes dos jornais: “A Maçonaria participou na corrupção do país”.
Seria justo isso? Claro que não!
Nossa Ordem não pode ser responsabilizada por erros de seus membros, da mesma forma, pelos seus acertos.
Meus Irmãos me desculpem, mas essa é minha opinião. Não quero fazer a cabeça de ninguém. Somos responsáveis por nossos atos, nossos acertos são oriundos dos nossos ensinamentos. Os nossos erros são provocados pela falta deles.
Paulo Edgar Melo
Membro da ARLS Cedros do Líbano, 1688
Oriente de Miguel Pereira-RJ – GOB-RJ





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