Interessante quando
inicia esta instrução com a palavra “ajudai-me”, o que denota um exemplo de
humildade do Ven.: M.: Uma alerta: o maçom é reconhecido pelo S.: pelo T.: pela
P.: e também pelos atos que pratica, sinais que se distribuem entre irmãos e
atos que ultrapassam os umbrais da maçonaria, pois se esparzem entre a
humanidade.
O aprendiz aprende a palavra soletrada, porque este é o aspecto de todo o
início. Por ventura alguém constrói uma casa sem colocar tijolos sobre tijolos?
Alguém aprende a falar sem os primeiros sons? Quem dentre vós não começou a
andar engatinhando ou tropeçando nos primeiros passos?
Não sabeis vós que a lógica do universo, que o seu beabá, começa do átomo para
a molécula, desta para a célula, desta para o sistema complexo, deste para o
corpo humano, deste para a humanidade, desta para Deus? E que também do átomo
para a substância, desta para a matéria organizada, desta para os corpos
celestes, destes para os sistemas solares, destes para as galáxias, destas para
todo o universo e deste para Deus? Aí está uma grande sabedoria da Maçonaria,
escondida numa pequena instrução.
Nem nu nem vestido porque todo ser humano nasce igual e apto para realizar o
trabalho moral que se representa pelo primeiro avental, trabalho este que é
feito a partir de si alcançando todo o universo, assim como é constituída a
loja maçônica.
A sustentação da loja sobre doze colunas é um chamado à representação zodiacal
do número 12, que aparece intercaladamente em várias “ensinanças” dos povos,
como os 12 trabalhos de Hércules, os 12 discípulos de Jesus, etc.
Para os Pitagóricos o
12 tinha grande representação, pois se vós colocardes 12 moedas em redor uma da
outra, no centro ficará um espaço que corresponderá a uma 13ª moeda.
As colunas das luzes são a sabedoria (jônica) no oriente, a força (dórica)
ocidente e a beleza (coríntia) no sul. A força sem beleza é estupidez. A força
sem sabedoria é ignorância. A beleza sem força é fragilidade. A beleza sem
sabedoria é vulgaridade. A sabedoria sem força é infantilidade. A sabedoria sem
beleza é ingenuidade. O trabalho constante e harmônico destas três grandezas é
maçonaria.
As figuras solicitam inúmeras explicações e não cabe ficar a noite inteira aqui
falando sobre elas: duas colunas com três romãs – no livro de Rute cap.2:1 de
Booz e Rute vem Obede, que gerou Jaquim, o helenita, que gerou Davi, que gerou
Salomão.
No seu templo Salomão
relembra Booz e Jaquim, respectivamente seu avô e trisavô, pelos seus valores
morais. A romã é citada 12 vezes no velho testamento, há várias cidades antigas
com o nome de romã, era venerada no Egito e toda aquela região ao seu redor, é
considerada afrodisíaca, símbolo de vida, de união e muito conhecida desde
Abraão, Jacó, Salomão, etc.
A pedra cúbica não sai do nada, mas da pedra bruta. Os grandes escultores o
único que fazem é retirar o material que sobra da pedra, para que apareça a
escultura perfeita que nela já está.
Oriente e Ocidente: é o jogo das polaridades que movimenta os mundos. Os dois
pontos solsticiais: o solstício de inverno acontece em 21 de junho e o de verão
em 21 de dezembro. No de inverno o dia é curto e a noite é longa, no de verão é
o inverso. Lembrar que enquanto é inverno no hemisfério norte, é verão no
hemisfério sul.
Esquadro, compasso,
nível, prumo, maço e cinzel são o básico fundamental para que a construção seja
feita com sabedoria, força e beleza. Quando você observa uma casa caindo, uma
parede rachando, com certeza um destes instrumentos não foi usado
adequadamente, o mesmo acontece com a construção do maçom.
No pavimento mosaico com a orla dentada, reforça-se as idéias das polaridades
que sustentam o cosmos, assim como também a complexidade étnica humana que deve
viver dentro de uma harmonia e união. Como ele está no solo, é sobre este
terreno que deverá o maçom construir e dirigir seus passos firmes e bem
assentados.
Nenhum de nós alcançará o céu sem ter uma conduta na justa medida sobre a
terra.
Nenhum de nós estará com o Eterno, sem antes não nos unirmos como irmãos entre os homens.
Nenhum de nós conhecerá a linguagem dos anjos, sem antes construirmos uma arte dialógica harmônica e pacífica entre todos.
Nenhum de nós
conhecerá o maná do conhecimento divino, sem antes praticarmos a arte da
tolerância.