Não havia Sessão!
Os irmãos maçons
ausentes.
Adentrei ao Templo com
respeitoso silencio.
Dei Glória ao Grande
Arquiteto do Universo!
A Energia provinda
da Egregora ali presente, tomou conta do meu ser.
Aos poucos, lentamente,
fui sentindo a presença dos meus irmãos invisíveis.
Porque a Maçonaria
Universal, pela diferença de fusos horários, - sempre,
em algum lugar do Planeta Terra, uma Sessão está acontecendo; também, consideremos,
o fraterno amor une a todos nós irmãos maçons, obreiros do trabalho do
amor caritativo promotor da paz que, - um dia, - unirá
todos os povos e todas as nações.
Não importa o Rito e a
Liturgia praticados, não importa a língua falada.
Identificamos-nos com
todos os irmãos maçons distantes, mesmo sendo, apenas pelos nossos pensamentos,
- pela mesma vontade, pelo desejo de evoluir e progredir, em nossas vidas,
através do lapidar da nossa pedra bruta, ainda disforme e sempre carente de
novos desbastes.
Continuei em silencio,
agora, - ouvindo mentalmente, as pancadas dos malhetes, despertadores da
consciência do dever e da responsabilidade que assumi, desde o maravilhoso dia
da minha iniciação na Arte Real.
Os rostos sorridentes e
acolhedores dos novos irmãos! - Até a pouco desconhecidos.
Minhas doces e amoráveis
lembranças me conduziram aos progressos que fiz, estudando e participando
assiduamente das sessões na Oficina de Trabalho.
Vi-me, lá adiante,
empunhando a Espada Flamígera, consagrando novos irmãos maçons.
Naquele momento tão especial, recordei do alegre e feliz congraçamento fraterno que, - acontece quando abraçamos um novo irmão.
Desta forma, não me senti sozinho!
O Olho Onividente que Tudo Vê, que tudo Sabe e está sempre observando, cuidando e zelando por todos os irmãos maçons; pareceu-me, por um breve instante que, o Olho Cósmico, brilhante, luminoso, vivo, sorria para mim.
É deveras interessante, como apenas um olho possa nos transmitir um sorriso, sem as expressões do rosto inexistente; porém, me dei conta que ele expressa aquilo que se passa no interior do Espírito, e assim concluí que o Olho representativo da Infinita Visão do Supremo Criador, Deus, - tem o dom de nos admoestar, nos chamar à atenção, como também pode ser solidário e pode nos olhar com Seu Magnificente Amor, nos incentivando a seguir em frente, nos dizendo, - segue!
Eu Estou Contigo!
Não importa o tamanho do espaço físico estrutural de um Templo Maçônico; uma vez respeitadas às proporções que deva ter, quanto à proporcionalidade dos quadrados que o compõe, importa sim!
Que cada irmão ali
permaneça com humildade, com respeito à hierarquia, com disciplina, em
ordem, carregando consigo a vontade de aprender tudo aquilo que sempre lhe é
disponibilizado conhecer de acordo com o grau a que pertença.
Porém, não podemos apenas ater-nos aos aspectos daquilo que vemos simbolicamente no Interior do Templo,precisamos compreender que, assim como os irmãos invisíveis estão sempre presentes, as Energias emanadas pelo Templo Cósmico simbolizado na Abóboda do Templo, ali estão sempre atuantes.
Assim como nos revestimos com vestes especiais e nos paramentamos com nossos aventais, e ainda, se o for o caso, com nossas lindas e significativas jóias dos cargos que possamos usar, é mister que deixemos as preocupações, as angústias do cotidiano e ainda as imperfeições do comportamento profano, que, - teimosamente tenta permanecer em nossos corações.
Porque, somos responsáveis diretos, pelas Energias circulantes que, não as vemos, porém, as recebemos e na mesma proporção que as captamos, também, contribuímos com as nossas próprias energias positivas ou negativas que consciente ou inconscientemente elaboramos.
A má fé, a desobediência,
o desejo de corrigir ao outro, aos outros, polui o Interior do Templo e, assim,
polui, também o Interior do nosso próprio Templo, contaminando todo o Ambiente
Consagrado ao Supremo Bem.
A desarmonia, a ausência
do fraterno amor, é verdadeiramente, a personificação do inimigo
presente, destruidor de todo o Trabalho que, transforma-se em trabalho de
desconstrução, capaz de abalar as Colunas do Templo.
Nestes casos, não importa a simplicidade ou a suntuosidade do aspecto visual do Templo, os resultados serão sempre os mesmos!
Descontentamentos,
críticas negativas, inoportunas e mal intencionadas, ferirão os
irmãos inocentes, - os neófitos, que, desejaram ingressar na Maçonaria,
esperando conviver pacificamente, aprendendo o segredo da morte do homem
profano, para o renascimento do homem maçom.
O Olho Onividente no tempo oportuno, - julgará e punirá os perjuros vaidosos, invejosos e sedentos do poder que, julgam-se capaz de obter como obtêm no mundo profano as vantagens que orgulhan-se de possuir, - quando mentem, corrompem e enganam, porque, - são apegados ao ter, pois, não quiseram aprender, ou não querem aprender, - o maravilhoso dom de "ser um verdadeiro maçom".
Os maus maçons, perjuros, perder-se-ão pelos caminhos escabrosos do mundo profano, o qual escolheram cegamente para viver!
Ir.'. Orlei Figueiredo
Caldas 33°