HUMILDADE: HONRAR A VERDADE




A Ordem Maçônica carrega em seus princípios verdadeiros tesouros de valores imensuráveis, na verdade, lenitivos suficientes para promover a luta contra as imperfeições da pedra bruta, e, alçar vôos para o trabalho da pedra polida em direção às perfeições da alma. Essas orientações sublimes são mostradas aos Maçons, que com seu livre arbítrio, sua determinação promova a sua caminhada ao mais alto degrau de evolução.

Confunde-se grau e/ou cargo adquiridos ou impostos, acrescidos de vaidade, orgulho e ambição, que devem alimentar o egocentrismo e sentir-se superior aos seus pares, como a condecoração material mais perfeita que um materialista pode almejar.

Ledo engano! O mais alto pedestal que pode almejar um maçom é: humildade.

A poetisa Maria Dolores em um de seus poemas elucida:

“O progresso exalta o mundo...
E no porão da grandeza,
Há pranto, angústia, tristeza,
Embates de chaga e dor!...
Só Jesus, vencendo as sombras,
Ergue a luz da Caridade,
Conduzindo a Humanidade
Para a vitória do Amor.”

O Divino Mestre quando há mais de 2.000 anos passou pela Terra, foi claro de que a vaidade e outras qualificações são apanágios dos tolos, dos incautos e dos perjúrios, onde se comprazem na pusilanimidade do materialismo que os distanciam do bom, do belo e do justo.

O tempo urge, o GADU clama a todos, pedindo nossa transformação pelo Amor, pela Caridade e pelo bem feito desinteressadamente. Chegamos muitas vezes a pensar que a nossa consciência está obnubilada, momentaneamente, pela ilusão do materialismo.

Somos Maçons, nós temos responsabilidades pelos que sofrem, pelos injustiçados, pelos órfãos, pelas viúvas, enfim, onde a dor fizer morada, devemos nos aproximar, encontrar solução para afastar o infortúnio. O sofrimento de qualquer ser humano é nosso sofrimento, caso contrário, seremos esquizofrênicos, pois, não nos sensibilizamos com o sofrimento alheio.

Aparência não é sinônimo de Maçom, aparentar ser bom, ser cargo, contudo, no dia a dia, seus atos denotam a pobreza espiritual: aprendemos a acreditar não naquilo que um irmão fala, mas, naquilo que o irmão faz, nos seus atos, na maneira como trata sua família, seus subordinados, seus amigos, seus desafetos, pois, atitudes sensatas e equilibradas representam mais do que palavras soltas de conhecimentos, mas sem amor.

Certa feita recebemos em nossa Instituição filantrópica um Pastor Evangélico a ministrar uma aula prática aos novos Pastores que iriam concluir o curso, quando em sua fala, assim disse: “Atender bem a um superior seu, representa um ato de obediência; atender bem a alguém no mesmo nível de hierarquia representa um ato de respeito; contudo, atender bem a alguém mais fragilizado e/ou empobrecido, que nada pode me oferecer em troca, isso representa um ato de humildade.” 

A Ordem Maçônica nos adverte, diuturnamente - existe uma Lei Divina chamando-nos a prestar contas de nossas atitudes, nossos pensamentos, qual caminho estamos percorrendo. Todos os instantes somos chamados à responsabilidade, tenho condições de permanecer a fugir os desmandos que cometo? Até quando continuarei enganando a mim mesmo. Da Lei do GADU, ninguém foge como dizem: “O corcunda para onde vai, leva à corcunda.”

Estamos matriculados numa sublime Escola, chamada Maçonaria, sejamos dignos dos seus ensinamentos. A estrada da vida é reta, não permite atalhos, conchavos e hipocrisia. O verdadeiro Maçom é fácil de identificar: é simples, humilde e serve a todos sem pensar em recompensa. Quando questionamos a um maçom o que se faz em sua Loja Maçônica? Ele prontamente responde: - Levantam-se templos à virtude e cavam-se masmorras aos vícios.  Esse, sim, o verdadeiro legado ou código do maçom, contudo, não devemos amaldiçoar e/ou maldizer o maçom equivocado, pois, não somos juízes. Da Lei Divina, ninguém foge.

A mão do GADU alcança a todos, e, em todas as épocas. Tivemos equívocos, é só examinar a História, desde a Ordem dos Templários (1118-1312), com Inácio de Loyola, passando pelos Maçons na Queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789, com Joseph Fouché, embora esse maçom fosse sinônimo de abrir mão de qualquer caráter, ou convicção a pretexto de ser leal ao mais forte, mais poderoso e mais rico em bens materiais e poder. Nos dias atuais, temos essas perigosas semelhanças de desvios de conduta, em pouquíssimos maçons, mesmo tento visto a Luz, preferem as trevas da ignorância, para permanecerem equivocados em alimentar o egoísmo, o orgulho e a vaidade.

A alma do verdadeiro Maçom não se compra com metais, nem com cargos, pois a honra não é moeda de comércio. O Maçom se curva às virtudes e bondade.

O momento é de Amar e servir, como verdadeiros filhos da Luz.

Saúde e paz sempre!

Wssf
Loja Maçônica Calixto Nóbrega nº 15
14.10.2019 - Oriente de Sousa – Paraíba.

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