REFLEXÕES SOBRE A CÂMARA DE REFLEXÕES


I - INTRODUÇÃO:

A Câmara de Reflexões é a verdadeira chave da iniciação do neófito na Ordem Maçônica, tendo ela uma enorme importância para o Maçom futuramente, pois é justamente nesse momento que o neófito reflete sobre toda a sua vida profana e como deverá segui-la após adentrar na Maçonaria.

Em se tratando realmente do verdadeiro ponto crítico da Iniciação, espera-se inspirar ao Candidato, dentro da Câmara de Reflexões, sentimentos de profundo respeito que hão de levá-lo a entregar-se a uma meditação profunda, através da qual o seu espírito purificado será levado a compreender o valor das coisas terrenas e o valor inestimável dos bens espirituais. Sem essa meditação em lugar tão apropriado, a verdadeira iniciação torna-se irrealizável.

Encontramos também um ambiente sombrio, adornado de emblemas fúnebres, destacando frases marcantes, no qual o profano faz o seu testamento, a fim de lembrar ao Candidato a sua morte para o mundo profano e que, purificado e regenerado, deverá começar uma nova vida.

Esse cenário decifra para muitos profanos, como também para numerosos Maçons, que a Câmara de Reflexões pode ter o objetivo de amedrontar o iniciante, provocando nele terror físico, disso resultando, muitas vezes, situações constrangedoras e não iniciáticas. Esta situação se agrava ainda mais quando o profano não é devidamente instruído pelo Ir:. Experto.

No entanto, devemos nos apegar ao fato da Câmara de Reflexões possuir toda essa carregada simbologia, mas no intuito de despertar a reflexão profunda ao profano.

Ao entrar no prédio da loja, com os olhos vendados, o candidato é recolhido à Câmara, e essa simbologia corresponde a Terra, a qual, por sua vez, representa a materialidade.


II - FUNDAMENTOS DA CÂMARA

A Câmara de Reflexões é também o símbolo manifesto de um estado de conseqüência equivalente, mas seu simbolismo não para aí. É considerada como uma descida aos infernos, ou seja, aos lugares inferiores, visto que, na Câmara de Reflexões o neófito é obrigado a descer em si mesmo, entregando-se a uma introspecção muito importante.

Trata-se, portanto de um recuo, de um retrocesso ou reflexão em si mesmo. Isso levou o simbolista francês Presigout a preferir dar a esse local a denominação de Câmara de Reflexão, porque, diz ele, o profano não se entrega a reflexões, mas opera sobre si mesmo uma reflexão, no sentido de “inversão”, para poder nascer de novo.

E de fato, ao fazer passar o profano pela Câmara de Reflexão, espera-se que o isolamento que ele vai se encontrar, a atmosfera que nela existe e os objetos que nela se encontram, hão de concorrer para levá-lo a novas descobertas e a proporcionar-lhe ensinamentos novos. Isso, sem dúvida, há de ajudá-lo a realizar esse recuo sobre si mesmo, assim como um corpo muda de direção depois de chocar-se com outro.

O choque de espírito contra a superfície refletora da Câmara há de levá-lo a examinar as suas idéias, a compará-las e, desse processo, há de resultar certamente um pensamento novo.

Existe também a idéia de que esse simbolismo significa a posição de feto no ventre e constitui o tempo da gestação que precede o novo nascimento. Esse ventre é comparado à Câmara de reflexão, aonde o embrião se desenvolve. E pelo aspecto fúnebre entende-se como o significado da morte do neófito na vida profana.

Pode-se entender, ainda, o aspecto de uma gruta ou de uma caverna sombria, por simbolizar o centro da Terra, o seio da natureza material, de onde vimos e para onde voltaremos, com o nosso físico dissolvido e transformado em pó, o que é lembrado ao iniciante pelos despojos humanos nela contidos.

Por seu isolamento e suas paredes negras, a Câmara de reflexões representa um período de escuridão e maturação silenciosa da alma, por meio da meditação e da concentração em si mesmo, período que prepara o verdadeiro progresso, efetivo e consciente, que se manifestará posteriormente à luz do dia.

A finalidade da Câmara de reflexões não é infundir terror físico aos iniciantes, como infelizmente ainda alguns supõem. Ao contrário, pretende-se criar um estado de espírito indispensável à compreensão dos ensinamentos decorrentes do simbolismo e do esoterismo da Iniciação Maçônica. A incompreensão dos elevados objetivos da Iniciação por parte de muitos iniciadores faz, muitas vezes, abortar essa necessária predisposição espiritual.

Ao fazer passar pela Câmara de reflexões o profano, pretende-se mostrar que tinha chegado o momento de morrer para o vicio, as paixões, os preconceitos e os maus costumes; para fazer-lhe compreender que diante da morte desaparecem o orgulho e a ambição humana, e que de nada valem o poder e as riquezas do mundo.

A permanência do iniciante na Câmara de reflexões representa o período de gestação do Maçom, pois, ao morrer para o mundo profano, ele prepara a sua mente e o seu espírito para o nascimento de uma nova vida.

É necessário que se conceda ao profano tempo suficiente para meditação frente aos símbolos que se encontram na Câmara de reflexões, tendo-se o cuidado para que nada venha perturbá-lo durante aquele período. Deve-se evitar a todo custo fazer entrar dois profanos ao mesmo tempo na Câmara, sob o pretexto anti iniciático de se ganhar tempo.

Os profanos devem ser convidados a comparecerem com antecedência suficiente para que cada um possa permanecer pelo menos meia hora dentro da Câmara.

III - DESCRIÇÃO DA CÂMARA

A Câmara de Reflexões é um cubículo que não deve receber luz do exterior, sendo iluminada apenas por uma vela ou uma lamparina. As paredes, forradas e pintadas de preto, ostentam várias inscrições e emblemas fúnebres formando um conjunto.
Em seu interior encontram-se uma mesa e um banco pequenos, um esqueleto humano ou um crânio e ossos, enxofre, e outra sal e mercúrio, um pedaço de pão, uma bilha d’água, uma campainha, papel e caneta.

Muitas Lojas mais modestas, porém mais interessadas no estudo da doutrina e do simbolismo maçônicos, representam tais objetos sobre um simples painel. Sobre ele acham-se pintados vários emblemas: no alto, a palavra V.I.T.R.I.O.L. (Visita Interiora Terrae, Retificandoque, Invenies Occultum Lapidem), que significa: “Visita o interior da terra e, retificando, encontrarás a Pedra Oculta”.

Logo abaixo, um galo, uma bandeirola, na qual estão inscritas as palavras Vigilância e Perseverança. No meio do quadro vêem-se uma ampulheta, uma foice, um crânio com duas tíbias cruzadas.

De cada lado, duas taças com os símbolos do enxofre e do sal marinho. O do enxofre é um triângulo com vértice para cima e uma pequena cruz grega embaixo; o do sal é um circulo atravessado por uma diagonal horizontal.

O galo representa o Mercúrio e estarão pintados, por baixo de duas taças, de um lado a bilha d’água e, do outro, o pão.

IV - AS CITAÇÕES DA CÂMARA DE REFLEXÕES

Sobre as paredes da Câmara de Reflexões há inscrições, descritas abaixo, com a finalidade de levar o profano a encarar o ato a que vai ser submetido, com a honestidade a que deve fazer jus.

· SE A CURIOSIDADE AQUI TE CONDUZ, RETIRA-TE
A Maçonaria não pode servir de campo experimental para satisfação de uma simples curiosidade. Inteiramente dedicada ao estudo de problemas fundamentais e de grandes ensinamentos, todo elemento possuído por uma simples curiosidade, longe de lhe ser útil, seria um perigo.

Sendo manifesto o desejo da Maçonaria de participar ao mundo a sua utilidade por meio de sábios e discretos ensinamentos e por elevados exemplos, ela reprime a louca afeição ao superficial, ao fútil, engrandecendo no homem o desejo de instruir-se através de estudos sadios, sérios e proveitosos.

· SE TENS RECEIO DE QUE SE DESCUBRAM OS TEUS DEFEITOS, NÃO ESTARÁS BEM ENTRE NÓS
O ensinamento que essa frase encerra é fundamentalmente proveitoso. O homem não pode alcançar um grau de elevada perfeição, senão pelo constante estudo de si mesmo e com o conhecimento mais amplo de seus próprios defeitos, e, dessa forma, a Maçonaria exige de seus adeptos uma recíproca advertência sobre si mesmos.

O Maçom, para seguir o seu caminho de constante aprendizado, precisa transparecer, sem receios, todos os seus defeitos, por mais amargo que isso venha a ser, pois é através desta exteriorização que se pode lapidar a verdadeira pedra bruta.

· SE FORES DISSIMULADO, SERÁS DESCOBERTO
A hipocrisia é uma das causas principais que fazem progredir o mal no mundo, devendo o Maçom fazer sempre o possível para desmascará-la, combatendo-a por toda a parte onde ela se encontre. Todo aquele que finge, aquele que oculta, cedo ou tarde será desmascarado e seus vícios expostos à luz do sol, à luz da verdade.

· SE ÉS APEGADO ÀS DISTINÇÕES MUNDANAS, RETIRA-TE; NÓS AQUI, NÃO AS CONHECEMOS
A Maçonaria respeita as hierarquias do mundo profano e as distinções sociais exigidas pela ordem social. No entanto, dentro de seus templos, isso é desprezado pelo princípio da igualdade que deve reinar entre todos os seres, sem mais distinções que as merecidas pela virtude, nobreza e talento; da mesma forma em que os trabalhos dos Aprendizes Maçons iniciam-se ao meio dia, fazendo com que os irmãos trabalhem sem fazer sombra uns aos outros.

Esse sentimento de igualdade traz, por conseguinte, uma evolução em conjunto muito mais forte e duradoura, fazendo com que o sentimento de desprezo ou o próprio individualismo não sejam bem quistos na Ordem Maçônica.

· SE TENS MEDO, NÃO VÁS ADIANTE
Embora a Maçonaria não pretenda despertar o terror ao iniciante, essa inscrição existe para indicar que no momento de perigo, o homem carente de fé e de valor, que se deixa dominar pelo terror e a superstição, não consegue exteriorizar a sua pedra bruta.

O sentimento de medo faz com que o homem bloqueie seu caminho a ser triunfado, inibindo a sua coragem, perseverança, auto-estima, valor e fé, que é justamente o que o iniciante está precisando exteriorizar nesse momento.

· SE QUERES BEM EMPREGAR A TUA VIDA, PENSA NA MORTE
Sendo a morte o fim de tudo, a sua aproximação será o castigo ou a recompensa da vida, de acordo com o emprego que lhe foi dado e a direção que lhe foi impressa. O homem deve refletir sobre a morte para assim valorizar e lapidar a sua vida. Sendo assim, o Maçom deve fazer de sua vida um caminho laborioso, superando obstáculos, com a máxima valorização intrínseca de si mesmo.

Pode-se entender, ainda, a morte, como sendo o fim da vida profana e o nascimento na vida maçônica, na qual o iniciado começa a glorificar a verdade e a justiça, levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício.

V - O SIMBOLISMO DOS ELEMENTOS DA CÂMARA

A VELA
A Câmara de reflexões é iluminada apenas pela luz de uma vela ou de uma lamparina. Há várias interpretações sobre este símbolo. Pode ser a primeira luz da Maçonaria que o profano recebe, de início fraca, para que o profano, através dos pensamentos que o ambiente lhe sugere, possa acostumar a sua visão espiritual à luz deslumbrante das verdades que lhe serão reveladas.

A luz dessa vela é o reflexo e a representação da divindade no plano terrestre. É ela o único asilo seguro contra as paixões e perigos do mundo e que proporciona o repouso, o discernimento e a luz da inspiração, quando a Ela se recorre.

Esse clarão simboliza então a lâmpada da razão, iluminando a Câmara que não é outra coisa senão o interior do homem, dando lhe assim a esperança de um mundo novo e diferente, que se abre a sua frente, mundo do qual ele não pode fazer uma ideia precisa, mas que na iniciação haverá de descobrir.

O GALO
O galo representa o Mercúrio, principio da Inteligência e da Sabedoria. Essa ave é, também, um símbolo de Pureza.

O Galo é um gerador da esperança, o anunciador da ressurreição, pois seu canto marca a hora sagrada do alvorecer, ou seja, a do triunfo da Luz sobre as Trevas. A sua presença na Câmara de Reflexões simboliza o alvorecer de uma nova existência, visto que o iniciante vai morrer para a vida profana e renascer para a vida maçônica, sendo ele o signo esotérico da Luz que o Profano vai receber.

Também simboliza a Vigilância que o iniciado deve manter relativamente ao papel que desempenha na sociedade. Também simbolizado por forças adormecidas que a Iniciação pretende realizar, esotericamente simbolizado pela “força moral”, indestrutível, guiando os passos do Maçom dentro e fora do Templo.

A BANDEIROLA
Colocada por baixo do Galo traz inscritas as palavras Vigilância e Perseverança. Consideradas do ponto de vista etimológico, essas palavras podem significar “vigiar severamente”. Indicam ao Futuro Maçom que deve, a partir daquele momento, prestar toda a atenção e investigar os vários sentidos que podem oferecer os símbolos, os quais, só conseguirá entender completamente através de uma paciente Perseverança.

 Assim como o dever moral, que o Maçom deve colocar em prática dedicando-se a uma Vigilância constante. É também a difícil tarefa de desbastar a Pedra Bruta que só alcança algum sucesso, quando realizada com a mais firme Perseverança.

O CRÂNIO
A presença de um Crânio pode despertar no profano alguns pensamentos, através dos quais ele poderá imaginar a representação, pela caixa óssea, da inteligência e Sabedoria, da qual ela é símbolo. A Sabedoria é tão importante para o nosso cotidiano como o conjunto de nossa existência e para as grandes decisões. Pode ser vista como a Razão governando a prática pela teoria.

Assim como na Câmara, os ossos são um mero complemento do Crânio como símbolos da Morte.

A AMPULHETA
Como é um instrumento para medir o tempo, é considerado na Maçonaria, um símbolo que mostra, pelo escoamento da areia, o rápido transcorrer do tempo, e recorda ao profano a brevidade da existência humana, aonde têm um significado esotérico com diversas interpretações.

O tempo passa e voa, e a vida sobre a terra é semelhante ao cair da areia. Por isso é preciso saber aproveitá-la em coisas úteis e proveitosas para si próprio e também para a humanidade. Pois uma vida dedicada ao acumulo de riquezas e ao gozo dos prazeres sensuais não contribui para a felicidade de ninguém, é uma vida desperdiçada. O iniciante deve lembrar que as pequenas porções do tempo juntam-se umas as outras e terminam no seio da Eternidade.

A FOICE
Símbolo muitas vezes não utilizado, mas que representa o símbolo da destruição e da morte, que em dado momento perturba a vida de qualquer pessoa, sem distinção de classe social. Pode ser interpretada como também, um símbolo do tempo, mostrando-nos a curta duração de nossa existência terrena e despertando-nos o medo.

O PÃO E A ÁGUA
Tende a assemelhar a Câmara de Reflexões a uma masmorra, onde o profano deve ser recolhido. Mas o Pão simboliza o laço de fraternidade entre os irmãos e a Água é o símbolo da purificação. São emblemas da simplicidade que deverá reger a vida do futuro iniciado, assim como alimentos do corpo e do espírito, os quais são indispensáveis, mas que não devem ser o único objetivo da vida.

Sendo assim, é o elemento indispensável à vida, e o pão, provindo do trigo, simboliza a força moral e o alimento espiritual.

O SAL
É o símbolo da mão estendida, representando a hospitalidade. Os antigos Greco-Romanos o simbolizavam pela amizade, finura e limpeza da alma e da alegria. Seria como se fosse algum dizer de boas vindas ao iniciante, mostrando-lhe que ele será acolhido alegremente, com todo o coração, e que ele há de se sentir em “sua casa”. Assim, o profano, com o espirito livre, se entregará inteiramente à conquista das verdades prometidas.

O MERCÚRIO
Representado pelo Galo, é um símbolo não apenas de Vigilância e Coragem, como também de Pureza. Princípio fêmea, na alquimia, é considerado Hermeticamente como o princípio da Inteligência e Sabedoria.

ENXOFRE
É considerado o princípio macho, na alquimia. É o símbolo do espírito e por isso simboliza o ardor.

“ A pedra Filosofal é um Sal perfeitamente purificado, que coagula o Mercúrio afim de fixá-lo em um Enxofre extremamente ativo. Esta fórmula sintética resume a Grande Obra em três Operações que são: a purificação do Sal, a coagulação do Mercúrio e a fixação do Enxofre”. (In “O Simbolismo Hermético” de Oswald Wirth)

TESTAMENTO
É o ato que geralmente, na vida Profana, é praticado a aqueles que se encontram à beira da morte. Mas na Maçonaria é considerado como um testamento “filosófico”, e não um testamento “civil”, como o dos profanos.

No testamento o iniciado irá “testemunhar” por escrito as suas intenções filosóficas, assumindo, dessa forma, uma obrigação prévia.

Sua verdadeira finalidade não é somente responder as perguntas, mas sim, fazer com que o iniciado expresse sua opinião sobre elas e escreva as suas últimas vontades, como se fosse mesmo morrer, no seu Testamento.

O profano expressará seus últimos pensamentos e suas últimas disposições, pois é sob influência da Câmara de Reflexões que ele dirá a verdade.

Assim, por esse documento, em que a sua mente só dirá a verdade, a Loja terá um conhecimento quase perfeito dos verdadeiros sentimentos do Profano.

VI - CONCLUSÃO
Resumidamente, a Câmara de Reflexões nada mais é do que a transição da vida profana para a vida Maçônica, que usa de seus elementos e simbolismos para preparar o iniciante para essa nova e frutífera vida.

A Câmara de reflexões leva o neófito ao mundo da introspecção. Mais tarde, pelo V.’.M.’. fica sabendo: "Os símbolos que ali existem vos levaram, certamente, a refletir sobre a instabilidade da vida, lição trivial sempre ensinada, e sempre desprezada".

Assim, constatamos que a Câmara de Reflexões tem como fundamento maior fazer com que o iniciante consiga exteriorizar, expor a sua pedra bruta, para que assim, a mesma possa ser permanentemente lapidada, intuito este, inerente à Maçonaria.

É neste local que o iniciante consegue se preparar para se tornar um verdadeiro Aprendiz Maçom, resgatando o seu verdadeiro eu interior e desprezando a sua parte infrutífera, catalisando assim todos os elementos necessários para o início dos trabalhos Maçônicos.

Essa fundamental preparação realizada pela Câmara no candidato torna-se claramente necessária ao entender-se que tal profano já está prestes a iniciar-se na Ordem.


A garimpagem de um irmão Maçom, o achado dessa nova pedra bruta (o iniciante), já fez com que se trouxesse uma grande expectativa de mais um irmão abrilhantando os trabalhos em Loja. Mas sem dúvida esse momento de garimpagem do próprio candidato, dentro da Câmara de reflexões, é vital para sua completa preparação.

VII - Bibliografia

Ritual do Primeiro Grau – Aprendiz – GOB;

ASLAN, Nicola, Comentários ao Ritual de Aprendiz – VADE MÉCUM INICIÁTICO, Editora MAÇÔNICA, Rio de Janeiro;

WIRTH, Oswald – O Simbolismo Hermético -

NÓS E A PALAVRA


A Maçonaria tem certas particularidades que a tornam única no mundo porque nenhuma outra instituição alcança com tamanha nitidez a alma humana na mais legítima expressão do bem, construindo ao longo da sua história o verdadeiro santuário em defesa do Amor, da Fraternidade, da Solidariedade, que respeita a Família, defende a Pátria e cultua a Bandeira como expressão do patriotismo que orgulha os seus filhos e, principalmente, pela fraternidade universal praticada pelos Maçons espalhados por todo orbe terrestre. 

No que se refere a Deus e a religião, o Maçom não pode nunca se esquecer de praticar a moral como forma de cumprir os mandamentos do Grande Arquiteto do Universo, nunca negando a sua existência ou a vida do amanhã, não se lhe permitindo, jamais, ser ímpio, ateu ou agnóstico.

A Maçonaria é por excelência uma instituição eminentemente filosófica, obsessivamente segura dos seus propósitos de tornar feliz a humanidade pelo aperfeiçoamento dos costumes, da propagação da ordem e da paz, principalmente, pela preservação da família como elo da força invisível do espírito e a própria existência do homem.  

Mas, no conjunto da obra, o Maçom acredita nos postulados da Ordem Maçônica e segue, passo a passo, o longo caminho que o leva a atingir a perfeição do seu caráter, buscando na felicidade do seu semelhante à riqueza de que precisa para alcançar a sua própria felicidade.

Em sendo de cunho filosófico, nos ensina o Irmão Hipólito Sérgio Ferreira, membro fundador da Academia Mineira Maçônica de Letras, a Instituição Maçônica passa pelos mesmos caminhos de outras instituições do mesmo gênero e até mesmo da maioria das religiões existentes.

Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino são exemplos da fundamentação filosófica da Maçonaria, iguais na teoria de que não existe paradoxo irreconciliável entre aquilo que diz a filosofia e a razão, porque a revelação da fé cristã e da verdade são sinônimos paralelos.

A filosofia é nada mais, nada menos, do que uma forma de pensar, tanto que a Maçonaria prima seu comportamento pelo soberano princípio do livre pensamento, buscando no mundo das ideias a inspiração para chegar à verdade.

A conciliação da doutrina maçônica com o seu compromisso com a Humanidade está expressa no documento que os Maçons conhecem como a Constituição de Anderson, aprovada em 17 de janeiro de 1723, resultado de um trabalho iniciado em 10 de setembro de 1721 que consistia no encerramento num mesmo título dos antigos documentos, livros de Lojas e as antigas disposições, “levando-se em conta as mudanças do tempo e das circunstâncias”.

Agora, digo eu, que a Maçonaria demonstra não ser estática, procura adequar-se ao tempo e aos costumes da época, porém guarda incólume a tradição de se fazer conhecida através da comunicação oral entre os seus membros, no que constitui uma defesa natural contra os maledicentes da Ordem.

Aliás, segundo a escritora Ana Helena Goes, “a palavra é o primeiro elemento transformador do mundo de que se vale o ser humano. A partir da palavra o homem passa a organizar e orientar-se por todo significativo, organizado o real, dando-lhe significados, percepções e sensações, ganham significados, a partir da palavra ganha um sentido recebendo uma significação, um nome. A palavra passa a fazer parte do mundo que é construído por nós, onde evitamos o caos, a desordem e damos um caráter todo unificado, ordenado por meio da linguagem.” 

A origem da palavra remonta à criação do mundo quando Deus, na sua infinita sabedoria, fez nascer a luz e iluminou a terra para que todos os seres encantados do Éden pudessem se ver mutuamente e aprender a dominar o tempo, a noite e o dia para sua completa felicidade. 

Na Maçonaria, mais do que em qualquer outra Ordem Iniciática, tudo nos leva à palavra como forma de transmissão oral da sua história e reconhecimento, seja nas sessões ritualísticas, como também, representa a segurança de que os meios e os fins que a fizeram traspassar os séculos estão a salvo da curiosidade do mundo profano.

Por isto que é de suma importância na Instituição Maçônica garantir a palavra ao Maçom nas assembleias de que participar, não somente porque é a forma dele expressar a sua verdade, mas, essencialmente a oportunidade que tem de ouvir para aprender todas as razões encerradas no simbolismo maçônico. 

Tão certo quanto o dia e a noite que se encontram no milésimo de segundo em cada ciclo equinocial e, simbolicamente, representa a igualdade que deve existir entre os Irmãos Maçons, sem brilhos ou sombras entre si mesmos, é de fundamental importância que a utilização dos meios de comunicação modernos, via internet, principalmente, se faça com a mesma discrição que sempre pautou o comportamento maçônico.

Por isto que os próprios Maçons têm o dever de policiarem a si mesmos, de saberem conscientemente o limite para publicarem os seus conceitos maçônicos, guardando o costume da transmissão oral da palavra maçônica, sem risco de, involuntariamente, abrirem as portas do imponderável para conhecimento do mundo não maçônico.


Autor: José Alberto Pinto de Sá 
Ex-Venerável Mestre da Loja Maçônica Inconfidência e Liberdade I, Nº 106 
Oriente de Ouro Branco 
Grande Inspetor Geral, 33º 
Juiz da Egrégia Câmara de Justiça da Grande Loja Maçônica de MG 
Membro Fundador da Loja de Pesquisas Maçônicas Quatuor Conorati - Pedro Campos de Miranda
Membro Efetivo da Academia Mineira Maçônica de Letras 


SALMO 133 - CONSAGRAÇÃO A DEUS


DAVI
Na tradição hebraica, a figura de DAVI, rei de Israel, tem duplo significado; o de fundador do poder militar judaico e o de símbolo da aliança entre Deus e seu povo. A história de Davi é narrada na Bíblia, nos livros I e II de Samuel.
Nascido em Belém, na Judeia, entrou como harpista na corte de Saul, primeiro rei de Israel. Na guerra contra os filisteus, o jovem Davi, armado com uma funda, matou Golias, o gigantesco campeão dos inimigos.
Essa vitória e outras que se seguiram despertaram o entusiasmo do povo e, enciumado, o rei Saul resolveu eliminá-lo, embora este tivesse se casado com sua filha Micol e fosse amigo de Jônatas. Davi então fugiu da corte, vivendo em seguida em vários lugares.
Depois da morte de Saul e Jônatas, Davi regressou à Judeia e sua tribo o nomeou rei, ao mesmo tempo em que as tribos restantes elegiam Isbaal, o outro filho de Saul. Na guerra que se seguiu, Isbaal foi morto e Davi tornou-se rei de Israel, fixando a capital em Jerusalém e, para lá transferiu a Arca da Aliança, maior símbolo religioso dos israelitas.
Vários episódios dão á vida de Davi uma nota humana e realista, sobretudo seu adultério com Betseba, mulher de Urias, para cuja conquista final teve de liquidar, indiretamente, o marido, que era seu general e dessa ligação nasceu Salomão. Davi era também extraordinário poeta e músico, e a ele se atribui boa parte dos poemas que compõem o Livro dos Salmos.
Na hora da morte, ungiu como rei seu segundo filho, Salomão. Seu corpo foi levado para Belém e ali sepultado. Na tradição posterior, Davi foi apresentado como garantia da união entre Deus e o povo.
O SALMO
“OH! COMO É BOM E AGRADÁVEL VIVEREM UNIDOS OS IRMÃOS!
É COMO O ÓLEO PRECIOSO SOBRE A CABEÇA, A QUAL DESCE PARA A BARBA, A BARBA DE AARÃO E DESCE PARA A GOLA DE SUAS VESTES.
É COMO O ORVALHO DO HERMON, QUE DESCE SOBRE OS MONTES DE SIÃO.
ALI ORDENA O SENHOR A SUA BENÇÃO E A VIDA PARA SEMPRE.”

Este salmo tem sido atribuído ao Rei David. Há quem afirme que é obra do período pós exílio; época que em forte clima emocional, é retomado o culto a JAVEH em plena Jerusalém.
 Importante é que o tempo não apagou nem alterou tão profunda mensagem, tendo sido transmitida com o tradicional zelo judaico através de gerações até chegar hoje, de forma familiar, a todo maçom.
O Salmo encanta por sua singeleza, por sua mensagem direta, profunda, e pelas objetivas analogias que encerra. Embora não nos seja familiar a imagem do óleo descendo da cabeça até a gola das vestes sacerdotais ou o cenário do orvalho que dos montes (como o portentoso Hermon), desceu até os vales. 
Para transmitir o que esta unidade fraternal em sua essência significa, a poesia traz á consciência de cada um o paralelismo com duas figuras bem familiares ao povo hebreu: A barba de Aarão e o Monte Hermon.
AARÃO
Aarão é o primeiro nome lembrado toda vez que se falar em religião judaica. A citação do seu nome evoca um paradigma sacerdotal, a linhagem levita. É o irmão mais velho de Moisés e seu principal colaborador.

A figura de Aarão possui um peso próprio na tradição bíblica, devido ao seu caráter de patriarca e fundador da classe sacerdotal dos judeus. Aarão, membro destacado da tribo de Levi, viveu em torno do século XIV a.C. De acordo com a descrição do Êxodo, era filho de Amram e Jocabed e três anos mais velho que Moisés. Segundo a maioria dos biblicistas, se Moisés encarnava a visão profética, Aarão simbolizava a necessidade de um poderoso testamento sacerdotal.

Durante o êxodo do povo judeu, Aarão é o escolhido por Deus para transmitir ao faraó e ao povo a sabedoria por ele concedida a Moisés. Em Êxodo, 4: 16 – “Ele falará por ti ao povo; ele será a tua boca, e tu serás para ele um deus.”

Do mesmo modo, Aarão ajudou Moisés a tirar seu povo do Egito, atravessando o deserto. Enquanto Moisés se achava no monte Sinai, onde recebeu Os Dez Mandamentos, Aarão deixou de lado as recomendações do irmão e, ante as súplicas do povo, mandou construir a imagem do Bezerro de Ouro.

Isso provocou a cólera divina e Aarão não teve permissão para entrar na Terra Prometida. Apesar disso, Deus o consagrou sumo sacerdote, fazendo com que de seu cajado brotassem flores. Foi o primeiro sacerdote dos hebreus, o escolhido pelo Senhor para o sacerdócio, introduzido no Tabernáculo ainda no Egito.

Em Números 3: 5-10, temos a declaração explicita de Javeh:

“Disse o Senhor a Moisés: Faz chegar à tribo de Levi, e põe-na diante de Aarão, o sacerdote para que o sirvam, e cumpram seus deveres para com todo o povo, diante da tenda da congregação, para ministrar no Tabernáculo. Terão cuidado de todos os utensílios da tenda da congregação, e, cumprirão o seu dever para com os filhos de Israel no ministrar no Tabernáculo. Darás, pois os levitas a Aarão e a seus filhos; dentre os filhos de Israel lhes são dados. Mas a Aarão e seus filhos ordenarás que se dediquem só ao seu sacerdócio, o estranho que se aproximar morrerá.”

Em Êxodo: 40: 13-15, encontramos o comando de Javeh a Moisés de forma definitiva:
“Vestirás a Aarão das vestes sagradas, e o ungirás e o consagrarás, para que me oficie como sacerdote…. e sua unção lhes será por sacerdócio perpétuo durante as suas gerações.”

UNÇÃO
É ato de ungir, sagrar alguém ou algo para uma função ou atividade elevada. Na liturgia hebraica, a unção era atribuição privativa dos sacerdotes e estes, até a época de Salomão, eram exclusivamente da tribo de Levi.
 Disse também o Senhor a Aarão:
“Na sua terra possessão nenhuma terás, e no meio deles nenhuma parte terás, eu sou a tua parte e a tua herança. Os Levitas administrarão o ministério da tenda da congregação, e eles levarão sobre si a sua iniquidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será.”

Em Levítico: 8: 1-12, encontramos detalhes do ritual de sua “INSTALAÇÃO” como sumo sacerdote, celebrada por Moisés, conforme as instruções recebidas do Senhor. Na etapa final desse que foi um dos mais solenes cerimoniais de “instalação” descritos no Velho Testamento, o texto assinala:

“Então Moisés tomou o óleo da unção, e ungiu o Tabernáculo, e tudo o que havia nele, e o consagrou; e dele espargiu o altar e todos os seus utensílios, como também a bacia e o seu suporte, para os consagrar. Depois derramou do óleo da unção sobre a cabeça de Aarão, ungiu-o para consagrá-lo.”

TABERNÁCULO, OU TENDA DA CONGREGAÇÃO, era o templo provisório, móvel, utilizado por todo o período anterior à construção do Templo de Salomão, o que ocorreu por volta do ano 968 a.C..
Por todo esse histórico, Aarão é personagem importante na história do povo judeu. Como sacerdote, tinha o privilégio de participar do oficio e cerimoniais no Tabernáculo, apresentando diante de Deus as oferendas em nome do povo. Na qualidade ainda de sumo sacerdote tinha também a responsabilidade e suprema honra de ser o único a entrar uma vez por ano no local “santíssimo” onde se encontrava a Arca da Aliança.
Sua consagração como sacerdote foi feita pelo próprio Moisés por meio do derramamento do óleo sobre sua cabeça. O óleo que desceu sobre a sua barba até alcançar as suas vestes, reveste-se de singular simbolismo no contexto. 

O corpo envolto no óleo, simbolizando a consagração sacerdotal, estaria capacitando Aarão a representar todo o povo diante do Senhor. Era como se o povo judeu fosse, unido, representado por um corpo – um corpo ungido – perante o Altíssimo. É a esse óleo que o Salmo da Fraternidade se refere como “precioso”. Sua composição, transmitida pelo Senhor a Moisés, reúne apenas cinco ingredientes, em porções bem definidas:

“Tu pois toma para ti das principais especiarias: da mais pura Mirra quinhentos siclos[1], de Canela aromática a metade, a saber, duzentos e cinquenta siclos; e, de Cálamo aromático, duzentos e cinquenta siclos; e de Cassia quinhentos siclos e de Azeite de Oliveiras um him.”

Cumpre ressaltar, a natureza santa desse óleo. O sentido do termo Santo é separado, sagrado, consagrado. Não é comum, profano ou vulgar, tanto que o próprio Deus adverte explicitamente em Êxodo 30: 31-33:

“Este me será o azeite da santa unção nas vossas gerações. Não se ungirá com ele a carne do homem, nem fareis outro semelhante conforme á sua composição: santo é, e será, Santo para vós. O homem que compuser tal perfume como este, ou que dele puser sobre um estranho, será extirpado dos seus povos.”

De acordo com o livro dos Números, Aarão morreu no monte Hor com 123 anos de idade. Outras fontes bíblicas, porém, afirmam que ele morreu em Moserá.
MONTE HERMON
“É COMO O ORVALHO DO HERMON, QUE DESCE SOBRE OS MONTES DE SIÃO.
ALI ORDENA O SENHOR A SUA BENÇÃO, E A VIDA PARA SEMPRE.”

A outra figura lembrada pelo salmista nos transporta ao portentoso e belo monte Hermon, e o orvalho que do seu topo se precipita aos montes de Sião.
Reputado como local sagrado pelos habitantes originais de Canaã, o monte Hermon situa-se na região norte da Palestina hoje, na fronteira do Líbano com a Síria e, se eleva a 2.800 metros de altitude.
O cume do Hermon está permanentemente coberto de neve. Aos seus pés tem origem o rio Jordão, responsável por tornar fértil toda a região conhecida como vale do Jordão, que se estende da cidade de Dã até a região de Edom, ao sul do Mar Morto.
A fertilidade, isto é, a própria vida da região, é dádiva do monte Hermon. Se não fora o orvalho de suas vertentes, não existiria o Jordão. A região vizinha é inóspita e sem chuvas. As águas cristalinas do Jordão asseguram a irrigação e com ela a vida ao longo do vale verdejante. É possível dai se entender o significado simbólico do “…orvalho do Hermon” e a paráfrase da conclusão:
“Ali ordena o Senhor a sua benção e a vida para sempre.”

Duas figuras, o óleo que desce da cabeça de Aarão e o orvalho do Hermon que também desce eis as analogias feitas pelo poeta para comparar as benesses da vida em união. Tudo se passando como se ele tivesse dizendo que viver em união é como ter Aarão como sacerdote, em íntimo contato com o Criador, interpretando nossas dores e alegrias e oferecendo os sacrifícios. Ou então é como ter garantida a vida, que frui do Hermon até aos montes de Sião, assegurando a fertilidade da região de onde vem nosso sustento.
Com estas duas figuras entendemos o que o salmista nos traz. Viver em união, como irmãos, é a superação de todos os males. É sinônimo da máxima virtude humana. É quando os homens ascendem ao clímax da felicidade. É a realização do EU coletivo. Não o seremos “eus” mas “nós”. A felicidade da vida em união é comparada com dois planos: o espiritual, simbolizado pelo óleo sobre a cabeça ungindo Arão, que permite o homem alcançar o plano do EU superior.
E material, representado alegoricamente pela água que descendo do Hermon assegura a vida pela perene fertilidade do solo. De um lado o espírito – o compasso – de outro o corpo – o esquadro, e no meio o homem plenamente harmonizado consigo mesmo, com os demais semelhantes, com a natureza (a terra) e com o Principio Criador. O óleo, o homem, o monte e a água formam os símbolos e alegorias, que nos levam a entender o significado da real união entre homens que se definem como irmãos.
O Salmo 133 consagra o puro e verdadeiro amor fraternal, essência para a construção dos novos tempos. Ele retrata os mistérios da felicidade interior dos que vivem em harmonia com seus irmãos, tal como preconiza nossa ordem. Feliz aqueles que compreendem o essencial deste poema, para alguns oculto, e, muito mais do que isto, conseguem viver esta experiência.
O objetivo primário da Maçonaria é unir os Irmãos de tal forma que possam parecer um só corpo, uma só vontade, um só espírito, formando um Templo coeso, compacto, de partes heterogêneas formando um todo. Os Maçons, portanto, quando unidos pela Cadeia de União, não estão absorvidos nem diluídos, mas ligados através da soma das forças físicas e mentais, existindo individualmente no todo.
“Segui a palavra de Davi, é a voz de Deus na Terra.”
Autor: Antônio José Rodrigues
Notas
[1] – Siclos: moeda dos hebreus, de prata pura que pesava seis gramas
Referências Bibliográficas
1.    Bíblia.
2.    Revista A Verdade nº 381.
3.    Enciclopédia Britânica ( Barsa).
4.    Dicionário Aurélio Eletrônico.
5.    Revista O Milênio.
6.    Ritual da Magia Divina – Os Salmos de Davi e suas Virtudes.
Apoio
§  Cleanto Pereira : ARLS Lealdade Paulistana

§  Jair Mendes Ferreira : ARLS Cidade de São Paulo nº 416

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