A PEDRA CÚBICA




A pedra cúbica é o símbolo da medida áurea, do desenvolvimento harmônico e equilibrado que supera todas as deficiências e controla a tendência para os excessos de qualquer natureza...

Pedra cúbica que é, na realidade, a pedra filosofal dos alquimistas.

A pedra cúbica é o símbolo da medida áurea, do desenvolvimento harmônico e equilibrado que supera todas as deficiências e controla a tendência para os excessos de qualquer natureza, pois todo excesso, em qualquer sentido, é uma falta de controle.

Exceder-se, em qualquer sentido, é uma deficiência, pois indica a falta de qualidade oposta que deve controlar esta tendência.

É uma das asperezas alegóricas da pedra bruta que deve ser desbastada, é uma irregularidade no desenvolvimento, em determinado sentido que, nos afasta do equilíbrio perfeito e da perfeição cúbica ideal.

A beleza da figura humana, assim como a de um edifício ou obra de arte é da mesma maneira função e resultado do grau de equilíbrio, harmonia e proporção perfeita entre todas as partes que compõem o conjunto.

Quando existir desproporção e excesso, em qualquer sentido, manifestar-se-á a imperfeição que afasta a obra da medida áurea.

A beleza imortal e proverbial das estátuas gregas deriva, precisamente, deste sentido de equilíbrio e harmonia que eliminava todos os excessos e que constitui a característica mais evidente da antiga cultura helênica.

O que os gregos mais reprovavam nos estrangeiros era esta tendência habitual para a falta de equilíbrio e harmonia.

A saúde perfeita e a eficiência física, também dependem do grau de justo equilíbrio, harmonia e proporção que sabemos manifestar em nossos hábitos fisiológicos; todo excesso, em qualquer sentido, se converte em elemento destrutivo.

No campo moral, todo vício é um mau companheiro que é preciso revelar e disciplinar, para que não siga exercendo uma influência destrutiva sobre a obra da vida e acabe tornando inepta a pedra que deveria ocupar seu lugar no edifício social e humano.

O mesmo deve ser dito, no plano da inteligência, das diversas qualidades e faculdades que caracterizam a genialidade verdadeira, ou seja, a produtiva.

O chamado gênio não é constituído somente pelo desenvolvimento da faculdade da memória, nem da imaginação; não consiste unicamente na abundância das idéias, nem no desenvolvimento da concentração.

Nenhuma dessas qualidades, isolada, produz o gênio verdadeiro, que só se realiza com o perfeito desenvolvimento equilibrado de todas as qualidades da inteligência sem que haja excessos e desde que cada uma dessas qualidades e faculdades seja capaz de conservar o lugar ao qual pertence e atuar em perfeita harmonia as demais.

O iniciado deve comunicar-se com os planos superiores. A intuição, quando desacompanhada do raciocínio, pode dar a percepção imediata da verdade, porém impede aquele que a percebe de expressá-la devidamente; enquanto que o raciocínio sem a intuição nos faz girar pelo campo das concepções e criações intelectuais, sem, porém atingir aquelas regiões superiores onde resplandece a verdadeira luz e onde se pode perceber a razão intima das coisas.

O que necessitamos é de uma cooperação e um desenvolvimento harmônico de ambas as faculdades.

É este equilíbrio, esta ausência de excessos que pode fazer da pedra bruta a pedra cúbica útil ao edifício, ou seja, tornar-nos tais como nossa evolução necessita.

Este trabalho deve ser feito por si mesmo, obter um aperfeiçoamento, sentir as misteriosas harmonias das esferas superiores unirem-se a estas harmonias e compreender que elas não podem ter sido formadas nem por acaso nem sem uma finalidade.

É preciso que o iniciado se coloque por ele mesmo num estado físico e moral que permita estas revelações que resultam de uma iluminação última que se merece.
Havendo o Aprendiz trabalhado na Pedra Bruta com o Malho e o Cinzel, transformando-a num cubo imperfeito, cabe ao Companheiro polir este cubo com o auxílio do esquadro, do Nível e do Prumo, tornando-a finalmente em pedra cúbica.

Desbastadas as arestas da personalidade ainda como Aprendiz, cabe agora, ao Companheiro disciplinar suas ações através do conhecimento adquirido realizando contornos delicados em fazendo então, do seu "eu", um cubo perfeito, a pedra polida que assim estará apta a ser utilizada na construção do edifico do Templo, isto é, a humanidade Perfeita.


Ir.`. Eduardo Alberto Nahkur Junior
Loja Fraternidade Universitária Luz do Oriente n° 3559 - GOSP/GOB
Or.`. de São Caetano do Sul - SP.
fonte: 
Site da Loja Fraternidade Universitaria Luz do Oriente


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