A MAÇONARIA NO SÉCULO XXI- GRANDES DESAFIOS PEDEM SOLUÇÕES EFICAZES E URGENTES. PARTE 2

 


Tivemos em Nova Viçosa, BA, o III ENCONTRO DE GESTORES DE LOJAS MAÇÔNICAS DAS TRÊS FRONTEIRAS.

A Evasão da Maçonaria no mundo e no Brasil, foi retratada com um brilhantismo ímpar, pelo Amado Ir e Past. Soberano do Grande Oriente da Bahia (GOBA-COMAB) Gilberto Lima da Silva, que abordou com grande lucidez.

E com sua contumaz competência e dedicação, assunto tão preocupante, apresentando estatísticas dos últimos 100 anos da História da Maçonaria universal.

Projeta números preocupantes para o futuro da Ordem no Mundo, mas ressalva que no Brasil, as projeções são mais alviçaneiras, e mostra razões de que estamos começando a trabalhar sobre o futuro da Maçonaria: o NEÓFITO.

A reflexão de mudarmos paradigmas, de investimento pesado nas sindicâncias, deixando de inflar nossas oficinas com pessoas que são dignas de serem nossos amigos, mas não de serem nossos irmãos, trabalhar a verdadeira liturgia Ritualística, sem achismos, sem enxertos de outros ritos, com Padronização por Potências, evitando os verdadeiros disparates e heresias que presenciamos em oficinas de mesma Potência, onde Pavões se alardeiam em donos de lojas e fazem a sua vontade prevalecer até mesmo sobre nossas Leis.

Esse assunto é pulsante, controverso, até mesmo um pouco cabuloso, mas tem que ser levado a baila, para que possamos refletir no futuro que nos aguarda.

O Amado Ir Fenelon Barbosa dizia: Somos todos egoístas em maior ou menor grau.

Por outro lado, e também em
maior ou menor grau, também somos todos altruístas, com exceção é claro, das patologias sociais.

Mas o fato é que em determinados momentos da vida a balança pode oscilar mais para um lado ou para o outro, a depender de um conjunto complexo de circunstâncias entrelaçadas.

O egoísmo nos leva ao isolamento, à não-participação, ao individualismo.

Estreita e obscurece nosso horizonte mental.

Conduz à competitividade, ao privilégio do valor econômico sobre os valores humanos, ao autoritarismo, ao nacionalismo xenófobo e à exclusão.

O altruísmo nos conduz à socialização, à participação e à individualidade.

Amplia e torna claro o nosso horizonte mental.

Leva à competência do conviver, ao diálogo entre o valor econômico e os valores humanos, à democracia, à nacionalidade e à inclusão.

No egoísmo, a tendência é participar negativamente.

No altruísmo, tendemos a participar de modo positivo.

Seu pensamento no leva a meditar sobre o início de nossa explanação: “O futuro da Maçonaria está dentro de Nós mesmos, do Verdadeiro Irmão, e não dentro de Potências, Obediências e outras divisões que a vaidade nos infringiu ao longo da História da Maçonaria Universal.

Tudo passa pelo próprio ser Unitário Maçom e se complementa no coletivo.

Eis aqui um ponto da maior importância.

Para viver a Maçonaria é preciso, antes de tudo, evitar o mais possível as armadilhas do auto-engano.

É ter em mente que, de um lado, nenhum de nós é totalmente favorecido pelo bom senso.

E que, de outra parte, todos tendemos a resistir às mudanças, em maior ou menor grau.

Assim, para aprender a lidar com o auto-engano, é necessário o conhecimento perfeito e vivenciar o V.I.T.R.I.O.L. E neste ponto nos vemos diante de uma das formas mais comuns de auto-engano: imaginamos, ingenuamente, que podemos nos conhecer
sem a ajuda dos outros.

E, ainda de modo mais ingênuo, imaginamos que é possível o autoconhecimento de pessoas isoladas do mundo.

Para viver Maçônicamente é preciso ter consciência do auto-engano e do Auto Conhecimento.

O autoconhecimento implica conhecer o outro (e deixar-se conhecer por ele) e conhecer o mundo (e deixar-se conhecer por ele).

Viver Maçônicamente é, portanto, ampliar ao máximo as ideias de diálogo e a vida é um processo de conhecimento; logo, se quisermos conhecê-la é preciso saber como os seres vivos conhecem.

Após tudo isso dito, podemos agora concluir que a essência da atividade Maçônica é a inclusão do outro.

Todos os caminhos a ela conduzem e dela retomam.

Mas o modo de encontrá-los e as maneiras de trilhá-los requerem energia e persistência, num grau que desafia a todos nós.

As "sociedades totalmente administradas" resultaram em sociedades quase que totalmente mercantilizadas.

No mundo atual, caminha-se para a divinização do "mercado", do dinheiro, do “vil metal”, que a tudo permeia e condiciona.

Admitamos ou não esses fatos fazem parte do nosso cotidiano.

A Maçonaria trabalha justamente em meio a essa cultura.

Nossa tarefa é questioná-la, analisá-la, transformá-la.

O sucesso de nosso empenho constitui a diferença entre o desencanto e a esperança, não apenas a abstrata e poética, mas aquela à qual se somam a vontade e a
ação.

“Não quero dizer, porém, que, porque esperançoso, atribuo à minha esperança o poder de transformar a realidade e, assim convencido, parto para o embate sem levar em consideração dados concretos, materiais, afirmando que a minha esperança basta.

Minha esperança é necessária, mas não é suficiente.

Ela só, não ganha a luta, mas sem ela a luta fraqueja e titubeia.

Precisamos da esperança crítica como o peixe necessita da água despoluída”.

Voltamos a afirmar que por mais que sejam escuras e sombrias as nuvens que se avizinham para a Maçonaria, por mais que tenhamos pombos e outros Pavões de aventais ditando normas e mandando em lojas, por mais que sejamos expostos de maneira perjurada e prostituida em redes sociais, mídia, livros, publicações outras, por mais que ainda estava faltando compromisso dos ditos irmãos com nossos usos e costumes, existe uma chama que teima de maneira titubeante em persistir mesmo contra todas as perspectivas contrárias, A CHAMA DA VERDADEIRA LUZ.

Essa não se apagará nunca e será sempre avivada, sempre que forem iniciados homens verdadeiramente livres e de bons costumes, de corações sensíveis ao bem e que sejam lapidados em sua caminhada pelo maço e cinzel, esquadrinhados pelo Esquadro e o Compasso, e tenham na Singeleza do Nível e do Prumo, na força da alavanca do amor fraternal, a construção de seu Templo da Verdade: O templo Interior de seu VITRIOL, das Verdades eternas, onde a Construção seja diária e que a cada dia, sejamos melhores que o dia anterior.

Quem viver Viverá!!!

A Maior Riqueza, A Maior Beleza, A Maior Força e a Maior Sabedoria da Maçonaria, existe dentro do Verdadeiro Irmão.

O HOMEM MAÇOM! E isso será sempre Eterno!

Luiz Muzi

Membro da AMCLA - Academia Maçônica de Ciências, Letras e Artes da COMAB

 

 


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