A MAÇONARIA NO SÉCULO XXI- GRANDES DESAFIOS PEDEM SOLUÇÕES EFICAZES E URGENTES. PARTE 1


 

Amados irmãos, esse assunto é tratado com muita preocupação por aqueles que realmente vivenciam e amam a nossa Sublime Instituição.

Perspectivas sombrias se arvoram bruxuleastes nos horizontes.

As estatísticas mostram que a Maçonaria vem definhando, notadamente na Europa, na América do Norte, na Ásia, na Oceania, na África, na América do Sul, e o Brasil é o único País onde os números ainda permanecem favoráveis, mas estamos vendo um desvirtuamento da Doutrina sob múltiplos aspectos, com disputas de Potências, vaidades pessoais, globalização canibalesca com perversão dos bons costumes, Falta de compromisso com a Ordem, Ritualística prostituida, também a situação econômica e de segurança estão impactando negativamente nessa análise.

Vamos ter que encarar também a necessidade de avaliação sobre a participação feminina: quanto tempo ainda irá prevalecer o Landmark que proíbe a participação delas na Ordem?

A Globalização e a divulgação maciça de nossa doutrina, sessões ritualísticas, trabalhos maçônicos etc.

O Perjurismo grassa a velocidade meteórica.

Assim cabe lembrar que, apesar de todo o seu passado glorioso e ainda figurar no rol das organizações que se destacam no cenário mundial, a Maçonaria, tal como várias outras instituições tradicionais, tem pela frente o desafio de conviver com as turbulências trazidas com o advento da pós-modernidade.

De que forma uma organização tão rica em tradições e alicerçada sobre sólidos princípios morais, dará conta de singrar os mares tormentosos destes tempos pós-modernos, nos quais tudo é posto em xeque, das instituições às crenças?

Como lidar como o novo, sem abrir mão de seus princípios e propósitos?

Desafios enormes se avizinham.

O Que Fazer?

Como evitar o desmoronamento das colunas de nossa Ordem?

O que nos reserva o Futuro?

Há perspectivas de virarmos o jogo?

Essas questões tiram o sono daqueles que realmente são maçons em verdade é essência.

"E para nossa tristeza: SÃO UMA MINORIA NOS DIAS DE HOJE”.

O maior Patrimônio da Maçonaria sempre foi e sempre será o “VERDADEIRO IRMÃO” e não as vaidades pessoais, a portentosidade do edifício EXTERIOR, As medalhas ufanescamente exibidas por Autoridades, Dirigentes e outros Pavões de Avental, que vão de encontro à simplicidade e humildade que habitam nos corações daqueles que verdadeiramente receberam a luz do macrocosmo e persistem com ela, iluminando suas mentes e seus corações.

Mas, como “a Ordem é seus membros”, perguntamos: Estamos qualificados para operarmos competentemente nesse quadro avassalador que se apresenta ao homem da sociedade contemporânea?

Refletir para reconstruir talvez seja o lema a ser adotado pela atual geração de maçons, a fim de reestruturar a Ordem maçônica nesse limiar do Terceiro Milênio.

Em muitas situações, convivemos com os outros e com o mundo afastando-nos, desconfiando, destruindo.

Isto é, não acolhemos, e, é claro, recebemos o mesmo em troca, tanto em termos de violência entre pessoas quanto em relação às catástrofes naturais: enchentes, secas e outras consequências da agressão ao meio ambiente.

Ou seja, vivemos em conflito com a ordem natural das coisas e em desacordo com nossa biologia.

Esse ânimo de não acolher, não compartilhar, dividir, separar, manifesta-se em todas as dimensões do cotidiano.

O que propomos é apenas uma reflexão: “Revolução muda tudo, menos o coração do homem.”

Nós, seres humanos, por natureza temos necessidade de explicações.

Precisamos entender a nós mesmos, compreender os outros e o mundo em que vivemos.

Dessa necessidade nasceu a ciência, e das aplicações dela originou-se a tecnologia.

Entretanto, há outros domínios de nossa existência que não podem ser explicados pela ciência.

Neles a tecnologia não atua, ou não age do modo objetivo, concreto e eficaz com que opera no lado mecânico e concreto do nosso viver.

Esse imenso âmbito inclui os sentimentos, emoções, intuição e a subjetividade.

Luiz Muzi

Membro da AMCLA - Academia Maçônica de Ciências, Letras e Artes da COMAB

 

 

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