VELHOS MAÇONS, NOVA MAÇONARIA


 

A maçonaria ainda é forte e respeitada pelo sigilo que a envolve tornando-a misteriosa para a sociedade profana, que vê nos maçons gente diferenciada e capaz de promover mudanças no meio em que atua.

 Nos últimos tempos sabemos que a Ordem perdeu espaço e deixou de trabalhar tão dedicadamente pelo engrandecimento do homem, da comunidade e da pátria, como fazia antigamente.

Sinto que em alguns aspectos Ela caminha lenta e não vai além dos limites de seus muros, o que contraria sua filosofia de avançar e levar a todos o conhecimento e a capacidade de mobilização que sempre teve, e que precisamos fazer ressurgir para não trairmos nossa vocação de sociedade moderna e progressista.

O desinteresse de alguns e a falta de disciplina de muitos de seus membros, tem nos levado a momentos de desânimo e falta de vontade para enfrentar a vida que pulsa fora dos templos.

Precisamos arregaçar as mangas dos balandraus e “meter a mão na massa”, erguer colunas firmes e ao mesmo tempo por abaixo os muros da apatia, da falta de vontade e laborar mais.

Como poderemos sair deste momento desfavorável e iniciar uma nova fase de progresso, se ainda se ouvem lamentos menores e sem sentido desde o oriente ao ocidente que ecoam em todas as latitudes dos templos?

Uns dizem “é um eterno bater de malhete” ou “o venerável não faz nada” ou ainda  “me desiludi com a ordem” e na hora do trabalho não participa no grupo minoritário que sempre leva a Loja “nas costas” segurando na corda de 81 nós, enlaçando os irmãos em união de pensamentos e de objetivos.

Aos desmotivados perguntemos: quando foi a última vez que você apresentou um trabalho em Loja, ou fez uma sindicância, ou ligou para o venerável para ao menos saudá-lo?

E a um irmão enfermo, quando fez uma visita?

E mais, tem ele motivos justificados para seu alto índice de absenteísmo?

Ouço dizer que precisamos escolher bem os profanos para Iniciar na maçonaria, mas, e nós, fomos boa escolha?

Devemos começar uma fase revigoradora pelo estudo da filosofia chamando todos à responsabilidade, exigindo que cada um cumpra seu papel.

A ordem maçônica não tem inimigos externos declarados, capazes de derrubá-la.

Sua fragilidade está dentro de seus próprios templos, com membros apáticos em estado quase letárgico, incapazes até de refutar ordens Superiores que insistem no retrocesso e semeiam desunião e ódio.

Aprender é fácil, basta uma leitura detalhada do ritual, um mínimo conhecimento de nossas leis, ou uma consulta a um mestre estudioso de nossa filosofia, e ler boas obras de maçons estudiosos (Spoladore, Xico Trolha, Castellani, Varoli Filho e outros) que nos ensinem como deve se comportar um maçom em sua Loja, e no seio da sociedade em que vive.

A Ordem é secular, mas seus objetivos são do 3º milênio, atualíssimos apesar de nós.

Ir Laurindo Roberto Gutierrez

Loja Maçônica Regeneração III - Londrina- PR - Maio/2009

 


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