ESTIVE DOENTE E ME VISITASTES ...


 

Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim”. Matheus 25- (34;36)

Quando recebi este tema para explanação fiquei com muitas dúvidas sob qual ótica deveria abordar. Pedi orientação ao VM de nossa loja que me orientou com algumas dicas, e fez questão de dizer. Faça com seu coração.

Escolhi ouvir meu coração, mesmo correndo o risco de falhar e o enfoque foi que a consciência seria minha inquisidora e faria várias indagações comigo mesmo sobre meus atos, atitudes e comportamento como Maçom.

Não é fácil falar de nossos defeitos, o trabalho na pedra é duro, necessita de concentração e paciência, afinal refletir sobre nossas atitudes e chegar à conclusão que somos falhos dói, e essa dor em nossa consciência, nos causa sofrimento se não soubermos ter o domínio de nós mesmos.

Quando iniciado temos por obrigação simbólica, morrer para renascer. A partir daquela data, saber que devemos ser uma nova pessoa é de grande responsabilidade. Nas sessões semanais temos a oportunidade de receber luzes e conhecimentos brilhantes de nossos irmãos.

São peças de arquitetura, que apresentadas, ajudam nosso aprimoramento moral e porque não dizer, é o nosso “puxão de orelha” semanal, momentos que paramos, pensamos e refletimos como estão nossas atitudes.

Estou sendo um bom irmão em Loja? Será que sou um IRMAO de verdade ou simplesmente de ofício. Quando fiz essa pergunta a mim mesmo vi o quanto sou falho lhes peço perdão meus irmãos. Minha pedra está mais bruta do que pensava, e espero que minha consciência me cobre ainda mais e quem sabe minhas atitudes um dia sejam compatíveis como a de um verdadeiro irmão.

Na câmara das reflexões estava escrito: Se tem medo de que descubram teus defeitos, não estarás bem entre nós. O ensinamento que essa frase encerra é fundamentalmente proveitoso. O homem não pode alcançar um grau de elevada perfeição, senão pelo constante estudo de si mesmo e com o conhecimento mais amplo de seus próprios defeitos, e, dessa forma, a Maçonaria exige de seus adeptos uma recíproca advertência sobre si mesmos.

O Maçom, para seguir e seu caminho de constante aprendizado, precisa transparecer, sem receios, todos os seus defeitos, por mais amargo que isso venha a ser, pois é através desta exteriorização que se pode lapidar a verdadeira pedra bruta.

E na sociedade penso, como está meu comportamento, novamente me questiono Sou um Maçom de fato ou de ofício? Estou praticando a benemerência como posso ou simplesmente faço o básico quando minha consciência aperta, fazendo doações financeiras, mas sem realmente me preocupar e ajudar pessoas.

Constato que devo me preocupar realmente com pessoas e não somente com suas necessidades básicas. Os gestos de amor são singelos, sutis e não requerem muito, pode ser expresso em um olhar com atenção, ouvir quem precisa conversar, as pessoas só querem alguém que as ouça, OUVIR meus Irmãos simplesmente OUVIR.

Como sou falho. Dou a desculpa da correria diária para todos meus defeitos e dar desculpa isso sou bom, e sempre vem forço minha consciência a dizer que faço o que posso. Estamos doentes meus irmãos, convido a todos a fazer um teste rápido: Faça uma publicação nas redes sociais sobre política ou de uma viagem que está fazendo com várias paisagens bonitas e veja o número de curtidas e comentários. Agora faça neste mesmo momento, uma publicação solicitando ajuda a determinada pessoa ou família, que está precisando de auxílio pois está com sérios problemas de saúde.

Compare o resultado. A conclusão é triste. Tive a oportunidade de trabalhar com um consultor industrial, um senhor italiano, muito sábio e experiente, chamado Enrico Rosso que certa vez me disse “O homem só não faz aquilo que não quer”, “quando queremos damos um jeito” tudo é uma questão de prioridade.

Continuemos nossa reflexão: Conhecidas por sua docilidade e obediência à voz do pastor, as ovelhas foram criadas por Deus como figura das almas justas.

De fato, assim como essas encantadoras criaturas alegram-se de estar perto de seu guia e ouvir suas ordens – que lhe garantem segurança e alimentação –, os verdadeiros filhos da luz buscam a salutar presença do Senhor, nutrem-se de sua graça e se comprazem em submeter-se aos ensinamentos. A estes nunca abocanham os “lobos” das tentações nem surpreende a “densa floresta” dos pecados mortais. Já os cabritos(bodes) são de outra índole…

Pouco obedientes, divertem-se fugindo de seus pastores venturando-se por lugares desconhecidos. Algumas espécies, que habitam as montanhas, passam seus dias arriscando-se em saltos pelas rochas escarpadas sobre despenhadeiros espantosos! São bem o símbolo das almas pecadoras que constantemente põem em risco sua salvação eterna, vivendo relaxadas e desprecavidas em meio às ciladas do demônio, do mundo e da carne. Estas gabam-se de estar afastadas das pregações, dos Sacramentos; portanto, dos doces cuidados de Jesus, o Divino Pastor.

Estou doente meus irmãos, e minha consciência me visitou. Não é fácil receber críticas, mas precisamos delas. Desejo a todos uma ótima visita a vossa consciência.

Or\ São Bernardo do Campo, 18 de outubro de 2022.

Ir\ Fabio Fernando Zamberlan Ferreira M.:M.:

Aug. e Resp. e Grande Benfeitora Loja Simbólica “União, Lealdade e Trabalho” Filiada ao Grande Oriente Paulista Integrante da COMAB – Confederação Maçônica do Brasil

Bibliografia: 

Site Revista Arautos do Evangelho 17-10-22

Bíblia Sagrada – Editora Vozes – 2001 – RJ

Site https://www.freemason.pt/a-camara-de-reflexao

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários anônimos não serão ACEITOS. Deixe seu nome completo e e-mail para resposta.
Contato: foco.artereal@gmail.com

Postagem em destaque

CISÃO DO GOB E A FORMAÇÃO DO COLÉGIO DE PRESIDENTES DA MAÇONARIA BRASILEIRA

Em março de 1973, realizaram-se eleições para os cargos de Grão-Mestre Geral e Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil. O cand...