No Templo estão representados os quatro pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste).
O Leste corresponde toda a área do Oriente. O Norte, localizado a esquerdo de
quem entra no Templo; do lado oposto, separado pela linha imaginária do
Equador, encontra-se o
Sul.
O Ocidente é a localização da Loja oposta ao Oriente (Oeste). Situa-se na
entrada do Templo e, cuja entrada, se erguem as duas Colunas solsticiais, à
imitação dos Templos do antigo Egito.
Os Templos Maçônicos têm a forma de um quadrilongo, cujo comprimento é,
simbolicamente, do Oriente ao Ocidente, indo em direção da Luz e da Sabedoria
que se encontra no Oriente.
O Oriente representa, simbolicamente, o aspecto do mundo de onde nos vem, nasce
e emana Luz: onde, na realidade, aparece e brilha o Sol, pelo seu próprio
resplendor, esclarecendo e fazendo desaparecer as sombras da noite.
O Ocidente é o lado ou aspecto do mundo onde o Sol se põe, onde a Luz que o
ilumina declina, se oculta e se torna invisível, embora faça entrever sua
presença, no último clarão do ocaso, antes de deixar o mundo submergido nas
sombras escuras da noite: é, portanto, uma imagem muito expressiva do mundo
sensível, da realidade visível que constitui o aspecto material, fenomênico ou
objetivo do Universo, no qual a Verdadeira Luz que o ilumina, a Essência ou
Realidade invisível que o sustêm se tenha ocultado aparentemente.
Partindo do Ocidente, ou do conhecimento objetivo da realidade exterior, o
homem se encaminha pela fria escuridão do setentrião, em busca daquela
realidade que constitui a essência mais permanente e profunda do Universo, e
que não pode encontrar-se a não ser caminhando para o Oriente, desde os efeitos
e as causas, desde os fenômenos às essências, leis e princípios que os regem.
Em função da importância esotérica do Oriente, só é permitido o acesso nele de
Mestres Maçons, por uma clara razão iniciática: ali, simbolicamente, é o fim da
escalada evolutiva, quando o Obreiro atinge a sua plenitude no caminho da Luz,
que vem do Oriente, do Leste, do nascente. Como iniciado, ele penetra pelo
Ocidente, Oeste, poente, onde reinam as trevas; como Aprendiz, ele fica ao
Norte (ou ao Sul em alguns Ritos), onde já há mais luz do no Ocidente. Como
Companheiro, ele fica ao Sul, mais próximo do equador e mais luminoso,
portanto, como Mestre ele chega à plenitude da Luz.
“Os símbolos da Maçonaria encerram
verdades profundas, segredos maravilhosos, ensinamentos que só devem ser
conhecidos pela Iniciação sistemática e progressiva, única e verdadeira escola
perfeita de sabedoria. Destruí-los, seria, perder, irremediavelmente, as chaves
do Templo do Grande Arquiteto do Universo”.
Colaboração: Ir∴ Paulo Edgar Melo -ARLS Cedros do Líbano n° 1688