A maçonaria tem uma história profana e outra
iniciática, isto é, um aspecto interior e outro exterior, há exemplo de todas
as religiões.
A parte exterior é para os profanos, enquanto que a
interior é para os iniciados que estão amadurecidos para recebê-la.
A parte mística (de misto, segredo) é
essencialmente iniciática, isto é , quando a sua consciência chega ao seu
desenvolvimento pode então entender o mistério, conhecê-lo senti-lo e
realizá-lo.
Como em todas as escolas herméticas há uma
cerimônia com a qual se recebe o candidato, chamada “Cerimônia da Iniciação”.
Esta cerimônia, longe de ser compreendida pela
maioria dos candidatos, é um ato muito significativo, cuja importância está
oculta sob a verdadeira aparência do véu exterior.
A palavra iniciação em sua etimologia leva ao
significado de ingresso no mundo interno para começar uma nova vida.
A iniciação maçônica é joia inestimável na coroa do
simbolismo. Como sabemos na loja há um quarto de reflexão, símbolo do interior
do homem.
Todo homem ao fechar os olhos encontra-se em seu
quarto de reflexão, isolado na obscuridade, em estado de consciência do profano
que vive fora do templo.
A simbologia é como a verdadeira arte: nunca deve
falar aos sentidos e sim excitar a imaginação. Dissemos que os símbolos são
alegorias da verdade, mas na verdade, apenas exprimem a imagem simples da
realidade das coisas.
O símbolo é o corpo físico da ideia; mas para
conhecer a ideia temos que senti-la e concebê-la.
Assim compreendemos que os símbolos na maçonaria
têm por objetivo redescobrir a luz oculta pelos véus dos sentidos.
Bem verdade é que a maçonaria é uma escola de
aperfeiçoamento moral, onde nós homens nos aprimoramos em benefício de nossos
semelhantes, desenvolvendo qualidades que nos possibilitam ser, cada vez mais,
úteis à coletividade.
Não nos esqueçamos, porém, que, de uma pedra impura
jamais conseguiremos fazer um brilhante, por maior que sejam nossos esforços.
Alvonir Anderle
A.: M.:
A.: M.:
Bibliografia:
Grau do Aprendiz e Seus Mistérios, Editora
Pensamento, 2005, 18ª. Edição.
Ritual do Grau de Aprendiz Maçom