O
avental do Mestre Instalado é igual ao do Mestre, porém com Taus (letra
semelhante à latina T) invertidos no lugar das rosetas.
Segundo o Irm.’. Joaquim Gervásio de Figueiredo in Dicionário de Maçonaria, O Tau é um “antigo símbolo egípcio de iniciação.
Segundo
o demonstra R.F. Mackenzie, ‘era um símbolo de salvação e consagração. E como
tal, tem sido adotado como símbolo maçônico do Real Arco’.
O Tau
é a cruz em forma de T, e um dos mais antigos símbolos cruciformes, entre os
quais se inclui o Malhete.
No
Budismo do Norte significa ‘senda da perfeição’. ‘Não entraste no Tau, a senda
que conduz o conhecimento?’ (Voz do Silêncio, Parte I de Helena Pietróvna
Blaváski)”.
O Irm.’. Nicola Aslan in Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia afirma que o Tau, entre os antigos, era um símbolo sagrado e universal, tendo aparecido inicialmente entre os fenícios (nota: tanto Hiram era rei da cidade-estado fenícia de Tiro, quanto Hiram Abiff era um fenício de Tiro), representando as forças naturais do Sol fecundador, da terra fertilizada e, consequentemente, a vida universal.
Surgiu
posteriormente como a 22ª e última letra do alfabeto hebraico (nota: Salomão
era hebreu). Era o sinal dos sinais (nota: e isso se observa no Ritual de
Instalação de Veneráveis Mestres).
O Tau
foi adotado pela Maçonaria como um símbolo do equilíbrio, resultante do ativo e
do passivo e representando a ligação do mundo material ao mundo espiritual ou
como símbolo representativo da vida eterna, mas sempre indicando uma elevação
puramente espiritual.
A
forma do Malhete, símbolo do poder, tem a forma do Tau. E conclui que enquanto
o Tau representa sacrifício e morte para alguns, simboliza para outros a vida, a
eternidade e a luz que regula a parte material do homem e a própria divindade.
“É o
último degrau da evolução humana, isto é, a perfeição, caminho seguro para a
integração com o Ser Supremo” (nota: o Mestre Instalado pode ser considerado
como sendo o último degrau dos graus simbólicos).
Quanto ao fato do Tau ser usado invertido no Avental dos Mestres Instalados, o Irm.’. F.P. Castells in “The Genuine Secrets in Freemasonry” nos ensina que a Maçonaria adotou o Tau na posição invertida chamando-o geralmente de Hiram, como um símbolo do poder e indicando a dignidade do Mestre Instalado.
Retornando ao grande maçonólogo, o Irm.’. Nicola Aslan, no Ritual de Instalação de Venerável, que elaborou para o GOB.’., cita que o Irm.’. Jules Boucher afirma que “segundo uma regra habitual, essencialmente tradicional e nitidamente obrigatória, para a conservação do segredo, de todo rito especificamente mágico, certas palavras devem ser lidas invertendo-as.
E se
esta regra se refere a palavras, não há razão para que esta regra não se
aplique também a sinais” e completa que “o Tau está ligado ao Mestre Instalado,
tanto pelo seu simbolismo espiritualista, como pelo que ele representa no mundo
material, isto é, o poder, o mando, a chefia ...”
Finalizando,
e lamentavelmente não podendo ir aqui mais longe, o Tau invertido é um símbolo
privativo dos Mestres que passaram pela cerimônia de Instalação.