A Maçonaria é uma escola, sua
presença no cenário da civilização humana, perde-se na bruna do passado.
Conduzindo-se desde suas
origens, como inimiga de preconceitos, desigualdades, privilégios e discriminações,
a Maçonaria sempre foi contrária a tudo que se oponha ao pleno exercício dos
direitos fundamentais do homem.
Fiel aos seus princípios
considera um homem igual ao outro em direitos não fazendo distinção entre eles,
seja de origem, raça, credo, nacionalidade ou outra qualquer natureza,
deixando, assim, bem claro seu caráter marcadamente democrático e sua vocação
universalista.
Essa instituição milenar,
universal, de base filosófica, que trabalha pelo advento da justiça, da
solidariedade e da paz entre os homens, segundo opinião de pesquisadores, já
percorreu dois períodos históricos e encontra-se em um terceiro ou atual – A
Maçonaria Especulativa.
A Maçonaria Especulativa, Atual
ou Moderna que evoluiu a partir das antigas corporações medievais de ofício –
mestres pedreiros -, começou a partir do século XVIII, tendo como marco divisor
de água a fundação da Grande Loja de Londres, 24 de junho de 1717, portanto, há
294 anos.
Não resta dúvida que ela nos tem
oferecido histórias magníficas no decorrer dos séculos.
Em nosso País, sua
história é rica e apesar de não ser devidamente ensinada nas escolas, está ai a
revelar que mesmo antes de sua instalação regular e oficial no Brasil, como
Obediência maçônica em 17 de junho de 1882 (Fundação do Grande Oriente do
Brasil), a Maçonaria já trabalhava, incansavelmente, pelo ideal da
independência, através de poucos brasileiros iniciados na Europa que retornavam
após terem concluído seus estudos. Independência era a meta principal
daqueles que fundaram o Grande Oriente do Brasil.
Quem de sã consciência poderá
desconhecer que a Maçonaria ao longo dos seus 189 anos de existência como
Obediência, no Brasil, tenha exercido grande influência nos momentos e fatos
mais marcantes de nossa história?
Saibam senhores (as), os maçons
brasileiros têm a honra de afirmar: foi a Maçonaria de nosso País a primeira
corporação que tomou a iniciativa da Independência do Brasil e tomou todas as
providências ao seu alcance, por meio de seus membros, para ser levada a efeito
em todas as províncias.
O primeiro passo oficial em
busca do objetivo foi o “Fico”, (ocorrido em 09/01/1822) o que representou uma
desobediência aos decretos 124 e 125, emanados da Corte Portuguesa que exigia o
retorno imediato do Príncipe D. Pedro a Portugal, o que se acontecesse,
praticamente retornava o Brasil a condição de colônia, desfazendo-se assim a
união brasílico-lusa, o que vinha de encontro aos anseios do nosso povo.
Maçons ilustres
como José Joaquim da Rocha, José Clemente Pereira, frei Francisco de Santa
Tereza de Jesus Sampaio, José Bonifácio de Andrada e Silva, Joaquim Gonçalves
Ledo, Domingos Alves Brandão Muniz Barreto, José Mariano de Azevedo Cunha,
Antonio Carlos Nóbrega, Domingos Alves Branco, Januário da Cunha Barbosa,
dentre outros.
Quem não reconhece a
participação decisiva de membros da Ordem maçônica no movimento revolucionário,
de caráter nacionalista – A Revolução Pernambucana de 1817, - liderada por
Domingos José Martins e outros?
Como negar que além da
Independência do Brasil, a Abolição da Escravatura e a Proclamação da
Republica, são exemplos irrefutáveis de grandes vitórias que marcam a presença
da Maçonaria em três importantes períodos de nossa história: Colonial,
Monárquico e Republicano?
Quão bom ver maçons de Itabuna
liderando ações, estimulando pessoas a criarem instituições, a engajarem-se em
movimentos visando o desenvolvimento da região?
Avante irmãos! O mais sério
problema do País repousa na educação e na cultura. Com o fanal da Maçonaria
Universal, convictos de nossos princípios, lutemos quanto pudermos, para
nobilitar o destino do gênero humano e conferir à Terra a platônica
musicalidade perdida.
Combatamos o bom combate, cuja
vitória só pode conduzir à fraternização dos homens.
Por Antônio da Silva Costa
M.•. M.•. Gr.•. 33 Oficina
Integrada de Graus Superiores São José – Loja Maçônica 28 de Julho – Itabuna –
Bahia. Secretário de Planejamento do Grande Oriente Estadual da Bahia (GOEB).
Itabuna – Bahia.