Essa é, sem dúvida, a pergunta campeã entre os curiosos e uma das lendas
mais difundidas sobre a nossa Ordem. Mas de onde vem essa associação?
Primeiro, a verdade nua e crua:
Dentro da ritualística, da filosofia e da simbologia maçônica, NÃO EXISTE
nenhuma alegoria, ferramenta ou símbolo ligado à figura do bode. Você não
encontrará bodes em nossos templos, nem em nossos rituais. O Bode não é um
símbolo maçônico.
Então, qual a origem histórica desse apelido?
Existem diversas vertentes históricas que explicam como esse pseudônimo
colou na imagem do maçom:
Herança Templária: A teoria mais forte remonta à perseguição dos
Cavaleiros Templários no século XIV. A Inquisição acusava a Ordem de idolatrar
uma figura chamada "Baphomet". Séculos depois, ocultistas desenharam
essa figura com cabeça de bode. Como a Maçonaria herdou tradições templárias,
os detratores transferiram a acusação (e a imagem) para nós.
O Bode Expiatório: Na tradição bíblica (Levítico), o bode era enviado ao
deserto carregando os pecados do povo. O maçom, por ser um homem de segredos,
discreto e que muitas vezes "pagava o pato" por defender a liberdade
contra tiranos, acabou sendo associado à figura daquele que aguenta o fardo em
silêncio.
Propaganda Antimaçônica: No século XIX, fraudes literárias (como as de Léo
Taxil) inventaram rituais demoníacos envolvendo bodes para difamar a Ordem
perante a sociedade e a Igreja. Embora desmentidas, as imagens ficaram no
imaginário popular.
Hoje, o termo "Bode" foi ressignificado pelos Irmãos. O que era
para ser um insulto, virou um apelido carinhoso e uma gíria interna de
reconhecimento, sinônimo de um Irmão que sabe guardar segredos e é resiliente.

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